Nos últimos dias, a senadora tem feito visitas de surpresa a logradouros públicos e a correligionários pontuais. As intervenções servem de termômetro. Medem "in loco" a sua popularidade e o nível de identificação da prefeita e sucessora Fafá Rosado (DEM), com as aspirações do povo. 

O que ela tem ouvido bate com pesquisas para "consumo interno." A prefeita é inatacável… mas seu governo é chinfrim. De deslizes éticos-morais a descompromissos de campanha, de tudo há um pouco.

Enquanto a prefeita é fechada numa "redoma" por seu chefe de Gabinete, irmão e gestor de fato da prefeitura, o agitador cultural Gustavo Rosado (DEM), Rosalba faz o inverso. Apesar de acondicionada na cúpula do Congresso em boa parte da semana, em Brasília, não abre mão de iniciativas públicas para irrigar mais ainda seu prestígio com o povão.

O que se desenha é fácil de ser retratado: a prefeita para se reeleger, apesar de estar com "a caneta" à mão, precisará mais ainda da influência de massa de Rosalba. Nessa aliança, a articulação cerebral do ex-deputado estadual Carlos Augusto (DEM), marido da senadora e líder do grupo, também é imprescindível.

A tentativa que alguns acólitos do poder e gente mais graduada da família de Fafá produziram, para transformá-na numa nova Rosalba, não vingou. Até aqui, nem arrancou do lugar. Inegáveis a empatia e carisma da prefeita. Mas lhe falta a substância política, acrescida do engenho científico para o comando.

Com Rosalba-Carlos acontece exatamente o contrário. Há um casamento perfeito. Ele é a "cara-metade política" da mulher. Adiciona-lhe o complemento de articulador e ideólogo, que lhe faltam. Firma comando num sistema que se convencionou chamar de "rosalbismo".

Com a sucessora a quem os dois apoiaram e continuam dando respaldo – mesmo tênue, há tentativas amadoras de se fazer política. Terminou virando subgrupo do rosalbismo e, por certas posturas, um mero grupelho que se especializou em fazer de conta que governa Mossoró, vista como uma empresa familiar: Fafá & Irmãos.

* Ainda hoje:

– Rosalba pede calma e deixa frase enigmática no ar;
– Carlos Augusto lembra que foi excluído por sistema de Fafá Rosado;
– Números de pesquisa indicam disputa em Mossoró.

Ela faz abordagem técnico-processual e histórica do "Caso Elizete Moura," irmã de Erinaldo, além de apontar possíveis caminhos adiante. Veja abaixo o seu texto, a partir de matéria que eu postara às 9h29:

Faz-se oportuno uma breve explicação sobre esse caso, sob o ângulo processual. Na realidade, não se pode dizer que o processo pode ser reaberto, pois continua em tramitação.

Ítalo Moreira – Promotor de Justiça

Não é qualquer coisa. Não foi apenas e mais uma derrubada de sentença.

A base de arguição do ministro-relator Ayres Britto, rejeitando peremptoriamente o que sustentou a sentença do TRE, é demolidora. Um soco no "fígado" da segunda instância da Justiça Eleitoral do RN.  Aparentemente normal na hierarquia judiciária.

Cassado no dia 3 de julho do ano passado, Souza era acusado por compra de votos, mesmo na condição de candidato oposicionista – sem a "mitológica" força da máquina pública. As supostas testemunhas de acusação nunca foram convincentes.

O agravante, que causou perplexidade no banimento de Souza, é ainda mais estranho: a Justiça Eleitoral e o Ministério Público em Areia Branca rejeitaram o pedido de cassação. Não encontraram justiticativa ao veredicto.

O próprio Edilson França, representante do MP junto ao TRE, também recomendou a absolvição, mesmo sendo visto como implacável em seu papel de acusador.

Apesar dessa caudalosa blindagem a seu favor, Souza foi cassado. Ficou pouco mais de seis meses fora do cargo. O episódio – talvez, ganhe status de paradigma para futuros julgamentos do TRE.

* Aguarde:

– Retorno com bastidores e outros aspectos sobre esse caso.
– Ex-prefeito de Pau dos Ferros é sitiado por TCU
– Números de pesquisa na sucessão mossoroense
– E muito mais.

Hoje, exatamente hoje, segunda (25), faz uma semana que Laíre convocou (via rádio/TV) "clubes de serviço" e outras instituições sociais, para segui-lo num protesto em defesa do hospital que controla (Veja AQUI).

"Está na hora de reagir" – proclamou. Surreal.

Passado esse período, ele não juntou militância que forme sequer uma roda de biriba ou parceiria de gamão. Sinal dos tempos. Ninguém o levou a sério.

É uma resposta – silenciosa – ao seu comportamento político aquém do prometido, abaixo das expectativas e distante do que teria a oferecer. Apesar da ótima origem, inteligência e considerável cultura, Laíre reune motivos para andar curvado e fugindo ao olhar dos interlocutores.

Parece sentir que contraiu uma dívida enorme com cada um de nós. Já já chega a conta.

Lamentável.

O bebê prematuro do casal Carlos Duarte-Cleilma Fernandes, dirigente do "Jornal Página Certa", não resistiu ao sofrimento desde o nascimento, dia 19 de janeiro, na Casa de Saúde Dix-sept Rosado. Foram 37 dias de vida.

Engana-se quem pensa que sua chama feneceu. Ficou muito. A semente, a chave, a centelha. Não é o fim. Recomeço, digo. Ponto de partida para salvar outras vidas inocentes.

A criança estava na UTI Neonatal do Hospital Santa Catarina (Natal), com excelente estrutura e ótimo acompanhamento técnico. A mãe e o pai ao lado. Um esforço sobre-humano para viver. Não deu. Feneceu devagarzinho – agora há tarde. Faz pouco mais de uma hora.

Carlos escreveu algo pungente no próprio semanário, que este Blog reproduziu dia 30 passado, retratando o martírio de Gabriela. Vitória foi um prenome acrescentado, por sugestão minha. Veja AQUI.

A mãe, Cleilma, falou de amor e missão, sofrimento e esperança numa crônica do fundo d´alma, também no mesmo jornal, à semana passada. Publico-a mais adiante.

É isso. Mas não é só isso.

Os movimentos teoricamente desengonçados do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB), nada têm de alheamento. O homem está focado. O mandato-tampão como presidente do Senado, que Garibaldi ganhou ao final do ano passado, pode ser esticado mais adiante.

Digo mais: o salto tende a ser maior. Não estranhe, pois, pois,  se Garibaldi começar a ganhar ritmo que o sincronize com o Palácio do Planalto. Uma candidatura a vice-presidente da República, por exemplo.

Não, não pense que exagero.

Com aquele jeito de capiau, manso, como quem não quer nada – querendo, Garibaldi começou a cumprir uma "agenda positiva," que foge à pura liturgia protocolar do cargo. Vai além. Muito além. Brasília-São Paulo-Rio – é o eixo dessa sua presença estratégica.

O RN está ficando pequeno para sua dimensão.

"Gari" não é fácil e já caiu na graça da Grande Imprensa, que num primeiro momento o hostilizava, com ranço preconceituoso e xenofóbico.

Anote, por favor.

Mossoró está mergulhada nisso. Uma cleptocracia.

Na acepção da palavra, significa um regime político-social em que a corrupção é "admitida ou mesmo consagrada." Alguma dúvida que o o termo da Ciência Política se encaixe como uma luva no cenário local contemporâneo?

Furtar virou predicado. Bem de família.