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quarta-feira - 18/06/2014 - 15:59h
Opinião

Vale o título, mesmo com pouco futebol

Vi Brasil 0 x 0 México. Placar irritante, mas normal, diante das circunstâncias do próprio jogo.

Claro que a torcida nacional utópica e míope quer goleada.

Ficou de bom tamanho. Poderíamos ter ganho, não fosse o iluminado goleiro Ochoa.

Sim, mas não me venha com aquele lugar-comum absurdo: “Se não fosse o goleiro…”

O goleiro faz parte do time; ele não é uma entidade à parte. É ele e mais dez. Portanto, sua boa atuação conta para o placar final.

No Brasil, de novo se repete o óbvio ululante: somos dependentes de Neymar, o Neymar Júnior.

Pelo visto, fez falta o Hulk na sustentação do meio de campo e proximidade com ataque.

Paulinho está fora de ritmo, aquém do que fora na Copa das Confederações. Por que não testar Hernanes ou mesmo Fernandinho?

Daniel Alves, na ala direita, é apenas esforçado. Pode surpreender com um gol, com uma jogada alçada na área, mas nem de longe é aquele ala dos bons tempos do Barcelona.

Temos uma defesa que parece inexpugnável com Thiago Silva e David Luiz. O goleiro Júlio César vai passando confiança. Na frente da zaga, Luiz Gustavo é discreto, mas seguro.

Mas existiu um vácuo entre defesa, meio de campo e ataque, em que Fred ficou isolado e os que entraram não conseguiram mostrar muito mais, como Bernard e Jô. Oscar não repetiu o show contra a Croácia.

Contra Camarões teremos um jogo teoricamente menos complicado, com boas possibilidades de vencermos. Entretanto daí para frente, o que não for remendado, vai estourar.

Até aqui, nenhuma outra seleção parece disparadamente melhor do que a brasileira. Temos Alemanha (boa performance contra Portugal) e Holanda um pouco acima em termos de qualidade. Porém nada de espetacular. A primeira é até mais sólida, homogênea, como comum aos times alemães.

As demais, do mesmo nível da verde-amarelo ou abaixo.

Se lá atrás continuarmos sobrando, os ajustes no meio e na frente podem fazer a diferença até o título. Contudo estou convicto de que dificilmente teremos espetáculo e cada jogo precisaremos mais de um Neymar Júnior para decidir, o que a grande maioria das seleções não tem.

Vale o título.

É o que importa.

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Categoria(s): Esporte / Opinião da Coluna do Herzog

Comentários

  1. AVELINO diz:

    Quem assiste aos jogos dessa copa pela BAND, por não aguentar mais as narrações de Galvão Bueno com os seus antipáticos “gritinhos de perigo”, já deve ter concluído que NETO (ex-Corinthians), comentarista esportivo da emissora em tela, era quem deveria estar dirigindo a seleção no lugar do Felipão, pois tudo que o moço diz, diz com a sabedoria e convicção de quem sabe tudo de futebol… E sabe mesmo, apenas que, no Neto comentarista da BAND, se torna irritante o seu acentuado sotaque interiorano paulista onde ele coloca muito mais “r”, o triplo quiçá o quadruplo, do que realmente a palavra tem… Fora, isso!!!

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