Samuel relata um tempo da vida bucólica e envolvente da Mossoró do passado. Leia-o abaixo. É bem-interessante:
Olá, Carlos Santos, por acaso, vim parar neste blog, em vista de um comentário de 2006, feito por Ricardo Borges. Só que é de 2006, no antigo blog. Assim mesmo, resolvi colocar a mensagem abaixo.
Realmente não fui participante daquela turma, a do Ricardo Borges, mas de outra turma do patamar da São Vicente: eu, meus irmãos Elmar, Alfredo, Paúda, Elvirinho, Darnley, Fernando, entre outros, testando a resistência da porta da igreja de São Vicente em penaltys memoráveis.
Mas eu me lembro do Ricardo, Aninha (sua irmã) e dos irmãos da Magnólia e do Pérsio; fui tambem assíduo espectador da calçada da casa de doutor Duarte Filho, quando meu pai, Samuel Gueiros, reunia outros "senadores" como Luiz Soares, Antônio Gastão, Arita Duarte, Rafael Negreiros, Rômulo Negreiro, Clodoaldo, Sueldo e Diniz Câmara. Algumas vezes, Chico Sena e os "aspiras" eu, Paulo e Armando Negreiros, filhos de Rafael.
A conversa fluía solta, sob a fedentina de um esgoto a céu aberto, que mesmo assim não inibia os frequentes convescotes.
Com a instalação de um governo itinerante de Aluizio Alves em Mossoró, aquela calçada, sem a televisão e as novelas, era uma autêntica assembléia constituinte, onde se discutia desde a ascensão e queda de Kennedy até exercícios de advinhação de filmes vencedores de Oscar, matéria em que Rafael Negreiros era campeão.
Lembro-me que um dia ele tentava se lembrar de o nome de um ator que estrelou o filme "Marty", e foi embora irritado. Algunas minutos depois, voltava “seu Rafael” em alta velocidade, e gritando de dentro do carro para os remanescentes na calçada: Ernest Borgnine!!!.
Eu era um pre adolesente, e a imagem que fizeram das enchentes de 1961, era que estava vindo para Mossoró, de Aracati, um tsunami – e eu fantasiava a inundação da Alberto Maranhão, e de que todos teríamos que nos refugiar nas torres da São Vicente, que me parecia o único lugar seguro para aquela hecatombe que se vizinhava.
Aquelas músicas da campanha de Aluizio Alves contra Dinarte Mariz ainda voltam à minha mente, de vez em quando, evocando com a música do Botafogo que “não existe, aqui em Mossoró, uma obra que se possa ver que não tenha a presença, Vingt, de você!”. Lembrança cômica, quando leio noticias de Rosalba, “aquela garota que ia mudar o mundo e que agora faz parte do grand monde”, como diza Cazuza.
Samuel Gueiros Jr, de Santarém, Pará. samuelgueiros@gmail.com























Amigo Carlos Santos,
Há muito muito tempo que não tenho contato com Samuel Gueiros Jr. É uma uma grande figura que chegou em Mossoró lá pela década de 60, o seu genitor Samuel Gueiros cidadão de Garanhuns-PE, veio residir em Mossoró vizinho à residência do Dr. Chico Duarte, na Av. Alberto Maranhão, com a missão de gerenciar a Agência bancária do Banco do Povo. Na minha época aí em Mossoró, o Samuel já se destacava entre nós, frequentadores do “patamar da São Vicente”, uma premissa cultura literária. Parabéns ao seu Blog que está cada vez mais interativo à nossa realidade política regional e nacional. Um grande do seu leitor assíduo.
Ricardo Borges – O Borjão
carlos, este blog virou o Patamar de São Vicente on line…..saúdo o gueiros e borjão, dois espécimes de uma das gerações daquela República Independente, com todo respeito.
Alô, Carlos Santos,
Fui informado pelo meu filho Samuel Jr. das suas notícias sobre Mossoró e curiosamente abri o blog, deleitando-me com os comentários do passado. Sou Samuel Gueiros, anfitrião e pai do Junior e devo dizer-lhe que Mossoró foi a minha cidade natal por eleição, pois lá casei com Silveirinha, ex-Miss R.G. do Norte e, no próximo ano, festejaremos bodas de ouro. O desfile dos nomes de então, a partir de Rafael Negreiros, amigo “mais chegado que um irmão”, de lealdade ímpar, ao lado da não menos querida Elizabete e filhos, evocaram um passado distante, trazido agora pelass referências aos serões que aconteciam na minha calçada, cujos nomes citados, foram todos relembrados por mim com saudade, inclusive de companheiros rotarianos de então. Hoje resido em Fortaleza, pertinho de Mossoró e, vez por outra, não me furto ao prazer de rever alguns remanescentes, como Soutinho e Edite, Elviro e tantos outros amigos que aí deixei. Passados todos esses anos é-me grato recordar que ficou a imagem de uma famíia estrangeira (de Pernambuco) que soube aproveitar o carinho e a hospitalidade da boa gente de Mossoró, projetada nos filhos que lá viveram e que não a esquecem jamais. Obrigado pelas boas lembranças que me trouxe, hoje, com 81 anos, mas ainda em atividade como parceiro de um escritório de advocacia aqui em Fortaleza – Fonteles Advocacia Empresarial. Continue marcando o sucesso de sua iniciativa, sadia e construtiva. Tanto quanto possível serei assíduo leitor, Abraços, Samuel Gueiros(Senior).