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quinta-feira - 01/12/2016 - 23:02h
O outro lado

Vereadores reagem a exonerações e põem Jório na ‘parede’

Pelo menos 17 vereadores da atual legislatura na Câmara Municipal de Mossoró reagem conjuntamente, subscrevendo uma Nota de Esclarecimento, em contraponto à decisão do presidente desse  poder, vereador Jório Nogueira (PSD), de exonerar quase todos os assessores dos parlamentares, deixando cada um apenas com seu Chefe de Gabinete.

Eles também questionam e censuram justificativas às exonerações, que Jório Nogueira apresentou através de texto oficial distribuído à tarde de hoje à imprensa, denominado de “Comunicado da Presidência” (veja AQUI).

Fundação com custo da ordem de R$ 600 mil este ano é questionada na nota contra Jório (Foto: CMM)

Abaixo, na Nota de Esclarecimento, os vereadores apontam indícios de má gestão e favorecimentos, que na verdade estariam comprometendo as finanças do Legislativo:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Os vereadores da Câmara Municipal de Mossoró que subscrevem este documento, vem a público em primeiro lugar para se solidarizar com os 126 homens e mulheres, trabalhadores, que se esforçam para servir à Mossoró e que, justamente no mês natalino, recebem através de redes sociais a notícia de que foram demitidos, sem receber seus direitos trabalhistas e sem prévia comunicação, colocando-os em muita dificuldade.

Queremos também repudiar nota emitida pela Presidência da Câmara municipal e solicitar esclarecimentos ao vereador Jório Nogueira quanto ao desastre da sua gestão financeira e orçamentária.

O presidente divulgou inicialmente que a Casa precisava demitir assessores dos gabinetes dos vereadores, para solucionar o déficit orçamentário e financeiro estimado em R$ 1,5 milhão. Agora, poucos dias depois, indica que a necessidade de ajuste é da ordem de R$ 1,085 milhão.

Os vereadores exigem explicações em relação aos seguintes questões:

1. Qual o motivo pelo qual a gestão não identificou e divulgou esse problema no início de sua gestão em 2015, propondo e discutindo os ajustes necessários?;

2. No mês de abril de 2016, o presidente declarou, na Presença todos os vereadores, que não havia problema financeiros ou orçamentários na casa. Ele não sabia o que estava acontecendo ou estava mentindo?;

3. Se não havia dinheiro para assumir as despesas, como a gestão criou, ainda em 2015, a Fundação Aldenor Nogueira, que custa R$ 600.000 por ano?;

4. A situação não é justificável, pois a Casa recuperou R$ 800 mil de crédito junto ao INSS. Some-se a esse valor, cerca de R$ 2,3 milhões, que constavam no orçamento para pagamento da verba indenizatória e despesas com comunicação que não efetuadas, totalizando R$ 3,1 milhões de “folga” financeira e orçamentária;

5. Além disso, registram-se aposentadorias de diversos servidores efetivos;

6. Contudo, ao contrário de apresentar saldo, o presidente apresenta um déficit de R$ 1,085 milhão, fato incompreensível;

7. Com a realização de demissão em massa no último mês do ano, Jório vai deixar os recursos necessários para pagamento de todas as rescisões trabalhistas, com indenizações por férias, 1/3 de férias, etc?;

8. O presidente não apresentou justificativas para diversas despesas realizadas, sem as quais a situação seria totalmente diferente, prefere tentar esconder sua incompetência gerencial no termo “gestões anteriores”, sem assumir que aumentou as despesas da casa;

9. O presidente fala que “reconheceu dívida com o Instituto de Previdência dos Servidores da Prefeitura de Mossoró”. A dívida é do exercício corrente, sob comando do próprio Jório Nogueira, que atrasou o pagamento;

10. Jório afirma ainda que o sétimo assessor causou “déficit”, mas não informa que, mesmo com orçamento menor, até 2013 todos os gabinetes tinham 07 (sete) assessores;

11. Jório não explica por que paga gratificação a cargos comissionados, ou porque antecipou seletivamente o pagamento a diversas pessoas que foram demitidas e, ainda mais por que pagou em dinheiro a licença prêmio-vencida (servidor, que foi um dos coordenadores da campanha do presidente, vendeu a licença prêmio). Isso é legal?;

12. Em crise financeira, Jório indenizou as férias da servidora Renata Isadora Melo da Silva (namorada do filho do procurador da Casa), num total de R$ 11.995,20, no mês de outubro, conforme consta no Portal da Transparência;

13. Em 2014, a Casa gastava em média R$ 18,7 mil por mês com aluguel; em 2015 saltou para R$ 23,4 mil; e em 2016 saltou para impressionantes R$ 31 mil por mês;

14. Em sua gestão, a empresa BARBARA GRACIELY DA SILVA BEZERRA recebeu na gestão do atual presidente quase R$ 100.000 para manutenção dos ar-condicionado do plenário. Quantas máquinas foram assistidas? Pois dos gabinetes é custeada pelos vereadores.

15. Mesmo não compreendendo essa situação, pela qual exigimos explicações, convidamos o presidente para que ele apresentasse documentos oficiais com a situação, para discutirmos propostas para solucionar esse desastre gerencial, porém não obtivemos.

16. Entre outras possibilidades, a Casa deve rescindir contratos com empresas privadas em valor equivalente à necessidade orçamentária, já que estamos para encerrar o ano legislativo, que recomeçará em fevereiro de 2017. Nesse caso, é possível suspender despesas com manutenção dos gabinetes, material de expediente, limpeza e segurança, entre outras.

17. Se o presidente é tão honesto quanto diz, por qual motivo NUNCA respeitou o Art. 52, VIII da Lei Orgânica do Município e Art. 26, VII, C e Art. 37 do Regimento Interno, que determina que a Mesa Diretora apresente prestação de contas do mês anterior em plenário, apesar de exaustivamente cobrado pelos edis?

18. Para finalizar, o repasse mensal do Duodécimo em 2014 foi de R$ 1.369.409,05; em 2015 saltou para R$ 1.478.307,10; já em 2016, até outubro, o repasse mensal ficou em R$ 1.563.236,03. Aumento de cerca de R$ 200.000 mensais de 2014 para 2016.

Percebe-se que a palavra crise financeira não caberia para a gestão Jório Nogueira, que viu seus repasses aumentar mês a mês.

Alex do Frango, Alex Moacir, Celso Lanches, Cícera Nogueira, Flávio Tácito, Francisco Carlos, Genilson Alves, Genivan Vale, Heró Alves, Izabel Montenegro, Lahyre Neto, Lucélio Guilherme, Nacízio Silva, Ricardo de Dodoca, Soldado Jadson, Tassyo Mardony, Vingt-Un Rosado.

Os vereadores Tomaz Neto (PDT), Manoel Bezerra (PRTB) e Claudionor dos Santos (PEN) não endossaram a nota.

Nota do Blog – O conteúdo desta nota é nitroglicerina pura. Ministério Público, sinta-se provocado. Ou não?

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Categoria(s): Administração Pública / Política

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Sobre este assunto publiquei no Blog COMBATE À CORRUPÇÃO um comentário bastante interessante.
    O que fazem com o dinheiro público é um absurdo. E os que deveriam fiscalizar só se pronunciam quando interesses pessoais são contrariados. Assumem que prevaricam na função ao assinarem uma nota como esta.
    Interessante é na NOTA D ESCLARECIMENTO que cobra do Presidente da Câmara Municipal de Mossoró probidade constar a assinatura de CONDENADA POR PRÁTICA DE IMPROBIDADE, SAL GROSSO, e que só se mantém no exercício do cargo eletivo por força de um recurso qua há anos não é julgado.
    O QUE NÃO ACONTECER EM MOSSORÓ NÃO ACONTECE EM NENHUM LUGAR DO MUNDO.
    Onde já se viu condenado por prática de improbidade cobrar probidade de alguém?
    MOSSORÓ SE NÃO EXISTISSE TERIA QUE SER INVENTADA.
    ////
    OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS ANTES DA PASSAGEM DO COMETA HALLEY EM 2061?

  2. Francisco diz:

    “Ministério Público, sinta-se provocado. Ou não? ” – CONCORDO.

  3. Angelo diz:

    Gostaria de saber se esses fatos seriam expostos se ele não tivesse exonerado os cargos comissionados. Creio qie não. Precisamos reformular essa câmara inteira.

  4. João Claudio diz:

    Alô alô justiça. Alô alô Ministério publico. Alô alô policia. Alô alô forças armadas. Alô alô Corpo de Bombeiros. Alô alô Escoteiros mirins e adultos. Alô alô Lobas e Lobinhas. Alô alô Seguranças de empresas privadas. Alô alô Escambau etc e Tal. Alô alô meu povo honesto e de bem (os otários, idiotas, trouxas e Zés manés, também).

    Leiam essa ”notinha” e respondam ao povo de Mossoró, o que o povo de Mossoró há tempos desconfiava:

    1) Tem ou não tem muito caro$$o embaixo do angu do pre$idente?????

    2) O povo já pode considerar o rabo de palha do pre$idente como o maior da câmara em todos os tempos???? A Sal Grosso virou fichinha?

    3)O pre$idente ”mistura” o dinheiro dele com o dinheiro da câmara desde o inicio da sua gestão? (os aumentos estratosféricos do valor do aluguel sugere que sim, né não????). O proprietário do imóvel será chamado aos carreteis para explicar o por quê dos aumento fora da realidade e muito acima do IGP-M?

    4) Quando será iniciada a devassa na câmara municipal de Mossoró com direito a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico do ”Zé Bestão”????

    5) O valor do aluguel quase que dobrou em apenas dois ano. Vocês não acham que o pre$idente foi com muita sede ao pote?

    6) O povo quer saber ainda, quantos anos de cadeia merece um elemento que se ”aruma” às custas do dinheiro do contribuinte.

    7) Se a gestão dele na câmara foi um desastre (segundo a ”notinha”), como foi a sua ”ge$tão por fora e debaixo do pano” durante o período em que foi pre$idente???? Foi só $u$$e$$o, num foi?

    8) O povo que pagou as despesas para o pre$idente se ”arrumá”, humildemente sugere alguns nomes da operação que fará uma merecida devassa na vida (câmara e fundação) do pre$idente bestão e metido a rico:

    a) Operação Luzes e Câmera em mim.

    b) Operação Zé Bestão

    c) Operação Bosteiro In.

    d) Operação Traíra de Francisco.

    e) Operação Ridículo Extreme.

    f) Operação Papagaio do Rob

    g) Operação Tire as Calças e Pise em Cima.

    9) Por último, o povo implora que a justiça bote sem pena, sem cuspe e na cadeia, todos aqueles que se ”arumam” às custas do dinheiro dos contribuintes.

    O povo agradece as respostas que também podem ser através de rápidas ações e breve condenação.

  5. Francy Granjeiro diz:

    Câmara de Mossoró exonera 143 assessores dos vereadores.
    Tinha tudo isso na Casa? kkkkkkkkkkk
    Imagina nas Secretarias

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