quarta-feira - 29/06/2011 - 07:58h

Gerais… Gerais… Gerais… Gerais

“Uma nova ética para a gestão urbana”. Este é o título do livro do professor aposentado da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Rinaldo Barros, que será lançado na noite desta quinta-feira (30) na livraria Siciliano do Midway Mall. Quem assina o prefácio da obra é o deputado federal Rogério Marinho, presidente estadual do PSDB. O livro é fruto da tese de doutorado “Em Busca de uma Cidade para a Vida: a sustentabilidade urbana e a produtividade social em Natal e Região”, que o tornou doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Neste novo trabalho  o autor aborda temas em destaque na sociedade atual, como o desenvolvimento sustentável.

Mossoró perdeu no início da semana o lojista José Ferreira, nome de proa da “Casa Ferreira, à Rua Coronel Vicente Saboia, Centro. No corre-corre dos últimos dias, até mesmo para editar esta página, não postei nada sobre o assunto, que o faço agora. Lembranças do homem sempre educado, atencioso, um gentleman como dizem os ingleses.

Caminhamos para 2 anos de morte do radialista e ex-presidente da Câmara de Mossoró, Edmilson Lucena, sem que essa Casa, a cidade e os profissionais do setor em que trabalhava dêem uma justa homenagem a seu nome. Ele faleceu no dia 10 de setembro de 2009. Como Mossoró tem memória curta e desprezível.

A pessoa é para o que nasce é a atração do Cineclube Mossoró para o sábado (2), às 19h, no Hotel Villa Oeste. A entrada é franca.

Hoje (quarta-feira, 29) é  dia de festa no Tenda Gastronomia e Lazer (Mossoró). Colaboradores e clientes abraçam nesta data o competente Doziteu Ozanan, gerente operacional do complexo. Profissional com vasta experiência, ele realmente deu uma chacoalhada nesse espaço. Saúde e paz, meu caro.

O prazo de matrícula dos ‘feras’ aprovados no Vestibular 2011 da Universidade do Estado do RN (UERN), com entrada no segundo semestre, estava em edital para os dias 4 e 5 de julho. As novas datas para a realização das matrículas serão definidas em novo Calendário Universitário. A greve na instituição ocasiona a mudança.

Siga o Blog do Carlos Santos também pelo Twitter. O nosso endereço é este: www.twitter.com/bcarlossantos.

Será nos dias 6 e 7 de julho, a VII Conferência Municipal de Assistência Social de Mossoró, no Auditório do Hotel Thermas.  O encontro reunirá profissionais da área social e representantes de entidades e órgãos públicos. As inscrições acontecerão até amanhã (quinta-feira, 30), na sala do Conselho Municipal de Assistência Social, localizada no Centro Administrativo Prof. Alcides Belo.

Obrigado a leitura deste Blog a Cleodon Bezerra (Areia Branca), Soraya Vieira (Pau dos Ferros) e Alfredo Marques (Natal).

Outra notícia triste, infelizmente, para começar o dia. O “Gordinho”, 53, que durante muitos anos foi garçom, também proprietário de uma churrascaria no conjunto Santa Delmira (Mossoró), foi encontrado morto à tarde de ontem na casa em que morava. Parada cardíaca fulminante. Luiz Paulino Neto, seu nome de batismo, será sepultado hoje às 9h no cemitério novo. O velório acontece na Assembleia de Deus, Rua 6 de janeiro, bairro Santo Antônio. Que descanse em paz!

 

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Categoria(s): Gerais
terça-feira - 28/06/2011 - 10:47h
Ministro no ar

Garibaldi Filho na Record News

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho (PMDB), será entrevistado hoje (28) pela jornalista Christina Lemos, no programa “Brasília ao Vivo”, da Record News.

A entrevista será transmitida às 23h.

O programa poderá ser assitido pelos canais 19 (UHF), 93 (NET) e 10 (Cabo TV).

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Categoria(s): Política
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terça-feira - 28/06/2011 - 09:30h
Saúde, PTC!!!

Jornalista Paulo Tarcísio se recupera em hospital

Deu no Blog de Oliveira Wanderley

O jornalista Paulo Tarcísio Cavalcanti permanece internado na UTI do Hospital do Coração em Natal. PTC foi submetido ontem a um cateterismo que apresentou problemas em duas artérias.

Por essa razão, PTC vai se submeter a uma angioplastia nesta quarta-feira (29), segundo informou ao blog o deputado Poti Júnior (PMDB), irmão de Paulo Tarcísio.

Poti disse ainda que serão colocados dois stents em PTC.

Somente depois que for submetido ao exame de angioplastia e à colocação dos stents é que Paulo Tarcísio será transferido da UTI para um apartamento do Hospital do Coração.

“No mais Paulo Tarcísio está bem. O susto maior já passou”, diz Poti Júnior.

Nota do Blog – Paulo é uma figura humana rara. Incapaz de uma grosseria, fidalgo por excelência, amigo, solidário. Além de um jornalista de enorme talento.

Como gosto desse sujeito.

Torço por ti, tá?

Se minha fé suplementar em algo o cuidado médico, bote aí esse pequeno crédito, retribuição por tê-lo como amigo afetuoso.

Saúde, PTC!

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Categoria(s): Comunicação / Gerais
terça-feira - 28/06/2011 - 09:20h
Entrevista na boa terra

Bate-papo no “Costa Branca em Debate” nesta terça

Desembarco no estúdio principal da FM Costa Branca 104,3 (Areia Branca), na boquinha da tarde desta terça-feira (28). Participarei do programa “Costa Branca em Debate”, ancorado pelo ex-vereador Cleodon Bezerra.

Será a partir das 12h.

No ar desde 1º de outubro de 2007, o Costa Branca em Debate  provoca a discussão dos mais variados temas que envolvem os interesses do município, região e estado ou mesmo do país.

A conversa de hoje é sobre o lançamento do livro “Só Rindo 2 – A política do bom humor do palanque aos bastidores”, que acontecerá na próxima quinta-feira (30), às 19h, no município, sede da Câmara de Vereadores.

Mas também será oportunidade para tratarmos da atual conjuntura política local e estadual e algumas abobrinhas, lógico.

Cleodon (centro), âncora do programa que debate temas variados

Então, até lá.

Acompanhe a FM 104,3 ao vivo clicando AQUI.

 

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Categoria(s): Comunicado do Blog / Notas Pessoais
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terça-feira - 28/06/2011 - 08:12h
Na boa terra

“Só Rindo 2” será lançado em Areia Branca

A convite de amigos de diversos matizes político-sociais de Areia Branca, lanço o meu segundo livro na boa terra.

Será nesta quinta-feira (30).

O evento acontecerá a partir das 19h, na sede da Câmara Municipal, com incentivo do presidente desse poder, vereador Aldo Dantas (PMDB).

O “Só Rindo 2 – A política do bom humor do palanque aos bastidores” foi lançado inicialmente em Mossoró no último dia 21, na TV Cabo Mossoró (TCM) com grande êxito.

Livro mostra micos e tiradas inteligentes na política

Em Areia Branca, esse trabalho será apresentado ainda a leitores diversos de cidades circunvizinhas como Tibau, Grossos e Porto do Mangue.

O livro mostra situações inteligentes, embaraços e acontecimentos jocosos ambientados na política. Tudo é narrado em 160 histórias, com ótimo conteúdo gráfico-editorial.

Envolve personagens bastante conhecidos e outros que compõem  esse universo humano.

Na verdade, trata-se de um trabalho documental que preserva a cultura oral da política, com casos que costumam escapar ao noticiário factual.

Então, até lá.

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Categoria(s): Cultura
terça-feira - 28/06/2011 - 07:45h
Na terra natal

Rosalba testa popularidade após vaias em Mossoró

Depois de uma vaia que acabou sofrendo em plena “Cidade Junina”, no sábado (18), precisamente no entorno da Capela de São Vicente, em Mossoró, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) topou passar por outro teste público. Deu-se bem.

A governadora esteve na Estação das Artes Elizeu Ventania no sábado (25) à noite e circulou por barracas e outros ambientes da festa. As manifestações foram de incentivo, crença em recuperação de seu governo e apoio textual ao seu trabalho.

Menos mal.

No dia 25, quando um locutor anunciou atraso à apresentação do espetáculo teatral “Chuva de Bala”, por se aguardar sua presença, o eco das vaias cortou a noite fria de Mossoró, no centro da cidade.

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Categoria(s): Política
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terça-feira - 28/06/2011 - 06:20h
Jean-Paul Prates

Ex-auxiliar de Wilma será homenageado por deputados

A Assembleia Legislativa entrega nesta terça-feira (28), o título de Cidadão Norte-Riograndense ao especialista carioca em gestão pública de recursos naturais e energia, Jean-Paul Prates. A solenidade será realizada às 10 horas, no plenário Clóvis Mota, na sede do Legislativo Estadual.

A proposição é da deputada estadual Márcia Maia (PSB).

Prates atuou como Consultor do Ministério das Minas e Energia e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na elaboração de diversos instrumentos regulatórios tais como o Contrato e Concessão Oficial e o Decreto dos Royalties, além de portarias referentes ao mercado de gás, livre acesso à logística e combustíveis.

Como assessor especial e, posteriormente, secretário estadual de Energia e Assuntos Internacionais, na gestão da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), foi responsável pela organização das políticas públicas do Estado quanto ao petróleo, gás natural, energia elétrica e fontes renováveis, com diversas medidas de efeito prático para o aumento dos investimentos no Rio Grande do Norte no setor energético.

Em pouco mais de seis anos (2004 e 2010), o Rio Grande do Norte deixou a situação de total dependência energética de fontes externas, para alcançar a autosuficiência na capacidade de produção. Atualmente, o RN é capaz de produzir mais de 660 megawatts – valor suficiente para abastecer todo o estado.

Além disso, na época em que foi secretário estadual, assegurou condições para que o RN receba, no quadriênio 2011-2014, mais de R$ 9 bilhões em contratos de investimento para instalação de parques eólicos no estado.

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terça-feira - 28/06/2011 - 04:07h
"Fafá" não renuncia

Carlos Augusto pode tirar o “cavalinho” da chuva

O ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), que deseja a renúncia da prefeita de direito de Mossoró, Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, pode tirar o “cavalinho” da chuva.

Ela vai continuar na prefeitura até o último dia do seu mandato, 31 de dezembro de 2012.

O líder do “fafaísmo”, agitador cultural Gustavo Rosado (PV),  já mandou o recado por via direta e indireta, por interlocutores privilegiados ou mesmo por subalternos sem expressão.

Para ser mais claro, anote aí: não haverá renúncia de Fafá para viabilizar a candidatura à prefeitura, da vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM), irmã da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Nota do Blog – Óbvio ululante, previsível, cantado em prosa e verso por este Blog.

E cá pra nós: a facção de Fafá está corretíssima.

Poder não se dá. É para ser conquistado ou tomado.

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terça-feira - 28/06/2011 - 01:01h
Bastidores

Câmara de Mossoró pode aumentar para 19 vagas

Quantas vagas Mossoró terá no próximo ano, às eleições à Câmara Municipal?

A princípio, há base legal para que possa ter 21 assentos em disputa. Mas as discussões de bastidores na Casa apontam para que exista regulamentação em cima do número 19.

Atualmente a Câmara de Mossoró tem 13 lugares. Há duas legislaturas é assim, ao contrário do que acontecia antes, com 21 vagas.

A controvérsia em torno do número de vagas, que afetou centenas de câmaras em todo o país, a partir de 2004, fez a Câmara de Mossoró encolher desde então.

Mas não é consenso que tenhamos outra vez 21 vagas.  O próprio plenário tem autonomia para estabelecer o quantitativo, com base em decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

* Depois volto ao tema, com mais detalhes. Aguarde.

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segunda-feira - 27/06/2011 - 12:02h
Educação

Professores da Uern promovem debate sobre autonomia

Nesta terça-feira (28), a Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (ADUERN) realiza debate sobre autonomia financeira.

A atividade integra as mobilizações dos professores da Uern que, desde o dia 31 de maio, estão em greve por mais verba para a instituição, melhores salários e melhores condições de trabalho.

O tema será exposto pelo professor e presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB), José Cristóvão de Andrade, que irá relatar a luta e a proposta da autonomia financeira da UEPB. O debate será realizado às 8h, na sede da 12ª Dired em Mossoró.

Segundo o presidente da Aduern, professor Flaubert Torquato, a atividade tem como objetivo provocar a discussão sobre a temática a partir da experiência construída na UEPB.

Para a professora Telma Gurgel, presidente da Comissão de Autonomia Financeira da UERN, o debate irá agrupar os docentes em torno do tema. “Será mais um passo na discussão da autonomia para a nossa universidade”, explica.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Aduern.

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segunda-feira - 27/06/2011 - 11:34h

A perda de Paulo Renato de Souza

O Brasil perdeu um homem público que tem enorme contribuição ao seu desenvolvimento. Morreu o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, aos 65 anos, vítima de enfarte fulminante, no final da noite de sábado (25), em São Roque, cidade do interior paulista.

Paulo Renato passava o feriado prolongado de Corpus Christi ao lado de familiares em um hotel da cidade, quando começou a se sentir mal. Ele ainda foi encaminhado ao Hospital Unimed, no Jardim Lourdes, mas já teria chegado morto.

Paulo Renato foi ministro da Educação durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 2002.

Dentre as suas principais realizações à frente do ministério da Educação estão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).

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segunda-feira - 27/06/2011 - 03:48h
Sucessão mossoroense

“Ravengar” pode não estar disposto a repetir 2004 e 2008

Por Givanildo Silva AQUI

Prefeita Fafá Rosado (DEM) diz a interlocutora privilegiada que a pessoa da sua predileção para substituí-la na chefia do Executivo, a partir de primeiro de janeiro de 2013, é a atual vereadora Cláudia Regina (DEM).

Por sua vez, Rosalba Ciarlini (DEM), embora discretamente, comunica por meio de sinais que irá tentar viabilizar o nome da mana Ruth Ciarlini (DEM) ao próximo desafio eleitoral.

Na oposição, a deputada Larissa  Rosado (PSB), na certeza de que, de novo, será candidata, já  faz campanha, em aberto processo. E apostando num bastante provável racha das forças governistas.

Grifos do Givva:

1. Quem estiver aguardando o senador José Agripino (DEM) irtervir na sucessão mossoroense, pode abandonar logo a ideia. Porque “Ravengar” não abre mão da prerrogativa de conduzir com autonomia toda operação. Aliás, de facílimo entendimento. Elementar.

2. Aqueles que acreditam que o deputado Carlos Augusto (DEM) prefere ganhar e não levar, a ser perdedor na disputa, devem, igualmente, ir refazendo as contas e o conceito. Pois amigos íntimos, que frequentemente visitam a mansão do velho bruxo (homem muito habilidoso naquilo que realiza), em Tibau, afirmam que o presidente do DEM, nos últimos seis anos e meio, vivencia experiência intensamente desagradável e, certamente, não quererá reproduzí-la.

Carlos sabe o que lhe aguarda

Razão simples. Mesmo banida completamente, sem exercer qualquer influência na navegação administrativa municipal, a esposa, governadora Rosalba Ciarlini, que apoiou a causa “fafaista”, invariavelmente,  recebe o ônus, o maior peso dos malfeitos, dos desajeitados ancoramentos palacianos. Porém quando alguma graça se consegue no porto do paço, a Rosa tem o aval desconsiderado, passando ao largo, longe da costa, em alto mar. Fora até do alcance dos radares e  dos sonares.

Nota do Blog – O texto do Blog do Givva (domingo, 26), lavra do jornalista Givanildo Silva, corrobora com postagens deste Blog que foram veiculadas no sábado (25).

E “Givinha”, como Carlos Augusto trata-o afetuosamente, é um interlocutor privilegiado de Ravengar, apelido que o líder incorporou a partir de escárnio imposto por adversários há vários anos.

As palavras de Givanildo traduzem o que este Blog diz há meses e anos. Letrinha por letrinha.

Givinha sabe o que diz; este Blog não se enganava no que dizia nem iludia ao webleitor.

O que há de mais verdadeiro na relação do grupo de Carlos com o da prefeita de direito Fátima Rosado, é uma “sincera hipocrisia”.

Anote, por favor.

Leia AQUI a postagem O medo de ser devorado” assusta Carlos Augusto Rosado e AQUI a postagem Rosalbismo força “Fafá” à renúncia; Gustavo faz exigência.

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domingo - 26/06/2011 - 23:59h

Letra e Música – 144

//www.youtube.com/watch?v=EkZkQpcLxJk

Depois de uma semana de fortes emoções, em que talvez eu tenha chegado ao paroxismo da felicidade, preciso saudar uma das razões de minha alegria: meus amigos.

Quem são? Quantos são?

Nem sei; não posso contar.

São. Basta-me!

Se faltou algo e, faltou, a culpa é minha, incapaz de ser melhor para ter mais.

Mais pra quê? Será que o tudo me caberia?

Possivelmente, não.

Começo mais uma semana pelo amanhã, que nascerá como  oportunidade de fazer mais, acreditar mais, lutar mais, me entregar mais.

Então aproveitemos A amizade, música do ótimo grupo Fundo de Quintal:

(…) Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade…

Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir

Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso

Valeu por você existir, amigo
.

Veja a letra AQUI e ótima semana, caro webleitor.
O vídeo também pode ser visto clicando AQUI.

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domingo - 26/06/2011 - 22:12h

Pensando bem…

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados.”

Mahatma Gandhi

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domingo - 26/06/2011 - 18:12h
Saúde

Mossoró sofre a dor do Hospital Regional Tarcísio Maia

Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), neste final de semana, funciona sem  cirurgião geral.

É ruim, não?

Mas o quadro é ainda pior.

Também não existe ortopedista, nem pediatra.

Clínico?

Apenas um.

Mas Mossoró continua festiva, ao ritmo do anarriê, alavantu…

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domingo - 26/06/2011 - 12:56h

Preso para se libertar

Por Carlos Santos

Numa frase certamente escrita por seu ghost-writer (“escritor fantasma”, responsável por discursos), poeta Augusto Frederico Schmidt, o presidente Juscelino Kubistcheck traçava para si uma aura mitológica: “Deus me poupou do sentimento do medo!”

É uma peça de retórica com elouquência de arrepiar, sem dúvidas. Do mesmo tamanho que outra, de igual origem: “Eu não tenho compromisso com o erro”. Ou seja, excelente para justificar mudanças de rumo na política, tão comum ao meio.

Lógico que não sou Schmidt, menos ainda Kubistcheck. Tenho muitos medos; vários.

Posso listar? Não queira.

A maioria pode parecer simples bizarrice, tolice ou insegurança de um sujeito recalcado e incapaz. Mas nenhum ganhará o selo da covardia.

Aviso-lhe logo: de barata, não. O inseto apenas me provoca repugnância, tão somente. Sobre ele, vale citar uma frase bem humorada do grande Stanislaw Ponte Preta ou de Antônio Maria, não lembro: “Não acredito em mulher que não tenha medo de barata”. Ah, tá!

Medo de atravessar a rua, tenho. E preciso ter.  Se cruzar a Avenida São João (São Paulo) ou uma vereda qualquer nesse sertão de mãe-preta e pai-joão, sem olhar pros lados, posso ser atropelado por uma Pajero ou um cavalo em disparada, respectivamente.

Medo é como colesterol: colesterol zero faz mal. Demais, mata. Moderação, portanto, outra vez é receita.

Meu primeiro medo? Huuumm! Não lembro. Deve ter passado rapidinho. Não ficou registrado no inconsciente.

Muitos enraizaram-se e ficaram inoculados em mim durante décadas. Alguns foram extirpados pelo enfrentamento. Outros ainda estão cá, alojados, mas em boa parte do tempo, não incomodam. Temos um pacto silencioso de não-agressão.

Durmo e acordo com eles, sem duelarmos por espaço. Caso típico de tolerância mútua. Lembra Julia Roberts no filme “dormindo com o inimigo”. Ela escapou. Eu tenho sobrevivido.

Novos medos chegam naturalmente com a idade, que cruza o “Cabo da Boa Esperança” e aproxima-me do fim. Medo de morrer, em si, não. Tinha-o há algum tempo, mas não por mim.

Temia não poder contribuir o suficiente para ver meus filhos caminhando com as próprias pernas. Hoje, se depender dessa matéria, já posso partir. Eles são caravelas em alto-mar. Zarparam com bússola, conhecem o timão. Mesmo assim, quero ficar mais um pouco, curtindo a parte que me cabe na superfície desse latifúndio terreno.

Outros filhos virão, para fertilizar minha vida. Em forma de livros ou como gente pichototinha – de carne e osso – pra botar nos braços e me abobalhar mais ainda.

Medo de ser apunhalado, traído por amigos? Não mais.

Sei essa dor. Rasga, dilacera, fere, faz sangrar. Mas tem cura. Cicatriza nas novas e velhas amizades, que não deixam o ressentimento fazer morada, nem a vingança ser voz ativa. “Olho por olho, dente por dente”, nem pensar.

Essa récua não merece tanto esforço meu, nem um segundo diário do meu tempo à tanta dedicação. Não possuem valor a tal empreitada. Além do mais, nem “ex” conseguem ser. Não existe “ex-amigo”.

A melhor forma de vingar, é vencer, é se superar; se refazer das cinzas quando a maioria o abandona e quase ninguém acredita mais em ti. Quem fica, fica por você; quem desaparece não some apenas de sua vida, apaga-se.

O medo de perder, no fundo inibe a possibilidade de vencer. E essa glória é um troféu sempre pessoal, tirada do nosso mais íntimo ser. Porém não acredite nos que vencem só. Ao assumirem para si, esse apogeu, promovem a primeira das traições ao sucesso: negá-lo a outros que o ajudaram a construi-lo.

“Faça aquilo que você receia e a morte do medo será certa”, afirmou o filósofo Raph Waldo Emerson.

Isso vale para o pavor de microfone também. Eu já tive, hoje nos respeitamos. Temos uma convivência saudável, mas muitos perdem a voz, não dizem coisa com coisa ou simplesmente correm dele como o diabo da cruz.

E o que ele, o microfone, tem demais? Nada, além de sonorizar nossa voz. Não morde. Mesmo assim intimida muita gente.

Na verdade, sob a ótica da psicanálise – corrente do suíço Carl Jung -, “a fobia é a projeção de um conflito interno.”

Temos medo do desconhecido, porque é cômodo deixar como estar, mesmo que muitas vezes isso signifique nossa ruína. O novo costuma assustar, porque exige a ousadia de sair do comum, impõe risco. Temos uma natureza conservadora.

Ter medo de “bicho-papão” em minha infância era real, mesmo que ele nunca tenha existido de verdade. Na vida adulta também criamos fantasmas; nos rendemos à força do inconsciente. Daí, a nos tornarmos ansiosos, depressivos e estressados, é questão de segundos.

Eu, confesso, já tive medo de fechar os olhos; me fechar. Fazer o grande e necessário mergulho no meu eu.

Quando comecei a fazer meditação foi assim. As primeiras sessões me asfixiaram. Foram apavorantes. Senti-me como o personagem Phillipe de “O homem da mascara de ferro”, romance de capa e espada de minha infância, de Alexandre Dumas.

Chorei para poder finalmente me abrir. Fechei-me para poder ser livre.

Agora, que faço com meus medos? O que sobrou deles?

Continuo a ser intenso, extremado em tudo que me meto a fazer. Dou-me por inteiro às amizades, aos amores, à minha profissão, filhos e à República da São Vicente (meu país imaginário).

Se com tudo isso não for capaz de ser feliz, não será com a covardia que converterei sonho em realizações.

É certo, pelo menos, que vencerei o pesadê-lo do não-ser.

Da “caverna” descrita por Platão eu já saí. Há sempre uma luz, com ou sem túnel, ao final.

Carlos Santos é criador e editor deste Blog

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 26/06/2011 - 09:41h

Só Rindo (Folclore Político)

Amigo de Tarcísio Maia e de Vingt Rosado

Homem simples, sem arestas pessoais e bem humorado por natureza, o agropecuarista e comerciante Salvador Marinho consegue a proeza de ser amigo dos extremos, sem conflitos.

Um caso emblemático é sua relação com os primos e adversários Tarcísio Maia e Vingt Rosado.

Numa conversa com o ex-governador Tarcísio Maia, sobre gado, ele faz esse político perder a fidalguia:

– Salvador, você é muito burro!

O interlocutor não se intimida e retruca: “Sou não, doutor Tarcísio”.

Diante da insistência do ex-governador em classificá-lo como um quadrúpede, Salvador encerra a discussão com a prova cabal de sua inteligência:

– Se eu fosse burro não era amigo do senhor e de doutor Vingt ao mesmo tempo!

Tarcísio admite o erro, dando uma boa gargalhada com seu amigo e amigo de Vingt Rosado.

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Categoria(s): Folclore Político
domingo - 26/06/2011 - 08:59h
Conversando com... Clauder Arcanjo

A “pedagogia do êxito” do engenheiro que virou escritor

 

Cultura é tarefa para abnegados, diz autor

Antonio Clauder Alves Arcanjo (Clauder Arcanjo), nascido em Santana do Acaraú-CE aos 3 de março de 1963, é engenheiro (Petrobras), professor, contista, poeta, cronista, resenhista literário e colaborador de sites, revistas e jornais de várias partes do País. A reunião de contos, intitulada Licânia, marcou a sua estreia em 2007 na literatura. Lápis nas veias (minicontos) foi a segunda obra, lançada em 2009. Novenário de espinhos, seu primeiro livro de poemas, foi lançado em maio último. Ele tem obras inéditas nos gêneros: crônica (Uma garça no asfalto), romance (Terras de Federardo) e resenhas literárias. É um multifário, com enorme capacidade de trabalho e incomensurável poder de fazer e juntar amigos.

Blog do Carlos Santos – Professor, presidente do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), apresentador de programa de TV (Pedagogia da Gestão, pela TV Cabo Mossoró-TCM), escritor, pai, esposo, engenheiro da Petrobras com atuação numa plataforma marítima (Macaé-RJ), cronista semanal dos jornais O Mossoroense e Gazeta do Oeste, colaborador em vários veículos literários, como é possível conciliar tudo isso sem deixar nada pelo caminho ou ser apenas razoável?

Clauder Arcanjo – (Risos) Bondade sua, Carlos, deixo (quem não o faz?) muita coisa pelo meio do caminho. O mais, se há algum segredo, é praticar, diuturnamente, o ofício da humildade e da obstinação. Obstinação banhada pelos ensinamentos do mestre Fernando Pessoa, na pele de Ricardo Reis, que muito bem nos alertou em um dos seus poemas:

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

BCS – Temos um museu em processo de desmanche há mais de dez anos; a biblioteca do jornalista Dorian Jorge Freire foi desprezada pelos poderes públicos; o escritor premiado Marcos Ferreira não conseguiu uma passagem aérea para receber premiação fora do Estado; uma célula cultural incomum como o “Sêbado” (sebo que reúne várias manifestações culturais, sempre aos sábados, em Mossoró) praticamente fechou. A iniciativa privada não desperta para o valor e importância da cultura. É possível fazer cultura mesmo assim, em Mossoró?

O autor e um de seus ídolos, poeta Paulo Bomfim

Clauder Arcanjo – A cultura é campo para abnegados, Carlos Santos. Homens e mulheres beirando a sandice. Nada nos será dado, quase tudo nos será negado, as portas obstacularizarão os passos dos tíbios, o medo nos será ofertado de bandeja, e a cooptação flanará por entre os nossos… Contudo, apesar de tudo e de todos, as nossas trombetas ecoarão. E, onde houver um de nós, tenho certeza, o canto melífluo da cultura ricocheteará por entre os campos, palácios e favelas. De esguelha, alguém nos ouve, e, ao nos ouvir, resistirá e (con)viverá. Tenho fé em Deus, e nesses benditos ensandecidos.

BCS – No Rio Grande do Norte, a Fundação José Augusto saiu bastante criticada da era “Wilma de Faria”, apesar de algumas iniciativas louváveis. É mais lembrada pelo “Folioduto”, escândalo em contratação de bandas. Agora o novo governo Rosalba Ciarlini (DEM) cria uma Secretaria Extraordinária da Cultura, mas mantém funcionando a própria Fundação José Augusto. O que falta para que tenhamos uma política cultural estadual realmente eficaz e que alcance os rincões do RN?

Clauder Arcanjo – Em primeiro lugar, a cultura é caso de segurança nacional. Explico. Quem usurpa a nossa cultura invade, não os nossos limites territoriais, porém, o que é pior, apropria-se de nosso maior patrimônio: os nossos bens culturais. E, sem cultura própria, não teremos identidade. Sem identidade, faço questão de propagar aos quatro ventos, seremos fantasmas de nós mesmos. A cultura é a alma de um povo.

BCS – Artistas em geral reclamam das leis de incentivo à cultura. Muitos a vêem como um “falso rubi” ou “ouro de tolo”, pois só facilita a vida para captação de recursos para grandes nomes. Os iniciantes, emergentes ou desconhecidos penam com o crédito que raramente é transformado em recurso real. Qual a saída?

Clauder Arcanjo – Transparência, transparência, transparência… Eis a melhor solução. No mais, é a classe artística se unir, melhorar cada vez mais nossa performance, e participar. Por conseguinte, agir mais e chorar menos.

BCS – O senhor administra o selo editorial “Sarau das Letras”, que abre espaço à publicação de autores e gêneros variados. Para um autor ainda sem oportunidade de publicação do seu livro, da poesia ao conto, como sua editora pode ajudar e como ele tem feito para isso?

Clauder Arcanjo – O selo Sarau das Letras, sonho-realidade de Clauder Arcanjo e David Leite, é uma opção a mais para os escritores locais e regionais. Uma singela opção, diga-se de passagem. Todavia é sempre bom termos opções, a falta de opção revela-se danosa em todos os meios. O escritor, que tiver pretensão de publicar pela Sarau, deve nos procurar; analisaremos, então, o seu projeto, aconselharemos, pois não abrimos mão da qualidade e do bom projeto gráfico, e funcionaremos com uma assessoria editorial; desde a concepção da capa, do miolo, da gramatura do papel, da disposição dos textos…

BCS – Há poucas semanas o senhor lançou seu primeiro livro de poesia, “Novenário de espinhos”, com ótimo conteúdo e padrão editorial. O que, afinal, é uma marca de seus trabalhos. Antes já publicara “Licânia” (contos) e “Lápis nas veias” (minicontos). O que cada “filho” tem de especial, para merecer o afago, e em que gênero o escritor melhor se destaca, numa opinião pessoal?

Clauder (centro) TCM

Clauder Arcanjo – Obrigado pelas palavras de incentivo, Carlos. Creio que um livro deve procurar a utopia da beleza e da excelência. Buscando, e perseguindo, tal utopia, acredito, o livro se travestirá em pérola editorial. Quem não gosta de folhear um belo livro? Não há fetiche mais apaixonante para mim! (risos…). Quanto à resposta a sua última pergunta – em qual gênero eu melhor me destaco? -, sinceramente não serei louco em responder. O poeta, o contista, o minicontista, o resenhista… enfim, todos os escritores que há em mim, são extremamente ciumentos. Deixemos todos em paz, não sou louco de procurar a fúria desses titãs.

BCS – Aristóteles afirmava que “a poesia é algo de mais filosófico e sério do que a história, pois a poesia nos fala daquilo que é universal, e a história do que é particular”. Desde a “Ilíada” de Homero tem sido assim? O senhor concorda ou acha que todo poeta pode ser “um fingidor”?

Clauder Arcanjo – (Risos…) Fiquemos por aqui. Já é hora de me calar, pois nem me arvoro filósofo nem poeta para me meter nessa seara tão repleta de espinhos (Novenário de espinhos?). Tenho medo de certas descobertas travestidas de verdades, o plasmar da dúvida me mantém no caminho da humildade. Não estou sendo fingidor, creia-me. (mais risos).

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domingo - 26/06/2011 - 07:50h

Um herói mossoroense (Manoel Duarte)

Por Honório de Medeiros

Um preciso tiro de fuzil ecoou no final de tarde nublado do dia 13 de junho de 1927 e, aproximadamente cem metros além, a bala atingiu o meio-da-testa de um caboclo puxado para o negro aparamentado com a indumentária típica do cangaceiro, prostando-o na terra nua, de barriga para cima, a olhos fixos e vazios voltados para o céu acima, bem ali onde a Avenida Rio Branco cruza a Rua Alfredo Fernandes, onde, na esquina, fica a famosa Igreja de São Vicente cuja imagem, do seu nicho decenal, tudo contemplava.

Era o começo do fim.

No alto da casa do Prefeito Municipal – o líder que começara a epopéia -, no telhado, o atirador viu quando outro cangaceiro, de um trigueiro carregado se aproximou, rastejando e disparando, da vítima, e começou a rapiná-lo, retirando freneticamente, de seus bolsos, munição, dinheiro e jóias. Calmamente, mirou e aguardou.

Pressentindo o perigo iminente o bandido ergueu o tronco elevando os olhos até o telhado da casa cuja frente fora tomada por fardos de algodão prensados para servirem de barreira. Foi apenas um momento, mas foi fatal.

Outro tiro de fuzil ecoou e, no mesmo local onde seu companheiro jazia sem vida o cangaceiro foi atingido.

O violento impacto da bala derrubara-o momentaneamente e desenhara, em seu tórax, uma rosa de sangue. Seus parceiros, paralisados, perplexos, observavam incrédulos. Começou a debandada.

Enquanto os resistentes percebiam que a ameaça fora sustada e o recuo dos cangaceiros era generalizado, o atirador recolhia o fuzil e fitava a cidade no prumo que tinha a Igreja de Nossa Senhora da Conceição como limite. Olhava e pensava.

Ele tinha morto um cangaceiro e ferido mortalmente outro. Não havia dúvida quanto à importância desse fato para a vitória. Mas cangaceiros são vingativos, cangaceiros são ferozes, cangaceiros são cruéis. Cangaceiros são dissimulados e não esquecem nunca, matutava ele com seus botões.

Se ele aceitasse passivamente as homenagens que lhe seriam tributadas a partir daquele momento tudo poderia, no futuro, desandar no gosto amargo causado pela retaliação de algum anônimo, talvez até mesmo em algum parente, como era prática comum na vida cangaceira. Não que fosse medroso. Ao contrário.

Todos quantos lhe conheciam podiam atestar sua coragem e perícia com as armas, que já ficavam lendárias. Mas era melhor se precaver. Era melhor silenciar. Não seria o caso de negar veementemente, por que não era homem para esse tipo de extroversão mentirosa. Mas ia silenciar. Não ia comentar nada.

Duarte, um herói de verdade

O que estava feito, estava feito, e era de acordo com seu temperamento reservado. Se lhe perguntassem, mudaria de assunto. Se comentassem em alguma roda da qual estivesse fazendo parte, sairia de mansinho. Guardaria a verdade consigo, por muito e muito tempo, e a contaria apenas para alguns escolhidos.

Naquele dia banal, muito tempo depois, sozinho com seu neto de dez anos de idade, sentiu vontade de contar aquilo que nunca contara a ninguém. Era uma necessidade da alma, um anseio de perpetuar um feito honroso, um gesto de heroísmo que o mostrava tão diferente dos que tinham fugido em direção ao mar quando os cangaceiros ciscavam nas portas de Mossoró, um gesto que lhe orgulhava por que defendera sua família e sua cidade a um custo alto, que era o de tirar a vida de alguém.

Olhou para o neto e compreendeu que ali estava o interlocutor perfeito. Não questionaria, não interromperia, não esqueceria. Guardaria a lembrança do dia e do relato. Assim sendo começou a lhe contar todo o episódio, detalhe por detalhe.

O neto apenas olhava intensamente e sentia que estava sendo transmitido, para ele, algo muito importante e que somente no futuro seria plenamente entendido. Acalmou sua inquietude de menino. Não desgrudou o olho do seu avô, aquele homem reservado e pouco propenso a confidências.

No final, quando toda a história havia sido contada, compreendeu que devia guardá-la consigo, até mesmo esquecida, por algum tempo. Em um final de tarde tipicamente mossoroense, de muito calor, em um café, o neto se aproximou de uma roda de estudiosos do cangaço e percebeu que discutiam a participação do seu avô na invasão da cidade pelo bando de Lampião. Uns diziam que havia sido ele o autor dos disparos. Outros negavam e apontavam nomes.

Quase oitenta anos haviam se passado do episódio. O neto, agora, era cinqüentão. Sentiu que ali estava o momento certo para contar a história, a sua história, a história do seu avô. Aquela platéia saberia ouvi-lo e entenderia plenamente as razões do silêncio da família.

Contou tudo.

Fechou-se o ciclo.

Dezenas de anos depois já não há mais dúvidas. O atirador postado no alto da casa de Rodolpho Fernandes, o homem que praticamente abortara a invasão lampiônica, o herói entre heróis fora Manoel Duarte. Esta é a verdade, como o sabe sua família e a contou seu neto, Carlos Duarte, jornalista, muitos anos depois, a mim, que registro, aqui, a história, e a Kydelmir Dantas e Paulo de Medeiros Gastão, estes últimos dirigentes da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário do Estado do RN e da Prefeitura do Natal

P.S – Décadas depois desse feito, ele foi homenageado com o nome de um largo à Avenida Rio Branco, além de busto, de frente onde fora sua casa. Mas na construção da chamada “Praça da Convivência” no primeiro governo Fátima Rosado (DEM),  o busto foi retirado.

A peça de bronze foi localizada semanas depois num depósito de ferro velho, pronta para ser derretida. A intervenção de sua família e do então “Jornal Página Certa” fez com que o governo municipal arranjasse um meio de reparar o crime à história e à cultura de Mossoró, doando outro espaço à fixação do busto.

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Categoria(s): Artigo
domingo - 26/06/2011 - 06:50h

Néctar

A verdade aproxima-se.
Olha-me com os olhos
abismados da beleza.

Não sou a mulher
que corta os pulsos e se joga da janela
nem aquela que abre o gás
nem mesmo a loba que entra no rio
com os bolsos cheios de pedra.

Sou todas elas.

Escrever me fez suportar todo incêndio
– toda quimera.

Marize Castro é poetisa potiguar

 

 

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Categoria(s): Política
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domingo - 26/06/2011 - 02:59h

Cirurgia de lipoaspiração?

Por Rosana Hermann

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém,  nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo  que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é saúde outra é obsessão.

O mundo pirou, enlouqueceu.

Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética.  Ritual é malhação.  Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.  Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.  Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia.  Celulite é falta de educação.

Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo.

Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política.

Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas… Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas,  de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.

Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.  Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.

Rosana Hermann é jornalista, roteirista, escritora, com formação em física nuclear

* Este texto circula na Internet sendo atribuído, erroneamente, ao músico Herbert Vianna do grupo Paralamas do Sucesso

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Categoria(s): Artigo / Grandes Autores e Pensadores
sábado - 25/06/2011 - 23:55h

Pensando bem…

“Sou, por formação e por índole, um homem que fundamentalmente crê. Desejo morrer réu do crime da boa-fé, antes que portador do pecado da desconfiança.”

Mário Covas.

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Categoria(s): Pensando bem...
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