O reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Miton Marques, por pouco não se envolve numa tragédia ao lado de seu motorista, de prenome Paulo. Foi hoje pela manhã em Assu.
O carro Blazer (preto) em que ambos viajavam foi alvejado por uma bala. O tiro obrigou o veículo a parar, depois de se alojar em um dos pneus.
Policiais vinham em perseguição a bandidos que teriam sequestrado duas crianças e o pai de ambas, numa fuga após assalto em Upanema. Os sequestrados foram libertados em seguida nas imediações da BR-304. Ninguém foi preso.
Pelas características do veículo – particular – do reitor, os militares interpretaram que poderia abrigar os assaltantes e sequestrados.
Tudo foi rapidamente esclarecido. O reitor foi logo reconhecido, segundos depois do motorista ser orientado pelos policiais a levantar as mãos. Em seguida ambos foram liberados, seguindo para Assu.
Só em Mossoró quando o pneu estava sendo reparado, é que o motorista Paulo fora cientificado do tiro. A princípio, ele tinha imaginado que ocorrera uma descompressão natural, devido perfuração por prego, pedra ou outro objeto cortante.
Na reitoria, o reitor evitou alardear o incidente. Deu importância menor. Milton viajara a Assu para acompanhar a governadora Wilma de Faria (PSB) em agenda no município.
– Ele está muito tranquilo – comenta o chefe de Gabinete da Reitoria, professor David Leite.
No dia 23 de julho de 2005, na BR-304 na área urbana de Santa Maria, o então prefeito de Grossos, Dehon Caenga (PPS), foi metralhado por policiais civis. Além dele morreu seu motorista Márcio Martins. O tesoureiro Magno Ferreira e o assessor contábil Francisco Perez saíram feridos.
Os quatro tinham sido confundidos com quadrilheiros de alta periculosidade. Não tiveram a mínima chance de defesa.

























