Na Praça Bento Praxedes, conhecida como “Praça do Codó” e mais recentemente como “Praça do Relógio”, em Mossoró, o Blog captou essa imagem abaixo nas últimas horas de 2014.
Era finalzinho de tarde, com a noite já erguendo seu manto sobre nossa cidade em frisson.
Um resto de cadeira foi preso por alguém com corrente e cadeado a uma grade.
Saudades de uma cidade em que se sentar à calçada, deixar carro com vidros abertos e prosear à rua eram direitos nossos e não atos de risco.
Estamos num lugar que só no ano passado registrou 193 homicídios.
Leia AQUI a crônica “Saudade da Mossoró do passado” e você entenderá melhor ainda o que essa cadeira acorrentada simboliza.
Estamos todos presos, vítimas do terror da marginália incontrolável.
Carlos, em se tratando de violência, não existe mais nenhum cidade brasileira diferente de Mossoró. Ouvi recentemente uma frase de uma senhora de Upanema: se a gente deixar um tamborete na calçada, “pode esquecer”.
Um vizinho meu foi a Tibau na quinta feira, e aproveitou para colocar uma lavanderia de inox no quintal de sua casa. Apos o serviço, retornou a Mossoró.
De volta a Tibau na sexta feira, um dia apos ter colocado a lavanderia, a mesma, ó, tinha tomado Doril.
Veja no site abaixo, as 500 cidades mais perigosas do Brasil. Mossoró ocupa a 162 posição.
//exame.abril.com.br/brasil/noticias/as-500-cidades-mais-violentas-do-brasil-versao-2014