Para o presidente da Comissão Municipal do PC do B de Mossoró, Gutemberg Dias, o partido começa 2008 com ótimas perspectivas locais. Aposta num diferencial com a pré-candidatura a prefeito do ex-vice-prefeito Antônio Capistrano.

"A pré-candidatura é um espaço para discutir a cidade (…)," levando à população mossoroense um discurso autêntico e realista sobre os problemas que Mossoró acumula", diz.

Mas pondera que a postulação de Capistrano "não é irreversível". Na visão de Gutemberg, "é a opção mais fortalecida" fora do contexto familiar e tradicionalista da política mossoroense.  

Estava escrito. Pelo menos foi "impresso" neste Blog.

Avisei que o bom-mocismo da Câmara de Mossoró, devolvendo cerca de RS 158 mil ao erário do município, como sobra de caixa de sua movimentação em dezembro/2007, ia terminar depondo contra a Casa. Depois de fazer a fama…

Taí o que você queria (como diria um velho locutor esportivo da TV)!

O Ministério Público deverá pedir esclarecimentos ao presidente da câmara, vereador Júnior Escóssia (DEM), sobre a engenharia capaz de promover tamanho altruísmo e zelo à coisa pública. Em dois anos e 11 meses da atual legislatura, nunca a Casa atingiu o feito. Muito pelo contrário.

Os 13 vereadores sempre resmungaram quanto à dificuldade de gerir seus gastos, pondo a "faca" nos peitos da prefeitura, à cata de recursos complementares. Em certos momentos especiais, obtiveram êxito na pressão.

Os mais de 650 mil/mês destinados à Câmara de Vereadores de Mossoró em 2007 nunca supriam às necessidades.

O ano de 2008 não começa bem para o prefeito pau-ferrense Leonardo Rêgo (DEM). Mau presságio às eleições de outubro.

A Câmara de Vereadores impôs-lhe nessa quinta (3) uma sonora derrota. O eco ainda sibila pelo Alto Oeste.

A Casa, sob comando da presidente Tércia Batalha (PMDB), derrubou todos os 32 vetos do prefeito ao projeto do Orçamento Geral do Município (OGM). As emendas dos vereadores foram mantidas. O duelo entre os dois poderes tem sido renhido até o momento. Parece que não arrefecerá em ano de caça ao voto.

O montante estimado de receita para este exercício ultrapassa os R$ 39,5 milhões, segundo o OGM.

Quando a fase é ruim e a fama pior… Veja o exemplo da Câmara de Mossoró (abaixo), que devolveu mais de R$ 158 mil aos cofres da prefeitura. 

Submersos num pântano de denúncias quanto à questão moral, investigados pelo Ministério Público, tudo que os caríssimos vereadores geram como "agenda positiva" cheira à malandragem. Enquanto não limparem a "barra", a sina é essa.

Lembra o atacante Adriano da Internazionale (Itália), emprestado ao São Paulo, que virou bad-boy.

Recentemente, numa madrugada carioca, ele bateu em dois carros. De saída, o seu empresário (ex-goleiro Gilmar Rinaldi) foi advogando: "Adriano não estava bêbado."

E alguém disse que estaria?  Se fosse o Kaká ou um Zico, será que precisaria dessa antecipação defensiva?

“Vamos juntar todo mundo do nosso grupo para conversar, discutir a campanha e colocar o time em campo.” A declaração é do prefeito caraubense Eugênio Alves (PR), dada ao Blog do Vivênio Jácome.

Eugênio sentiu o golpe da passagem do ex-prefeito Júnior Gurgel (PR) pela cidade, em entrevista a Rádio Centenário, ontem (quarta (2), declarando-se rompido com ele e conclamando a oposição a se unir.

Eugênio Alves quer aproveitar o período de festas em Caraúbas, de 10 a 20 deste mês, em torno do padroeiro São Sebastião, para remendar a fissura no governismo.

Ainda há tempo, prefeito. Com as bençãos do padroeiro.

Ministério Público que fique alerta. A farra do carnaval promovido por prefeituras, em pleno ano eleitoral, tem o que se observar detidamente.

Impressiona o conflito entre choro de prefeitos se queixando de dificuldades e o delírio de programações carnavalescas. Em certos casos, atrações com valores irreais até para a realidade do erário.

O povão, se imaginando prestigiado, delira com o festim, sem perceber que termina pagando caro pelo desvirtuamento de prioridades. 

O melhor da entrevista com o ex-prefeito Júnior Gurgel (PR), ocorrida nessa quarta (2), em Caraúbas, não foi ao ar. Nada de censura, alto lá.

Falo de dois acontecimentos distintos.

O prefeito Eugênio Alves (PSB) tinha viagem marcada à manhã desse dia, mas só saiu da cidade após acompanhar ao pé do rádio a sabatina a que Júnior foi submetido na Rádio Centenário. Pelo que sei, temia que o entrevistado tocasse num delicado episódio ocorrido ano passado, na Paraíba.

Outro fato, é que logo após a entrevista de mais de duas horas e 20 minutos, Júnior promoveu uma reunião política inesperada e não-marcada, na "Churrascaria do Nizinho".

Por lá apareceram diversos populares, além de nomes de proa da oposição.

Empresários e prefeitáveis Novinho Praxedes, Wilson Amorim e Baldo Oliveira, além do vereador Édson Moraes (Pelé) e o ex-prefeito Luciano Cruz ficaram num animado tititi com Júnior Gurgel.

Em sua passagem fugaz por Caraúbas, o jornalista e ex-prefeito Júnior Gurgel (que reside em Campina Grande-PB) mexeu com os ânimos.

Vem desdobramentos. Aguarde.

Em pelo menos dois casos que conheço de perto, administradores municipais estão bem-aceitos como gestores, mas precisam se cuidar em termos de marketing pessoal. É o caso típico de "dissociação de imagem."

Os eleitores de Governador Dix-sept Rosado e Baraúna, saúdam respectivamente Adail Vale (PSB) e Aldivon Nascimento (PR), mas ainda não endossam a ambos na mesma proporção.

Ter administração aprovada não significa aprovação ao prefeito.

Em muitos casos, o eleitor reconhece o peso administrativo, mas não vincula seu voto. Daí o vácuo que em campanha pode significar a distância entre a reeleição e a derrota.

Ah, acabou o que era doce.

O advogado e poeta Lívio Oliveira, uma das melhores figuras de Natal, abdicou da pré-candidatura a vereador pelo grande PC do B. Motivo?

Pelo o que me conta, é resultado de ampla avaliação e reavaliação do projeto.

"Manterei minha atenção aos meus projetos culturais/literários e profissionais, ao lado de minha família e amigos", avisa Lívio.

"Deverei apoiar as candidaturas de meu partido", encerra.

Sou fã empedernido do jornalista Alex Medeiros. Ranzinza, cáustico, não importa. Sua inteligência mordaz às vezes me levita.

Olha abaixo, o que ele escreveu. Impagável: 

Começa o jogo politiqueiro

Primeiro vem a compra de pesquisas. Depois a compra de manchetes. Aí bem depois, só depois, começa verdadeiramente a compra de votos.

Nota deste Blog: Parafraseando meu amigo e escritor Marcos Ferreira, o texto só tem um grande e irremediável defeito. Não foi escrito por mim. Mas qualquer dúvida quanto às observações de Alex, é só passear o olhar sobre manchetes relativas a pesquisas recentes no RN.

Em conversa animada regada à boa companhia etílica, o ex-prefeito de Baraúna Gilson Oliveira, garantiu que sua mulher – Luciana Oliveira (PSB), será candidata a prefeito. Vai peitar o atual governante, Aldivon Nascimento (PR).

Gilson reuniu numeroso grupo de pessoas nos últimos dias em casa de praia, no município de Tibau.

Há poucos meses, ele procurou negociar um entendimento com Aldivon, em que Luciana seria a vice do empresário na próxima campanha. Aldivon não se animou com a proposta e a "volta."

Como exclamaria o velho comediante Costinha… "Ah, bãm!!"

O prefeito de Janduís, no Oeste potiguar, médico Salomão Pinheiro (PT), está com uma decisão ousada em andamento. Muito mesmo.

Ele pretende implantar até o final de sua gestão este ano, um regime previdenciário próprio para o servidor municipal.

"No momento eu não pretendo ser candidato."

O anúncio foi feito agora pelo ex-prefeito Júnior Gurgel, em entrevista a Rádio Centenário de Caraúbas.

Filiado ao PR, mesma sigla do prefeito Eugênio Alves (PR), Júnior considera improvável um projeto desse porte, que seria meramente "pessoal." E insistiu: "Eu não sou candidato." 

Júnior Gurgel não ficou em rodeios, para dizer que não cogita concorrer à prefeitura em 2008. "A possibilidade de ser candidato, de zero a dez… é zero".

Para ele, "a oposição unida dificilmente será vencida." Garantiu que vai lutar por uma "chapa de consenso, uma única candidatura", para enfrentar o atual prefeito Eugênio Alves.

Citou o vereador Édson Morais (PTB), Ivanildo Fernandes (PT) e Novinho Praxedes (PMDB) como alguns "balões de ensaio" na oposição. Todos valorosos, mas que precisam estar conscientes de que o sucesso eleitoral exige bom senso. Do contrário, o governismo é quem será favorecido.

Chegou a citar, entretanto, que vê em "Júnior Praxedes" (Júnior de Fernandinho), do PMDB, o perfil mais adequado à disputa na atual conjuntural. A oposição teria muito a ganhar com a postulação.