A Câmara Municipal de Apodi, Médio Oeste do RN, decidiu em sessão à manhã de hoje (quinta, 11) investigar o governo do prefeito José Pinheiro Bezerra (PR). A Casa aprovou a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI).
O Requerimento pedindo a abertura da CEI foi assinado pelos vereadores Aurindo Gurgel (DEM), Dagmar Suassuna (PR) e Edileuza Pereira (PDT). Fora protocolado na sessão da quinta (4).
O presidente interino do legislativo apodiense, vereador Tibúrcio Marinho (PPS), colocou o requerimento em votação na sessão de hoje. A proposição foi endossada pelos vereadores Nilson Fernandes (PMDB), Eliesio Gomes (PSB), Edileuza Pereira (PDT), Aurindo Gurgel (DEM), Junior Souza (PPS).
Os vereadores Ailton Deuzimar (PR), Dagmar Suassuna (PR) e Arnaldo Costa (PP) não participaram da sessão. Arnaldo Costa pediu afastamento da presidência da casa, Dagmar Suassuna e Ailton Targino não justificaram suas ausências.
Vários segmentos da sociedade apodiense acompanharam a votação. Ouviram pronunciamentos garantindo que a CEI vai realizar uma verdadeira varredura nas contas do prefeito José Pinheiro Bezerra, inclusive vão pedir apoio ao Ministério Publico Federal, Ministério Público Estadual e à Policia Federal.
Os vereadores estão levantando supostas irregularidades em licitações e obras no âmbito do município. O núcleo do problema é uma denúncia formulada pelo construtor Paulo Lima, da empresa Serra Verde. Ele aponta possíveis desvios de conduta na gestão de Pinheiro, através de um documento contendo mais de 20 folhas que chegou às mãos do vereador Aurindo Gurgel.
Ocorrendo confirmação dos deslizes, os vereadores podem pedir o afastamento do prefeito José Pinheiro Bezerra. Os vereadores também estão estudando a possibilidade de solicitar a presença de técnicos dos Tribunais de Contas do Estado (TCE) e Tribunal de Contas da União (TCU).
Pinheiro não conta sequer com um vereador na Câmara Municipal do Apodi. Também enfrenta paralisação de servidores da Educação e Saúde. Cobram execução no Plano de Cargos, Salários e Carreira.
No campo político ele está equidistante da campanha sucessória, sem apoio formal a qualquer um dos dois candidatos a prefeito, a vice-prefeita dissidente Gorete Pinto (PMDB) e o opositor Flaviano Monteiro (PCdoB).
Mas há uma corrente de pensamento apontando que essa situação na câmara é uma pressão política para Pinheiro não apoiar Flaviano. Todos os vereadores são aliados de Gorete.
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Atualização de matéria às 21h: Pinheiro dá sua posição sobre decisão da câmara. Veja AQUI.
Enquanto isso, no País de Mossoró, nossa Câmara de Vereadores, que já não tem histórico de fiscalização da Prefeitura, agora, em campanha eleitoral é que não funciona nada mesmo. Triste Mossoró!