• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 11/11/2012 - 18:48h
Natal

Uma cidade contra sua prefeita

Impressiona o sentimento que toma conta da enorme maioria dos natalenses, em relação à prefeita afastada Micarla de Sousa (PV).

É um misto de indignação e nojo.

A gente ouve pessoas dos mais diversos matizes sociais e a impressão é a mesma.

Ela está sem condições de fazer alguma aparição pública, após tantas denúncias e detalhes de supostos casos de rapinagem do dinheiro público.

Micarla saiu da consagração nas urnas em 2008, para o subsolo do fundo do poço.

Nesse movimento, a prefeita afastada levou Natal do nirvana ao inferno.

Triste.

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Categoria(s): Política
domingo - 11/11/2012 - 15:42h
Paraíso da bandidagem

Roubo a caixa-eletrônico é novamente bem-sucedido

Mossoró foi palco entre a noite de ontem e madrugada de hoje, do 19ª roubo a banco/caixas-eletrônicos deste ano no Rio Grande do Norte.

O Hiper Queiroz (Avenida Dix-neuf  Rosado, Paredões) foi visitado por ladrões que tiveram êxito na tarefa.

Roubaram caixas-eletrônicos instalados nessa unidade mercantil e fugiram sem problema.

Não se sabe o valor “arrecadado” pelos bandidos.

À semana passada, essa modalidade de crime atingiu bancos em Alto do Rodrigues e Grossos.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
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domingo - 11/11/2012 - 12:45h

Uma reflexão sobre emancipação, fé e política

Por Marcos Araújo

No último dia 09 de novembro, o calendário municipal registrou um feriado para a comemoração da emancipação política da cidade de Mossoró. Como já restou discutido durante a semana nesse espaço cibernético, a data é controversa para alguns historiadores.

Para Câmara Cascudo e Geraldo Maia, se credita o dia 15 de março de 1852. Para outros, a data correta da emancipação da nossa cidade seria o dia 9 de novembro de 1870, quando o vigário Antonio Joaquim Rodrigues assinou a Lei Provincial n. 620, conferindo à vila as honras de cidade.

Em 1852 ou em 1870, é fato, Mossoró livrou-se do jugo administrativo da província de Assu/RN. Numa data e na outra, um ponto é comum: os dois éditos legais têm a chancela política de um sacerdote. No primeiro, de 1852, a iniciativa é creditada ao padre Antônio Freire de Carvalho. Na lei de 1870, o autor foi o vigário Antonio Joaquim.

Nos atos dos históricos sacerdotes uma comunhão de ideais: a política, a liberdade e a fé, ou melhor, a liberdade política de Mossoró como uma profissão de fé. Os padres, naquela época, se metiam na política, mesmo com uma aparente proibição do Código Canônico.

A história sócio-política da região vai inserir depois outros padres, como Padre Mota e Monsenhor Walfredo Gurgel.

Fazer política, ensinaram os padres antigos, é uma profissão de fé. É um ato de crença objetiva numa sociedade melhor, participando ativamente dela.

Em 1852 ou em 1870, não se emancipou um povoado, mas a população da Vila denominada Santa Luzia. Emancipar, na sua etimologia latina emancipare, é eximir do pátrio poder e da tutela, dar liberdade; é uma ação verbal voltada para gentes, não para construções. Não se emancipa uma cidade ou suas edificações, mas sim, o seu povo, seus habitantes.

O Dicionário Aurélio da Língua portuguesa anota que Emancipação vem do latim emancipatione, que também quer dizer alforria, libertação. Tom Buttomore explicita que o conceito de emancipação está estreitamente relacionado à concepção de liberdade.

A emancipação é a mãe da liberdade. O sociólogo Antonio Gramsci, em seus Cadernos do cárcere, tratou da impossibilidade da emancipação social por causa de um monstro, a quem ele chamava de interesses subalternos, ou grupos subalternos, que seriam os desejos individuais.

Emancipação não admite servidão; nem muito menos escravidão nas suas mais pérfidas faces: alienação política, deseducação, desordem moral, pobreza e desigualdade.

Quando se trata de emancipação política, o pensamento é da libertação de um povo, de uma sociedade. Em sociologia, uma sociedade (do latimsocietas, que significa “associação amistosa com outros”) é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.

Etimologicamente, viver em sociedade seria dizer que um ser é sócio da metade do outro. Sociedade é a fusão, na esfera pública, das pessoas (sócio+metade). Uma sociedade é uma comunidade interdependente, onde os seus membros compartilham interesses ou preocupações mútuas sobre um objetivo comum.

Seria uma utopia? Teóricos marxistas como AlthusserErnesto LaclauSlavoj Zizek argumentam que a sociedade nada mais é do que um efeito da ideologia dominante. Nem caberia falar de emancipação social, nesse caso…

Se assim o é, vivemos uma luta inglória e irreflexiva de equidistância da ação política com a satisfação social. No individual, queremos muito, no coletivo, pensamos pouco.

A sociedade reclama por verdadeiros ideais como os que motivaram os padres do início desse escrito. Toda a ação política deveria ser em favor do desejo coletivo. Esse deveria ser o nosso credo, essa deveria ser nossa profissão de fé.

Mas, como podemos falar no presente em emancipação sem fazer uma incursão crítica nas atitudes dos nossos gestores públicos? Certamente, só poderemos comemorar a “nossa” emancipação quando o Estado-Poder registrar em sua contabilidade menos pagamentos em contas publicitárias, e mais investimentos na educação; menos pagamentos em diárias, e mais recursos na saúde; menos desvios para as superficialidades festivas, e mais gastos com a segurança; maior proteção a res publica, e menos apropriação privada dos recursos do erário…

A liberdade política de um povo brota dos sonhos que acalentam os seus mandatários. Se a imagem de futuro de uma sociedade estiver grosseiramente equivocada pelas ações políticas do presente, o sistema social acabará por trair os seus jovens e destruir as gerações do porvir.

Uma emancipação verdadeira consolida as instituições sociais. Não admite a subserviência entre uma e outra autoridade.

Talvez seja a época de repensar essa relação de dependência da Igreja com o Estado, e pedir que os nossos líderes evangélicos e católicos prescindam do apoio e dos recursos públicos para consecução de suas festas religiosas, para que eventos de oração não se transformem em cultos de louvaminhas e bajulação.

Precisamos restabelecer uma consciência crítica até entre os chamados cristãos. Outro dia, em Caicó, um padre foi censurado pelo arcebispado e por milhares de católicos por ter cobrado da Governadora uma melhor administração.

Certo ele, pois uma igreja autêntica não subsiste apenas com a oração. Fé sem obras é morta, dizia São Tiago, aquele que morreu em Compostela, na Espanha. Se não tivermos ações sociais dos crentes em Deus, como manteremos a fé?

Todos nós somos edificadores de uma nova sociedade. Os que se lançaram na vida pública são chamados a dar testemunho de um novo agir.

Monteiro Lobato, em uma de suas obras, diz que o ato de começar não é nem um pouco fácil, sendo infinitamente mais simples acabar. Para acabar, diz a personagem Emilia, pinga-se um ponto final e pronto; ou então escreve-se um latinzinho: finis. Mas começar é terrível!

O exemplo dos nossos sacerdotes protoemancipadores Antonio Carvalho e Antonio Joaquim deve estimular aos cristãos do presente. Temos o dom sagrado (sacer – sagrado, dote – dom) de brigar pela liberdade política e social permanente dos nossos habitantes.

Como registrou oportunamente Chico Xavier, embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode (re)começar agora e fazer um novo fim.

Marcos Araújo é advogado e professor

 

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Categoria(s): Artigo
domingo - 11/11/2012 - 09:21h
Marcelino Vieira

Ex-prefeito é assassinado com vários tiros

Do Blog do Sargento Andrade

O ex-prefeito de Marcelino Vieira (RN), José de Arimatéia Fernandes, 66, foi encontrado morto em sítio de sua propriedade, nesse município, à manhã desse sábado (10). Populares localizaram-no por volta de 6h, crivado de balas.

De acordo com informações, o ex-prefeito todos os sábados fazia o pagamento de funcionários do sítio, onde era proprietário. Talvez esse tivesse sido o motivo para o crime. Teria acontecido um latrocínio.

Segundo informações, uma moto tipo FAN (Honda) foi levada pelos bandido(s). Não se sabe a quantia roubada, pois os bolsos da calça da vitima estavam rasgados, dando a entender que o dinheiro foi retirado à força.

José de Arimateia Fernandes foi eleito prefeito em 1992, assumindo o cargo em 1º de Janeiro de 1993 até 31 de Dezembro de 1996. Ele é esposo da atual vereadora Fátima Fernandes.

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Categoria(s): Política / Segurança Pública/Polícia
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domingo - 11/11/2012 - 08:41h

Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim

Por Rubem Braga

Conhece o vocábulo escardinchar? Qual o feminino de cupim? Qual o antônimo de póstumo? Como se chama o natural do Cairo?

O leitor que responder “não sei” a todas estas perguntas não passará provavelmente em nenhuma prova de Português de nenhum concurso oficial. Aliás, se isso pode servir de algum consolo à sua ignorância, receberá um abraço de felicitações deste modesto cronista, seu semelhante e seu irmão.

Porque a verdade é que eu também não sei. Você dirá, meu caro professor de Português, que eu não deveria confessar isso; que é uma vergonha para mim, que vivo de escrever, não conhecer o meu instrumento de trabalho, que é a língua.

Concordo. Confesso que escrevo de palpite, como outras pessoas tocam piano de ouvido. De vez em quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um recorte de crônica anotado, apontando erros de Português.

Um deles chegou a me passar um telegrama, felicitando-me porque não encontrara, na minha crônica daquele dia, um só erro de Português; acrescentava que eu produzira uma “página de bom vernáculo, exemplar”. Tive vontade de responder: “Mera coincidência” — mas não o fiz para não entristecer o homem.

Espero que uma velhice tranqüila – no hospital ou na cadeia, com seus longos ócios — me permita um dia estudar com toda calma a nossa língua, e me penitenciar dos abusos que tenho praticado contra a sua pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto eu sei por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanimador saber uma coisa dessas? Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? Eu poderia me queixar se o seu marido me descesse a mão?).

Alguém já me escreveu também — que eu sou um escoteiro ao contrário. “Cada dia você parece que tem de praticar a sua má ação — contra a língua”. Mas acho que isso é exagero.

Como também é exagero saber o que quer dizer escardinchar. Já estou mais perto dos cinqüenta que dos quarenta; vivo de meu trabalho quase sempre honrado, gozo de boa saúde e estou até gordo demais, pensando em meter um regime no organismo — e nunca soube o que fosse escardinchar.

Espero que nunca, na minha vida, tenha escardinchado ninguém; se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção.

Vários problemas e algumas mulheres já me tiraram o sono, mas não o feminino de cupim. Morrerei sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego-me terminantemente a saber, e, se o senhor é um desses cavalheiros que sabem qual é o feminino de cupim, tenha a bondade de não me cumprimentar.

Por que exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos? Por que fazer do estudo da língua portuguesa uma série de alçapões e adivinhas, como essas histórias que uma pessoa conta para “pegar” as outras?

O habitante do Cairo pode ser cairense, cairei, caireta, cairota ou cairiri — e a única utilidade de saber qual a palavra certa será para decifrar um problema de palavras cruzadas.

Vocês não acham que nossos funcionários públicos já gastam uma parte excessiva do expediente matando palavras cruzadas da “Última Hora” ou lendo o horóscopo e as histórias em quadrinhos de “O Globo?”.

No fundo o que esse tipo de gramático deseja é tornar a língua portuguesa odiosa; não alguma coisa através da qual as pessoas se entendam, ruas um instrumento de suplício e de opressão que ele, gramático, aplica sobre nós, os ignaros.

Mas a mim é que não me escardincham assim, sem mais nem menos: não sou fêmea de cupim nem antônimo do póstumo nenhum; e sou cachoeirense, de Cachoeiro, honradamente — de Cachoeiro de Itapemirim!

Rubem Braga (1913-1990) Escritor, jornalista e cronista

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Categoria(s): Crônica / Grandes Autores e Pensadores
domingo - 11/11/2012 - 07:47h

Só Rindo (Folclore Político)

Preá em carne viva

Prefeito de Almino Afonso, o médico José Fernandes entabula uma prosa com o amigo Lauro Maia, e lhe faz uma promessa: pagará dívida de cerca de R$ 200 mil contraída há algum tempo com ele.

Lauro anima-se. Ajeita-se na cadeira e solta um sorriso de menino-passarinho – com vontade de voar.

– Você recebe em carne? – emenda José Fernandes, sondando o interlocutor.

“Por que não, heim?”

Lauro responde na bucha que está tudo certo: “Claro, Zé!”

Com a concordância do credor, José Fernandes resolve detalhar como será o pagamento.

– Eu tenho uma criação de preá. Eu lhe passo os bichos vivos – adianta.

Atordoado, Lauro chega a imaginar que tudo não passa de outra brincadeira do seu devedor. Não é.

Levado até um local da fazenda onde o prefeito cria uma manada de preás, o credor fica abobalhado com quantidade de animais que passaria a seu “patrimônio”.

– Amigo, agora você trate logo de levar os bichinhos porque eu cobro estadia por cada dia de permanência deles – avisa José Fernandes.

Numa rápida reflexão, Lauro bota uma gota de racionalidade na negociação bizarra e percebe o prejuízo maior com a aquisição dessa carne viva.

– Vamos deixar isso pra lá, Zé – escapa, de fininho, Lauro Maia.

 

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Categoria(s): Folclore Político
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domingo - 11/11/2012 - 07:05h

Gestão pública

Por Honório de Medeiros

Algum tempo atrás o Fórum Nacional da Previdência debateu, mais uma vez, os problemas da Previdência Nacional, e uma das propostas discutidas constava em um relatório elaborado por Vicente Falconi, do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), de Minas Gerais, o mesmo que foi responsável, entre 2002-2006, pelo choque de gestão pelo qual passou o Governo de Minas e que culminou em zerar o déficit orçamentário, que era de 2,3 bilhões de reais, originando um saldo para investimentos, na época, de mais de três bilhões.

Há algo de original, quanto à gestão pública, na “doutrina” Falconi? Não.

Na verdade, Falconi resgatou, para o setor público, o conceito “PDCA” (Planejar, Desenvolver, Checar e Agir) desenvolvido no Japão, mas criado nos EUA na década de 20, para a iniciativa privada.

Agregue-se ao PDCA, mais especificamente no P, de Planejar, os famosos “o quê, por que, como e quando”, que a sopinha de letras está completa e o planejamento estratégico, pelo menos no papel, aparece perfeito. Na verdade, conforme a própria literatura acerca de gestão pública aponta, o grande problema está no “Checar”.

Tradicionalmente as administrações públicas deixam de lado, quando existe algum planejamento – e o mais das vezes os governos começam sem nenhum – a atividade de checar e padronizar, se tudo estiver correndo bem, ou checar e corrigir, se algo não estiver dando certo. E deixam de lado graças a uma série de componentes dentre os quais avulta, pela importância, o despreparo e a falta de compromisso com aquilo para o qual foram conduzidos pelo voto popular, dos líderes políticos.

Conchavos

Não há checagem porque não é dado prazo para o alcance da meta. Não é dado prazo porque não há decisão política de cobrar resultados quando ele termina.

Pior: mesmo que houvesse prazos, o mau gestor não seria punido, vez que a razão principal de sua presença no “staff” decorre de conchavos políticos ou premiação espúria por conduta partidária.

Não há acompanhamento rígido do planejamento estabelecido por que os compromissos políticos dobram as necessidades administrativas e todo o planejamento – quando o há – rui por terra já no primeiro ano de administração.

Então podemos creditar o sucesso do choque de gestão em Minas Gerais à decisão política do Governador de implementá-la, contra tudo e contra todos. Acredito plenamente que deve ter importado sobremaneira a capacidade de Falconi no sentido de convencer o Governador Aécio Neves de que era possível alcançar as metas estabelecidas se houvesse respaldo às ações a serem desenvolvidas.

Caso contrario teríamos mais uma boa intenção condenada. E o inferno, dizem, está cheio de boas intenções.

O respaldo ao qual aludo acima é, principalmente, no sentido de punir todos quanto não estejam plenamente integrados ao planejamento. Se a checagem mostra que a meta não foi alcançada e isso não aconteceu por falta de competência ou interesse, então o gestor intermediário, ou seja, o responsável terá que se afastado imediatamente sob pena de comprometer o esforço total.

Esse elo da engrenagem que não funciona é como uma célula cancerosa: se não for destruída imediatamente vai originar uma metástase no futuro.

Portanto, não há segredo. O problema é político. Embora seja necessário ressaltar: a tarefa de criar e conduzir esse processo demanda um “know-how” que não é para qualquer um.

Existem ingredientes para além da “sopinha de letras” que somente são detectados, analisados e integrados por quem é do ramo: o gestor tem que ter vocação, talento e disciplina.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Administração Pública / Artigo
domingo - 11/11/2012 - 05:21h

Balada de amor perfeito

Por Paulo Mendes Campos

Pelo pés das goiabeiras,
pelo braços das mangueiras,
pelas ervas fratricidas,
pelas pimentas ardidas,
fui me aflorando.

Pelos girassóis que comem
giestas de sol e somem,
por marias-sem-vergonha,
dos entretons de quem sonha
fui te aspirando.

Por surpresas balsaminas,
entre as ferrugens de Minas,
por tantas voltas lunárias,
tantas manhãs cineárias,
fui te esperando.

Por miosótis lacustres,
por teus cântaros ilustres,
pelos súbitos espantos
de teus olhos agapantos,
fui te encontrando.

Pelas estampas arcanas
do amor das flores humanas,
pelas legendas candentes
que trazemos nas sementes,
fui te avivando.

Me evadindo das molduras,
de minhas albas escuras,
pelas tuas sensitivas,
açucenas, sempre-vivas,
fui te virando.

Pela rosa e o resedá,
pelo trevo que não há,
pela torta linha reta
da cravina do poeta,
fui te levando.

Pelas frestas das lianas
de tuas crespas pestanas,
pela trança rebelada
sobre o paredão do nada,
fui te enredando.

Pelas braçadas de malvas,
pelas assembléias alvas
de teus dentes comovidos
pelo caule dos gemidos
fui te enflorando.

Pelas fímbrias de teu húmus,
pelos reclames dos sumos,
sobre as umbelas pequenas
de tuas tensas verbenas,
fui me plantando.

Por tuas arestas góticas,
pelas orquídeas eróticas,
por tuas hastes ossudas,
pelas ânforas carnudas,
fui te escalando.

Por teus pistilos eretos,
por teus acúleos secretos,
pelas úsneas clandestinas
das virilhas de boninas,
fui me criando.

Pelos favores mordentes
das ogivas redolentes,
pelo sereno das zínias,
pelos lábios de glicínias,
fui te sugando.

Pelas tardes de perfil,
pelos pasmados de abril,
pelos parques do que somos,
com seus bruscos cinamomos,
fui me espaçando.

Pelas violas do fim,
nas esquinas do jasmim,
pela chama dos encantos
de fugazes amarantos,
fui me apagando.

Afetando ares e mares
pelas mimosas vulgares
pelos fungos do meu mal,
do teu reino vegetal
fui me afastando.

Pelas gloxínias vivazes,
com seus labelos vorazes,
pelo flor que desata,
pela lélia purpurata,
fui me arrastando.

Pelas papoulas da cama,
que vão fumando quem ama,
pelas dúvidas rasteiras
de volúveis trepadeiras
fui te deixando.

Pelas brenhas, pelas damas
de uma noite, pelos dramas
das raízes retorcidas,
pelas sultanas cuspidas,
fui te olvidando.

Pelas atonalidades
das perpétuas, das saudades,
pelos goivos do meu peito,
pela luz do amor perfeito,
vou te buscando.

Paulo Mendes Campos (1922-1991) Foi poeta, cronista, jornalista e tradutor

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sábado - 10/11/2012 - 23:57h

Pensando bem…

‘Não se pode acreditar que é possível ser feliz procurando a infelicidade alheia.”

Sêneca

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 10/11/2012 - 10:17h
Mossoró

Promotoras pedem cassação de Cláudia e nova eleição

Através das 33ª e 34ª promotorias eleitorais de Mossoró, o Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com seis pedidos de cassação de registro de candidatura da prefeita eleita Cláudia Regina (DEM) e do vice Wellington Filho (PMDB).

As promotoras eleitorais Karine Crispim e Ana Ximenes produziram farto, diversificado e contundente material embasando os procedimentos.

Caberá ao juiz eleitoral José Herval Sampaio Júnior da 33ª Zona Eleitoral se pronunciar sobre as matérias. É a primeira instância de uma contenda judicial que promete se arrastar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com “estada” no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Peleja para alguns anos, que se diga.

As petições envolvem os candidatos, além do chefe de Gabinete da Prefeitura de Mossoró, agitador cultural Gustavo Rosado (PV); secretário Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, Alexandre Lopes; empresário Edvaldo Fagundes; vereador Chico da Prefeitura (DEM) e outros personagens de menor envergadura social e política, como servidores públicos municipais que estariam a serviço dos candidatos governistas.

Compra de votos

Também pesa acusação contra a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), por uso da máquina pública. A propósito, utilizar a estrutura estatal do estado e do município são alguns dos ingredientes contantes nas demandas, onde se sobressai a suposta compra de votos em diversos casos.

No trabalho de apuração dos fatos, exumação de documentos e provas, bem como flagrante em hipotéticos delitos, houve até mesmo atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Colaborou sobremodo com o Ministério Público Eleitoral (MPE) .

As promotoras pedem, ainda, realização de nova eleição municipal e investigação paralela da Promotoria do Patrimônio Público no tocante à prática de improbidade administrativa.

Apesar do trabalho do Ministério Público Eleitoral ter ocorrido em plena sucessão da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, ela não aparece em qualquer implicação delituosa. De novo emerge seu irmão e prefeito de fato Gustavo, além de outros personagens.

Saiba mais detalhes clicando AQUI e AQUI.

Nota do Blog – Tive acesso a parte desse material, denso, do MPE. Há pouco mais de uma semana fui informado de que o MPE teria essa disposição.

Promessa de muito barulho daqui para frente.

Por anos, que se diga.

Anote, por favor.

Depois volto ao tema de forma mais amiúde.

P.S (11 de Novembro de 2012, às 6h15)Um reparo ao texto original desta postagem: Os procedimentos em epígrafe desencadeados pelo MPE estão na verdade na mesa do juiz da 34ª Zona Eleitoral, Pedro Cordeiro. Ele é que apreciará as petições.

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Categoria(s): Eleições 2012 / Política
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sábado - 10/11/2012 - 09:35h
Ô capital sofrida!

Natal pode ter mais um prefeito até dezembro

O prefeito recém-empossado do Natal continua numa dúvida cruel: ficará até o dia 31 de dezembro próximo no mandato-tampão ou terá que sair antes?

Ele aguarda um parecer jurídico para não sofrer problemas adiante.

É vice-prefeito eleito de Micarla de Sousa (PV) – prefeita afastada -, mas foi eleito para voltar à Câmara Municipal na próxima legislatura, que começará em janeiro de 2013.

Se precisar se afastar da prefeitura, a partir de sua diplomação – dia 19 de dezembro – como vereador eleito, quem deve assumir a surrada cadeira em que Micarla pousou será o vereador (não-reeleito) Ney Lopes Júnior (DEM), por 12 dias apenas.

Ele é o atual vice-presidente da Câmara Municipal.

O presidente da Casa, Edivan Martins (PV), reeleito em processo que ainda caminha por pendenga judicial, também estaria impedido de assumir a prefeitura.

Ô Natal sofrida, !!

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Categoria(s): Política
sábado - 10/11/2012 - 09:19h
Par4a 2014

Desejos e tentações de “Gari, Gari…”

Por Eliana Lima (Tribuna do Norte)

Pavimentando

Quem bem observou o ministro Garibaldi Filho (PMDB) na campanha eleitoral, percebeu certo ensaio em torno da possibilidade de retorno ao governo. Seguiria na brecha de sucesso que fez do primo Carlos Eduardo (PDT) prefeito de Natal, com os votos do maior cabo eleitoral de todos os tempos: Micarla de Sousa (PV). No caso de Garibaldi, seria a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), diante da gestão reprovada.

…2014

Alguns defendem que Garibaldi seria imbatível nas urnas. Tanto que a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), também no rastro do cabo eleitoral Rosado, só entraria na disputa se Garibaldi não for adversário. Quem sabe, o jingle no ano da Copa seja ‘É Gari, Gari, Garibaldi, sim senhor, êô…pra ser meu governador…”.

Nota do Blog – Com aquele jeito manhoso de capiau mineiro, há tempos que Garibaldi Filho empilha vitórias eleitorais e é um dos políticos mais festejados deste estado.

Essa alma sempre quer reza. Ajoelhou, tem que rezar…

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Categoria(s): Política
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sábado - 10/11/2012 - 09:11h
Mossoró

Paróquia apresentará Festa de Santa Luzia 2012

A Paróquia de Santa Luzia vai promover um “Encontro com a Imprensa” na próxima terça-feira (13), às 18h, no Memorial da Resistência, em Mossoró.

Será para apresentação do formato da Festa de Santa Luzia – padroeira da cidade de Mossoró – este ano.

Uma das novidades é a campanha para incentivo à doação de córneas.

À ocasião haverá apresentação da Orquestra Sanfônica de Mossoró e será servido coquetel aos participantes.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 10/11/2012 - 09:06h
No prejuízo

RN convive com roubos a bancos e Correios

O Rio Grande do Norte contabiliza 18 roubos a bancos/caixas-eletrônicos este ano. A grande maioria, bem-sucedida.

Os mais recentes ocorreram à madrugada de ontem em nossa vizinha Grossos (32 quilômetros de Mossoró), quando dois bandos tiveram seus caixas explodidos.

A polícia vira-se como pode. Tem deficiência de equipamentos, viaturas, homens e parco ou nenhum serviço de inteligência.

Em relação a agência dos Correios, os números são ainda mais alarmantes neste 2012. São mais de 100 roubos em mais de 20 municípios, com prejuízos que não são revelados à sociedade.

Ano passado, essa empresa estatal foi vítima de 44 roubos.

Mas a propaganda do governo estadual vende outra imagem quanto à segurança pública. Coisa para suíço ver.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
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sábado - 10/11/2012 - 08:33h
Natal

Estádio das Dunas é erguido em meio ao caos

Passo várias vezes em meu “transporte” no entorno do grandioso “Estádio das Dunas”, em Natal. A obra, em andamento, servirá a uns poucos jogos na Copa do Mundo de Futebol de 2014.

É um monumento ao cinismo, à indiferença e à canalhice de uma elite política que temos, só preocupada em tirar vantagem da coisa pública.

Infelizmente, a obra é um paradoxo em relação à situação político-administrativa e social vivida por Natal.

A bela capital dos potiguares tem uma prefeita – Micarla de Sousa (PV) – afastada por acusações de corrupção, ruas estão tomadas por lixo e buracos.

Fornecedores, servidores e terceirizados da prefeitura estão com pagamentos em atraso.

Quase nada funciona na Saúde, Educação, transporte público  etc.

Mesmo assim, Natal ganha aos poucos um estádio monumental, que custará mais de R$ 1 bilhão aos norte-rio-grandenses.

Podem rir. Vocês estão testemunhando o maior butim da história pública do Rio Grande do Norte, sem que ninguém demonstre ânimo e forças para reagir contra esses ladravazes.

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sexta-feira - 09/11/2012 - 23:59h

Pensando bem…

“Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos.”

Bertrand Russell

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sexta-feira - 09/11/2012 - 17:31h
Natal

Micarla dá vida a Carlos em meio ao caos

O caos administrativo deixado em Natal pela prefeita afastada, Micarla de Sousa (PV), sacraliza e imuniza o prefeito eleito Carlos Eduardo Alves (PDT).

Sitiado por Micarla e sua bancada de vereadores, que tentaram alijá-lo da disputa eleitoral, Carlos sobreviveu e ganhou as eleições.

Na hora de gerir essa herança maldita, ele tem crédito de sobra.

O próprio fim melancólico do governo, com a prefeita afastada sob acusação de corrupção, o deixa à vontade para agir.

Se precisar tomar medidas antipáticas, visando o saneamento da crise, estará plenamente respaldado.

Micarla e seus desatinos mantiveram Carlos politicamente vivo nos últimos anos e agora lhe asseguram meios ao seu retorno à prefeitura.

O prefeito eleito tem muitos motivos para se preocupar, mas não deve satanizar a “borboleta”.

O que seria dele se não tivesse existido a prefeita Micarla?

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
sexta-feira - 09/11/2012 - 16:43h
Luta

Médicos se mobilizam contra governo

O médico anestesiologista Ronaldo Fixina desembarcou em Natal. ELe é um dos principais ativistas da classe médica em Mossoró.

Participa diretamente de organização de protesto de médicos lotados no Estado, que deverá ocorrer na próxima quinta-feira (15), em Natal.

A mobilização é denominada de “Pela Saúde, Fora Rosalba”.

O Sindicato dos Médicos (SINMED) organiza a iniciativa.

Médicos do Estado se reuniram em assembleia no Sinmed,  para traçar os principais pontos para a manifestação “Pela saúde, Fora Rosalba!”, que acontece no próximo dia 15.

A manifestação pública começará às 8h30 na Associação Médica e segue até o Hospital Walfredo Gurgel.

Em vez do branco comum às suas vestes profissionais, os médicos usarão o preto.

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sexta-feira - 09/11/2012 - 16:00h
Governo Micarla

Justiça determina intervenção na Ativa

Do Blog do Barbosa

A juíza da 17ª Vara Cível, Divone Maria Pinheiro, acatando pedido do Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Combate à Sonegação Fiscal e Tutela de Fundações e Entidades de Interesse Social, determinou a intervenção judicial na ATIVA (Associação de Atividades de Valorização Social).

A intervenção foi implementada nesta sexta-feira (9), com o afastamento da atual direção da ATIVA e a assunção da administração por Joana Darc Medeiros Martins, nomeada pelo judiciário como administradora judicial provisória.

A intervenção foi motivada por diversas irregularidades detectadas na gestão da entidade nos últimos anos, como a existência de 1/3 de funcionários fantasmas, uso da entidade com fins políticos, falta de autonomia da entidade, desorganização administrativa, déficit de R$ 5 milhões nas contas e concessão indiscriminada de diárias.

Entre as primeiras providências a serem tomadas pela interventora estão: a) apresentar, no prazo de 30 dias, auditoria da situação econômica, patrimonial, financeira e administrativa da ATIVA, inclusive quanto à execução dos programas subvencionados pelo Poder Público, identificando quais continuam a serem prestados à comunidade e quem efetivamente encontra-se trabalhando naqueles projetos; b) apresentar, no mesmo prazo, cronograma discriminado de execução e duração da administração provisória; e c) apresentar relatório mensal da administração provisória, até o décimo dia do mês subsequente, contendo, detalhadamente, informações gerenciais, patrimoniais, contábeis e financeiras.

Nota do Blog – A prefeita afastada Micarla de Sousa (PV) continua fazendo estrago.

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sexta-feira - 09/11/2012 - 15:20h
Mossoró

Disputa em OAB preocupa ex-presidente

Carlos Santos,

Estou sendo informado que eleição da OAB em Mossoró extrapola o campo das propostas e descamba para ataques pessoais.

Penso que os líderes das chapas que disputam o pleito advogados Aurino Carlos e Aldo Fernandes possuem plenas condições de inibirem isso. O debate deve ser focado em idéias e propostas, nada além disso, sempre prevalecendo o respeito mútuo, afinal de contas a eleição passa e ficamos todos nós na labuta diária.

O necessário é que todos contribuam para o engradecimento da OAB e da advocacia em prol da sociedade.

Assim penso.

Vicente Venâncio é ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseccional de Mossoró.

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sexta-feira - 09/11/2012 - 14:53h
No ar

Nova aposta na mídia potiguar

O mais novo frisson no universo da mídia potiguar, é o esperado lançamento de um portal de notícias.

“No ar” será sua denominação.

Nomes de relevo da imprensa, colaboradores de largo conceito em seus respectivos segmentos e suporte financeiro empresarial assegurado são seus predicados preliminares.

Que entre logo no ar, pois.

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Categoria(s): Comunicação
sexta-feira - 09/11/2012 - 14:34h
MP

Os intocáveis homens da lei

O “Maturi Restaurante” – Rua São José, Lagoa Seca, Natal – é um dos endereços regulares de encontros de destacados membros do Ministério Público Estadual.

Esses jovens comandados pelo procurador-geral de justiça, Manoel Onofre Neto, dão ânimo novo aos desencantados com o Rio Grande do Norte e o Brasil.

Que sigam em frente.

Há muito mais assepsia a ser feita.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
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