O eleitor mossoroense não deve se surpreender se ocorrer uma hipotética união, em chapa majoritária, dos grupos da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) e da sua prima, adversária e ex-deputada federal Sandra Rosado (PSB).
Rosalba a prefeito, vereador Lahyrinho Rosado (PSB) a vice – digamos.
Formalizando-se, repetirá o que já aconteceu incontáveis vezes na polÃtica nativa e nacional.
É preciso uma razão muito forte para juntar os contrários. Na retórica, a pregação é de que está em jogo o “interesse público” e o desejo de “reconstruir Mossoró”. Menos, gente. Nem uma coisa nem outra.
“Sobrevivência polÃtica” é o termo correto. Os dois grupos precisam sobreviver.
Os contrários se juntam, normalmente, quando percebem que possuem um problema comum com dificuldade de ser superado individualmente.
Atenas e Esparta juntaram-se na antiguidade para combater o poderio bélico e expansionista da Pérsia. Depois voltaram a brigar como antes.
Getúlio e Café
Exemplo: Alves e Maia estiveram juntos em 2010, para frear o crescimento contÃnuo de Wilma de Faria (PSB, hoje no PTdoB), depois de décadas de embates.
Getúlio Vargas (PSD) detestava o deputado federal natalense Café Filho (PSP), mas o aceitou como vice na disputa presidencial de 1950, para ter o apoio estratégico do lÃder paulista Ademar de Barros (PSP). Foram eleitos, num tempo em que a legislação estabelecia que o vice concorria com outros adversários, sendo votado à parte da cabeça de chapa.
Os próprios Rosado passaram décadas trocando farpas com o aluizismo, para depois se acomodarem no combate comum aos Maia.
Um dia, já repetimos “ene” vezes, os Rosado estarão todos apinhados no mesmo palanque.
Talvez não tenha chegado ainda o momento.
A quem interessaria hoje a união de Rosalba e Sandra?
Dix-huit e Sandra
A princÃpio, tão-somente a Sandra/seu grupo, que busca a sombra da ex-governadora que é tida por muita gente como virtual eleita, uma espécie de “prefeita em férias”.
À Rosalba, por enquanto nada sinaliza para essa necessidade. Não existe uma ameaça iminente à sua potencial eleição. Levar o grupo de Sandra Rosado a tiracolo pode ser um problema pré-fixado.
Foi assim na relação de Sandra com o tio Dix-huit Rosado, eleito prefeito pela terceira vez em 1992, tendo ela como vice. Em poucos meses bateram de frente, a ponto do prefeito despejar Sandra do Gabinete de vice. Rompimento polÃtico e familiar traumático.
Chegou 2016. Vamos ver o que eles decidem, em nome da sobrevivência.
Belo e elucidativo texto!
Parabéns!
Carlos, boa tarde.
Amigo, não estou entendendo nada. O povo com raiva dos polÃticos, colocando todos no rol de ladrões(exceções à parte), vejo algumas fotos de convenço~es realizadas até agora, bombando, entupidas de gente. Como explicar? Quanto seu post acima, excelente. Parabens.
Venâncio, a maioria destas pessoas que vão a estas convenções, não é por amor ao polÃtico. Estão é defendendo os seus interesses. Tipo: um empreguinho…
Continuo dizendo que a Rosalba ROSADUS será barrada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Será uma grande aberração e uma grande interrogação para o judiciário se der o beneplácito a uma polÃtica cheia de processos por desvio e apropriação de dinheiro público.
A maioria do povo só fala mal dos polÃticos até as vésperas da campanha. Da campanha até o dia da votação, é só elogios, tapinhas nas costas, gente idiota carregando-os em andor, outros carregando pés de mamão nas costas, outros pintando carneiros na cor verde, outros se fantasiando de laranja, etc. Passadas as eleições, tome falar mal de novo.
Traduzindo: da campanha até o dia da votação, as cidades brasileiras se transformam em imensos Circos, cujos donos são os politico, e os palhaços são os eleitores.
Tem sido sempre assim, e assim será por longas e longas décadas, até porque essa nojeira já faz parte da cultura brasileira.
A minoria sente pavor da nojeira, enquanto que a maioria cai dentro da mesma de corpo e alma.
Perguntem ao povão que desce a Presidente Dutra dançando à frente dos polÃticos se eu estou mentindo. Perguntem???
CorretÃssimo, é desse jeito.
E, falta de poder e falta da chave do cofre do poder, tá levando a essa união.
Quando duas pessoas estão na iminência de morrerem afogadas, agarram-se uma à outra numa tentativa desesperada e incontida de salvar-se da morte que se apresenta com suas garras letais. É, e tem sido assim com os ROSADUS e com todas as oligarquias polÃtico-familiares.