Mais de 37 mil eleitores votaram em branco e nulo para deputado estadual em Mossoró nas eleições passadas, em 2014.
Para ser mais preciso: 37.352 eleitores.
Foram 13.592 (9,54%) em branco e 23.760 (16,67%) nulos.
Houve contagem de 105.149 (73,79%) de votos válidos (dados a candidatos e à legenda), num total de 160.012 eleitores aptos a votarem.
As abstenções chegaram a 17.512 (10,49%). Ou seja, 54.864 votos que não foram computados.
O descrédito em relação à política, aos políticos e aos partidos, pode tornar esses números ainda mais corrosivos no próximo ano.
Deputado Estadual (Mais votados em Mossoró em 2014):
Larissa Rosado (PSB) – 24,35% (24.585)
Galeno Torquato (PSD) – 12,19% (12.306)
Leonardo Nogueira (DEM) – 9,02% (9.111)
Souza (PHS) – 3,98% (4.186)
Fernando Mineiro (PT) – 3,88% (3.914)
Getulio Rego (DEM) – 3,46% (3.496)
Adenubio Melo (PSC) – 3,44% (3.471)
Bispo Francisco de Assis (PSB) – 2,11% (2.130)
Kelps Lima (SD) – 2,09% (2.111)
Jacó Jácome (PMN) – 1,91% (1.929)
Brancos – 9,54% (13.592)
Nulos – 16,67% (23.760)
Válidos (Nominais e Legenda) – 73,79% (105.149)
Melhor não duvidar.
Em 2014, Mossoró não teve um único candidato nativo eleito ou reeleito à Assembleia Legislativa. Os dois nomes que tentaram voltar, caíram: Larissa Rosado-PSB (com 24.585 votos – 23,38%) e Leonardo Nogueira-DEM (9.111 – 8,66%).
Nessa mesma eleição, 209 candidatos a deputado estadual foram votados em Mossoró. De Larissa (campeã de votos) a 25 ‘concorrentes’ que obtiveram apenas “um voto”.
Os 24 eleitos à Assembleia Legislativa à ocasião foram votados em Mossoró, o que mostra a sua característica de município polo. Provavelmente isso vai se repetir em 2018.
Caixa 2 mais fraco e fim de polarização
Cedo para se afirmar que teremos uma reviravolta nesse diapasão.
Porém é pouco provável que exista “estouro de votação” de algum candidato, principalmente porque se forma um quadro de concorrentes locais e da região, que deve dividir bastante os votos locais.
As fortes restrições à propaganda, a maior vigilância quanto ao abuso do poder econômico e a falta de liquidez de potenciais financiadores (caixa 2, que vai continuar, claro) também pesarão para essa tendência.
O fim da polarização entre Rosado x Rosado, que vinha sendo engendrada pelos “Rosados divididos ” desde os anos 80, é outro fator a ser registrado. Estão quase todos no mesmo palanque e vivem desgaste comprometedor, além de convivência sob desconfiança mútua.
A atmosfera político-eleitoral da época, ou seja a conjuntura, dirá com maior clareza algo mais consistente sobre a corrida eleitoral à Assembleia Legislativa e demais disputas. É acompanharmos, com atenção, essa “nuvem” em movimento constante.
Veja amanhã a segunda postagem da série Política 2018.
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Vários fatores sinalizam que milhões de eleitores vão estar longe das urnas, em especial as cabeças pensante.
Eles ☛ ♞♘ são um caso à parte. Mesmo levando fumo todos os dias, eles fazem questão de ser os primeiro da fila.
Se o tse exigir que o voto seja pago, eles vendem tudo, inclusive a família, para fazer valer direito dele, do cidadão, e do bem e$tar dos eleitos.
Xô, pé de pote.
Divididos os votos locais, dificilmente Mossoró elegerá candidato a AL. Os candidatos mossoroense precisam entender que, embora município polo, Mossoró sozinha nao elege, com seus votos disputados por “estrangeiros”. Então, resta peregrinar pelos municípios vizinhos, quem quiser se eleger.
*mossoroenses, corrigindo.