“Ao vermos o patrimônio cultural da nossa cidade sendo destruído, desde o nosso primeiro mandato lutamos pela preservação desses bens que pertencem a todos os mossoroenses”. A declaração é do vereador Genivan Vale (PR).
Preocupados com isso, ele lembra que “em novembro de 2009 entramos com uma Emenda Aditiva para o PPA de 2010 a 2013, que institui a Política de Tombamento do patrimônio histórico e cultural e sua preservação. E apenas em 2011, a Prefeitura sancionou através da Lei 2749 de 17 de junho, foi publicada no JOM n° 100 do dia 24 de junho de 2011.”
Porém, diz de forma questionadora, “que os recursos foram direcionados somente para a manutenção do Memorial da Resistência, e dos museus Lauro da Escóssia e do Esporte de Mossoró.”
Neste ano, adianta que entrou com emenda que destina R$ 400 mil para a Implantação da Política de Tombamento do Patrimônio Histórico e Cultural e sua preservação. “Entendemos que o patrimônio precisa ser restaurado e preservado. Esperamos que os vereadores possam aprová-la.”
Caro amigo/jornalista Carlos Santos. Louvável as palavras e atitude do vereador Genivan Vale. Gostaria de colocar um adendo ao assunto. Em 1996, quando fui auxiliar do então prefeito de Mossoró, Dr. Dix-Huit Rosado, sugeri-lhe que a prefeitura adquirisse o patrimônio do espólio dos Ferrário Leite, prédio onde funcionou a câmara municipal, situado à rua Tiradentes nº 22, galeria com av. Alberto Maranhão nº 1500, que pertencia, e ainda pertence, aos herdeiros de Amâncio Leite, meu avô materno, ex-prefeito da cidade no início dos anos de 1930. Tal proposta tinha, como objetivo, preservar o patrimônio cultural de um imóvel construído no início do século passado, passando-o a fazer parte do imobilizado do município, assim como outros, serem ocupados por secretarias, gabinetes, ou até construído nos fundos do casarão, parte que tem saída para a Alberto Maranhão, um centro administrativo de menor porte, digamos assim. Evidente, que não prosperou a negociação e o resultado toda Mossoró conhece. Eu, como herdeiro de parte do imóvel, lamentei, e muito, a demolição do espaço em que vivi toda a minha infância, embora tenha presenciado que, já de a muito tempo a natureza, composta por sol, chuva e pragas, principalmente o cupim, trataram de derrubá-lo, sobrando, apenas, a parede frontal da ‘casa grande’ como carinhosamente a chamava. Fica aqui o registro, do qual agradeço-lhe a publicação neste espaço, apenas para defender-me de críticas que sofri de muitos setores da sociedade e imprensa, por pensarem que eu fui o único ‘responsável’ pela demolição de um imóvel que, com certeza já não pertencia, somente, aos herdeiros/familiares e sim, de toda a comunidade cultural da cidade de Mossoró. Pela atenção, muito obrigado.