Após 90 dias da chegada dos equipamentos para a instalação em Mossoró de três leitos de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, só agora chegou-se a uma conclusão triste e de difícil compreensão: as incubadoras não são adequadas para o tratamento de recém-nascidos com complicações de saúde.
Segundo a responsável pela UTI, a médica neonatologista Elizabeth Santos, os equipamentos são muito grandes. A especialista explica que os leitos são para crianças com meses e não para recém-nascidos. O fato pode trazer complicações porque a climatação é diferente e o acesso às crianças, via luvas especiais para evitar contaminação, também obedece a outros critérios técnicos.
Um outro complicador externado pela especialista é que a equipe ainda não foi totalmente treinada. Nem todos os profissionais que foram contratados – em um total de 20 – têm até aqui treinamento suficiente para trabalhar neste departamento.
Este jornal on line tentou contato com o diretor da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM) – que administra a Casa de Saúde Dix-sept Rosado e a Maternidade Almeida Castro –, Fábio Ricarte, para que ele comentasse as declarações da especialista, mas ele não atendeu ao telefone, muito menos aos recados.
Quem também não foi localizado foi o promotor da Saúde, Guglielmo Marconi Soares, que segundo a sua secretária, está de recesso.
Há cerca de 90 dias, os equipamentos da UTI neonatal já estão em Mossoró, comprados pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP).
Neste período foi assinado um termo de compromisso entre a Dix-sept Rosado, a Sesap e o Ministério Público de que o equipamento passaria a funcionar sob pena de multa pessoal contra o secretário e contra a casa de saúde.
A UTI realmente foi aberta, mas não está funcionando conforme o combinado. Ainda hoje este jornal on line traz mais detalhes sobre o assunto.
* Do jornal Pedro Carlos Ponto Com. Saiba mais clicando sobre esse endereço.
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