Quando nossa filha finalmente chegou em Montreal com o esposo e seus poucos vinte e três anos, depois de uma longa e cansativa viagem, lá a esperava seu irmão, hoje praticamente cidadão canadense.
Mas não foi possível abraça-lo, até mesmo vê-lo.
Cumprindo as regras impostas para o combate contra a pandemia, primeiro foi confinada, por três dias, em um hotel determinado pelo Governo. Exame de saúde feito, resultado favorável, mudou-se para o apartamento do irmão, que o desocupara, para novo período de confinamento, dessa vez por doze dias.
Impossibilitados de se abraçarem, conversarem, o irmão não hesitou: combinaram postarem-se defronte à janela do apartamento, um dentro e o outro fora, ela afastou a cortina, sorriu, acenaram um para o outro, beijos foram enviados, e o instante foi registrado.
Muito foi dito ali naquele momento, sem uma palavra sequer, e a escrita não consegue expressar!
Se isso não é amor, eu não sei o que isso é.
Voa, minha passarinha, voa…
* O irmão escreveu, abaixo da imagem:
They say:
There is always behind a window
You just need to open it
And I can’t wait for that
Love u sis.
(Eles dizem:
Sempre há atrás de uma janela
Você só precisa abri-la
E eu não posso esperar por isso
Amo você, irmã).
Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN
Emocionante!
Mas por falar no Canadá lembrei-do frio que lá faz.
Pois bem; ontem no meu tablet t 350, vi na previsão meteorológica: “amanhá 2 graus mais frio”¡
Não seria 2 graus menos quente?
Kkkkkkkkk
Um abraçaço!