Momentos de terror. Bandidos armados, visivelmente nervosos e capazes de provocarem uma tragédia com eliminação de sua vida e de familiares. Essa é uma síntese da narrativa da presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Izabel Montenegro (PMDB), sobre arrastão de que foi vítima em sua casa à manhã de ontem (sexta-feira, 3).
A vereadora reside à Rua Frei Miguelinho, bairro Doze Anos.
Em seu relato, também, queixa quanto à insensibilidade de muita gente que parece se regozijar com o drama vivido por ela, familiar e colaboradores:
Ontem por volta de 5h30, madrugada, eu estava aguardando o carro para me dirigir a Natal, tinha compromissos no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e na Assembleia Legislativa.
Ia acompanhada do vereador-professor Francisco Carlos (PP).
Ao ouvir a campainha tocar me encaminhei ao portão com a bolsa na mão para seguir viagem. Ao abrir o portão me surpreendi com 4 ou 5 elementos armados, já com o motorista rendido, anunciaram um assalto. Eram novos, nervosos, uns mascarados e outros de boné, me tomaram a bolsa, a aliança, e começaram a dizer que queriam ouro, televisões, celulares, dinheiro, “queremos tudo”!
Pedi calma. Disse que eles podiam levar o que quisessem. Adentramos na casa, nesse momento, com o barulho, o meu marido acordou e apareceu no alto da escada, nossa casa é de primeiro andar, perguntando o que era aquilo, eu gritei: É um assalto, tenha calma que vai dar tudo certo!
Eles foram até um quarto em que estava uma pessoa que mora conosco, tomaram o celular dela, a renderam e a colocaram de bruços, na sala, ela, meu marido e Gilson o motorista.
Um dos assaltantes, com a arma na minha cabeça, foi até o meu quarto e perguntou pelas jóias. Eu mostrei uma caixa e disse que ali tinha poucas jóias, a maioria era bijuterias. Eles pegaram, tiraram a televisão da sala e colocaram-na no carro da minha filha. Pegaram o salário mínimo da nossa auxiliar que estava em uma gaveta e um resto de talão de cheques que tinha na minha bolsa.
Pegaram o carro da minha filha, colocaram uma TV grande no banco detrás, e pediram o controle do portão para sair, eles não sabiam nem ligar o carro (é ligado em um botão). Eu falei para eles: “levem essa camionete; vocês não vão saber dirigir esse carro!”
Eles concordaram. Tirei o carro da minha filha do meio, e eles se dirigiram para o carro que sugeri. Abri o portão da garagem, só que eles não sabiam dirigir carro automático e começaram a bater, nas paredes, no portão e em um poste que tinha na calçada, saída da garagem.
Eles ficaram tão nervosos que o carro que tava dando cobertura ficou atrás da camionete e eles bateram nele também.
Vendo que não conseguiam levar o nosso carro, saíram pelas janelas, nem as portas conseguiram abrir, e fugiram no carro que vieram.
Graças a Deus ninguém saiu machucado fisicamente, já agradecemos muito a Nosso Senhor e a Nossa Senhora.
O que mais me magoou nesse episódio foi ver comentários de postagem sobre o ocorrido de pessoas dizendo: “eu acho é pouco”, “agora pode ser que os politicos façam alguma coisa”, “os políticos não estão nem ai, vão botar mais segurança e blindar os carros”.
Essas pessoas são piores que os assaltantes, pois estudaram, alguns em capitais onde o ensino é top; diante de comentários desse tipo não posso classificá-los de seres humanos sadios. Quem se regozija com a desgraça alheia é um ser normal?
Nota do Blog – Lamentável essa situação, que aflige a todos nós, vereadora.
Quanto ao sadismo alheio, é torcermos para que essas pessoas não sejam vítimas ou tenham familiares em situação similar ou pior.
Somos todos prisioneiros do medo, condenados a viver ou morrer – conforme a decisão da marginália.
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Lamentável, vereadora. Lamentável tb se regojizar do sofrimento alheio.
Estamos todos hoje no mesmo barco da insegurança por motivos vários…não só por incompetencia dos políticos e do estado, mas da falta de Deus nas familias e na vida nas pessoas.
Me solidarizo com você, Izabel, graças a Deus não aconteceu o pior…. Quanto a reação dessas pessoas, a gente só lamenta. Na minha opinião, depois que Aécio Neves perdeu a eleição pra presidente, criou- se no pais uma campanha pra destruir a presidente eleita e junto com ela foi destruída a imagem da classe politica.
Muita gente se acha no direito de dizer o que tem vontade da classe politica, é um absurdo o que se lê; a falta de respeito, o sentimento de rancor e de ódio (do adversário) é tão evidente a ponto de desejar a morte do outro. É PRECISO REVERTER ESSA SITUAÇÃO.
OBS) Não tenho nenhum parente com mandato político.
o ocorrido nao foi nao é nada agradavel para ninguem que sofre , que tem sua casa asaltada , seu celular robado por varias vezes, ficar em sua casa trancada sem poder sair para respirar ar pura e por muito mais , perdemos a nossa liberdade , os ladroes é quem tem liberdade !! porém é verdade os politicos precisam sofrer na pele para poder tomar uma atitude com o que esta pasando em mossoró , no Rio Grande do Norte , atitudes urgentes , a verdade é essa !!! porque sao os politicos que podem e tem obrigaçao de fazer alguma coisa
Izabel .
Lamento o que aconteceu. Festejo a sua vida , a de seus familiares e amigos. Parabenizo a sua reação que , com certeza, evitou uma desgraça. Infelizmente, precisamos aprender a lidar com a violência se quisermos preservar as nossas vidas. Como não andamos armados e acompanhados de exímios guarda-costas, não nos resta saída senão a de nos rendermos às situações. Deus continue a lhe abençoar e aos seus. Hoje, estarei orando por vocês todos.
Um abraço de solidariedade.
Concordo com a Sra, mas está é a opinião do povo sobre os politicos.
Uma pergunta que não quer calar: Quem elegeu os politicos? Foi o povo!! Ninguém é nomeado, são escolhidos em uma disputa acirradissima!!Acho que pessoas que reclamam muito dos politicos é por que estão decepcionadas por não conseguirem um emprego público, simples assim!! Se tivessem com um carguinho qualquer idolatravam quem os empregou!
Rita, realmente, tens inteira razão, desde então, a dita oposição impulsionada por uma mídia sabidamente irresponsávell, facciosa, venal e sobretudo movida por interesses que jamais disseram respeito aos reais e verdadeiros interesses do pais e da nação.
Assim sob a chancela do palyboi cocainômano e corrupto AÉCIO NEVES, iniciou-se um preclaro processo de disseminação do moralismo político e do ódio político partidário como arma para reverter um processo eleitoral ganho legitimamente através do sufrágio popular.
Nessa toada que pode perfeitamente jogar o país e a nação em mais um período de retrocesso político e institucional nas mãos dos MILICOS da extrema direita. Verifica-se que, além do Ególatra e Mitômano e cocainômano Aécio Neves da Cunha, figuras centrais e Partidos, atuaram e foram decisivos nessa derrocada dos valores democráticos e da atual e profunda incerteza vivenciada pelo Estado Democratico de Direito legado ao povo brasileiro através de muitas lutas, suor e sangue de muitos.
O PMDM e o PSDB, tendo em seu líderes, assim como nas figuras de SÉRGIO PARNHOS FLEURY MORO (O IMPARCIAL DE CURITBA) , não esquecendo do corrupto, cínico e asquerosso EUDARDO CONSENTINO CUNHA, repise-se, desempenharam papéis decisivos no golpe e na gradativo processo de manifesto retrocesso político e institucional que se aprofunda.
E, como não poderia deixar de ser, não se pode exigir de um povo absolutamente despolitizado, boas maneiras, sabedoria e elegância no trato de questões tão complexas a envolver a política em suas relções socias e culturais. Mais ainda, quando de suas demonstrações de zelo e simpatia por qualquer líder, sigla partidária e (ou) agrupamento político que dele possa partilhar sonhos e desejos de uma vida melhor e um país igualmente melhor para todos.
Nesse contexto de profunda descrença nos polticos, nas instituições e na vida democrática, a violência de todas matizers e origens, inevitavelmente exsurge tal e qual uma tempestade originária de um uma brisa plantada a tempos no seio da profunda e histórica ignorância e da desigualdade imposta aos brasileiros, e, que veio a desencadear-se e explodir sob os anseios de um político chamado ÁECIO NEVES DA CUNHA em seu manifesto egoismo e sua vaidade pessoal de menino mimado, próprios de um político, absolutamente desprovido de qualquer pudor e vinculo com os reais anseios da maioria da sociedade brasileira.
Um baraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO
OAB/RN.