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segunda-feira - 04/03/2019 - 19:14h
Carnaval

Um velho ou quase…

Por François Silvestre

..na Segunda do carnaval. Após o pirão de carne na casa de Geraldo e Maria, pais do meu genro Daniel Rocha, voltei à casa de mim mesmo.

Não à casa paterna dos versos românticos de tantos poetas.

Pois bem. Voltei. E das músicas que tanto me moviam e empolgavam tempos atrás ou das troças e blocos passantes, senti enfado. Abri o computador e procurei Carmina Burana, de Carl Orff.Dele a compilação e melodia dos versos “perdidos” de séculos medievais, com a abertura fantástica da busca da fortuna. E o fracasso dessa procura.

Depois, a beleza minimalista em acordes e repetições do Bolero de Ravel. O Maurice celebrizado por este bolero. Cuja empolgação melódica vai num crescendo lento, rítmico, suave e repetitivo que consegue ganhar até meus ouvidos rombudos.

Sou péssimo absorvente de música, do ponto de vista da reprodução, mas possuo um ouvido razoável para deleite e descoberta da boa melodia.

Aí fui à quinta dança húngara de Johannes Brahms, um sossego nostálgico. Que se não me trai a memória é um dos compositores preferidos de Laurence Nóbrega. Ou de Florentino Vereda.

Se eu estiver errado é culpa dessa Segunda de carnaval, ou desse carnaval de segunda. Sei lá…

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Odemirton Filho diz:

    Magistral, mestre. Aliás, como sempre. Vindo
    de sua autoria e de Honório Medeiros é sempre
    um deleite.
    Saudações!

  2. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    O Carnaval de François Silvestre é o dos gênios. Não importa saber reproduzir…seria demais!
    Apreciar é dádiva!

  3. Honório de Medeiros diz:

    Um primor!

  4. Ailson Fernandes Teodoro diz:

    Mais um maravilhoso artigo do mestre François. Conheço de cor todos os contos do Livro o Mel de benquerê, mas esse, em qualidade literária, supera todos.

    Entre um bloco e outro das ladeiras de Olinda e nas ruas do Recife antigo, fiz uma pequena pausa para a leitura do Blog, e sou contemplado com esse texto. Valeu a pena!

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