A governadora Wilma de Faria (PSB) tem motivos de sobra para desconfiar da deputada Sandra Rosado (PSB) – que é flagrada, nos corredores e gabinetes do Congresso, em constantes encontros e conversas bem afinadas com a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Há quem aposte que Sandra já até fechou um pacto de apoio à Rosalba no seu projeto de candidatura ao governo em 2010.

Faz sentido.

* Texto extraído da coluna do jornalista Carlos Duarte, no Jornal Página Certa.

Nota do Blog – Não sei se existe "pacto de apoio". Mas não tenho dúvidas e possuo informações confiáveis, apontando para um "protocolo de intenções".

Os dois grupos Rosado, um comandado pelo ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM) e o outro por Sandra, tem uma dor de cabeça comum: a facção política da prefeita Fafá Rosado & Família.

Eles sabem que Fafá & Família podem soterrar com seu jeito atrabiliário de fazer política, mais de 60 anos de domínio do rosadismo em Mossoró.

Em 2006 eles tiveram acordo secreto que ajudou Rosalba Ciarlini a se eleger ao Senado. Este Blog divulgou matéria detalhada sobre o assunto. 

O acerto foi articulado em Natal, ao final da campanha no primeiro turno, depois de Carlos Augusto se "hospedar" no apartamento da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), filha de Sandra. 

A morte do médico, ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado Leônidas Ferreira (DEM) no final de semana, me remete ao passado.  Lembro-me de um caso em especial.

Transporto-me para 1993.

No dia 21 de agosto, o jornal Gazeta do Oeste denunciava suposto caso de favorecimento no governo do prefeito Dix-huit Rosado, envolvendo o presidente da Fundação de Cultura, agitador cultural Gustavo Rosado – seu sobrinho.  A partir daí começaria uma sequência de reportagens sobre o episódio.

Entrevistado pela Rádio Gazeta no dia 24, Gustavo acusa o jornal de “distorcer os fatos”.

No dia 7 de setembro, o prefeito demite o músico Nil Costa, que atuava diretamente com Gustavo. Sindicância constatara a veracidade da denúncia do periódico. Mas não parava por aí esse enredo.

No dia 18 de setembro, Gustavo abre campanha pública contra o diretor da Gazeta do Oeste, jornalista Canindé Queiroz. Irado, ele leva trabalho de panfletagem às ruas e céus da cidade, promovendo uma catilinária contra o jornalista, mas sem responder às acusações que lhe foram imputadas.

É aí em que entra em cena Leônidas Ferreiras, secretário da Casa Civil do então governador José Agripino. No dia 25 de setembro, o secretário desembarca em Mossoró para negociar armistício para pôr fim aos ataques possessos de Canindé contra Gustavo.

O jornalista partira para a descontrução moral. Perdera as estribeiras, que se diga.

Em várias colunas que assinara no período, rotulava Gustavo com apelido preconceituoso e censurável, colocando-o à ridicularização pública. Virou uma pecha.

Meses depois, Gustavo era demitido pelo prefeito, precisamente no dia 11 de janeiro de 2004. Antes disso, ainda obtivera do tio, no dia 22 de setembro, uma nota de solidariedade de todo o secretariado.

Só o titular da Educação, professor Anchieta Alves, recusara-se à curvar a cervical. No dia 1° de outubro daquele ano, Anchieta era retaliado com exoneração do cargo. Mas na Câmara de Vereadores, no dia 8 de outubro, ela ganharia moção de apoio por 14 votos a zero.

Homem de perfil moderado, Leônidas conseguiu pacificar Mossoró, para que o governador pudesse instalar o governo no dia 28 de setembro, período das festividades do dia 30 – data magna do município.

Acompanhei de perto esse período e até participei dele. Sei como foi significativa a palavra do doutor Leônidas naqueles tempos conflituosos. Atuava na Gazeta do Oeste e testemunhei o doutor Leônidas obter êxito em mais essa missão.

Que descanse em paz.

Foi sepultado ontem (sábado, 5) em Natal, o médico, ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado Leônidas Ferreira (DEM). Faleceu na capital.

Seu sepultamento foi bastante concorrido, com presença de nomes dos mais diversos matizes da vida política do RN.

Veja AQUI.

Nota do Blog – Depois escrevo testemunho pessoal sobre o doutor Leônidas. Há alguns dias eu tinha postado matéria falando de sua saúde frágil.

Recordo bem quando ele agiu com enorme diplomacia para dissipar conflito nos anos 90 em Mossoró, que envolvia o jornalista Canindé Queiroz e o agitador cultural Gustavo Rosado. 

Andam bastante deterioradas as relações entre o prefeito Aldivon Nascimento (PR) e o presidente da Câmara de Vereadores de Baraúna, o também empresário Marcos Rosado, "Marquinhos Churrasco" (PR).

Aliados políticos e afinados em negócios empresariais comuns, Aldivon e Marquinhos estão em choque direto. Vozes moderadas tentam acomodar os interesses.

Marquinhos viabilizou-se como vereador eleito e logo pavimentou caminho para presidir a câmara, logo no primeiro mandato iniciado em janeiro deste ano. Aldivon terminou endossando o que parecia irreversível.

Recentemente, os dois entraram em conflito político, em face de reivindicações do vereador, relacionadas à construção de casas populares. Teria sido a gotra d’água.

Na câmara, Aldivon tem ampla maioria. Dos nove vereadores, oito estavam apoiando o governo. Agora é esperar qual a postura de Marquinhos.

O boato do dia: o vereador em primeiro mandato, Lahyrinho Rosado (PSB), teria morrido num acidente automobilístico.

Meu celular foi inundado por contatos querendo notícia sobre o suposto fato. Desmenti-o e agora o faço por aqui.

Difícil apenas é detectar de onde teria partido tamanha maldade e irreponsabilidade.

Há poucos meses, a também vereadora em primeiro mandato em Mossoró, Niná Rebouças (DEM), fora objeto de boato semelhante. O procedimento meu foi o mesmo de agora: primeiro checar e depois informar.

É provável que assim mesmo eu seja processado, como fez o ex-deputado federal Laíre Rosado (PSB) há dois anos, me atingindo. Sentiu-se prejudicado porque fiz um registro de boato que o atingia, mas o defendendo da maledicência.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realizará audiência pública na terça (07), às 11h, para debater a redução dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e as suas consequências para as prefeituras.

Nos últimos dias, senadores de diversos partidos têm advertido que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de isentar veículos da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduziu pesadamente os repasses do FPM, levando algumas prefeituras a receber em março valores bem abaixo dos meses anteriores.

O FPM é formado por 23,5% da arrecadação do IPI e do Imposto de Renda.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), convocou a audiência pública atendendo a requerimentos dos senadores Cícero Lucena (PSDB-PB), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Sérgio Zambiasi (PTB-RS). O debate, aberto ao público, será feito na Sala de Reuniões nº 19 da Ala Alexandre Costa.

Estarão presentes ao debate a secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira; o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski; o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, João Paulo Lima e Silva; e a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES).

Também estará em debate a Medida Provisória 457/09, que autoriza a renegociação de dívidas das prefeituras com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com parcelamentos em até 20 anos. 

Um dos pontos mais visados pelas emendas é o índice que corrige as dívidas. A MP 457/09 prevê a taxa básica de juros (taxa Selic, hoje em 11,25% ao ano), enquanto os parlamentares reivindicam a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, atualmente em 6,25% ao ano).

* Com informações da Agência Senado.