segunda-feira - 09/05/2011 - 18:22h

“Recall” poderia salvar Natal da erosão da “Borboleta”


Natal passa por momentos incomuns em sua história político-administrativa. A gestão da prefeita "borboleta" Micarla de Sousa (PV) é devastadora.

Durante meses, ela ficou usando o complexo de transferência de culpa, para justificar seu despreparo, incompetência e alheamento. Tudo era responsabilidade do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), seu desafeto.

Depois a ladainha se transferiu, um pouco, para a imprensa paroquial.

Com a reportagem do "Fantástico" da Rede Globo de Televisão, apresentada ontem (veja postagem mais abaixo, deste Blog), Micarla está praticamente sem desculpas, mesmo as mais esfarrapadas.

Lógico que ela não vai dar declaração pública afirmando que é inapta para o cargo. O ramerrame é falar de ajustes e afirmar que "não é bem assim". Ainda vai soltar sua voz de dubladora de adolescente de novela mexicana e localizar outro responsável dentro ou fora da administração. Menos ela, obviamente.

E daí?

E daí é que tudo ficará como dantes.

Um governo que já mudou cerca de 42 cargos de secretário (ou serão 44, 45…) em pouco mais de dois anos e dois meses, está sem rumo. Na ânsia de acertar, aí é que erra mais.

Lamentavelmente, Natal terá de aguentar esse estorvo até o dia 31 de dezembro de 2012.

Até lá, precisa tapar o nariz e abrir mais os olhos, para não cometer outro erro crasso de avaliação, na hora de escolher o sucessor da borboleta.

Infelizmente, no Brasil não existe um dispositivo constitucional que garanta o "recall" para detentores de cargos públicos outorgados através do voto, como nos Estados Unidos. Por lá, antes mesmo do fim de um mandato, um político pode ser ejetado da cadeira por iniciativa popular.

Na Constituinte de 1988, a proposição chegou a passear pela mesa de vários parlamentares. Porém muitos a acharam avançada demais, pois temiam um pipocar de atos casuísticos.

Assessor do então senador Lavoisier Maia, o advogado e jurista Paulo Lopo Saraiva elaborou proposta nesse sentido. Contudo, viu a ideia ser aniquilada ainda no nascedouro.

Ficamos com a alternativa do "impeachment", que costuma ser utilizada com rara felicidade. Normalmente, emerge muito mais como vindita politiqueira do que aspiração da sociedade.

O "recall" virou uma palavra comum, entre nós, como providência de empresas montadoras de automóvel, convocando compradores de seus veículos para "troca" de peças defeituosas, sem qualquer ônus.

Micarla é caso típico a merecer "recall".

Pobre Natal!

Foto – Micarla pede calma para ver se a coisa não fica pior…

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segunda-feira - 09/05/2011 - 17:56h

Ministro garante recursos para portos de Natal e Areia Branca


Na tarde desta segunda-feira (09) a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) recebeu o ministro-chefe da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino, com quem falou sobre as obras nos Portos de Natal e Areia Branca.

Durante a conversa, que aconteceu na Governadoria, o ministro investimentos  de R$435 milhões para ampliação do cais e construção do terminal de passageiros, além da dragagem no Porto de Natal, e a ampliação do Porto Ilha, em Areia Branca. Obras que devem acontecer até 2013.

Ainda durante a reunião, foram discutidos assuntos ligados ao transporte de minérios e à autonomia dos portos do estado em relação às suas atividades.

Participaram da reunião os secretários  Benito Gama (Desenvolvimento Econômico) e Betinho Rosado (Agricultura), além do presidente da Codern, Emerson Fernandes, e o secretário de Infraestrutura Portuária da Secretaria Especial dos Portos Fernando Victor.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Estado.
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segunda-feira - 09/05/2011 - 17:51h

Pensando bem…

"Observa o teu culto a família e cumpre teus deveres para com teu pai, tua mãe e todos os teus parentes. Educa as crianças e não precisarás castigar os homens."

Pitágoras

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segunda-feira - 09/05/2011 - 17:39h

Maioria da cúpula do Senado responde a processo no STF

Um em cada quatro senadores responde a algum tipo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos atuais 81 senadores, 22 aparecem como réus ou investigados em ações penais ou inquéritos em tramitação na mais alta corte do país.

A maioria desses parlamentares com pendências na Justiça ocupa cargos de comando no Senado. Catorze deles presidem comissões permanentes, lideram bancadas ou têm assento no Conselho de Ética ou na Mesa Diretora da Casa.

Alguns, até, conciliam essas funções.

No total, os senadores acumulam 50 pendências judiciais: 36 inquéritos (investigações preliminares) e 14 ações penais (processos que podem resultar na condenação do acusado).

No momento, nove senadores são réus no Supremo. Desses, oito ocupam cargos de destaque na Casa. São eles: Cícero Lucena (PSDB-PB), Fernando Collor (PTB-AL), Jayme Campos (DEM-MT), João Ribeiro (PR-TO), Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Roberto Requião (PMDB-PR), Sérgio Petecão (PMN-AC) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

O nono senador a figurar como réu é o ex-governador de Rondônia Ivo Cassol (PP), que não exerce função de liderança nem comanda comissão.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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segunda-feira - 09/05/2011 - 09:25h

Turbulências para ex-presidente

A gestão do vereador Claudionor dos Santos (PDT) à frente da Câmara de Mossoró deverá enfrentar enormes turbulências em breve.

No Ministério Público a situação é de crescente cerco e dificuldades.

Sua ânsia de defender e proteger o governo "Fafá" Rosado (DEM) pode lhe trazer grande prejuízo.

Anote.

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segunda-feira - 09/05/2011 - 09:23h

Pobre Natal de Micarla & Cia.

Depois do novo escândalo do Governo Micarla de Sousa (PV) chegar à repercussão nacional, via "Fantástico" da Rede Globo de Televisão, fica difícil a prefeita manter seu discurso.

O complexo de transferência de culpa está esgotado.

Evidencia-se mesmo uma incompetência caudalosa.

Há traços e essência de completa inaptidão para o cargo a que foi eleita.

Pobre Natal!

Conta outra, "Borboleta"!

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segunda-feira - 09/05/2011 - 09:18h

Um pré-candidato em busca de rumo

Tocando uma pré-campanha ainda de forma quixotesca, sem maiores recursos, organização e foco, o vereador Chico da Prefeitura (DEM) sonha em ser candidato a prefeito de Mossoró. Não é fácil.

Pelo menos no DEM, ele pode tirar o "cavalinho da chuva".

Entre os líderes da sigla, o seu nome não é sequer mencionado.

Tem-no como alguém sem noção da grandiosidade da missão. Por isso que a tentação começou a bater na cabeça de Chico, que está no sexto mandato consecutivo de vereador: ele pode sair do DEM para apostar em candidatura numa faixa própria.

O PSD está aí, em formação.

Habilita-se?

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segunda-feira - 09/05/2011 - 09:12h

“Fantástico” mostra outra vergonha do governo Micarla


Natal está outra vez em destaque na mídia nacional. Novamente, de forma reprovável.

O programa "Fantástico" da Rede Globo de Televisão mostra escândalo da merenda escolar.

Em várias escolas, a reportagem constatou alimentos estragados, crianças que passam mal por comer produtos que não serviriam para porcos. Aulas suspensas por impossibilidade de se atender necessidade nutricional dos alunos.

Um insulto. Uma vergonha. Um desrespeito a milhares de crianças.

O secretário da Educação do município, professor Walter Fonseca (PV), garantiu em entrevista que tudo está passando por uma "revitalização".

Há poucas semanas, Natal foi apontada como endereço de prostituição, em turismo sexual em franca expansão.

Nota do Blog
– Pobre Natal!

A passagem de Micarla de Sousa (PV) pela prefeitura é outra versão da "Era das trevas".

Veja vídeo AQUI

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segunda-feira - 09/05/2011 - 09:10h

PSD é assediado para eleições 2012


É intensa a prosa entre o presidente da Câmara de Mossoró, Francisco José Júnior (PMN), com vários nomes potenciais à vereança no próximo ano, no município de Mossoró.

Entre atuais vereadores, ex-vereadores e nomes que aspiram essa ascensão, há muita expectativa de mudanças partidárias. –

A gente tem conversado, mas não posso lhe adiantar maiores informações – comenta Júnior.

Segundo ele, o partido – para o qual ele deverá se transferir e comandar na cidade, deverá vir muito forte para o pleito de 2012. A princípio, alinhado ao DEM da prefeita de direito Fátima Rosado, a "Fafá".

Entretanto ninguém pode descartar até mesmo uma candidatura própria à prefeitura.

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segunda-feira - 09/05/2011 - 09:01h

O “monstrinho” de Kassab

Segundo reportagem do jornal paulistano Folha de São Paulo, o prefeito de São Paulo e líder do nascente Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, já definiu o perfil ideológio-programático da sigla. É um monstrinho.

Conforme o prefeito, "nem será de direita nem de esquerda nem de centro".

Risível.

Kassab e seus asseclas estão gerando uma anomalia, mas bem à feição do modelo político-partidário brasileiro.

É o partido "Bom-brill", com mil e uma utilidades.

No Rio Grande do Norte, o PSD consegue a proeza de ser híbrido, governo e oposição, mas sem ser exatamente uma coisa nem outra.

Peraí!

Vou tentar explicar.

Em relação ao Governo Rosalba Ciarlini (DEM), o PSD será governista.

Em relação ao Governo Dilma Roussef (PT), também.

Só, que a princípio e, com base na campanha de 2010, Dilma e Rosalba estão em extremos.

Nota do Blog – E ainda tem quem acredite em reforma política no Brasil, com essas figuras tratando do assunto.

Brincadeira.

O Brasil ganha, com o PSD, mas um Polifemo, como na Odisseia de Homero. Prontinho para devorar "Ninguém", ou seja, o povo.

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segunda-feira - 09/05/2011 - 08:50h

Rogério Marinho “ataca” agora pelo rádio


O deputado federal Rogério Marinho(PSDB) começa hoje às 12h55, um programa de rádio em Natal. Será através da FM 96, a de maior audiência na capital.

O programa "Pensar Natal com Rogério Marinho” é mais um tentáculo usado pelo parlamentar, pavimentando caminho para ser candidato a prefeito da capital.

Ele já lançou os projetos de campo “Pensar Natal” e “Ruas de Cidadania”, indo diretamente aos bairros, para discussão de temas do interesse da coletividade.

Nota do Blog – Com um governo em frangalhos como o de Micarla de Sousa (PV), nunca a cadeira de prefeito foi tão desejada. Em 2008, ele teve frustrada sua pretensão, ao ser preterido pelo PSB, sigla da então governadora Wilma de Faria (PSB).

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segunda-feira - 09/05/2011 - 08:43h

Média e alta complexidade da Saúde em debate

A Assembleia Legislativa vai discutir em audiência pública, o tema da "Média e alta complexidade da Saúde no Rio Grande do Norte. Será a partir das 9h30.

A audiência vai ocorrer no auditório Robinson Faria, por iniciativa do deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM).

Há muito a ser dito, a ser dissecado, pois o jogo de empurra entre municípios, Estado, União, médicos, hospitais privados etc. parece infindável, com o usuário do Sistema Ùnico de Saúde (SUS) no meio, levando a pior.

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domingo - 08/05/2011 - 23:42h

Letra e Música -137


Marina Lima empilhou sucessos, sobretudo nos anos 80 e 90. A gente escolhe Fullgás para lembrar de sua voz suave, plena afinação e sensualidade.

Para a semana começar muito bem, eis uma boa música e letra, numa composição dessa artista e do seu irmão-poeta Antônio Cícero:

(…) Noites de frio
Dia não há
E um mundo estranho
Pra me segurar
.

Aproveite. Os próximos dias prometem ser melhores do que os que se foram. Pelo menos para mim.

Veja a letra AQUI;
Veja o vídeo AQUI.

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domingo - 08/05/2011 - 23:02h

Pensando bem…

"Só o que está morto não muda! Repito por pura alegria de viver: A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!"

Clarice Lispector

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 08/05/2011 - 22:58h

Reforma política é tema central de seminário


O projeto de extensão "Ciclo de Estudos e Discussões Acerca dos Direitos Fundamentais", da Faculdade de Direito (FAD) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)  promove, nos dias 2 e 3 de junho, o I Seminário sobre “Reforma Política e Cidadania”.

O evento será realizado no auditório da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC-UERN).

Já estão confirmadas as presenças da deputada federal Fátima Bezerra (PT), do analista político e diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz (Toninho do DIAP); do presidente licenciado da Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Humberto Fernandes, entre outros.

O projeto consiste em um conjunto articulado de palestras, mesas-redondas, produção de artigos e elaboração de cartilhas sobre temas previamente escolhidos dentro da temática “Direitos Fundamentais”, sendo coordenado pela professora Rosimeiry Florêncio de Queiroz Rodrigues, tendo como colaboradores a professora Clédina Maria Fernandes e os discentes Jadson Arnaud, Luiz André Veríssimo, José Nunes, Luma Nayara, Márcio Alexandre, Paulo Lucemberg, Tarciana Jamile, Geraldo Zimar, Carlos César, Ana Karoline Queiroz, Wilne Florêncio e Benvenuto de Holanda.

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Categoria(s): Terezinha Queiroz
domingo - 08/05/2011 - 22:11h

ABC faz 3 x 1 Santa Cruz e conquista outro título estadual


Com o estádio Frasqueirão lotado, O ABC entrou em campo precisando vencer o Santa Cruz na decisão do Campeonato Estadual 2011, realizou um primeiro tempo brilhante, derrotou o tricolor interiorano pelo placar de 3 a 1, neste domingo (8), e conquistou o 52º título potiguar.

Os gols do alvinegro foram marcados por Leandrão, aos 14 do 1º tempo, Cascata, aos 40 do 1º tempo e Jackson, aos 26 do 2º tempo, enquanto que Felipe descontou aos 17 do 2º tempo para os visitantes.

Após a conquista do 52º título potiguar, recorde no Brasil, O ABC recarrega as suas energias para a estreia no Campeonato Brasileiro da Série B, dia 20 (sexta-feira), quando o time viaja para a cidade de Bragança Paulista – SP e encara o Bragantino, às 21h, no estádio Nabi Abi Chedid.

Já o Santa Cruz aguarda o segundo semestre para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D.

Vale lembrar que os finalistas serão os representantes do Rio Grande do Norte na Copa do Brasil de 2012.

Ficha do jogo (ABC 3 x 1 Santa Cruz):

Estádio: Frasqueirão.

ABC: Wellington, Pio, Tiago Garça, Irineu e Renatinho Potiguar; Basílio, Bileu, Reinaldo(Ricardo Oliveira) e Gabriel(Jackson); Cascata e Leandrão. (Técnico: Leandro Campos).

Santa Cruz: Isaías, Pantera, André Luis (Vladimir) e Michel; Rafinha, Robson, Lano, Paulinho(Alvinho) e Marciano; Quirino e Didi Potiguar. (Técnico: Wassil Mendes)

Árbitro: Leandro Vuaden – Fifa – RS
Assistentes: Luiz Carlos Câmara (RN) e Lorival Cândido (RN)

Cartões: Cascata (amarelo – ABC); Robson ( amarelo – Santa Cruz); Michel (amarelo, Santa Cruz); Basílio( amarelo – ABC); Pantera( vermelho – Santa Cruz); Renatinho Potiguar (amarelo – ABC);

Público total: 12.446. Sócios: 4 mil
Renda: R$ 183.469,00.

Do Diário On Line

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domingo - 08/05/2011 - 10:10h

Assim na terra como no céu


A guerra fria que litigou durante décadas os Estados Unidos e a extinta União Soviética, alimentando crescente rivalidade entre as ideologias capitalista e comunista, já não existe mais. É passado para ser contado em livros, filmes e nas escolas.

Mas nem por isso deixamos de testemunhar, até hoje, incessante corrida armamentista, rompantes de fúria e ameaças veladas  entre estados e grupos terroristas. A barbárie continua em escaramuças ou na prática.

Em meio à perene insanidade, há alguns anos um caso em especial me despertou atenção: os Estados Unidos anunciavam com pompa o lançamento da chamada Moab (Massive Ordnance Air Blast Bomb), uma bomba de 9,8 toneladas guiada por satélite.

Sabe qual o apelido da bichinha? "Mãe-de-todas-as-bombas".

O artefato é considerado a mais poderosa bomba não-nuclear que se conhece. Devastadora. Capaz de matar em escala industrial, além de gerar grande destruíção estrutural.

Perguntei-me, de imediato: como alguém pode conceber algo com essa força letal e ainda lhe dar a caliente e doce denominação de "mãe?

Uma mãe que mata, fere, destrói? Uma mãe que provoca a orfandade de milhares de crianças? Mãe que aniquila mãe de carne, osso e sentimentos?

E o que dizer do batismo do bombardeiro B-29, aeronave que levou a bomba atômica que arrasou Hiroshima (Japão) no dia 6 de agosto de 1945?

O coronel Paul Tibbets, então com 30 anos, piloto desse quadrimotor – que em suas entranhas carregava o apocalíptico explosivo – batizou sua máquina voadora com o nome de sua própria mãe: "Enola Gay". Teve o requinte de escrevê-lo na própria fuselagem do avião.

Homenagem ou insulto?

Mãe solteira;
Mãe de primeira viagem;
Mãe de prole numerosa;
Mãe-de-santo;
Mãe-avó;
Mãe natureza;
Mãe chata (só se for a dos outros);
Mãe d´água;
Mãe adotiva;
Mãe-de-leite;
Mãe de Cristo;
Mãe de Judas;
Mãe de barriga de aluguel
Mãe-sogra, que virou uma segunda mãe;
Mãe que ficou para "titia";
Mãe pobre;
Mãe rica;
Mãe que chora;
Mãe que ri;
Mãe dos meus amigos;
Mãe dos que me fazem o mal;
Mãe anônima;
Mãe que nunca será mãe;
Mãe bonita;

Mãe feia. Feia? Não, não conheço;
Mães dos meus filhos;
Mãe dos que virão.

Mãe, lírica e mítica como no poema de Drummond, é eterna. "É luz que não apaga":

(…) Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho
.

À minha mãe:

(…) Me dê a mão
Cuida do meu coração

Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim…

Assim na terra como no céu.

Amém!
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Categoria(s): Nair Mesquita
domingo - 08/05/2011 - 10:03h

Os moralistas


— Você pensou bem no que vai fazer, Paulo?

— Pensei. Já estou decidido. Agora não volto atrás.

— Olhe lá, hein, rapaz…

Paulo está ao mesmo tempo comovido e surpreso com os três amigos. Assim que souberam do seu divórcio iminente, correram para visitá-lo no hotel. A solidariedade lhe faz bem. Mas não entende aquela insistência deles em dissuadi-lo. Afinal, todos sabiam que ele não se acertava com a mulher.

— Pense um pouco mais, Paulo. Reflita. Essas decisões súbitas…

— Mas que súbitas? Estamos praticamente separados há um ano!

— Dê outra chance ao seu casamento, Paulo.

— A Margarida é uma ótima mulher.

— Espera um pouquinho. Você mesmo deixou de freqüentar nossa casa por causa da Margarida. Depois que ela chamou vocês de bêbados e expulsou todo mundo.

— E fez muito bem. Nós estávamos bêbados e tínhamos que ser expulsos.

— Outra coisa, Paulo. O divórcio. Sei lá.

— Eu não entendo mais nada. Você sempre defendeu o divórcio!

— É. Mas quando acontece com um amigo…

— Olha, Paulo. Eu não sou moralista. Mas acho a família uma coisa importantíssima. Acho que a família merece qualquer sacrifício.

— Pense nas crianças, Paulo. No trauma.

— Mas nós não temos filhos!

— Nos filhos dos outros, então. No mau exemplo.

— Mas isto é um absurdo! Vocês estão falando como se fosse o fim do mundo. Hoje, o divórcio é uma coisa comum. Não vai mudar nada.

— Como, não muda nada?

— Muda tudo!

— Você não sabe o que está dizendo, Paulo! Muda tudo.

— Muda o quê?

— Bom, pra começar, você não vai poder mais freqüentar as nossas casas.

— As mulheres não vão tolerar.

— Você se transformará num pária social, Paulo.

— O quê?!

— Fora de brincadeira. Um reprobo.

— Puxa. Eu nunca pensei que vocês…

— Pense bem, Paulo. Dê tempo ao tempo.

— Deixe pra decidir depois. Passado o verão.

— Reflita, Paulo. É uma decisão seriíssima. Deixe para mais tarde.

— Está bem. Se vocês insistem…

Na saída, os três amigos conversam:

— Será que ele se convenceu?

— Acho que sim. Pelo menos vai adiar.

— E no solteiros contra casados da praia, este ano, ainda teremos ele no gol.

— Também, a idéia dele. Largar o gol dos casados logo agora. Em cima da hora. Quando não dava mais para arranjar substituto.

— Os casados nunca terão um goleiro como ele.

— Se insistirmos bastante, ele desiste definitivamente do divórcio.

— Vai agüentar a Margarida pelo resto da vida.

— Pelo time dos casados, qualquer sacrifício serve.

— Me diz uma coisa. Como divorciado, ele podia jogar no time dos solteiros?

— Podia.

— Impensável.

— É.

— Outra coisa.

— O quê?

— Não é reprobo. É réprobo. Acento no "e".

— Mas funcionou, não funcionou?

Luís Fernando Veríssimo é cronista

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domingo - 08/05/2011 - 08:34h

Conjunto residencial vive sob abandono e problemas


Vingt Rosado de buracos e águas pútridas:

De tanto escutar as pancadas de carros contra o pavimento, resolvi sair para registrar imageticamente a situação em que se encontram as ruas do conjunto habitacional Vingt Rosado (Mossoró).

As fotos retratam com precisão essa realidade.

Outro fato bastante desagradável e que  registrei também por meio de fotos  é  a vazão constante dos esgotos urbanos que inundam as ruas com águas pútridas por estarem cheias de dejetos orgânicos entre eles, dejetos fecais.

Essas águas poluídas ensopam os calçados dos transeuntes que contaminam o piso de suas residências.

Mesmo assim, Mossoró cresce, a pesar de tudo.

Gilmar Silva

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domingo - 08/05/2011 - 08:22h

Só Rindo (Folclore Político)


S
Café vegetal e animal

Pré-candidato à presidência da República, o governador mineiro, Juscelino Kubitscheck, pede audiência ao presidente Café Filho. Encontro marcado, ele aparece no Palácio do Catete, Rio, Capital Federal.

O interesse de Juscelino é tratar com o presidente sobre questões relacionadas ao setor cafeeiro. Apesar de politicamente antagônicos, os dois procuram manter a fleuma e a diplomacia.

Café Filho chega até a oferecer sua cadeira presidencial para o convidado sentar-se. Apesar de embaraçado com a proposta inesperada, o governador aceita. 

De inopinado,  o presidente ruboriza-se. Transfigura-se: “Pode levantar-se, por favor. Fique certo que essa foi a primeira e última vez que o senhor ocupou essa cadeira."

Juscelino infla de raiva, mas se contém. Levanta-se incontinênti e sai em largas passadas, sentindo-se provocado.

À saída, no térreo do Palácio do Catete, vários repórteres cercam o governante mineiro e indagam-lhe pela questão da pauta com o presidente: os preços do café.

– De que café você está falando, rapaz? Do vegetal ou do animal? – reage.

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sábado - 07/05/2011 - 16:46h

Mãe


Mãe… São três letras apenas

As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras…
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer…

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

Mário Quintana

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sábado - 07/05/2011 - 16:37h

Uma “nova onda no cangaço”

Em entrevista concedida ao escritor Franklin Jorge (www.franklinjorge.com), depois gentilmente transcrita por Jânio Rego (www.blogdafeira.com.br), defendi um estudo do fenômeno do cangaço firmado em paradigmas diferentes daqueles que, ainda hoje, são notoriamente utilizados na produção pré-científica em relação ao tema.

Descrevi o que seria essa nova “onda”, assim batizada por força da falta de uma expressão melhor, e calculadamente inspirada, a expressão, na obra homônima de Alvin Toffler, guru americano na moda em meados da segunda metade do século passado, “expert” em projetar o futuro.

Os paradigmas são simples e poucos: utilização do método científico na pesquisa do imenso acervo de dados existentes acerca do cangaço, hoje, e utilização da teoria da evolução de Darwin, na análise do material disponibilizado pela pesquisa.

Entre os argumentos elencados na defesa de minha proposta está uma constatação óbvia: hoje quase não temos fontes primárias a serem pesquisadas, e as poucas restantes – personagens que participaram diretamente do ciclo do cangaço – delas já se extraiu o possível e o impossível.

Ressalvei a possibilidade de ocorrer, extraordinariamente, o que aconteceu em relação a Plácido de Castro, ou seja, a descoberta de papéis de um lugar-tenente seu, em um lugar remoto do interior do Rio Grande do Sul, alusivos ao período no qual o gaúcho lutou pelo Acre. Se acontecer algo assim, como por exemplo, a descoberta de um diário perdido do Coronel Floro Bartolomeu, será uma verdadeira festa para os pesquisadores do cangaço e coronelismo, mas, com certeza, absolutamente inesperado.

Um exemplo para explicar o que seria a “nova onda” em relação ao cangaço é a teoria do “escudo ético”, de Frederico Pernambucano de Mello, com certeza um dos nossos mais importantes e originais pesquisadores.

Segundo essa teoria, calcada em metodologia científica – uma conjectura, portanto, exposta à refutação – os cangaceiros construíam um “escudo ético” para justificar sua senda criminosa: diziam agir como agiam como conseqüência de um sentimento de justiça oposto à injustiça de ações contra si ou sua família cometidas, tudo calcado em um ancestral código de conduta tipicamente sertanejo.

Podemos não concordar com a teoria de Frederico Pernambucano, mas não podemos negar que ela resulta do tratamento científico dado ao resultado – os “dados brutos” – obtido com as pesquisas realizadas durante a “onda antiga”, que coletava informações e as repassava, a grande maioria das vezes, sem qualquer checagem quanto aos fatos arrolados.

Quanto ao darwinismo, penso em sua utilização no âmbito das ciências sociais como a grande ruptura com os modelos anteriores, tais como o marxismo e o funcionalismo americano, o estruturalismo francês e Weber. O darwinismo é uma macro-visão da realidade, incluindo, aí, o campo social, a única a resistir à virada do milênio, esse mesmo milênio que deu contornos bem mais limitados ao pensamento de Freud e Marx.

Darwin é o grande sobrevivente.

Evidentemente quando abordo o darwinismo rechaço o assim chamado “darwinismo social”, que nem é darwinismo, nem é social, e somente existe hoje no cérebro de quem, realmente, não conhece a obra de Darwin. Criticar o darwinismo a partir do “darwinismo social” é, mais ou menos, como criticar a democracia pelos desvios ideológicos que ela possibilita.

Típica do desconhecimento acerca do darwinismo é uma questão que foi formulada por um dos comentadores da entrevista: “a lei do mais forte, então, justificaria socialmente o cangaço?”

A ciência não justifica nada; a ciência explica. Uma “nova onda” em relação ao cangaço permitiria, por exemplo, demonstrar por que Lucas da Feira não foi cangaceiro. Aliás, a filosofia pode fazer isso: se Lampião é o paradigma, basta compararmos Lucas a ele e nos indagar se eram semelhantes.

Obviamente não. Nem todo bandido rural era cangaceiro.

Como permite a “nova onda” rir da afirmação feita por outro comentador de que eu nego “aos integrantes das camadas populares a capacidade de elaborar estratégias de vida por meio de operações intelectuais…” Nunca tinha visto nada tão disparatado.

A lei da evolução confirma que desde a ameba, até o Homem, ou seja, qualquer ser vivo, sobrevive graças à capacidade de elaborar estratégias de sobrevivência.

Está em Karl Popper, de quem recomendo a leitura.

A habilidade “política” de Lampião – penso que o comentarista quer dizer habilidade guerreira – é algo concreto: não fosse assim ele não teria sido quem foi. Entretanto devemos colocar essa habilidade em seu contexto específico, qual seja, o jogo de poder inerente ao coronelismo que permitiu sua sobrevivência durante tantos anos no Sertão inóspito.

Enfim, nada mais interessante do que essas polêmicas que nos permitem aprofundar e redimensionar nossas opiniões. Não por outra razão elas me interessam vivamente.

Ao contrário de quem não gosta de ser contrariado em me perfilo com D. Hélder Câmara: “me enriquece quem de mim discorda”. Nada tão belo. Nem tão correto, epistemologicamente pensando.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Estado.

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Categoria(s): Fred Mercury
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