Vítima de agressão na madrugada da sexta, 22, no pátio da loja BR-Mania (antigo Posto Imperial, bairro Ilha de Santa Luzia, Mossoró), a colunista social Lílian Moura resolveu se resguardar. Fecha-se em casa, quase incomunicável.
Ao mesmo tempo, segundo versão de pessoas próximas, ela não pretende denunciar o agressor, conhecido como Adriano Vale, um ex-namorado.
Ele a teria espancado violentamente, a ponto de abrir um supercílio, além de gerar diversos hematonas em seu corpo. Entretanto, apesar de não denunciá-lo formalmente, Lílian não o livra de eventuais sanções legais pela brutalidade cometida.
A Lei Maria da Penha, que é uma legislação especial de proteção à mulher, estabelece que o Ministério Público pode agir de ofício ou mesmo a Delegacia da Mulher, se assim o desejar.
Sem dúvidas, a postura de Lílian precisa ser respeitada. É algo de foro íntimo.
Entretanto, como figura pública e espelho para muitas mulheres, o silêncio que escolhe serve de um estímulo natural à impunidade e à tese machista de que mulher é para apanhar mesmo.
Blogueiros de Plantão, cabe a colunista buscar a tutela jurisdicional do estado no intuito de coibir coercitivamente o agressor. ninguém mais interessada do que ela em pleitear juridicamente uma reparação civil e penal para o malfeitor. conquanto aos jornalistas, se a mesma, em suas entrelinhas nao tornou público o fato, nem tampouco deu conhecimento a sociedade de quem se trata o malfazeja, mostra tão somente a comunhão da vitima com o agressor . Jornalismo, no meu humilde conhecimento, é o meio pelo qual “PROFISSIONAIS” veículam informações precisas acerca de fatos socialmente relevantes. Se a vitima quedou silente ao ter seu patrimonio fisico violado, e tinha meios idôneos para tornar cediço a todos sobre o fato brutal, faltou a vitima com espirito jornalístico e humano em nao tutelar seus interesses. quem nao tutela os seus, nao está nem aí para o dos outros. Pessoas Públicas servem de referência para os demais concidadãos.
Carlos,
Só agora li o resumo dos fatos em sua coluna, e as opiniões postadas. Concordo com a sua indignação. É a mesma que eu, e muitas outra mulheres e amigas de Lílian sentimos.
Mas já que estamos aproveitando este fato horrível para refeltir o que ela deve ou não fazer, sugiro, além dessa, uma outra reflexão: será que os jornalistas a quem você tanto se refere no texto, quando publicam e usam fatos e espacamentos de diversas mulheres ‘anônimas’, estão realmente fazendo para defender algum direito, ou para levar a população à reflexão???
Pelo texto dessas matérias e o destaque dado à fotos e títulos (conforme a quantidade de sangue derramado), dá pra perceber que poucos são os que estão aí para os direitos da mulher em si. A necessidade em ganhar leitor, audiência, o que seja é maior que qualquer coisa. tanto que os fatos são ditos superficialmente e quase nenhum jornalista volta a investigar como ficou a vida daquelas mulheres, dos seus filhos,e se o agressor realmente recebeu o que merecia.
E vou mais além (espero não estar saindo da linha), mas em qual redação o senhor viu homem algum respeitar mulher? seja quem for? ou pagar igual ou mais que os homens (seja quem for)?? onde foi que os jornalistas mossoroenses exortados no texto já fizeram cumprir a igualdade de gêneros? Pelo amor de Deus!
Nessa nossa profissão, e em muitas outras, dentro das famílias e no meio da rua, não é muito difícil ouvir agressões morais (igualmente espancadoras) destinadas a nós, mulheres. Gestos silenciosos, e lá está o desrespeito de novo!
Meu caro, não é preciso um “caso Lílian Moura” para indignar jornalistas… A coisa está aí, todo dia.
Espero que esta iniciativa ‘pelas mulheres’ possa continuar após a onda de acessos e o burburinho causado pelo acontecido. Só assim poderemos conseguir alguma mudança na nossa sociedade do faz-de-conta.
Avaliação do meio externo, dia-a-dia, e auto-reflexão (silenciosa)também ajudam.
Pelo visto,
Ela gosta.
E se fosse ter um bolão,
Em menos de 30 dias,
Vão reatar o namoro.