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quarta-feira - 17/08/2016 - 07:16h
Opinião

Vice não define campanha, mas pode ajudar ou atrapalhar

Do Blog Carol Ribeiro

Se no pós eleição a figura de vice é quase que tradicionalmente apagada da administração, durante a campanha eleitoral é utilizada como um dos trunfos dos candidatos cabeças de chapa para arrematar mais votos na matemática eleitoral. A escolha do vice pode dizer muito sobre cada candidatura. No caso de Mossoró, além do eleitor, manda também um recado aos adversários, e aos próprios aliados.

O candidato a vice ao lado do prefeito Francisco José Junior (PSD) é Micael Melo, do PTN, um dos 14 pequenos partidos que o acompanham na base de apoio. É desconhecido do mossoroense em geral, mas no segmento evangélico é ungido pelo conhecido pastor Miranda, da Assembleia de Deus.

Em seu primeiro discurso, Micael apontou que o segmento soma 40 mil evangélicos em Mossoró. É uma parte da estratégia de Francisco José Junior, de buscar e garantir, em nichos específicos, a soma necessária de votos a driblar sua desaprovação popular apontada nas últimas pesquisas.

A candidata a vice que compõe chapa com Gutemberg Dias (PCdoB), Rayane Andrade (PT), é mulher, negra, da área do direito e militante popular. E assim foi apresentada aos eleitores.

Com a indicação, o aliado PT sinaliza que quebrou a resistência à renovação dos seus quadros. Além disso, reforça o discurso dos dois partidos esquerdistas, que estariam dando espaço a uma candidata simbólica das minorias.

A candidata a vice de Josué Moreira (PSDC), por outro lado, é de um partido com ideologia completamente oposta. Karliane Fernandes, do PSOL, foi indicada pelo pai, Raimundo Nonato, o Cinquentinha, como uma alternativa ao seu nome. Sua indicação reafirma a ala do partido que resistiu à orientação da executiva nacional: a ala da família de Cinquentinha.

Levantando os mais variados questionamentos da população, a vice escolhida por Rosalba Ciarlini representa o que o grupo já vinha mostrando: a ex-governadora quer ser eleita sozinha. Não quis dar aos novos aliados, os velhos conhecidos Sandristas e peemedebistas, os louros de uma provável vitória, nem a confiança suficiente para garantir a eles, numa possível administração, um lugar de destaque no alto escalão.

Nayara Gadelha  (PP) é jovem, fora do circuito político de Mossoró e indicada pelo irmão de Carlos Augusto, ex-deputado federal Betinho Rosado (PP).

Já o vice que compõe chapa com Tião Couto, o também empresário Jorge do Rosário (PR), esteve com ele desde o início do projeto, no ano passado. E assim como Tião, não possui capital eleitoral para elevar a posição da chapa. Pelo contrário, a composição empresário-empresário torna a composição elitizada e distante do eleitor.

Nota do Blog Carlos Santos – Assino embaixo, Carol.

Aplausos!

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Categoria(s): Eleições 2016 / Política

Comentários

  1. Costa diz:

    Dos 40 mil evangélicos de Mossoró, mencionados pelo Micael, pelo menos uns 30 mil não votam em Francisco José Júnior.

  2. Carlos André diz:

    Essa candidaturas para mim dá para descrever em uma palavra.

    Francisco José Junior+Micael, “O RESGATE”
    Josué Moreira+Karliane Fernandes, “O INCOMPATÍVEL”
    Gutemberg Dias+Rayane Andrade, “O REGRESSO”
    Rosalba Ciarlini+Nayara Gadelha, “O NEPOTISMO”
    Tião+Jorge do Rosário, “O ANÁLOGO”

  3. PAULO ROBERTO DANTAS PINTO dantas pinto diz:

    O texto me deixou ideia de quase e talvez.
    Não li argumento que justifiquem o “enunciado”
    Uma cantilena de lugares comuns
    Embora concorde que vice não elege mas pode ajudar ou atrapalhar um projeto politico
    Fico credor de Carol

  4. PAULO ROBERTO DANTAS PINTO dantas pinto diz:

    Onde esta escrito Justifiquem, leiam JUSTIFIQUE
    Onde esta escrito Embora concorde, leiam Mesmo concordando
    Se puder fazer as correções antes do “aceite”
    Fico devedor

  5. Ieda Maria Araújo Chaves Freitas diz:

    Carol.
    Sua competéncia a credencia fazer jornalismo com seriedade e compromisso. Parabéns pela análise e elevação do nível ao tratamento às questões de Política, assunto importante demais e que deve ser tratado com profissionalismo, não com achismos.
    Abraços e boa sorte.
    Ieda

  6. naide maria rosado de souza diz:

    Muito bem, Carol. Apenas um lembrete de alguém que não é Evangélico, mas que não abriria mão da ajuda deles em hipótese alguma. Evidentemente não descartarei o número de votos. Seria uma hipócrita. Mas tive o prazer de conhecê-los. Trabalhei com eles e, certa vez, andando pelo fim do mundo com o o Pr. Alny Moura, passamos por uma localidade na qual havia duas pobres moradias. Paupérrimas. Nisso, sai de uma delas uma senhora correndo, falando em voz alta, o máximo que podia….”Pastor, pastor, quem está precisando de ajuda?”
    Em estado de perplexidade fiquei a conjeturar de qual forma aquela pobre criatura poderia ajudar, naquela pobreza absoluta. Então, pensei: por favor me abrace. Jamais esquecerei isso.

  7. Francy Granjeiro diz:

    Afinal, o que os evangélicos querem da política? Antigamente,os pastores pregavam apenas por amor a Cristo,todos eram pobres,hoje,o Deus deles e o das riquezas…

  8. Pr Alny Moura diz:

    Calos Santos, parabens por suas analises. Sucesso amigo!

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