Com boa parte do seu território incluída no que se denomina como “semiárido”, o Rio Grande do Norte convive com outro período de longa estiagem. A seca é uma realidade comum, não uma excepcionalidade, que se diga de antemão.
Essa estiagem, de novo pega o sertanejo e os governantes com as calças curtas. Não estão preparados para o enfrentamento do problema. Animais de porte, como o gado, pagam com a própria vida. Sofrimento que se repete.
Mesmo diante desse cenário, há pressão popular pela realização de Carnaval. Muitos prefeitos se sentem acuados, temendo revolta popular e desgaste político. Ministério Público cobra lucidez dos governantes, recomendando veto à festa.
Como na velha Roma, o “circo” serve para iludir a massa, distraindo-a em relação a temas importantes, anestesiando-a. Mas se houvesse um pingo de bom senso, o festim seria repensado em nome da vida e da dignidade de seres humanos necessitados.
Diante de tanta insensibilidade, vale lembrar o físico alemão Albert Einstein. Dizia que só conhecia duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas tinha dúvida quanto à primeira. A estupidez lhe parecia realmente sem limites.
Eis uma prova.