A violência infanto-juvenil saiu da periferia de Mossoró. Ocupa lugar de "destaque" em degraus mais nobres da sociedade. Lamentável, mas verdadeiro.
Começou a tramitar, com natural zelo e segredo, apuração de espancamento de uma menor, registrado no sábado (21) na Praça da Convivência.
Denúncia formal e exame de corpo de delito atestam a intolerância.
Entre os envolvidos existem apenas jovens de origem abastada. Supõe-se que façam parte de gangue. Duas meninas, por exemplo, estudam num dos mais tradicionais colégios de Mossoró.
O assunto não é algo isolado.
Pela Internet é possível se localizar em páginas de relacionamento como Orkut, sinais de que a pancadaria é orquestrada.
Nota do Blog – "Ser pai é padecer no paraíso", já exultam os poetas.
Sem dúvidas essa questão em relevo é muito delicada. E não basta apenas querer transferir às autoridades públicas o dever de ações repressivas e educativas.
Infelizmente tem sido difícil, à família contemporânea, funcionar como num passado mais remoto, em que todos se reuniam à mesa e havia uma hierarquia. Existiam disciplina e obediência, além de respeito.
Hoje, a frenética obrigação de viver e viver "melhor", acaba mandando os pais para a rua, em busca de meios à garantia do presente e futuro da prole. Quem termina educando nossos filhos é a TV e a Internet, além dos grupos de amigos que se formam.
Precisamos reavaliar tudo isso. Precisamos nos reencontrar como família, administrando a rebeldia comum à adolescência, que ganha contornos de estupidez.
se não me engano foi coisa de torcida organizada “gangue” e isso ocorro diariamente nos melhores colégios de Mossoró! TODOS os dias eu falei…
Carlos Santos,
Por que não se divulga os nomes desses bandidos mirins e seus pais? se fossem filhos de pobres já teriam saído em todos os blog’s. São todos iguais.
NÃO SEI NEM QUERO SABER QUEM SÃO OS PAIS DESSE BANDIDOZINHO MIRIM. SÓ SEI DIZER QUE ELES (OS BANDIDOZINHOS) SÃO O RETRATO DOS PAIS. NO DIA EM QUE OS BANDIDOZINHOS DITOS CLASSE ALTA RECEBEREM UNS EXEMPLOS AÍ OS PAIS HÃO DE APARAECEREM CHEIOS DE RAZÃO.
JÁ ESTÁ COMPROVADO QUE A CULPA RECAI UNICA E EXCLUSIVAMENTE SOBRE OS IRRESPONSÁVEIS PAIS, QUE ACHAM QUE “QUERER BEM” É TUTELAR TUDO QUE O FILHO MIMADO QUER. NO DIA EM QUE ELE LEVAR UMA LAPADA BOA NO ESPINHAÇO, APÓS REPTETIDAS TRAQUINAGENS, VAI APARECER O PAI CHEIO DE RAZÕES. AÍ OS PAIS APARECEM “CHEIOS DE RAZÃO”. SOU CONTRA A APOLOGIA DA PORRADA, MAS QUANDO NEM O MP NEM OS PAIS ADOTAM PROVIODENCIAS, TOME PEIA.
Um não de vez em quando nunca faz mal a ninguém. Criança sem limite, vira adulto desajustado. Com tantas facilidades e em muitos casos a omissão dos própios pais, a tendência é acontecer situações como essas. Ouvi muitos nãos e agradeço por cada um deles. Que pena saber que pessoas jovens estão se perdendo desse jeito no meio do caminho…
A grande verdade é que as pessoas perderam as referências familiares, enormemente influenciadas pela invasão desenfreada e permitida da TV e da Internet em nossos lares. Daí ser comum ouvir dos pais a seguinte “frase-desculpa”: as crianças de hoje são diferentes das crianças de antigamente. Talvez esta, seja uma realidade “embutida” em outra realidade: os pais de hoje são diferentes dos pais de antigamente, as famílias de hoje são diferentes das famílias de antigamente. Hoje tudo é permitido aos filhos, como falou a Ivana, as crianças não têm limites, e crianças sem limites serão jovens e adultos sem limites. É fácil e cômodo colocar todas as desculpas dessa permissividade e dessa falta de limites ao “corre-corre” da vida moderna. E os pais, ao que se permitem e quais seus limites? Normalmente nos queixamos de termos dentro de casa um grande inimigo, e este inimigo poderia ser um grande amigo e aliado, se a ele fosse dado o devido valor e limite para ser transformado num formador de consciências e agregador familiar (ou será que na Televisão e na Internet não tem nada que se aproveite?), mas ao contrário, a ele é permitido, praticamente tudo, inclusive ser substituto da família. Sejamos então, antes que seja tarde, pais de nossos filhos, para que o mundo não assuma essa paternidade, pois o mundo ensina, mas ensina da forma como cada um quer aprender e na maioria das vezes esse aprendizado leva a um caminho que tem passagem só de ida e o “custo” dessa viagem é muito alto: a dor.