domingo - 28/12/2025 - 09:20h

Velho ditado

Por Bruno Ernesto

"Rouquinho", com um monte de coisas para não fazer, segue espichado (Foto: Bruno Ernesto)

“Rouquinho”, com um monte de coisas para não fazer, segue espichado (Foto: Bruno Ernesto)

Por acaso você notou que o rosto do outro desmonta qualquer discurso natalino e que não celebrar o Natal é uma escolha e fingir é uma atitude de má-fé?

Liev Tolstói sintetizou uma palavra numa única frase, quando disse que é mais fácil escrever dez volumes de princípios filosóficos do que pôr um deles em prática.

Se bem que Nelson Rodrigues, sem protocolos, diria a vida como ela é.

Foi-se o primeiro quartel do século XXI. Se não deu tempo para tudo, não se preocupe, pois ainda há tempo para muita coisa. Finado é apenas o ano.

A última semana do ano parece que anda aos solavancos. Ora lenta demais, ora acelerada demais, e tudo converge para o caos de final de ano.

Meu relógio é sempre adiantando mentalmente em dez minutos; para tudo. Especialmente se preciso sair apressado, pois é o tempo necessário para sair catando um a um os meus gatos, entorpecidos pela luz do dia.

Ao contrário do que você possa imaginar, o cochilo deles espalhados pela casa em verdade me dá um recado velado nessa correria diária. E se mesmo chamando para sair, não saem, aquele bocejo e aquela espreguiçada matinal deles apenas reforçam o recado.

Eles têm razão. Talvez seja esse o motivo pelo qual sempre preferi criar felinos.

Se você não pode contra o tempo, alie-se a ele.

Como diz o velho ditado: quem não tem cão, caça como um gato.

Bruno Ernesto é advogado, professor, escritor e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mossoró (IHGM)

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Categoria(s): Crônica

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