domingo - 15/06/2025 - 07:38h

Viaje, viaje

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

A famosa canção Voyage, Voyage, da francesa Desirelees, foi lançada no ano de 1986 e é um clássico internacional. A letra da música nos instiga a viajar, não só fisicamente, mas de forma metafísica, onírica. Na verdade, é uma fuga, uma fuga das convenções, das amarras do mundo, as quais nos fazem ficar aprisionados no nosso pequeno universo.

Ficar “acima dos vulcões antigos”, “das nuvens aos pântanos”. Ou seja, impulsiona-nos a sair da mesmice, a procurar a ampla liberdade do nosso ser. Se viajar fisicamente de um lugar a outro é deveras prazeroso, e nos faz bem, viajar por nossa alma faz repensar valores e atitudes. Quem já não pensou em “chutar o balde” e tomar outro rumo na vida?

“Voando nas alturas”, é certo, conseguimos alçar outros lugares, outro modo de encarar a vida. Infelizmente, porém, poucos conseguem fazer esses voos. Vivemos presos ao dia a dia, a rotina que nos impede de sermos verdadeiramente livres, leves e soltos.

A busca de nossos objetivos, decerto, deve nos guiar, procurando aquilo que nos faz bem; bem ao corpo e, sobretudo a alma, diga-se.

Viajar “acima das capitais” e “das ideias fatais”. Ideias fatais que estreitam o pensar. Aliás, no mundo contemporâneo vivemos a era do extremismo, de ideias prontas e acabadas, do maniqueísmo entre direita e esquerda. Não há espaço para o plural, para o bom debate. O radicalismo preside as discussões, a falta de bom senso salta aos olhos, perdeu espaço.

“Viaje pelo espaço extraordinário do amor”. O amor que se apresenta em todas as suas formas, seja entre pais, filhos, netos ou o amor daquela pessoa que divide os nossos dias, construindo um futuro. É nesse espaço extraordinário que devemos viver.

Livrar o nosso ser daquilo que nos impede de viver verdadeiramente, sem se importar com o que as pessoas pensam sobre nós. Cada um deve viver, “viajar”, da forma que lhe aprouver, desde que não cause mal a ninguém, principalmente àqueles que queremos bem.

Pois é, viaje, viaje.

“Viaje mais longe do que a noite e o dia”. Permita-se visitar o horizonte.

Odemirton Filho é colaborador do Blog do Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Marcos Pinto. diz:

    Homi vivemos uma eterna viagem em nosso desiderato existencisl-material. Do alto dos meus 66 anos, posso afirmar, em caráter decisivo, pirém, resiliente, que neste mundão de meu DEUS nada maus me assustará.

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