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domingo - 05/11/2017 - 11:10h

Um olhar sobre os mercados públicos

Por Gutemberg Dias

Hoje vamos falar um pouco dos mercados públicos de nossa urbe (Mossoró). Mercados esses que têm muita história para contar, já que por lá já passou boa parte da população, seja para comprar mantimentos ou comer uma bela panelada.

Infelizmente, esses equipamentos públicos, desde muito tempo, estão abandonados pela gestão municipal. Para se confirmar essa máxima basta fazer um tour pelo Mercado Central, Mercado do Bom Jardim, Mercado do Alto da Conceição e, também, a Central de Abastecimento – Cobal, que é possível ver o estado lamentável desses equipamentos.

Por pressão popular e cobrança de comerciantes instalados nesses logradouros comerciais, a gestão atual começou a realizar medida cosmética, verdadeiro “arranjo”, para tornar “respirável” esses ambientes.

É preciso que a gestão municipal assuma efetivamente a gestão desses espaços. Ela precisa, antes até de executar reformas físicas, criar regras de uso, recadastrar todos os cessionários, desenvolver mecanismos que garantam a autogestão e, sobretudo, regularizar juridicamente a relação de ocupação dos pontos.

Pensando na parte estrutural desses equipamentos já passou da hora da prefeitura iniciar reformas estruturantes que possam segmentar os serviços ofertados no âmbito desses equipamentos.

Se tomarmos por exemplo o Mercado Central é possível constatar vários segmentos entrelaçados (vestuários, alimentação, aviamentos etc) que juntos ocupam espaços que dificultam o trânsito daqueles que adentram o mercado para fazer compras. Vale destacar, que a forma que se encontram os pontos é um prato cheio para que possa ocorrer algum sinistro.

A segurança dos cessionários e dos clientes precisa ser garantida. E isso só irá ocorrer a partir de um processo de gestão eficiente desses espaços, onde regras claras precisam ser seguidas por todos que tem empreendimentos nesses equipamentos.

É preciso repensar esses espaços, repito.

Investir nesses equipamentos tem dois grandes feitos. O primeiro é revitalizar esses espaços públicos na perspectiva que possam se tornar atrativos aos mossoroenses e, também, aos turistas, passantes de outros municípios. Segundo, reordenar a estrutura interna dos mesmo com vistas a regular as atividades desenvolvidas neles.

Para mim o maior obstáculo a uma grande mudança é a quebra de paradigma. Haja vista que é preciso o entendimento dos que ocupam esses espaços quanto à realização de grandes mudanças. Bem como, a gestão municipal precisa dar o primeiro passo para que algo possa acontecer.

Nesse sentido é preciso que todo um trabalho de organização seja executado em parceira com entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que ajudam formação empresarial dos micros e pequenos empreendedores. Bem como, envolver várias áreas da gestão municipal como a Secretaria de Desenvolvimento Social, Infraestrutura, Vigilância Sanitária entre outros entes municipais.

Outras cidades como Salvador, Porto Alegre, Fortaleza e Campina Grande têm mercados públicos reformados e que atraem muitos turistas e, sobretudo, gente local.

Por que não pensar um projeto amplo para nossos mercados?

Gutemberg Dias é graduado em geografia, empresário e ex-secretário de planejamento de Mossoró

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Categoria(s): Administração Pública / Artigo / Opinião

Comentários

  1. Carlos André diz:

    Essa visão de que por se tratar de um prédio de propriedade do município é obrigação do mesmo prover sua manutenção.

    Visão por demais atrasada e desconectada com a atualidade.

    Onde estão os comerciantes que pagam quase nada para estarem lá e nem diante disso não tem a hombridade de realizar a manutenção do lugar onde eles ganham o sustento.

    Vivemos uma triste realidade no Brasil onde falta dinheiro para tudo o que é de mais básico ao atendimento da população, e querer que o município realize manutenção em ambientes de comercio privado, soa isso como um sarcasmo a quem busca atendimento em uma UPA ou UBS e não encontra.

    Está na hora desses espaços serem geridos pela iniciativa privada e custeados por ela, ou do contrário que eles aluguem ou comprem espaços próprios e façam assim como desejarem a manutenção em seus negócios.

    Essa mesma cantiga ocorre na praça de convivência, onde receberam o espaço todo arrumadinho e pronto e não querem nem fazer a manutenção do mesmo.

    Chega desse paternalismo imbecil e desigual, a maquina pública já está por demais comprometida com tantos “direitos” a cobrir, sem que com isso haja quem financie tudo isso além dos mesmos que esperam os “direitos” receber.

  2. George Duarte Duarte diz:

    O Incrível nisso tudo é ver o nosso corpo de Bombeiros simplesmente desconhecer a segurança inexistente nesses locais. Extintores vencidos, hidrantes não existem em fim o absurdo que outrora nossas autoridades desconhecem ou fingem não ver. Tratamento diferenciado para alguns; ou apenas vista grossa. Outra coisa importante; será que a PMM está cumprindo a Lei 4050/04, que exige desfibriladores cardíacos em estabelecimentos e locais como estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos, centros comerciais, estádios e ginásios esportivos, hotéis, academias de ginástica e templos. A lei diz que tais locais devem estar munidos do equipamento, assim como sedes de eventos que concentrem 4 mil pessoas ou mais.

  3. Paulo Sergio Martins diz:

    Gutemberg Dias: esse aí vai salvar Mossoró do do caos. Podem apostar que eu pago.

  4. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Meu Caro Paulo Martins, ao contrário da sua sugesta jocosa/provocativa e do seu equivocado enunciado, quem de fato, gosta, e, quem geralmente cria, sugere e constroe décadas após décadas, salvadores da pátria, mormente através dos ditos meios de comunicação social controlados secularmernte pela extrema direita, é exatamente esta última.

    O mais são basófias e diversionismos de ordem retórica/política disseminados pelo PIG e seus piguinhos amestrados.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  5. Abdon diz:

    Boas críticas por minha pessoal observador desse blogue, questionador dos problemas existentes da nossa urbe amada. Do meu ponto de vista, cabe obrigações tanto do poder público, tanto dos própios comerciantes daqueles espaços que num passado, já foram os grandes shopping brasileiros. Mas, nem por isso estão mortos e condenados ao final triste. Cabe a prefeitura reforma-los, fazendo as intervenções estruturais, mantendo a arquitetura original. Mas, também é preciso impor regras para os comerciantes e fazer parcerias de treinamento através do SEBRAE, encarregado de organizar como negócios!

  6. Paulo Sergio Martins diz:

    Gutemberg (quem tem gut tem berg também) já salvou. Mossoró (esqueçamos dos índios) Não precisa de mais nada.

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