• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 03/03/2014 - 15:00h
RN

Versões, aventuras e desejos na política e no jornalismo

Corre pela Internet, em pleno Carnaval, a notícia de que o presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), atual governador pernambucano, pressiona a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) a concorrer ao Governo do Estado.

Normal, se realmente houver essa pressão.

Campos e Wilma: perigo de puxar para baixo

Em Mossoró, em sua passagem ano passado pela cidade, Campos disse diferente.

Deixava a ex-governadora e vice-prefeita do Natal à vontade para fazer alianças com autonomia.

Mudou, mudou o cenário?

Tudo bem.

Mas não conheço Wilma de Faria como burra, para se meter numa aventura.

De aventura basta a que empreendeu em 2002, com raro senso de oportunismo. Saiu da Prefeitura do Natal para ser governadora, quando quase ninguém acreditava no feito.

Em 2014, não é impossível nova jornada, porém é pouco provável.

Ela  não deseja. Sua entourage e bases, sim, de olho no poder do Estado. Wilma prefere o Senado, com razão. “É o céu”.

Certamente, não serão apenas os belos olhos de Eduardo Campos que a farão mudar de foco e companhias na campanha deste ano. O sacrifício valeria, se ele fosse na atualidade um candidato a um passo do Palácio do Planalto.

O próprio presidenciável não demonstra fôlego e musculatura suficientes para chegar à presidência. Essa associação direta pode levá-lo a puxar Wilma para baixo, nacionalizando a campanha no estado.

PMDB e  PSB devem marchar unidos no Rio Grande do Norte, no mesmo palanque.

Da mesma forma que é desatino se imaginar que esse embaraço possa fazer Rosalba Ciarlini (DEM) inflar candidatura, de modo a se reeleger. Muito malabarismo verbal e engenhosidade politica para se fabricar versão tão descabida, como testemunhamos por aí.

No papel e na Net cabem tudo. Na Net, mais ainda: tudo é mesmo virtual.

Como sempre, parte do jornalismo que trata da política no Rio Grande do Norte esquece de falar com o povo, identificando o que ele pensa e aspira hoje.

A  “massa-gente”, como diria o falecido ex-senador Darcy RIbeiro (PDT-RJ), é solenemente ignorada.

Conchavos, arrumações, acordões, composições e  alianças acontecem com parte considerável da mídia sendo instrumento cego dessas manobras do generalato político. Apenas reproduz o que eles querem que seja reproduzido.

O falecido jornalista Nilo Santos, certamente daria ótima gargalhada e identificaria que boa parte do noticiário é fruto do “jornalismo desejoso”. Há desejos e aspirações de uns e de outros protagonistas ou segmentos da imprensa, mas muito distantes da realidade dos fatos.

Temos aí os “spin doctors” (jargão inglês que significa pessoa especialistas em distorcer fatos, alterar rotações dos acontecimentos políticos, para favorecimento de algum candidato) que em nada contribuem à melhoria da política potiguar.

Lembram o velho comunicador de rádio e televisão, Chacrinha, que soltava com maior ênfase um bordão bem atual: “Eu vim para confundir e não para explicar”.

Sendo assim, perfeito.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política

Comentários

  1. BILL diz:

    DONA WILMA DEVE OLHAR O QUE ACONTECEU COM OS AFILHADOS DOS ALVES, SE NAO E DA FAMILIA ELES ACABAM DE VEZ VEJA OS CASOS DE GERALDO MELO, ROSALBA E TANTOS OUTROS.

  2. jb diz:

    Éh! Carlos Santos quando leio alguns “analistas políticos” lembro-me deste apotegma do Marquês de Maricá:”Há muita gente que procura apadrinhar com a opinião pública as suas opiniões e disparates pessoais.”

  3. raimundo nonato sobrinho diz:

    É triste ver o nome dessa ex no topo da mídia para disputar novamente o governo do RN. Triste povo sem sorte.

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