A nova legislatura da Câmara de Mossoró, com 13 vereadores, sendo oito de "primeira viagem" e um que retornou, dá sinais de alguma vitalidade. Mas não há muito ainda a ser comemorado quanto ao conjunto.
Se existem destaques, eles são os vereadores Lahyrinho Neto (PSB), Genivan Vale (PR) e Francisco José Júnior (PMN). Os dois primeiros são estreantes e Júnior é um dos quatro sobreviventes da legislatura de esgoto (com exceções) que passou.
O trio, não por coincidência, faz parte da oposição. São os únicos com esse perfil e revelam-se atuantes por determinados aspectos bem visíveis.
De antemão, é fácil ser oposicionista na "Era das Trevas", período continuado de gestão da prefeita-enfermeira Fátima Rosado (DEM). Não falta material à superfície para que os vereadores trabalhem.
Outro aspecto é que os três possuem boa retaguarda: da assessoria à experiência política que familiares e os próprios viveram antes do mandato.
É interessante frisar, que mesmo com um governo pródigo em desmandos, deslizes morais, incompetência administrativa, arrogância e neófito (não confundir com ninfeta) em política, os vereadores não exacerbam. Revelam serenidade na crítica e equilíbrio no papel de contendores.
Podem crescer mais ainda, desde que não caiam em algumas tentações, como o alinhamento vassalo ao poder. Quanto à bancada governista, surgem apenas lampejos de lucidez. Não é fácil defender o indefensável.
O mandato é uma concessão popular com tempo determinado para ser exercido. Muitos dos que ficaram para trás só entenderam isso com o expurgo provocado pelo voto no dia 5 de outubro passado. O mesmo ocorrerá com a atual legislatura.


























