Por Marcos Ferreira
Não compre fuzil, compre um livro. O livro é a arma de grosso calibre mais poderosa do mundo. Penetra a blindagem da ignorância e liberta as pessoas da escuridão e da miséria sociocultural. Quem diz que você, em vez de feijão, deve comprar um fuzil, antes de mais nada, é um canalha. Sim. Canalha fascista, um brucutu tão sensível quanto uma bigorna, inimigo da educação e da cultura.
O povo passando fome, gente esmolando nas ruas, em toda parte, e essa cavalgadura demoníaca, por ora aboletada na Casa de Vidro, dando coices contra os brasileiros mais necessitados. Amanhã, no entanto, como diz a canção, vai ser outro dia, e esse ferrabrás será expelido da vida pública deste país.
Portanto, não compre fuzil nenhum. Isso é mera bravata de um sacripanta que é forte candidato a ocupar uma cela em Bangu 8. Adquira, primeiramente, o mínimo necessário à subsistência, o pão de cada dia, o feijão. Se sobrar, compre um livro de presente para você. Ou o ofereça àquela pessoa a quem você admira. “Dar livro é, além de uma gentileza, um elogio”. Palavras de Sêneca.
Quanto tempo faz que você não dá a si próprio (ou a si própria) um livrinho de presente? Talvez há anos. Falo por mim, pois estou em débito comigo. Deste mês, porém, não passa. E se hoje eu tirar algum na borboleta, aí é que vou depressa a uma livraria. A gente já se priva de tanta coisa, não é mesmo? E nisso os livros, principalmente, vão ficando em segundo, terceiro ou quarto plano.
Outro dia vi uma postagem da amiga e leitora Rozilene Ferreira da Costa, no Instagram, exibindo um belíssimo livro que ganhara de Eduardo, seu digníssimo esposo. Pelo que conheço Rozilene, tenho certeza de que ela ficou com um sorriso de orelha a orelha quando lhe foi entregue o referido presente.
O escritor Monteiro Lobato, ao contrário da mentalidade grotesca desse Capitão Caverna que hoje acanalha o Brasil, dizia que um país se faz com homens e livros. Ainda creio que um dia, como na canção do Chico Buarque, esta terra vai cumprir seu ideal. Precisamos, contudo, de mais investimentos na educação e na cultura. Enquanto isso não chega, dentro do possível, compremos livros.
Ler é uma forma de insubordinação mental, de insurgência contra a máquina perversa desse governo que trabalha tão só para que a grande maioria dos brasileiros seja cada vez menos instruída. Um povo ignorante é muito mais facilmente enganado e manipulado. Por isso é que precisamos de leitura.
Compre um livro de presente para você ou, repito, ofereça-o a alguém de sua estima. Tomem por exemplo o marido da Rozilene.
Ler um bom livro (carece que seja bom!), afora o aspecto da autoinstrução e enriquecimento humanístico, é também um ato político. A leitura, senhoras e senhores, é quebradora de grilhões, arquirrival de amarras e mordaças. Um povo lido e instruído está imune a diversas enfermidades sociais. Em uma nação onde sua gente tem acesso a livros e é estimulada a ler há menos desigualdade.
O solitário (ou não) exercício da leitura é a viagem mais profunda e segura que podemos experimentar. Por que pagar uma fortuna que pode lhe custar os olhos da cara por uma viagem num transatlântico, quando você pode usufruir de mais belezas e emoções lendo, por exemplo, as Vinte Mil Léguas Submarinas, do francês Júlio Verne? Eu, que temo o alto-mar, prefiro as águas da literatura.
Livros são tão essenciais para o nosso fortalecimento quanto o cálcio e a proteína. Até o ricaço Bill Gates deu o seguinte depoimento: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever — inclusive a sua própria história”.
Menos afortunado do ponto de vista econômico, mas riquíssimo na arte da palavra escrita, o genial Mario Quintana nos brinda com esta bela historieta: “De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente”. Pois é, eis a beleza de um livro de presente.
Sei que as coisas não estão nada fáceis, sobretudo devido à subida estratosférica do preço dos alimentos, do gás de cozinha, da gasolina, etc., porém torço que você encontre um respiro financeiro, e se permita presentear com uma obra literária daquele autor que há muito você almeja ler ou até reler.
De minha parte, ao menos por hoje, vou esperar o resultado do jogo do bicho. Quem sabe finalmente dê a borboleta na cabeça. Por que não? Nunca se sabe onde a bendita roleta vai estacionar. Aí, como eu disse, irei a uma livraria logo que o senhor Raimundo Gago, o cambista, me trouxer a grana do prêmio. Hoje há de sair a borboleta! Torçam por mim, prezado leitor e gentil leitora.
O hábito de ler, a leitura de grandes autores e obras, é algo que nos resgata da indigência mental; a um só tempo nos liberta, enriquece, fortalece. “Todo dia, devíamos ler um bom livro, uma boa poesia, ver um quadro bonito, e, se possível, dizer algumas palavras sensatas”, aconselha o poeta Goethe.
Você merece um desses presentes. Já cantei o tema da leitura em verso e prosa. Julgo oportuno, para fim de papo, reproduzir aqui o seguinte poema. Tem a ver com a redenção que os livros nos possibilitam. Ei-lo:
Liberdade de pensamento
Liberte-se mentalmente,
Não fique tão à mercê
Do que se diz na imprensa,
Na internet ou na tevê…
Curta mais a liberdade
De curtir ser mais você.
Abra um livro, leia mais.
É mais livre quem mais lê.
Marcos Ferreira é escritor
Parabéns pelo discernimento em tempos tão obscuros. Como sempre você ilumina com suas sábias palavras.
Obrigado!
Querido amigo Anchieta,
Bom dia…
Que honra contar com a sua leitura e presença neste espaço de opinião, informação e cultura. Muitíssimo obrigado. Um grande abraço e um ótimo domingo para você e minha amiga Célia. Até a próxima.
Marcos Ferreira.
Que suas sábias palavras sirvam de lanterna e ilumine a mente de muitos que ainda insistem e seguir pelo caminho escuro e sombrio da ignorância aberto por esse energúmeno que ocupa a presidência. Parabéns amigo
Caro Fabiano Souza,
Boa tarde…
Obrigado por sua leitura e depoimento. Torçamos pela queda do Energúmeno e pela vinda de melhores dias. A situação neste país, com a grande maioria dos brasileiros, sobretudo o povo mais necessitado, passando os piores perrengues, está uma coisa absolutamente insustentável. Grande abraço e até a próxima.
Marcos Ferreira.
Parabéns p comentário Fabiano, os muitos aos quais você se refere não necessitam de lanternas não! E sim de refletores elétricos mais potentes dos que estão instalados nos gigantescos estádios de futebool. E o pior é qye se acham a cereja do bolo. A ceita bolsonaro (minúsculo mesmo), conseguiu suplantar o xiitismo do PeTismo. Tenho vergonha de confessar que votei neste fósforo queimado que ainda estar no governo no (des)governo do nosso país.
Bela mensagem meu diretor amigo, não carece acrescentar nada, a não ser indicar alguns dos seus belos livros. Abraço
Prezado Marcos Aurélio,
Boa tarde…
Muito obrigado pela leitura e depoimento. Quem sabe este “Um Livro de Presente para Você” (reunindo as demais crônicas) seja lançado num futuro próximo. Deixe estar. Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Pequeno no tamanho mais rico em sua essência, o comentário feito por Bill Gates. Impressiona-me que ele próprio não colaborou para que nossa juventude não viesse se dedicam à uma boa leitura contida nos incontáveis livros escritos existentes no mundo., conseguiu Bill Gates com o seu arsenal da informática, um benefício para modernidade, mais também um malefício que comprometeu e castrou aptidões para com o despertar o aguçamento da fome de uma boa leitura contida em páginas de um livro qualquer, que no passado fazia parte nas cabeceiras de camas de jovens e adultos (coisas do passado), que se preocupavam com o bom conhecimento dos fatos e de uma aprendizado para o enriquecimento do seu intelecto. Que pena!
Consequência de uma necessidade gananciosa pelo poder e riquezas materiais, não só Bill Gates, outros mais, que se dedicaram ao enriquecimento financeiro preocupando-se todos para saber quem está no topo dos mais ricos do mundo… e por aí as coisas desandaram drasticamente.
Livro para mim caro amigo Marcos Ferreira, é como rocha bruta ou lapidada, dura para sempre., faço a comparação de flores e pedras, a pessoa que nos oferta flores sabe que estas duram poucas horas, já aqueles (poucos) que nos ofertam pedras com carinho, estas permanecem eternamente, estão isentas das agressões e males da natureza, servem até como ornamento.
Inerente aos três primeiro parágrafos de sua irretocável crônica em tela, faço minhas as suas palavras! Tenho pena do nosso país tão rico por sua natureza, mais tão pobre de pessoas com competência e capacidade para ser verdadeiramente um líder. Acho que do manicômio familiar denominado bolsonaro (minúsculo mesmo), a maioria dos brasileiros escolheu o pior por nome de jair (minúsculo mesmo/verbo com grafia errada), porque ja ir é só juntar para sair em 2022. Lembro ao povo brasileiro, que feio não é errar e sim continuar errando!!!!
Concluindo este meu pobre comentário, retornando ao valor do livro, acrescento que ainda há tempo de nosso povo parar e ao menos ler um só livro aonde toda verdade da vida se encontra, este denomina-se BÍBLIA, a qual estar composta por uma coletânea de 66 livros, sendo do antigo 39 testamentos e do novo 27 testamentos (denominação evangélica) acrescentado-se a estes livros 7 apócrifos da denominação católica.
Também devemos procurar ler bons autores e obras de nossa contemporaneidade, isso sim, é que poderia ser um vício na vida de todos nós, pois livro alimenta nossa mente e aguça nossa inteligência. Enfim, livro bom cura os males da alma.
Inté o nosso próximo encontro.
Caro amigo Rocha Neto,
Bom dia…
Concordo plenamente com você sobre a postura omissa desses homens detentores de gigantesca fortuna financeira, a exemplo do próprio Bill Gates, mas que nunca (creio que há raras exceções) destinaram uma ínfima quantia de seus milhões ou bilhões em favor do incentivo à leitura e da promoção do livro na vida das pessoas. É lamentável que tais fortunas ceguem as pessoas a esse ponto. Um forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Caro Marcos Ferreira,
A crônica intitulada “Um livro de presente para você”, publicada no Blog Carlos Santos no primeiro domingo de setembro de 2021, é um plágio do meu pensamento.
Só não ingresso com uma ação judicial contra esse eminente cronista por apropriação indébita do pensamento alheio, porque faltou a citação da seguinte estrofe de Castro Alves, pertencente ao poema: O LIVRO E A AMÉRICA, que venho repetindo desde a minha adolescência:
“Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto –
As almas buscam beber…
Oh! Bendito o que semeia
Livros… livros à mão cheia…
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar”.
.
Faltou também uma frase que eu cunhei: Fungo patogênico, em referência ao genocida.
Parabéns, Poeta, por mais essa aula de conscientização!
Querido João Bezerra de Castro,
Bom dia…
Você, como sempre, aqui nos brindando com a riqueza e beleza dos seus comentários. Fico feliz, sobretudo, por me livrar do processo, mas também pela sintonia dos nossos pensamentos, apesar da ausência da belíssima citação do poema do grande Castro Alves. Supimpa! Tenho uma notícia para você, em primeira mão, sobre estas crônicas que venho publicando: já estão todas devidamente reunidas e organizadas em um livro que pretendo publicar num futuro bem próximo. Todos os textos foram publicados primeira e exclusivamente aqui no Canal BCS (Blog Carlos Santos) e, em menor número, por ser de periodicidade mensal, na revista eletrônica Papangu. Darei outros detalhes em breve. Grato por sua leitura e excelente comentário. Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Vc na borboleta e eu pensando q de véspera, a gente acertar no peru rsrs Livro de presente tem cheiro requintado, do bem guardado. Esses meninos e meninas desse Enem q fecha e abre carecem de ler suas crônicas. Bom dia, MF. Agora, vou pq tem mar sobrando.
Querido poeta Aluísio Barros,
Bom dia…
Que delícia essa sua pílula de estímulo. Especialmente quando você fala assim: “Esses meninos e meninas desse Enem q fecha e abre carecem de ler suas crônicas.” Quem sabe um dia, meu bom amigo, essa magia aconteça. Muito obrigado pela leitura, um grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Um livro de presente para todos nós!
Uma ação necessária em dias tão sombrios e incertos.
Cultura viva e chama reanimada.
Valeu, Ferreira- entusiasta e equilibrista cultural.
Amigo poeta Francisco Nolasco,
Bom dia…
Precisamos continuar conduzindo essa bandeira da leitura e da literatura. É um trabalho árduo, sem muitos aplausos e de baixo ibope, porém a gente não desiste, pois fazemos isso com muito amor e convicção de que a arte da escrita e libertadora e salutar. Faço minhas as suas palavras: “Uma ação necessária em dias tão sombrios e incertos.” Forte abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Olá Marcos,
Boa tarde!
É sempre muito bom, acompanhar o seu pensamento!
Que as boas leituras nos permitam o abrir e fechar da mente… Acredito que:
“Nenhum homem é livre se a sua mente não é como uma porta de vai-e-vem, abrindo-se para fora a fim de liberar suas próprias ideias e para dentro a fim de receber os bons pensamentos de outrem.” Validar
Abraços
Amiga Vanda Jacinto,
Bom dia…
Que pensamento lindo você inseriu entre aspas. Eu gostaria de conhecer o autor ou autora. Grato, portanto, pela leitura e comentário. Um grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Boa tarde, caríssimos
Boa tarde, nobre amigo e escritor
Marcos Ferreira
Fico petrificada, pasma, estática, com seu extraordinário poder lexical, com essa desenvoltura vocabular. Marcos, você ” colhe ” uma metáfora e a transforma em mil. Isso é incrivelmente fantástico! Nunca deixarei de “ler” você. Eu cresço, eu aprendo, levo lições e as divulgo, por meio dos seus textos. Não resta dúvida: há uma bela simbiose entre você e os leitores. Eu sou fã dessa sua particularidade. Meu obrigada por trazer a minha postagem e fazer alusão à leitura, à palavra. Quem tem um livros nas mãos, tem a liberdade de exercer a linguagem. Parabéns MIL vezes. Obrigada, sempre.
O tecelão do texto literário usa com liberdade sua imaginação e sua possibilidade de criar, de construir, de transformar e de trazer para seu texto fios e cores de suas vivências, experiências e essencialmente de suas leituras (SILVA, 2015, p. 8)
SILVA, Marcos Vinicius Medeiros da. Prefácio. In: ALVES, Alexandre. Haicais tropicais: breve panorama do Haicai no Rio Grande do Norte. Mossoró. Fundação Vingt-un Rosado, 2015, p. 8.
Querida amiga Rozilene,
Bom dia…
Você é uma das pessoas diante das quais tenho certa dificuldade de responder aos comentário neste espaço, pois sempre você, no bom sentido, me deixa sem palavras com seus depoimentos tão belos e sensíveis. Contar com uma leitora como você, repito, é um patrimônio intelectual que qualquer autor almeja. Um grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Quer uma boa leitura? Leia o nosso Marcos Ferreira. Escritor e poeta dos bons.
Navegue em uma leitura deliciosa.
Parabéns, amigo. você, para variar, é nota dez!
Sim, sim. Esse tempo nebuloso vai passar.
Abração!
Caro Odemirton Filho,
Bom dia…
Muito obrigado pelas estimulantes palavras e pelo carinho de sempre. Você, depois de você mesmo, é o meu cronista favorito neste rico espaço dominical do Canal BCS (Blog Carlos Santos). Que este 7 de setembro, apesar das forças maléficas que estão atuando neste comento, transcorra em paz e os fascistas sejam derrotados pelo vazio das próprias cabeças e corações maldosos. Um grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Boa Noite, Marcos!
É como já dizia Castro Alves: “Bendito o que semeia livros à mão cheia e manda o povo pensar”. A leitura nos proporciona o discernimento en-tre o bem e o mal, além de nos levar por “caminhos nunca dantes nave-
gados” até aonde a nossa imaginação alcança.
Louvores ao incentivo à leitura!
Bravo, nobre escritor!
Querida Simone Martins,
Bom dia…
É sempre uma honra contar com sua leitura e comentários. Sou-lhe eternamente grato pelos inúmeros e carinhosos ensinamentos que você me ofereceu no início de minha jornada neste caminho das letras. Sua presença foi decisiva no momento decisivo da minha escrita. Um grande abraço e uma ótima semana para você. Até a próxima.
Marcos Ferreira.
Caro Marcos, apesar dos pesares, apesar dos insensatos que querem levar nossa nau a deriva, leiamos cada vez mais leiamos pra que nos acordemos e nos apercebamos que querem nos levar a escuridão e ao OBSCURANTISMO sócio cultural!
Nada de fuzil, nada que simbolize e que nos leve pensar na morte como objetivo de vida, tenhamos, fé, atitude e coragem para nós livrarmos desse ser vil.
Muitos livros, muita leitura, conhecimento e muita reflexão, suficientes…pra que nos insubordinemos frente a Cavalgadura do Mal…!
Quintessência do MEDIEVALISMO, o Mentecapto que está aboletado no Planalto, apesar dos estribilos e faniquitos , de lá será expulso por todos que intuitivamente pensam um BRASIL KNCLUSIVO….!!!
Um baraço
FRANSUELDO VIEIRA DE ATAUJO
OAB/RN.
7318
Caro Fransueldo Vieira de Araújo,
Bom dia…
Suas palavras merecem o meu aplauso. É justamente disso que todos nós precisamos: resgatar o Brasil das mãos dessa “Cavalgadura do Mal”, como você bem colocou, e devolvê-lo aos brasileiros de um modo geral, sobretudo àqueles que hoje padecem devido aos desmandos e incompetência desse (des)governo nefasto. Precisamos, sim, como você disse, de reavermos esse Brasil inclusivo que foi sequestrado por essa horda que hoje está no poder. Mas toda essa carniça há de ser catapultada em breve, pois sofrerá uma esmagadora derrota nas vizinhas eleições de 2022. Deixe estar, meu caro Fransueldo. Forte abraço e até a próxima.
Marcos Ferreira.
” Os verdadeiros analfabetos são os que aprendem a ler e não leem”
-Mario Quintana. Em tempos obscuros ler, é um ato de resistência! Valeu amigo. Abraços
Bom dia, poeta Cilon.
Concordo plenamente, amigo. Esses ai são os piores analfabetos, como já dizia Quintana. Forte abraço e até a próxima.
Marcos Ferreira.
Bom dia amigo.
Ontem não escrevi minhas besteiras,rsrd, pois a “marvada” foi bom aqui em Rio do fogo.
Na casa do meu do meu irmão.
Um abraçaça.
NR abraçaço
Bom dia, caro Amorim.
Um grande abraço para você também.
Até a próxima!
Não sei se foi, ao comprar um livro, que me ocorreu um dos raros momentos em que fui tocado pela Magia nesses dez últimos anos. Não lembro se comprava um livro naquele exato momento, ou se essa hierofania me ocorrera no momento anterior, em que acudia a um livreiro-mambembe desses que cruzam as ruas do mundo. O fato é que uma combinação perfeita entre o ar primaveril (quando tudo parece imensamente puro e luminoso), uma rua de pedestres, um homem que vendia brinquedos lúdicos, em vez de bélicos, um cão que dormitava enquanto escutava uma música (creio que vinda bem de longe, ele em sua quase-ausência dorminhoca).. e a música, que é como um instrumento de conexão com o divino. Tudo isso num dia de primavera na Calle Alfonso Alfonso I, em Saragoça, Espanha. Naquele momento, creio que havia um livro de poemas (uma antologia de poetas russos?), creio que havia um cão que dormitava, creio que havia uma musicista que tocava seu violino… e a música de Albinoni. Se o livro eu comprara para mim mesmo, Marcos, não sei. Se o livro era para ser como “uma mão estendida à amizade”, não sei. Se esse dia realmente existiu tal qual tento (de maneira canhestra) descrever, também não sei. Creio que esse pequenino comentário é para lhe dizer que um livro pode ser um caminho para o divino, assim como a música que a gente escuta num dia qualquer, numa rua qualquer do mundo. Isso pode acontecer em Saragoça, em Mossoró, num lugar perdido dessa pequeno pomo azul boiando na escuridão. E eu fico imaginando como essa gente que quer o poder conseguiria ser gentil; como conseguiria doar-se num momento de rara beleza; como poderia amar as coisas mais extraordinárias da vida, empunhando uma arma, um fuzil… Não, não conseguiria nunca. Deus não concede aos seus esse momento de magia se esses seres humanos estão comprometidos com a destruição. Quero crer (nesse momento, é tão difícil) que chegará o dia em que a música se derramará dos sobrados; os livros, poderemos colhê-los nos jardins, como flores; e a humanidade encontrará o caminho da paz, que Deus nos mostra desde tempos imemoriais. Eles não sabem voar, não porque não tenham asas, mas porque estão insensíveis. Conta Manguel que Borges, na penumbra de sua biblioteca dizia: “Nunca estou sozinho. Eu tenho os meus livros”. Mesmo ante essa marcha infame, Marcos, nunca estaremos sozinhos.
Meu caro amigo Jessé,
Bom dia…
Rapaz, isso não é um simples depoimento sobre minha última crônica, um mero comentário acerca deste “Um livro de presente para você”. Não, amigo, você deixou aqui, suportada por sua fulgurante inteligência e sensibilidade, uma belíssima crônica. Merece, a meu ver, ser organizada em parágrafos e publicada no próximo domingo no Blog Carlos Santos, para que outros leitores tenham o prazer de apreciar seu primoroso texto. Acho que você e o Homem dos Suspensórios deveriam conversar a esse respeito. É meu palpite. Forte abraço e até a próxima.
Marcos Ferreira.
Parabéns companheiro, esse foi um destes texto, que lembra estamos vivos e aprendendo mais um pouco. Obrigado.
Querido Francisco Amaral Campina,
Bom dia…
Muitíssimo obrigado por sua leitura e comentário. É sempre uma honra contar com a sua presença neste espaço. E sim, estamos bem vivos e possuímos a oportunidade de sempre aprendermos um pouco mais. Inclusive aprendi boas coisas com você no velho Canto do Amaro. Saudades daqueles bons tempos. Um grande abraço e uma ótima semana para você e sua família. Até a próxima.
Marcos Ferreira.