sábado - 23/07/2011 - 10:38h
Prostituição

Um negócio em expansão em Mossoró

A “metrópole do futuro”, como a propaganda oficial trata Mossoró, não é apenas o que sai na divulgação em reportagens pagas.

Infelizmente, tem que conviver com mazelas advindas do alargamento do meio circulante.

Além do aumento na criminalidade, sucateamento de sua estrutura de Saúde, favelização, escassez de água e caos no trânsito, entre outros problemas, a prostituição ganha volume de porte industrial.

Para Mossoró tem migrado mulheres até de outros estados, para temporadas pontuais de “trabalho”.

Mas também é possível identificar, que o chamariz alcança municípios de menor porte, dentro do próprio RN. Adolescentes vêem em Mossoró uma oportunidade para faturar um dinheiro fácil, sem maiores compromissos.

Existem até agentes (proxenetas) especializados só nesse tipo de “produto”, que exige translado, algum custo eventual com estadia e maior cuidado quanto a problemas legais.

Muitas dessas jovens fazem rápidas viagens a Mossoró, alegando a familiares que farão visita a parentes, busca por emprego, compras ou simples presença em alguma festa.

A concorrência está muito acirrada.

São os efeitos colaterais do desenvolvimento.

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Categoria(s): Gerais

Comentários

  1. João Victor diz:

    Já dizia o sábio:

    – Nem só de pão viverá o homem.

  2. Amauri Araújo de Moura diz:

    “Mossoró a Metrópole sem Futuro.

  3. zeroberto diz:

    Enquanto isso,as daqui,já “passadas” pelo tempo de uso,buscam uma pontinha,em outras praças,nas REGIÃO METROPOLITANA.

  4. Klebio Mendes diz:

    Não vejo nada de construtivo crescer em Mossoro.
    Porém há coisas que enfestam feito ratos neste boeiro quente.

  5. Rui Nascimento diz:

    Ainda bem que a metrópole é do “futuro” e não do presente!

  6. Gilmar Henrique diz:

    É isso mesmo. Mas faça mais um ressalva que muito agrada, sem minha intenção de propósito, às feministas. Nem tampouco, ofender a alguém especificamente. Não tenho esse propósito, em nenhum dos meus comentários. Só penso em contribuir pruma sociedade melhor com meu ponto de vista. Bom, é que:

    Ainda temos muitos obstáculos epistemológicos historicamente herdados que precisamos superá-los. É na mídia, por propósito ou não – na maioria das vezes, acreditamos que sim -, que esses obstáculos se perpetuam. É logo no tópico que identificamos a tendência ideológica da natureza do discurso-enunciado que o destinador, inconscientemente ou não, põe em jogo numa ação persuasiva ao destinatário todo um campo semiótico de “valores’ culturais preexistentes.

    Bom, nesse tópico, aqui, percebe-se ainda uma atitude sexista institucionalizada. A figura feminina aparece num sentido pejorativo como OBJETO de prazer e troca pecuniária. Na prática, a realidade não é bem assim – envolve dois praticantes e, além disso, há muito tempo, a prostituição masculina dispara à frente em valores monetários bem superiores. Além do mais, essa modalidade venal entre pares do mesmo sexo vem, a cada dia, ganhando mais visibilidade e se tornando moeda forte usada como manobra de cooptação de interesses políticos.

    Um outro exemplo desses obstáculos epistemológicos é quando se lê a seguinte manchete: “ Sindicato tal processa Estado?” Mas como isso pode acontecer? Nessa engenhosa figura de linguagem – por metonímia ou sinédoque-, o foco da questão fica ofuscado criando, dessa forma, leitores franco-atiradores.

    Nos seguintes tópicos, por exemplo: “Travestis assaltam motoristas que param seus veículos em cruzamentos de rodovias na capital” e “Confundidos como casal gay, pai e filho são espancados”. Essa forma de informar beneficia a grupos ideológicos dominantes. Não são travestis quem assaltam – são marginais. Não apenas casal gay pode ser espancado por criminosos, mas qualquer pessoa de bem. Prezando veridicções (o dizer-verdadeiro), essa última manchete deveria ser algo assim: “Dois cidadãos são barbaramente espancados por bandidos/fascínoras/malfeitores etc.” e o desenvolvimento do texto, dizer que os criminosos, como desculpa, se dizem homofóbicos alegando ter confundido as vítimas com um casal homoafetivo. Como vimos o motivo é outro, e não esse de terem confundido as vítimas. Tópico nesse sentido favorece aos agressores e às ideologias de classes dominantes.

    A propósito e a bem da verdade, já houve mais de cem homicídios em Mossoró este ano, e nenhuma manchete diz “Heterossexuais matam mais de cem até agora só na cidade de Mossoró.”

    A linguagem é o primeiro meio de sociabilização do sujeito e é por meio dela que o indivíduo é programado, ou seja, educado. Cada palavra tem um valor ideológico que determina o comportamento do cidadão em seu meio sociolinguístico. Por isso a linguagem é um meio de comunicação que exige muita responsabilidade.

    Como diz, de costume, um grande amigo meu, linguísta que a linguagem é um abismo, nunca sabemos o que o outro irá responder.

    Gilmar Henrique

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