segunda-feira - 18/06/2012 - 23:57h

Pensando bem…

“Para o homem sensato, não existe coisa chamada acaso.”

Ludwig Tieck

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segunda-feira - 18/06/2012 - 23:07h
Sem palavra

Polícia Civil denuncia, com greve, quebra de acordo

O Sindicato dos Policiais Civis do RN (SINPOL/RN) coordena nesta quarta-feira (20), uma greve de advertência de 24 horas. A entidade lembra em nota de esclarecimento, que a manifestação não visa pedido de reajuste salarial etc.

Destaca que o movimentos é para que o Governo do Estado cumpra o que determina a Lei 417/10, “dando continuidade ao enquadramento dos agentes e escrivães nos níveis de suas respectivas carreiras”.

Adianta ainda, que “mesmo com um termo de acordo firmado no Tribunal de Justiça do RN (TJRN) em julho de 2011, no qual o Estado estaria obrigado a cumprir, em prazo determinado, a pauta negociada com o sindicato, nenhum dos pontos foi cumprido em sua integralidade.”

E cita: retirada dos presos das delegacias de todo o Rio Grande do Norte, distribuição do vale-refeição para os plantonistas em todo o Estado, serviço de limpeza das delegacias, retirada de pessoas estranhas do quadro da Polícia Civil e a nomeação de todos os concursados.

Salienta, também, que “não bastasse o descumprimento da decisão judicial, surge agora a ameaça do corte dos anuênios da categoria, um direito adquirido e uma conquista de anos de luta dos policiais civís, o que provocaria a redução substancial do valor final dos proventos dos servidores.”

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segunda-feira - 18/06/2012 - 22:40h
Novos tempos

Lula ensina o PT a conjugação do verbo “malufar”

Lula, Haddad e Maluf: política de resultados

A chegada de Paulo Maluf (PP) ao palanque do PT é uma espécie de consagração do verbo “malufar”, agora na versão petista.

Petismo, sinônimo de malufismo. Ou vice-versa.

Hoje, o ex-presidente Lula da Silva (PT) posou (veja foto) ao lado do pré-candidato a prefeito de São Paulo-SP pelo PT, Fernando Haddad, saudando o reforço de Maluf.

Há algum tempo, Maluf era sinônimo de corrupção e a besta-fera aos olhos do petismo. Hoje, cabe até uma poesia para passar uma borracha no passado.

“Lula, que detestava Maluf, que odiava Lula, mas que agora estão juntos porque não existe mais direita e esquerda”. É uma poesia de resultado.

O ex-presidente Lula levou para a política partidária o modelo do “sindicalismo de resultados” que imperou nas relações entre trabalhadores e patrões em São Paulo, durante muitos anos. O que não é a mesma coisa. Parece, mas não é.

Na política sindical, o importante era ganhar; na política partidária, fundamental é vencer a qualquer preço.

Bem, depois que Maluf disse que “não existe mais direita e esquerda”, para amparar a aliança com Lula e o PT, falta apenas esperarmos que as montadoras fabriquem carros sem sinaleiras. Não é preciso sentido de direção.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 20:55h
Anarriê!

Nossa sonhada segurança num corredor de arrasta-pé

Muito elogiada a segurança do Cidade Junina. Ótimo.

Mas segurança pública não pode ser um microcosmo sazonal. Mossoró inteira precisa dessa eficiência ou suposta excelência que parece existir no corredor do arrasta-pé.

A segurança, a que nos referimos, não é feita só de polícia ostensiva nas ruas em carros, cavalos, motos, a pé e bem-armada. Ela precisa de um hábil setor de inteligência, além de perícia técnica.

A fase seguinte, da judicialização, só pode ser eficiente e punitiva, com as preliminares eficientes.

É assim em qualquer parte do mundo e não seria diferente em nossa comuna.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 15:18h
Sparring

Carlos Eduardo vibra com candidatura de Micarla

A prefeita de Natal, jornalista Micarla de Sousa (PV), deverá anunciar ainda esta semana sua postulação à reeleição à prefeitura. Para muitos, um suicídio.

É um Harakiri (suicídio oriental) para sacramentar seu ocaso, que na verdade ocorreu há muito tempo.

Com mais de 92% de reprovação de governo, mais de 75% de rejeição à própria sucessão e números ínfimos em termos de intenção de votos à reeleição, Micarla desenha um final tétrico para si e, talvez, ajudando a quem tanto deseja impor uma derrota.

A presença de Micarla na campanha municipal é um ‘reforço’ supimpa para o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). Ela foi sua vice vice (2005-2008), transformada logo em adversária e inimiga pessoal.

Micarla é o sparring (pugilista que ajuda no treinamento de um outro pugilista) perfeito para Carlos numa campanha. A própria prefeita foi seu melhor cabo eleitoral nos últimos anos, com uma gestão catastrófica.

Sem Micarla na campanha, Carlos passaria a ser o único alvo do canhoneio verbal de adversários, devido sua posição privilegiada em todas as pesquisas, de primeiríssimo colocado. Com ela na disputa, digamos assim, ele não tem do que reclamar.

 

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segunda-feira - 18/06/2012 - 14:42h
Clínica Heitor Carrilho

Um pedido de ajuda; só queremos trabalhar

Keli Gaio, diretora da Clínica Heitor Carrilho (Natal), entidade que há quase 60 anos trabalha com pessoas com necessidades especiais, usa a Internet para um apelo. É um pedido de socorro  para que os trabalhos não sejam encerrados.

A manifestação é dirigida sobretudo à governadora Rasalba Ciarlini (DEM).

Leia abaixo:

Amigos, por favor nos ajudem. A Clínica Heitor Carrilho, instituição que há 57 anos trabalha em prol da pessoa com deficiência, e as demais instituições que desenvolvem a mesma ação estão correndo um sério risco de terem suas atividades encerradas e precisamos que todas as pessoas que conhecem este trabalho nos ajudem a manter estas instituições em funcionamento.

Nossas atividades são realizadas em parte através de um convênio com a Secretaria Estadual de Educação que nos cede professores há mais de 50 anos. Neste ano, nossos professores estão sendo incluídos na lista de fantasmas da secretaria e tiveram seus direitos ao piso salarial negados, o que está fazendo com que muitos deles deixem nossas instituições por necessitarem deste aumento.

Acreditamos que este governo esteja trabalhando para moralizar esta secretaria, mas solicitamos que sejam separados o joio do trigo, pois os servidores cedidos desenvolvem um trabalho pioneiro em beneficio da pessoa com deficiência, fazendo com que a inclusão seja realidade em nossas instituições e ainda ajudando as demais escolas públicas e privadas, na preparação desta pessoas para os desafios diários.

Estes profissionais cumprem rigorosamente os dias letivos instituídos pelo MEC, sem participarem de greves por respeitarem as dificuldades encontradas na aprendizagem de nosso publico. São capacitados para fazerem com que estas pessoas tenham qualidade de vida e certamente não são fantasmas como estão sendo chamadas, inclusive pela mídia.

Mensalmente enviamos à secretaria uma lista com a frequência destes servidores, com seus nomes e matrículas, garantindo e informando suas atividades.

Saiba mais detalhes clicando AQUI. Conheça a Clínica Heitor Carrilho.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 14:12h
Tudo no "Retrovisor"

Rosalba repete discurso e aumenta associação à Micarla

Senhores marqueteiros, guros, conselheiros, bufões, cortesões, próceres, bajuladores, borra-botas e gente de outros matizes próximos à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), acordem logo. Passa da hora de jogar no acostamento o discurso do “retrovisor”.

A insistência obsessiva com que Rosalba continua culpando governos passados por moléstias da sua gestão, só remete o povo ao comparativo com a pecha em que se transformou a prefeita natalense Micarla de Sousa (PV).

Mesmo que não queira, a associação é instantânea e por força do inconsciente. É uma manifestação alheia à vontade do cidadão de forma individual e coletiva. O inconsciente faz um link direto de uma para outra, o que é péssimo para a governadora.

Parte da própria carga de reprovação do governo na capital ocorre por vinculação, numa transfusão de parte do desgaste da prefeita para a governadora.

Piora esse mimetismo político, justamente a insistência com que a governadora repete Micarla. Até hoje, lembremos, a prefeita justifica seu fracasso com o dedo indicador na direção do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT.

O resultado nós conhecemos: Carlos não para de crescer na intenção de votos à prefeitura.

Acorde, Rosalba, ô!

Mude o discurso.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 12:45h
PCdoB e PTdoB

Partidos formam aliança para disputa eleitoral

Representantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB) se reuniram hoje (segunda-feira, 18), na sede do PCdoB, para ratificar a coligação proporcional entre as duas agremiações, rumo ao legislativo, para as eleições municipais de 2012 em Mossoró.

A decisão sela uma série de conversas que já haviam sido iniciadas pelos dois diretórios, ante os ideais comuns existentes.

“Essa coligação entre o PCdoB e o PTdoB é uma coligação que tem propósito. Nós já vínhamos conversando há algum tempo e essa aliança não é só para agora”, acrescenta Gutemberg Dias – dirigente local do PCdoB.

Os dois partidos apoiarão a postulação a prefeito da deputada estadual Larissa Rosado (PSB).

Vereador

Na corrida à Câmara Municipal, as duas siglas possuem alguns nomes apresentados como pré-candidatos e outros poderão surgir. Gonzaga Neto (presidente do PTdoB) comenta que, entre os pré-candidatos do partido estão Aline Couto, Heronildes (Heró), Josimar, (conhecido como Caraúbas) e o subtenente Nazareno Cordeiro, entre outros.

Já o presidente do PCdoB em Mossoró, Gutemberg Dias, informa que o partido conta hoje com sete pré-candidatos: Assunção e Edvaldo Rodrigues (petroleiros), Albaniza Bandeira (líder comunitária), Arimatéia (dos Três Vinténs), Rúkia Helena (professora), José Nildo Cabral (líder comunitário) e Geonvânio Souza (professor).

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segunda-feira - 18/06/2012 - 12:26h
Improbidade

Sindicato denuncia auxiliares de Fafá ao Ministério Público

O Ministério Público (MP) iniciou investigação para apurar os prováveis crimes de acúmulo ilegal de cargos por alguns auxiliares da prefeita Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), que inclusive já ajuizou ação nesse sentido.

Na última terça-feira (12), a presidenta do sindicato, Marilda Sousa, participou de audiência na 11ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, em ato preparatório à abertura de inquérito civil, através do qual o promotor Eduardo Medeiros investigará a situação.

De acordo com o sindicato, estão acumulando cargos ilegalmente os seguintes auxiliares da prefeita Fafá Rosado: Mairton França (Gerência Executiva da Gestão Ambiental), Iêda Chaves (Gerência Executiva da Educação e Gerência Executiva de Esporte e Lazer), Olavo Hamilton (Procuradoria Geral do Município), Benjamim Bento (Gerência Executiva da Saúde), Paulo Linhares (Previ Mossoró), Clézia Barreto (Gerência Executiva da Cultura) e Manoel Bizerra (Gerência Executiva dos Recursos Humanos, Guarda Municipal e Defesa Civil), além de Francisco Carlos, que deixou recentemente a Secretaria Municipal da Cidadania para concorrer nas próximas eleições.

Alguns deles acumulam cargo na própria estrutura da prefeitura, como Iêda Chaves, Benjamim Bento (que tem 60 horas como servidor efetivo e assumiu a Gerência da Saúde sem se afastar de seus vínculos), e Manoel Bizerra.

Outros, acumulam cargos com o de professor da Universidade do Estado do RN (UERN). Nessa situação aparecem Iêda Chaves, Mairton França, Olavo Hamilton, Clézia Barreto, Francisco Carlos e Paulo Linhares.

“Todos eles ocupam ou ocuparam cargos com status de secretaria, que exige dedicação exclusiva e mesmo assim, nenhum deles deixou seus vínculos anteriores”, aponta Marilda Sousa.

O promotor Eduardo Medeiros revelou ao sindicato que caso a denúncia fique comprovada, esses gestores estarão cometendo crime de improbidade administrativa. O MP solicitará que a prefeitura apresente explicações para as denúncias em no máximo 15 dias.

Com informações do Sindiserpum.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 11:01h
12º Batalhão de PM

Após denúncia deste Blog, Governo honra compromisso

Por César Santos (Jornal de Fato)

O Governo do Estado superou os entraves burocráticos e oficializou o novo contrato de locação do imóvel onde está instalado o 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) – em Mossoró, à margem da BR-304, saída para Natal.

A assinatura do contrato ocorreu na tarde de sábado (16), entre o proprietário do imóvel, representado por advogados, e o comandante- geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva.

Nota do Blog do Carlos Santos – O Blog fica particularmente muito feliz em, novamente, poder ter servido à comunidade mossoroense e à laboriosa Polícia Militar, além de ter ajudado ao proprietário do imóvel em questão – o senhor Assis Barbosa, que não conheço pessoalmente.

Na quarta-feira (13), às 12h14, este Blog postou a matéria Batalhão da PM pode ser despejado devido calote (veja AQUI), retratando que desde sua instalação o 12º Batalhão funcionava em imóvel alugado, sem nunca ter honrado compromissos da locação (R$ 7,5 mil por mês) etc.

Destacou a importância dessa unidade militar, não obstante as dificuldades ao seu funcionamento, além de narrar outros detalhes de bastidores.

Com a matéria publicada, em menos de 72 horas (3 dias) “os entraves burocráticos” de quase 10 meses foram solucionados. Ótimo.

Mais uma demonstração de que esta página não faz a crítica pela crítica. O Blog não é anti-rosalbista ou coisa parecida. Este ou qualquer outro governo afundando pode interessar a alguns, mas não é salutar ao povo do Rio Grande do Norte.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 10:21h
Avaliação

Rosalba diz que governos passados comprometem o seu

Do portal Nominuto.com

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) comentou hoje no “Jornal 96” da FM 96 de Natal, que a má avaliação que tem em Natal, de mais de 75%, conforme recentes pesquisas, se dá em face da falta de credibilidade que o Estado do Rio Grande do Norte tem.

“É difícil. Muita coisa ainda tem a ser feita. Todos sabem a situação difícil com que peguei o Estado. Num minuto se destruiu tudo. Reconstruir é difícil. Estamos fazendo uma reconstrução. O Estado não tinha capacidade nenhuma de fazer financiamento, e hoje já pode contratar linhas de créditos para o fomento do desenvolvimento”, afirmou.

Ela ainda justificou que sua reprovação se dá em face das medidas de austeridade que ela tem tomado para contornar a situação de dificuldade financeira e fiscal.

Governos passados

“Compraram ambulâncias e não pagaram. Quando fomos abrir licitação, fomos impedidos pela Ford e Fiat, que alegaram que o Governo do RN comprara ambulâncias em 2008 e ainda não tinha pagado. Nós estamos pagando”, justificou. Em sua ótica, governos passados são culpados pelo cenário ainda aterrador da gestão dos negócios públicos.

Supersalários

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) disse que pretende combater os supersalários da administração estadual, que envolveriam cerca de 500 pessoas.

Ela ingressou no assunto ao comentar sobre as dificuldades financeiras e fiscais, que lançaram o Rio Grande do Norte nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Segundo Rosalba, isso foi o que dificultou contratação de pessoal e gerou o corte de outros. Segundo ela, esses limites impuseram ao RN as dificuldades que ainda se sentem na seara da saúde e segurança pública, por exemplo. “Mas o governo tem agido para contornar o quadro”.

Demissões

Rosalba comentou que, mesmo podendo, preferiu não demitir servidores públicos, algo que a lei lhe permite fazer diante das dificuldades financeiras enfrentadas. “Sei como é dolorosa uma demissão. Na Paraíba houve isso, mas aqui nós conseguimos fazer com que isso não acontecesse”, comentou. A governadora não contabilizou a extinção e demissões no Meios, OnG mantida pelo Estado há décadas.

Caixa 2 do DEM

Durante sua entrevista ao Jornal 96, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) comentou o caso que ficou conhecido por Caixa 2 do DEM. Ela afastou qualquer ingerência ao advertir que sua contas de campanha em 2006 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Rosalba disse ainda que não comentaria à guisa de resposta qualquer coisa sobre as gravações que “vazaram de forma clandestina”. Para ela, “não merece resposta e não tenho medo quanto a isso. Se houvesse suspeita, meus adversários teriam levado isso à frente naquela época”, disse a democrata.

Na verdade, as gravações que pipocaram em parte da imprensa só há poucas semanas, foi detectado em 2006 (quando ela foi candidata ao Senado) em interceptações telefônicas feitas pelo Ministério Público Estadual para investigar um grupo de extermínio na região Oeste.

Vazamento

Rosalba aproveitou, inclusive, para cobrar: “É muito bom que os órgãos que fizeram as gravações esclareçam esse episódio. As contas de campanha foram dentro da legalidade”, destacou.

Presídios

A governadora deixou claro que seu governo pretende dar outro formato à gestão do sistema prisional, que é campeão de fugas e outros  problemas em sua administração. Parceria com a iniciativa privada seria a saída, ou atenuante do caos. “Eu encontrei esse modelo atual, destroçado. Os presídios não ficaram assim em um ano. Estamos em um processo com o Ministério da Justiça para viabilizar essas melhorias”, comentou, ao citar, em seguida, o exemplo do Espírito Santo e Bahia.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 09:52h
Hoje

Governo lança portal de Informações do Mercado de Trabalho

O Governo do RN, através da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social – Sethas lança nesta segunda-feira (18) o Portal Georreferenciamento de Informações do Mercado de Trabalho do Rio Grande do Norte.

O lançamento ocorre às 11h, no auditório da Governadoria, no Centro Administrativo, com presenças da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e do secretário da Sethas, Luiz Eduardo Carneiro Costa, além de técnicos do Departamento Intersindical de Estatística e estudos Socioeconômico (DIEESE).

Esse sistema permitirá aos usuários a obtenção de informação sobre emprego e programas do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda na base territorial do RN.

A partir dele, os usuários terão acesso a informações como, por exemplo, a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, seguro-desemprego, qualificação social e profissional (PNQ/PLANTEC), Projovem, intermediação de mão-de-obra e projetos de economia solidária, entre outras.

O aprofundamento estatístico e analítico dos dados utilizados nesse sistema foi realizado pelo DIEESE. O georreferenciamento das informações e o desenvolvimento do aplicativo WEB foram realizados em parceria com Instituto Lidas, uma organização paulista que trabalha com informações urbanas e diagnóstico social desde 1988.

Com informações do Governo do Estado.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 04:13h
Nós, o povo!

Vítimas do medo são condenadas à própria sorte

O crime funciona sob os mesmo princípios do capitalismo: visa o lucro. A modalidade de crime e área em que será utilizada, seguem lógica de mercado. No Rio Grande do Norte, por exemplo, durante anos do Governo Garibaldi Filho (PMDB), o forte era assalto a banco e carro-forte.

Na era Wilma de Faria (PSB), o ‘negócio’ desandou muito.

Inteligência e estratégias de caça a bandos especializados em assalto a banco/carro-forte praticamente acabaram essa especialidade de crime no RN.

No Rio de Janeiro e São Paulo durante muito tempo, assaltar banco e carro-forte era negócio rentável. Estado criou dificuldade, vieram os sequestros. Hoje, o próprio sequestro ficou “relâmpago” para tentar ser eficaz.

Aos poucos o grande negócio passou a ser o narcotráfico. Nele, a prosperidade de muitos, a morte de incontáveis pessoas e milhões de famílias destruídas. É, também, um caso de saúde pública e  não apenas policial-judicial.

Enfim, com Estado fraco, impotente, lerdo, omisso e negligente, o crime tem tudo para prosperar. É facilitado e continuará prosperando, sim.

Frederico Pernambucano de Mello, um estudioso do banditismo no espaço geopolítico nordestino, tem um livro obrigatório para entendermos isso. Leiam. “Guerreiros do Sol” faz um mergulho antropológico, sociológico, político, histórico e cultural nas entranhas do coronelismo do Nordeste. Vai mais além, nos levando ao reencontro com nossas raízes coloniais bárbaras.

Fica relativamente fácil entender por que crime compensa e continuará compensando nessas plagas. Se o Estado agir, com mão de ferro, atenua-o. Se o Estado tiver uma presença social provedora, saneia-o.

Banditismo

Lampião reinou durante 20 anos sob apoio de coiteiros, consorciado com coroneis corruptos e financiado por alguns plutocratas urbanos. Quando a União entrou em cena, transformando o Nordeste num território federado, armou as volantes e foi ao ataque. Dizimou o cangaço rapidinho.

Nós, após tantas décadas, somos novamente reféns do medo e do banditismo, agora de faceta mais urbana. O Estado iníquo prefere propaganda e festa, do que cumprir um princípio constitucional: garantir a segurança, o direito de ir e vir. Não há polícia, sobram bandidos. É parecida com a relação entre gato e rato. Se no galpão de cereais não tem gato, abundam os ratos. Se os gatos ocupam-no, os ratos correm.

Enquanto a violência era um problema de favelados, a elite torcia o nariz e recriminava a ralé. Aos poucos, a barbárie chega ao asfalto. A violência passeia pelo shopping, escala prédios elegantes, desdenha o bacana em sua casa de praia e barbariza a ‘patricinha’ na esquina.

Não temos dinheiro para convocar quase mil aprovados em concurso da Polícia Militar. Falta grana para chamar gente à Polícia Civil. Entretanto, sobra verba para estádio de futebol.

No clássico “Democracia na América”, Alexis de Tocqueville nos retrata uma “sociedade “comunal” na América do século XIX. O cidadão no comando. Segundo Tocqueville, o povo tinha a cultura de participar diretamente das decisões que lhe diziam respeito, “os negócios públicos”. Nós, não.

“O povo reina sobre o mundo político americano como Deus sobre o universo. É ele a causa e o fim de todas as coisas, tudo sai do seu seio, e tudo se absorve nele.” (Alexis de Tocqueville, “Democracia na América”)

Somos um povo em que até gente “letrada” faz questão de bradar que detesta política. O pior dos analfabetos. O “analfabeto político” apontado por Brecht.

Você acha que está ruim? Está não. Vai piorar muito mais, para finalmente considerarmos tudo isso insuportável, muito além do que seja ruim.

Em nossa ainda jovem democracia criaram ou repetem o conceito de “municipalismo”, como saída para “fazer acontecer” a tese do bem-estar social. Tudo começa no município. Mas só para pedir grana à União; mais dinheiro para ser torrado com pracinhas, festas popularescas e foguetório.

Esse “localismo”, como Tocqueville chamava a postura proativa das comunas nos EUA, nos serve apenas para bairrismo besta, feito de alegorias e arroubos. Protestamos ruidosamente se nosso time de futebol não vencer o da cidade vizinha; apenas resmungamos em casa ou na fila do posto de saúde, se faltar remédio.

Inculto, alheio à verdadeira política, dependente do poder público e viciado no compadrio, o povo é aquela massa-gente descrita por Darcy Ribeiro:  gado. Chega a ser inocente. Inocente útil, claro. E indefeso. Num romance de Jorge Amado é lírico. Na vida real, dói.

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segunda-feira - 18/06/2012 - 01:03h
Assis da Usibrás

Sequestro envolvendo um mossoroense não é novidade

O sequestro de Porcino Segundo, “Popó”, 19, filho do empresário Porcino Júnior (Grupo Porcino Costa), ocorrido à madrugada de ontem (domingo, 17), num parque de vaquejadas em Ceará-Mirim, não é um caso isolado. Em se tratando de gente do universo mais abastado de Mossoró, é o segundo fato de tamanha dimensão.

Em 16 de dezembro de 2004, o empresário Francisco Assis Neto, então com 61 anos de idade, conhecido como “Assis da Usibrás”, foi sequestrado quando fazia cooper no bairro Aeroporto (Mossoró) – perto do Posto Brasil, Avenida do Contorno. Só foi libertado 36 dias depois, no dia 21 de janeiro de 2005.

Ele ficou acorrentado em precárias condições na comunidade rural de Sítio Ribeiro, imóvel comprado previamente pelo grupo de sequestradores, na cidade de Potiretama, proximidades de Fortaleza-CE).

Assis viveu um drama de 36 dias em cativeiro (Azougue.com)

Com o “estouro” do cativeiro – numa ação conjunta das polícias do RN e Ceará – foi preso o baiano César Almeida de Andrade, o “César Alemão”, 33, tido como líder do bando. Ele há vários anos locomovia-se em cadeira de rodas, pois ficara paraplégico. Mesmo assim, o seu conceito era de ser marginal de altíssima periculosidade.

Estavam com César Alemão o seu irmão Celso Almeida de Andrade, 29, e o cearense Alexssandro Fabrízio Braga Maia, 29. Já José Carlos de Lima, 29, natural de Pernambuco, e Silvânio Soares da Silva, 25, de Tocantins, foram agarrados antes, no Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza), no mesmo dia.

Posteriormente, em março de 2005, a Justiça emitiu mandado de prisão em desfavor do policial civil cearense Jucier de Oliveira Soares, que agiria na parte de logística da quadrilha.

A família de Assis da Usibrás foi pressionada a pagar U$S 1,5 milhão de dólares, equivalente à época a algo superior a R$ 4 milhões de reais. A informação passada pela polícia é que o resgate não chegou a ser pago.

No cativeiro em que se encontrava Assis, distante cerca de 5 quilômetros da área urbana de Potiretama, a polícia encontrou coletes da Polícia Federal usados no dia da abordagem, muita munição para pistola e fuzis AR-15, CDs e uma filmadora. Também tinham em poder dos sequestradores um Santana branco com placas de Bragança Paulista-SP, usado para levar Assis, além de um Corolla preto com placas de Fortaleza.

Nos primeiros 15 dias de cativeiro a coação psíquica foi de deixar qualquer um louco e na verdade eu quis até morrer. Agressão física não houve. Agora, o tratamento verbal com cutucadas de fuzil AR-15 era constante. Me recordo, que numa das vezes mandei que eles atirassem – contou Assis ao site Azougue.com, acrescentando que passou os 36 dias acorrentado e encapuzado, ouvindo incontáveis vezes música sertaneja, especialmente do cantor Daniel.

Os marginais há anos praticavam essa modalidade de crime, com ações nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.

Acompanhe novidades sobre esse assunto e outros temas em nosso Twitter AQUI.

Nota do Blog – Meses antes de Assis da Usibrás ser sequestrado, situação similar ocorreu ao empresário Francisco Carlos Amorim, 77, no município de Caraúbas. Ficou cerca de cinco dias em poder dos sequestradores, mas saiu ileso e sem pagamento de qualquer resgate.

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domingo - 17/06/2012 - 23:45h

Pensando bem…

“O hábito da persistência é o hábito da vitória.”

Herbert Kaufman

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domingo - 17/06/2012 - 22:36h
Ivan Lins

Letra e Música – 177

(…) Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa.

Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza…

Os versos acima fazem parte da bela poesia, feita em música, de Vítor Martins e Ivan Lins, uma parceria de longas datas e grandes sucessos.

Para a semana começar bem, boa demais, aproveite Vitoriosa.

Veja a letra completa AQUI.

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domingo - 17/06/2012 - 19:49h
Em Natal

Morre o ex-vereador e bancário Aldivon Honorato

Do Blog de Jota Belmont

Morreu em Natal o ex-vereador, radialista e bancário aposentado Aldivan Honorato, 69. Estava internado há vários dias na capital para tratamento de próstata. O problema de saúde agravou-se e morreu de falência multípla dos órgõas, na tarde deste domingo (17).

Aldivan residia há quase 20 anos em Natal, onde será sepultado amanhã.

Aldivan Honorato foi vereador duas vezes em Mossoró e duas vezes em Martins. Também trabalhou na antiga Rádio Tapuyo (hoje RPC) como repórter e no Banco do Brasil – agência de Mossoró.

Lamentamos profundamente e enviamos os nossos votos de pesar a toda família enlutada.

Nota do Blog do Carlos Santos – Aldivon deve ser lembrado ainda pelo trabalho em defesa da poesia popular, tendo papel importante para criação da Casa do Cantador e integrava a Academia de Cordel do Rio Grande do Norte.

Que descanse em paz!

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domingo - 17/06/2012 - 14:08h
Porcino Segundo, "Popó"

Filho de empresário foi sequestrado por 3 homens

Segundo versão divulgada agora há pouco por um site de Natal, a partir de relato de um amigo do jovem Porcino Segundo, “Popó”, sequestrado à madrugada de hoje em Ceará-mirim, três homens teriam participado diretamente do crime.

“Até que enfim a gente pegou. Ô coisa difícil!” teria exclamado um dos bandidos logo que imobilizou Popó, filho do empresário Porcino Júnior (Grupo Porcino Costa, de Mossoró).

O detalhe foi narrado por um funcionário do Grupo Porcino Costa, tratador de cavalos, que estava com Popó e foi sequestrado também, mas largado nas proximidades da cidade de Santa Maria.

Aílson Júnior, amigo do sequestrado, passou algumas informações até então desconhecidas, sobre o sequestro.

Os fatos

Segundo Aílson Júnior, ele tinha acabado de correr na Vaquejada de Ceará Mirim, onde Porcino Segundo também atuara. Aílson Júnior decidiu dormir em Natal; o rapaz que está desaparecido optou por continuar no próprio parque de vaquejadas, em caminhão de apoio, pois logo cedo – às 8h – queria acompanhar o restante da disputa.

Às 7h, Aílson Júnior recebe o telefonema de um tratador vizinho – dizendo que os cavalos, seu e do jovem que foi sequestrado, estavam soltos. Popó e o tratador teriam sumido. Pouco tempo depois, um dos sequestrados apareceu. Era o tratador de cavalos que estava com Popó.

Ele narrou que três homens, armados, num carro preto, tinham abordado eles no caminhão de apoio. Algemaram o rapaz e um deles teria chegado a ponto de manifestar que o crime vinha sendo premeditado há tempos: “Até que enfim a gente pegou. Ô coisa difícil!”

O mesmo tratador disse, ainda, que um dos marginais perguntou de quem era o carro branco (que pertence a Aílson Júnior).

– É de amigos de Mossoró – teria respondido Popó.

O tratador levado com Popó foi solto num matagal próximo à cidade de Santa Maria (localizada às margens da BR-304) e por três horas andou até chegar à estrada, de onde partiu para o parque de vaquejadas.

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Leia também postagem mais abaixo, que abre essa cobertura jornalística.

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domingo - 17/06/2012 - 12:59h
Drama

Filho do empresário Porcino Júnior é sequestrado

Porcino Segundo, o “Popó”, 19, um dos quatro filhos do empresário Porcino Júnior (Grupo Porcino Costa), foi sequestrado por volta de 2h30 de hoje. Há duas versões para o caso.

"Popó" estava em vaquejada na madrugada de hoje

A versão preliminar que surgiu aponta para sequestro em Ceará-Mirim, onde Popó tinha participado de vaquejada e estava na companhia de um funcionário – tratador de animais – em caminhão de apoio. Ele foi levado por alguns homens e o tratador deixado a esmo pouco depois.

A outra versão aponta que a abordagem do bando que o sequestrou teria acontecido já em Mossoró, próximo à sua mansão no bairro Nova Betânia. Esse enredo é menos provável.

Amante da vaquejada e muito bem relacionado no meio, Popó é filho de Júnior e de Monalisa Souza (filha do ex-deputado estadual Demócrito de Souza).

O jovem Porcino Segundo não costumava andar sob proteção de seguranças.

Durante um certo período, essa precaução até fora tomada por seu pai, mas depois ele mesmo foi se desvencilhando da medida. Convenceu a família de que não era necessária a proteção de guarda-costas.

Um familiar do sequestrado declarou ao Blog – em off – que o pai, em viagem, teria recomendado que ele não fosse para a vaquejada de Ceará-Mirim.

Informações

O empresário Porcino Júnior está em viagem à Europa. O Blog apurou que provavelmente ele esteja em Veneza (Itália). Seu irmão e segundo nome na hierarquia da Holding Porcino Costa, Fábio Porcino, está em São Paulo-SP. Suas irmãs Jussara e Lúcia encontram-se em Fortaleza-CE, acompanhando a mãe Noílde Chaves em tratamento de saúde. A mãe, Monalisa, em Natal.

Até bem poucos minutos, a família não tinha conseguido fazer contato com Júnior. Também não tinha sido abordada por qualquer pessoa supostamente envolvida no crime.

Existem algumas informações mais delicadas sobre esse caso, mas o Blog evita divulgação para não causar qualquer prejuízo à apuração já desencadeada pelo serviço de inteligência da Segurança Pública do Estado.

Acompanhe mais detalhes sobre esse assunto através do nosso Twitter AQUI.

Nota do Blog – Torçamos para que essa situação extremada do sequestro desse rapaz possa ser superada sem maiores traumas. Não há bem maior do que um filho, mesmo onde tantos bens possam reluzir muito.

O sequestro é sempre, por sua natureza, hediondo. Asfixiante. Maltrata o sequestrado e todo seu entorno afetivo – amigos, familiares etc.

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domingo - 17/06/2012 - 11:55h

Nosso relativismo moral em nome do ‘sucesso’

Por Carlos Santos

Ídolo no Brasil, o ex-jogador de futebol Zico conseguiu um feito maior do outro lado do mundo: ser unanimidade. No Japão, a terra do ‘sol nascente, ajudou a difundir e consolidar o esporte, sendo uma instituição à reverência do povo japonês. Atuou como atleta e foi treinador.

O que fez Zico para tanto? Dessa distância que parece infinita, as informações disponíveis apontam para o seu sucesso como reflexo do talento como jogador e treinador do esporte mais popular do mundo. Parece evidente. Diria o cronista-dramaturgo tricolor Nelson Rodrigues que é o “óbvio ululante”.

Apresso-me em assinalar, que Zico é-me uma admiração, apesar dos aborrecimentos que me causou com a camisa do Flamengo, fazendo vários gols contra meu Fluminense. À minha memória, recorro à sua imagem para fazer digressões sobre a convivência humana e os questionamentos que fazemos quanto ao que é moral ou não. O certo, o errado, o válido para vencer.

Numa entrevista à televisão brasileira, coisa de muitos anos atrás, Zico retratava a rigidez de valores da sociedade japonesa, que também eram preservados no futebol. O esporte não era um mundo à parte; era microcosmo do próprio Japão milenar, em que a honra não é uma exceção, mas regra.

Zico identificou – relatando fatos na entrevista – que na cabeça dos jogadores nativos era incompreensível o uso da esperteza, o famoso ‘jeitinho brasileiro’, para tirar vantagem sobre o contendor. Narrou um caso específico: na cobrança de falta, as regras do futebol estabelecem que a barreira de jogadores adversários deve ficar a uma distância de 9 metros e 15 centímetros da bola.

Orientados por Zico de que deviam avançar ardilosamente para dificultar o chute adversário, os japoneses relutavam. Pareciam não compreender a instrução. Entreolhavam-se e resistiam. Não se tratava de conflito linguístico entre o português e a fala oriental. Era um atordoamento da esfera moral. Para os jogadores, era inadmissível aquela malandragem.

A capacidade de absorção de orientações técnico-táticas, a dedicação a treinos, a disciplina, a tenacidade e a perseverança caracterizavam os atletas japoneses. Difícil era fazê-los compreender que certos “macetes” não seriam uma desobediência à norma, mas uma engenhosidade – como é comum a esse povo que renasceu das cinzas após a capitulação na 2ª Guerra Mundial.

Enfim, essa malemolência brasileira, que poderia ser sintetizada pelo personagem “Macunaíma” de Mário de Andrade, “um herói sem nenhum caráter (anti-herói)”, esculpe muitos de nós de uma forma real. Não seria inteligente ser correto – define seus apologistas. A mesma natureza do personagem “Paulo Maurício Azambuja”, típico malandro carioca: ex-jogador de futebol, ex-sambista e trambiqueiro por excelência. Chico Anysio deu-lhe vida ainda nos anos 70.

“Quem anda na linha é trem”, fala a sabedoria de botequim. “O mundo é dos espertos”, proclama outra leva de brasileiros, com pinta de ‘171’ (artigo do Código Penal Brasileiro que trata do estelionato).

Essas e outras frases de efeito viraram lugares-comuns do ardil de um povo. Seriam parte de nossa identidade miscigenada, tropical, inventiva. Poderiam ser sintetizadas na famosa “Lei do Gérson”, que a propaganda brasileira ofereceu como contribuição imaterial à nação de arrivistas que tem caracterizado o Brasil.

Para chegar ao topo vale qualquer mutreta. “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, leve Vila Rica,” defendia o ex-jogador de futebol Gérson, nessa propaganda (1976), com um ar asséptico, citando a marca de cigarros. A partir daí, toda bandalheira com o dinheiro público, principalmente, passou a ter o selo de ‘qualidade’ da Lei do Gérson.

Na CPI do “Carlinhos Cachoeira”, há poucos dias, o empresário Walter Santiago soltou um risinho sarcástico e friccionou um dedo indicador contra polegar, para dizer que eram umas “coisicas de nada” R$ 1,4 milhão usados por ele para comprar uma casa do governador goiano Marconi Perillo (PSDB). Só não lembrava a origem da grana. Tinha a bufunfa em casa. “Coisicas de nada”, repito.

Normal, tudo normal. Faz parte de nossa cultura, de nosso cotidiano multissecular, desde os remotos tempos do Brasil Colônia. Chegou com as caravelas portuguesas, podem diagnosticar alguns estudiosos, imputando aos lusos esse peso. Escapismo.

O relativismo moral de boa parte dos brasileiros tem incontáveis explicações. Elas saem da antropologia, da psicologia social ou da sabedoria das ruas. Mesmo assim, lançam mais dúvidas do que certezas, isso sim. Ser inteligente, então, não pode ser confundido com “ser sabido”.

O alpinismo social, financeiro e político imprime a obrigação – para muitos – de ser trapaceiro. “Feio é perder”, garantem os seus mais legítimos representantes. Não ter palavra, para se dar bem, “é assim mesmo”, repetem tantos porta-vozes da iniquidade.

Para quem tem obrigação de educar provoca embaraço. Por vezes a gente se depara com dúvidas, que produzem uma bifurcação abstrata no campo dos valores humanos. Cá um exemplo: à mesa de uma conversa amistosa, com dois amigos, um deles – com pouco mais de 40 anos, solteiro, sem filhos, admite a preocupação prévia com a paternidade, com as crias que não têm:

– As coisas estão tão difíceis que não sei se vou ser pai um dia. Se for, eu devo educar meu filho para ser esperto ou ser um idiota, fazendo tudo certinho? É minha dúvida – resmungou ele.

Arqueei-me, com braços sobre a mesa, para me aproximar mais do meu interlocutor e falei sem muito alarde o que realmente pensava sobre tudo isso:

– Eduque seus filhos para serem felizes. Só isso!

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domingo - 17/06/2012 - 03:45h

Graciliano Ramos e o cangaço

Por Honório de Medeiros

Graciliano Ramos e o Cangaço.

Ricardo Ramos ao ouvir seu pai contar acerca de quando Palmeira dos Índios se armara para enfrentar Lampião, ficara fascinado:

“Passara a meninice acalentado pelas estropolias dos cangaceiros, da polícia volante, duas pestes que nos assolavam.”

“E (lhe) contei de uma noite, após a ceia, em que, atraído por foguetes, sai à calçada e vi os caminhões, as cabeças cortadas, espetadas em estacas, de Lampião, Maria Bonita e mais dez outros, os soldados empunhando archotes, gritando vitoriosos, um cortejo macabro pelas ruas de Maceió”.

Graciliano lhe diz:

“- Eu escrevi sobre isso”.

“Não havia lido, era pequeno e estava fora do Rio. Bem depois, ao se reunirem as crônicas de Viventes das Alagoas (título sugerido por Jorge Amado), afinal encontrei “Cabeças”. Ou reencontrei minha antiga visão, bárbara, mas transporta no sarcástico perfil do tenente Bezerra, que se reformou coronel, o falante matador de Lampião, versado em frases feitas, sua retórica elementar de glorificado primário.”

“Havia mais, bem mais. O Fator Econômico no cangaço, crônica da propriedade que se mantém e cresce pela força, com pequenos exércitos de senhores rurais, sedentários, enquanto os cangaceiros se distinguem dos outros facínoras apenas por serem nômades, no regime de produção agrícola da caatinga.”

Corisco, uma crônica do diabo louro, seu conterrâneo de Viçosa, filho de decadente família de donos de engenho, forçado a decair, enlouquecido, o pequeno monstro baleado e decapitado, morto quase inédito porque havia a guerra na Europa, tantos crimes. Dois Cangaços, a crônica dos matutos indefesos diante de dois poderes, a volante e o cangaceiro, a primeira muitas vezes obrigando-os à segunda opção, ou o seu reverso, em todo o caso forçando-os a escolher, pela imposição sócia, ou pior ainda, pela econômica.”

“E Lampião e Virgulino, que buscam o perfil. Necessariamente fincado no agreste.”

“Graciliano nunca idealizou Lampião. Desde 1926, ao escrever do assédio a Palmeira dos Índios, sem mencionar a sua participação pessoal. Chama-o ‘bicho montado’, ‘horrível’, ‘sanguinário’, diz dele o animal ‘cruel’, que ‘queima fazendas’, capaz ‘de violar mulheres na presença de maridos amarrados’, e ‘se conservara ruim, porque precisa conservar vivo o sentimento de terror que inspira’, enfim ‘vemos perfeitamente que o salteador cafuzo é um herói de arribação bastante chinfrim’”.

“Por outro lado, não desconhecem a sua projeção lendária. ‘Lampião nasceu há muitos anos, em todos os estados do Nordeste’. E se refere à nossa tradição bandoleira, do remoto Jesuíno Brilhante ao envelhecido Antônio Silvino, para concluir: ‘Resta-nos Lampião, que viverá longos anos e provavelmente vai ficar pior. De quando em quando, noticia-se a morte dele com espalhafato. Como se se noticiasse a morte da seca e da miséria. Ingenuidade.’”

Obra citada: “Graciliano RETRATO FRAGMENTADO”; RAMOS, Ricardo; Globo; 2ª edição; 2011; São Paulo.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e Estado do RN.

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sábado - 16/06/2012 - 23:56h

Pensando bem…

“Não há progresso sem mudança. E quem não consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma “.

George Bernard Shaw

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