A Câmara de Mossoró deu um "drible" inesperado no Palácio da Resistência hoje pela manhã: não votou, ou seja, aprovou sem pestanejar, os 16 projetos enviados ao final da tarde de ontem à Casa pelo governismo.
Vereadores da oposição e alguns insatisfeitos do próprio governo, esvaziaram a sessão. Quando as matérias seriam colocadas em pauta, para rápida e inquestionável aprovação, gradualmente aconteceram as deserções.
Faltou quórum.
A postura inesperada da Câmara de Vereadores alterou o humor no Palácio da Resistência, sede da prefeitura.
O fato causou chiliques no chefe de Gabinete e prefeito de fato Gustavo Rosado (PV). Já a prefeita de direito, Fátima Rosado (DEM), não entendeu muito o que ocorria. Apenas perguntou a uma auxiliar o porquê do irmão estar tão irritado.
Ficou sem saber. Recolocou os óculos sobre o nariz e retomou a leitura de uma revista sobre celebridades. Foi poupada – de novo – quanto a detalhe de suma-importância da "sua" hipotética gestão.
Em sala próxima ao gabinete de Fátima, Gustavo rotulava a rebeldia como uma "insolência". Sua ordem foi rÃspida para o próprio presidente da Casa, Claudionor dos Santos (PDT):
– Quero essa votação amanhã de qualquer jeito.
No inÃcio da tarde, Claudionor tratou de "vaquejar" vereadores do governo e da oposição, para recolher assinatura à sessão extraordinária. Em comum acordo com Gustavo, ele a definiu para essa quinta (10) às 14h.
Quem se insubordinar contra a aprovação das 16 matérias sofrerá sanções.
Por telefone, todos os vereadores foram contactados e cientificados das ordens, irremovÃveis.
Veja adiante:
– Agentes de trânsito partem para o ataque contra projeto que impõe regime militar autoritário e ilegal à categoria;
– Pesquisa "desaconselha" agitador cultural a tentar projeto de deputado federal;
– Romário poderá jogar futebol em Mossoró;
– Imprensa não tem acesso a cópias de projetos enviados por prefeitura para votação rápida e sem análise;
– E muito mais.
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