• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
terça-feira - 04/03/2014 - 20:32h
Depoimento

Uma sociedade à deriva em pleno Carnaval

Carlos Santos,

Depois de dois dias de serviço, (Sábado e Domingo) volto hoje para o Terceiro e ultimo dia de Serviço no Carnaval em Apodi/RN. Enquanto todos se divertem cuidamos da segurança dos mesmos… no entanto em alguns momentos, fico a refletir sobre as situações observadas ”in loco”.

Fica o questionamento: cadê o conselho tutelar de Apodi, e demais instituições que se dizem defender os direitos da Criança e do Adolescente, que não fiscalizam ou ao menos procuram fazê-lo…?

Fiquei imaginando se o dito popular ”no carnaval tudo pode” se aplica também a infringir tais direitos…

Multidão tem marcado carnaval em Apodi (Foto: Blog ApoDiário)

Primeiro, em meio à multidão acompanhando um trio-elétrico no meio de pessoas seminuas, embriagadas, usando drogas, enfim o que se imaginar de atrocidades para os olhos de uma criança.

Observávamos os chamados ”arrastões” e em determinado momento, se via uma cidadã desesperada. Havia perdido seu filho de apenas seis anos, no meio dessa multidão (30 a 50 mil pessoas, se não mais). A mãe havia o perdido… chorava, gritava e dizia: “perdi meu filho”.

Podia ter evitado isso. Um detalhe: estava embriagada, não lembrava sequer a cor da roupa que o filho trajava. Sem falar em tantos outras situações que a polícia tinha que resolver.

Resolvemos, com as condições que nos foram dadas.

Mas o que chamou atenção foram os quebra-quebras generalizados que precisavam de nossa intervenção. Por incrível que pareça, nos camarotes. Pessoas que se dizem cultas, se esbofeteando, dando e levando garrafadas. Observei pouca diferença de comportamentos nas pessoas que estavam no camarotes e as que estavam no meio da multidão, próximas ao “pé do palco”…

Como já era de se esperar, por nós que fazíamos naquele momento a segurança pública do evento, sobe ao Palco a ”Mais esperada atração da noite para os foliões”. Isso era 02h55 da manhã.

A BANDA GRAFITH INICIA SEU SHOW. Não demorou mais que 15 minutos de show, para ter início a um quebra-quebra generalizado, onde se observa, cidadãos se esbofeteando, garrafas de vidro sobrevoando o evento e pousando na cabeça de cidadãos, pessoas sangrando, pessoas caídas ao chão, cidadãos correndo com facas na mão.

Depois de meia hora de intervenção conseguimos controlar os ânimos dos cidadãos que se dizem foliões. Foi muito trabalho, mas a banda voltou a tocar suas “músicas” que embalavam a multidão. Quando pensei que já havia visto as mais improváveis ocorrências naquela noite, que pudessem aparecer, chegam cidadãos aflitos, desesperados pois tinha uma grávida passando mal em meio à multidão e precisava de socorro, claro. Teve que ser levada às pressas ao pronto-socorro da cidade. Demorou muito, (trãnsito, pessoas curiosas se aglomeravam para ver o corrido, isso dificulta bastante o socorro).

No meio do corre-corre, fiquei me perguntando: “mas ela não poderia estar em casa repousando?” Ah, no Carnaval tudo pode”. Até eu mesmo, operador de segurança pública fiquei confuso, havia esquecido esse detalhe.

Bem, eram 05h00. Chegara o momento do repouso dos policiais, que já estavam ali desde as 18h00 do dia anterior quando havia iniciado o arrastão. Vamos para o ponto de apoio. Eis que no meio do trajeto observamos várias pessoas gritando, chorando, sangrando, chamavam pela polícia e ali estávamos prontos para atendê-los é claro, e o fizemos.

Quando perguntamos o que aconteceu, quase não entendemos pois “95% dos que estavam ali, pareciam zumbis humanos” de tão bêbados que estavam, mas testemunhas informaram que acabava de acontecer um arrastão, onde os praticantes foram bastante violentos desferindo inclusive coronhadas na cabeça, dos foliões, que retornavam para suas casas. As diligencias prosseguiram.

Fico a refletir, sobre essa realidade, quando hoje terça-feira (4), antes de assumir novamente o serviço, “graças a Deus, o último desse carnaval”, aproveito para continuar a Leitura de Castoriadis, “Uma Sociedade à Deriva”.

Agora sim, consigo entender realmente o que o autor quer nos repassar com esse título chamativo.

Ibraim Vilar Moisinho – Bacharel em Administração, Policial Militar – PMRN e Especialista em Segurança Pública e Cidadania.

Nota do Blog – Que depoimento pujante, meu querido Ibraim.

Reforça em mim, mais ainda, a admiração pelo trabalho que vocês realizam como escudo dessa mesma sociedade que raramente valoriza tamanho sacrifício.

Quanto ao que é relatado, nenhuma surpresa. Poderia ser sobre Macau, Rio de Janeiro, Salvador, Aracati etc.

Há muito que nossa sociedade está à deriva.

Um abraço. Bom trabalho, boa sorte. Deus proteja a todos vocês e aos foliões.

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Categoria(s): Gerais / Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. Carlos André diz:

    Sodoma e Gomorra em comparação com o Brasil, parece brincadeira de criança, estou só a esperar cair fogo do céu e acabar logo com essa bagunça.

    Não é a toa que o nosso país passe pelo que está passando.

  2. lair solano vale diz:

    Bom dia a todos. Quanto mais fico sabendo das multidões presentes nos carnavais do sofrido e “seco” RN, fico pensando no quanto poderia ser feito com o dinheiro gasto pelos municípios, pelo governo e por aqueles que hoje quara-feira de cinzas não terão, se quer, como voltar para as suas cidades.
    Será que a nossa juventude não pode fazer um carnaval nos seus municípios de origem, se unindo e dividindo as despesas : com a própria banda municipal, com os seus terríveis paredões e etc. Será que os senhores deputados não poderiam criar uma lei determinando o horário de nossas festas populares até no máximo meia noite ? É hora de pensar o futuro dessa juventude, tão ameaçada e tão “inocente”

  3. saturnino diz:

    Excelente texto para descrever uma realidade tão triste. Enquanto o ser humano buscar a satisfação em coisas passageiras, continuará no estado de degradação de valores. Lamentável, esta ilusão do carnaval, pois tudo passa e nada de bom fica, ao contrário, muitas marcas negativas é que são afixadas. O homem deveria repensar os seus valores e o objetivo de sua vida, notar que estas festas são tentativas de preencher um vazio existencial, que não o conseguirá por este caminho.

  4. Genivan Vale diz:

    Parabéns pelo texto. Infelizmente é isso mesmo.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Aproveita, Genivan Vale, escreve alguma coisa sobre a Lei da MORDOMIA DOS VEREADORES, Lei 3068 pela qual você votou favoravelmente.
      Lei que lhe dá direito a ter o IPTU pago pelos mossoroenses.
      Lei que paga a sua conta de água, luz e de telefone.
      Talvez por isto você está caladinho quanto ao aumento de 11,5% da CAERN.
      Você não paga…
      Mostra a lista do que foi comprado pelo prefeito provisório com quase 150 mil reais de GÊNEROS ALIMENTÍCIOS e de MATERIAL DE LIMPEZA quando presidente da Câmara Municipal de Mossoró.
      Duvido que mostre.
      NÃO MOSTRA PORQUE NÃO PODE MOSTRAR!
      Cartel da gasolina?
      Deixa prá lá…
      ///
      TRÊS COISAS EU SÓ VOU FAZER UMA VEZ NA VIDA: NASCER, MORRER E VOTAR EM GENIVAN VALE.
      Inácio Augusto de Almeida

  5. Pinheiro Neto diz:

    Grande guerreiro Villar… conta com grande trabalho prestado a sociedade por meio do proerd.

  6. Ieda chaves diz:

    Ibraim
    Bom dia

    Parabéns pelo texto e o nosso reconhecimento pelo seu trabalho, que conhecemos de perto há quatro anos junto ao PROERD. Precisamos mesmo de reflexão e ação, de fato, os valores sociais precisam ser revistos, iniciando pela atuação das famílias, pelo importância do respeito, de ensinar sobre limites e possibilidades, autonomia, autoridade e liberdade, direito e deveres. Nas funções que desempenhamos,,eu e você, no nosso dia a dia deparamo-nos com situações que se não limitam, dificultam a eficácia de nosso trabalho. Mas continuaremos atuando exercendo nossas funções em busca de melhorias, mesmo que muitas vezes nos indignando com os fatos.
    Abraços.
    Profa Ieda Chaves

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Poderia ter aproveitado para dizer quando o UNIFORME E O MATERIAL ESCOLAR serão entregues em Mossoró.
      Ano passado apenas uma blusa tamanho único para todos os alunos e no final do ano letivo.
      E afirmou em fevereiro que a licitação estava em andamento.
      Este ano a licitação já foi feita?
      Sabe quantos alunos estão matriculados na rede municipal de ensino este ano?
      Ou esta não foi a desculpa para dizer ano passado que a licitação para compra do UNIFORME ESCOLAR não tinha sido realizada?
      Todas estas afirmações minhas são feitas fundamentadas naquele seu comentário resposta que por divervas vezes trancrevi neste blog.
      Poderia ter aproveitado esta oportunidade de agora para dizer porque FRITURA ainda continua fazendo parte da MERENDA ESCOLAR.
      E ainda fala em indignação.
      “Mas continuaremos atuando exercendo nossas funções em busca de melhorias, mesmo que muitas vezes nos indignando com os fatos.”
      Indignada com quais fatos?
      Diga quais os fatos que lhe provocam indignação.
      Indignados estão todos os que acompanham o descaso para com os alunos da rede municipal de ensino em Mossoró.
      Apodi já entregou MATERIAL E UNIFORME ESCOLAR.
      Apodi serve uma MERENDA ESCOLAR de qualidade.
      Em maio o pesadelo acaba.
      ////
      A MISÉRIA É A PIOR DAS PRAGAS.
      Inácio Augusto de Almeida

  7. Vereador Soldado Jadson diz:

    Parabéns pelas colocações companheiro de farda. Como um soldado da Polícia vc sabe muito bem dissertar sobre esta triste realidade. Graças ao seu esforço, juntamente, com os demais integrantes da tropa torna-se possível amenizar este cenário de desolação. Lamentamos as condições totalmente desfavoráveis a que são submetidos os policiais que, por sua vez, fazem quase o impossível para desempenhar heroicamente suas funções.

  8. Franklin Filgueira diz:

    Texto muito importante para ser lido pelo cidadão. Mostra, na ótica de quem faz a segurança pública, as graves imprudências que as pessoas cometem motivadas pelo “festejo” de carnaval. O pior é que as crianças estão aprendendo com seus pais para reproduzirem esse comportamento reprovável quando adultas.
    Parabéns ao Ibraim.

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Importante alerta esse feito por você, professor Franklin. As crianças reproduzem o que seus ídolos (pais) fazem. Amanhã, tudo indica, com raríssimas exceções, serão pais relapsos, meros beberrões, que acham natural deixar filhos à deriva, entregues à própria sorte, em nome do festim, da “alegria” artificial e instantânea. Abraços. P.S: Senti sua falta na festa dos 75 anos do nosso querido Colégio Dom Bosco

  9. edson vieira diz:

    quando o brasil valorizar mais o cérebro e menos a bunda,seremos uma grande naçao.

  10. Moura diz:

    Vejo um “relato” cheio de pré-conceitos/juízos de valor. Fica até parecendo que vítimas das circunstâncias (carência de segurança, de organização dos espaços e eventos públicos, ou de “má-sorte” mesmo) ou de mal-feitores são culpados por “não terem ficado em casa”, “dado mole”, ou por gostarem de certos tipos de música (sem as aspas do relator). Respeito a opinião do autor, mas o que parecia, no início, uma crítica a ausência/insuficiência do Estado (conselheiros tutelares, agentes de trânsito, policiais e primeiros socorros) virou uma aula ou lição de moral.
    Deixo o (ainda) válido comentário do professor Streck:
    “O que quero denunciar é que se coloca uma espécie de alternativa ruim para a vítima: ‘Não dê mole para o assaltante…; não aparente posses etc.’ Com isso, inverte-se a relação que está lá na Constituição: há um direito fundamental à segurança pública. O sujeito é assaltado e se diz: ‘Também… o trouxa ficou dentro do carro… veio o assaltante e, bingo (!), consumou o ato.’ É?! Quem sabe podemos ler isso de modo diferente? É um direito do cidadão andar por aí, pelas ruas etc. É o Estado que deve dar segurança para o cidadão. O cidadão está certo. O assaltante, não. O quero dizer é que isso deve ser comunicado à vítima. O cidadão deve saber que o Estado se importa com ele.”

    O que vale para segurança, vale para a saúde, trânsito, organização de espaços e eventos, etc.

  11. JAIRGOMES diz:

    Para ver as fotos do carnaval de Apodi acesse: jairgomes.com

  12. Raissa diz:

    Muito bom!!

  13. José Nildo diz:

    Caro, mas carnaval não é isso? qual cidade tem estrutura ao receber quantia superior ao seu número de habitantes? por qual motivo com Apodi poderia ser diferente? esse é o tipo de texto que cabe a qualquer município, porém a Apodi foi escolhida pela blogosfera para revelar o que todos sabem…o desejo de um carnaval privado?

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Nildo, bom dia. Releia a postagem, por favor. O foco não é Apodi. O foco é o humano, a perda de valores familiares etc. A postagem não é político-partidária, como você desfocaliza. Não se falou ou se deixou implícito ou subliminar proposta de carnaval privado. Abraços.

  14. veridiana sales diz:

    Parabéns pelos esclarecimentos (precisamos deles).
    e obrigada pelo trabalho.

  15. MÁRCIA KARINA diz:

    Presenciei tudo isso, e nesses 30 anos que tenho nunca vi tanto desmantelo junto…drogas, prostituição, bebidas …Deus me livre, saímos pra nós divertir e ficamos abismados , crianças cheirando lança, acho que fumei maconha sem querer…Eu jamais levaria os meus filhos pra tal ambiente…

  16. José Aragão diz:

    Fui policial militar durante 14 anos, e não é bem assim do jeito que o companheiro relatou em suas sábias e corajosas palavras. É bem pior que isso tudo ai comentado. Alie-se a isso uma pressão de políticos da região das festas por policiamento, com o único intuito de ficar bem na foto com a população da cidade. Pouco se importando se o policial está saindo de uma escala de serviço de 24 horas. Alie-se a isso também, uma promessa de diária operacional (a hora-extra do serviço policial) que deveria ser paga brevemente e os policiais acabam esperando até 6 meses ou mais pra receber uma hora-extra de valor totalmente ultrapassado, onde a última vez que teve uma atualização do valor foi no ano de 2009. Ali-se a isso, o incômodo irresponsável de meia dúzia de almofadinhas se dizendo estudantes de direito da UNP onde na realidade, nem sequer sentam numa cadeira de sala de aula durante um semestre inteiro e se sentem no direito de tentar dificultar o trabalho do policiamento. Alie-se a isso uma estrutura de trabalho decepcionante ofertada pelo governo do estado do RN. Definitivamente resolvi passar dias e noites estudando pra sair da instituição, que muito me honra ter feito parte dela durante 14 anos, mas infelizmente, não aguentei a pressão e resolvi abandonar. Afinal, tenho uma família formada e tenho que buscar as melhoras que nunca veio enquanto fui profissional de segurança pública. E graça ao bom Deuse meu esforço, fui recompensado com meus estudos e passando em um bom concurso federal. Assim me disperso dos amigos PMs e desejo de coração aos que, como o companheiro Ibrain que luta ainda por melhorias na profissão, uma boa sorte e que um dia consigam o que nos meus 14 anos não consegui. Algo simples, que é o sonho de todo profissional: A valorização da classe.

  17. Samir Albuquerque diz:

    E hoje, nas rodinhas de conversas, nas universidades por ai, chega um estudante com a cabeça enfaixada, a cara toda deformada pelo inchaço dos hematomas, e, ao ser perguntado como foi o Carnaval, no caso, o de APODI, este dirá sem titubear: Foi ótimo!!!

    E é por essas e outras que eu prefiro ser estranho, ser antiquado, ser velho para quem é novo. Enfim, prefiro não ser como a multidão.

  18. Imaculada Alves diz:

    Aí meu amigo Ibrain, digo amigo pq assim o considero desde tempos remotos, e ñ me surpreendi quando vi e li este texto, pq sei de sua capacidade. Ainda outro dia lembrando de vc e do seu esforço para vir à escola estudar, ñ só lembro como tenho em vc uma referencia do quão longe podemos chegar quando temos objetivos e sonhos. Bom, para citar o seu texto só tenho uma coisa a dizer: lamentável observar o quanto as pessoas estão se denegrindo entre si, já ñ é tão estranho se compararmos as touradas com esse tipo de manifestação humana que muitos chamam de cultura. É uma pena q estejamos chegando no final de um tempo sem a menor preocupação para onde estamos indo.
    Parabéns pela observância e pela inteligência.
    Um abraço!

  19. Antonia Líria Alvino diz:

    Carlos,
    Excelente texto esse do Ibraim. Transmita para ele o bem que ele fez mostrando que a polícia tem gente com alto nível crítico e intelectual.

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Líria, bom dia. O Ibraim é um cidadão esclarecido, que orgulha a farda e a raça. O trabalho social que ele empreende, quase de forma anônima, é ainda mais relevante. O relato que ele faz, que é incompreendido por algumas pessoas, fala do humano, da família, da sociedade à deriva, sem se apegar a ideologias, partidarismos etc. Essa mensagem precisa ser entendida sem desvirtuamento. Precisamos debater com equilíbrio e refletirmos quanto ao que somos como indivíduos e sociedade. Abração.

  20. Marcelo Noberto diz:

    Muito bacana o texto. Se todos pensassem e agissem desta forma, mas o que vi no pouco tempo que passei em apodi, também foram policiais flertando com foliãs
    E nós sabemos… “No carnaval pode tudo”.
    Mas admiro os que trabalham com integridade e respeito (em sua maioria ). E concordo com cada palavra. Nós realmente criamos as situações mais diversas que acabam dificultando a ação policial e até mesmo, tirando-os de diligências que realmente importam é são de sua verdadeira competência.

  21. naide maria rosado de souza diz:

    Texto espetacular. É isso mesmo. Nada contra o divertimento, mas, no momento em que todos os limites são ultrapassados, onde a censura parece desaparecer para dar lugar à permissividade, a promiscuidade, a uma euforia desenfreada em nome de um “PODE TUDO” de consequências trágicas, há uma mudança de figura.
    Às vezes chego a pensar que esse desequilíbrio é um desespero. Outra seara, muito profunda, que não caberia alongar.
    Nesses últimos dias, aqui no Rio, assistimos a um milagre. A jovem que depois de capotar sete vezes, despencou com o carro da Ponte Rio- Niteroi, altura de 50 metros e saiu praticamente ilesa. Deus existe…
    Chorei pelo menino que veio de Mossoró para ficar com o pai, o “Monstro de Bangu”, que tirou-lhe a vida, espancando-o até matá-lo.
    Leio, hoje, que o NORDESTE foi campeão da violência no carnaval e, quando o RN é citado, quem aparece é Mossoró.
    Beleza o trabalho do Policial Militar Ibrain, orgulho da Corporação. Li o texto emocionada, ali a realidade.
    Parabéns!

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