domingo - 01/07/2018 - 17:20h
Eleições 2018

PT define alianças proporcionais; PCdoB indicará o vice

Evento de hoje terá desdobramentos (Foto: cedida)

O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores aprovou neste domingo (1) a indicação de aliança proporcional com PHS e PC do B. Também deliberou que pleiteará a outra vaga para o Senado, haja vista o consenso em torno da deputada federal Zenaide Maia (PHS).

Os comunistas vão indicar o pré-candidato a vice-governador. A direção estadual do PCdoB enviou uma lista com as sugestões dos nomes de Airene Paiva, Antenor Roberto, Francisco Canindé de França e Gutemberg Dias.

Prioridade

A escolha será definida pela pré-candidata ao governo, senadora Fátima Bezerra (PT), junto às instâncias partidárias.

Gleide Andrade, secretária nacional de Organização do PT, participou do evento ocorrido na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RN (FETARN).

Fez repasse de informes da Executiva Nacional e destacou que candidatura de Fátima é uma das prioridades do PT.

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domingo - 01/07/2018 - 11:08h
Consult/Blog do BG/FM 98

Garibaldi e Zenaide empatam; Styvenson cola em ambos

O Instituto Consult constatou que três nomes concentram a preferência do eleitor como primeira opção para o Senado Federal: Garibaldi Filho (MDB), 14,12%; Zenaide Maia (PHS), 12,88%; e Capitão Styvenson Valentim (sem partido), 11,24%.

A pesquisa divulgada neste domingo (1º) é a primeira de quatro sondagens que o BlogdoBG contratou ao instituto Consult.

Garibaldi e Fátima: empate (Foto: arquivo)

Os três, pela margem de erro de 2,3%, estão tecnicamente empatados.

Outros nomes preferidos foram: Geraldo Melo (PSDB), 5,94%; José Agripino (DEM), 4,35%; Magnólia Figueiredo (Solidariedade), 2,12%;Antônio Jácome (PODEMOS), 1,29%. Os demais não pontuaram acima de um ponto percentual.

32,9% dos entrevistados afirmaram que não vão votar em nenhum nome para senador e 14,4% não souberam responder.

Um detalhe importante que o blog esclarece sobre essa pesquisa é que o senador José Agripino Maia, do DEM, só anunciou que não disputaria a reeleição na última sexta-feira (29), quando a pesquisa já tinha sido concluída. Porém, o blog se antecipou e incluiu o nome de Jácome para o Senado, porque já tinha a informação da pré-candidatura.

Espontânea

O Instituto Consult constatou que 68,4% dos eleitores potiguares não têm candidato para o Senado, percentual correspondente aos que não souberam responder à pergunta sobre em quem vai votar para senador, conforme levantamento encomendado pelo BlogdoBG em parceria com a 98 FM.

A pesquisa divulgada neste domingo (1º) é a primeira de quatro sondagens que o BlogdoBG contratou ao instituto Consult.

Styvenson: surpresa (Foto: arquivo)

Nas citações espontâneas, apenas Garibaldi Filho (2,1%) e Zenaide Maia (1,8%) marcaram acima de um ponto percentual.

Outros nomes citados pelos eleitores foram o de José Agripino, que desistiu da disputa, Geraldo Melo, Fátima Bezerra, Magnólia Figueiredo, Capitão Styvenson, Mineiro, Adelina, Hugo Manso, Telma Gurgel, Joanilson de Paula Rego, Luiz Roberto Fonseca, Claudio Santos e Antonio Jácome, deputado federal que na última semana anunciou que vai para a disputa do Senado.

25,6% dos entrevistados afirmaram que não vão votar em nenhum nome para senador.

A pesquisa foi realizada entre 26 e 29 de junho e ouviu 1.700 eleitores em todo o Rio Grande do Norte. A margem de erro é de 2,3% e o índice de confiabilidade é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE sob os protocolos RN-03673/2018 e BR-08279/2018.

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domingo - 01/07/2018 - 10:18h
Consult/Blog do BG/FM98

Fátima lidera corrida eleitoral com 10% de maioria

Do Blog do BG

O Instituto Consult mediu o cenário sucessório estadual na pré-campanha das eleições 2018, em pesquisas Estimulada e Espontânea. A sondagem foi realizada entre 26 e 29 de junho e ouviu 1.700 eleitores em todo o Rio Grande do Norte.

A pesquisa divulgada neste domingo (1º) é a primeira de quatro sondagens que o blog contratou ao instituto Consult.

A senadora Fátima Bezerra (PT) lidera com 26,06% na Estimulada, segundo o levantamento encomendado pelo BlogdoBG e 98 FM.

Em segundo lugar, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) tem 16,06%. Vantagem pró-Fátima de 10%.

O governador Robinson Faria (PSD) marcou 9,47%. Seu vice, Fábio Dantas (PSB), alcançou 1,71%, empatando com Brenno Queiroga (Solidariedade) em 1%.

Um terço dos eleitores (31,71%) afirmou que não vota em nenhum dos nomes e 13,12% não souberam responder.

Espontânea

Em sondagem Espontânea, o instituto perguntou em que o eleitor pretende votar para governador e 64,76% não souberam responder enquanto 22,12% já adiantam que não votarão em ninguém.

Apenas três nomes tiveram citações acima de um por cento. São eles: Fátima Bezerra (6,18%), Carlos Eduardo (3,12%) e Robinson Faria (2,29%).

Outras citações foram: Kelps Lima, Capitão Styvenson, Geraldo Melo, Fábio Dantas, Carlos Alberto, Freitas Júnior, Dagô, Ciro Robson, Clorisa Linhares, Garibaldi Alves e Flávio Rocha.

A margem de erro é de 2,3% e o índice de confiabilidade é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE sob os protocolos RN-03673/2018 e BR-08279/2018.

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domingo - 01/07/2018 - 09:04h

Os juízes da Copa

Por François Silvestre

O pensamento filosófico, que nasceu agregado ao conhecimento científico, foi a primeira rebeldia da descoberta. Do intelecto impondo a luz para romper as trevas.

A cada descoberta de uma verdade nova, uma dúvida era vencida; e um deus abatido em pleno voo caía aos pés do caçador. Assim mesmo, dessa luta temporal entre a sombra e a luz. Uma luta de complementação, não de confronto, como o fazem os pintores.

De início, consciente da ignorância, o homem começou a identificar os sinais da ciência. Num embate em que a dúvida nascia da angústia e desaguava na descoberta.

A ciência é da essência natural, independentemente da ação humana, à exceção da História. Porém, foi pela filosofia que o homem enfronhou-se no tecido cognitivo do misterioso mundo científico. Desfraldando a bandeira do conhecimento pelo aceiro da sua franja. A dúvida nascida no estuário filosófico provocou a curiosidade necessária para ingressar no terreno da Ciência.

Da lição inesquecível de Teilhard de Chardin: “Deslocar um objeto no tempo, para trás, equivale a reduzi-lo aos seus elementos mais simples. Seguidas tão longe quanto possível na direção da sua origem, veremos que as últimas fibras do composto humano confundem-se com o próprio estofo do Universo”.

Chardin, padre e filósofo, perseguido pela intransigência canônica do catolicismo de sacristia, veio da origem filosófica de Aristóteles, e fez conexão de voo com Thomaz de Aquino. Todos construtores em cadeia, numa corrente de elos presos pela sabedoria que tocava o invisível. A invisibilidade infinita de cognição quase inalcançável, na presença universal do Cosmo.

Para Thomaz de Aquino o Universo é criação de Deus. Para Teilhard de Chardin o Universo se cria, sob a regência de Deus. E continua sob permanente autocriação. No contorno de um invólucro infinito; “sistema” pela multiplicidade, “totum” pela unidade e “quantum” pela energia.

Para os filósofos gregos, de onde vem Aristóteles, o conhecimento é a própria criação. Dado que no escopo do conhecer pode-se aferir que até os macacos “sabem” que o conjunto das bananas maduras é menor do que o conjunto das bananas.

O primeiro conceito da palavra Deus, do protossemítico ao sânscrito, não significa aquele que cria, mas aquele que fala. “O princípio era o Verbo”…

Nós evoluímos em tecnologia, no último meio século, mais do que nos últimos quinhentos anos. Contudo, involuímos intelectualmente na mesma proporção.

Vivemos o tempo da involução pensante. Enquanto as máquinas que criamos aprimoram-se, o nosso cérebro criador regride. Tempo de embrutecimento humano, pobreza cultural, imbecilização política, feiura esportiva. E Estados paralelos, ilegais, como ocorre no Brasil, onde quem manda é a bandidagem, nem se submetem aos vídeos corretivos.

A ausência do pensar filosófico, dos tempos de hoje, implantou o reino da mediocridade. O convencimento foi substituído pela imposição. A vocação deixou de ser um impulso do talento para acomodar-se às cobranças do mercado.

Os filósofos medicaram a humanidade contra a estupidez, mas o medicamento perdeu a validade.

A revisão das decisões dos juízes de futebol, pela tecnologia dos vídeos, pode até corrigir equívocos, mas burocratizou a disputa. Falta fazer o mesmo sobre os equívocos dos julgamentos na seara jurídica. E olhe que nem será uma burocracia a mais. Será apenas mais uma burocracia.

Té mais.

François Silvestre é escritor

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domingo - 01/07/2018 - 08:48h

Viés de confirmação

Por Odemirton Filho

Faz parte do sentir humano o desejo de impor suas ideias e vontades. É intrínseco ao homem apresentar seus pensamentos aos semelhantes e defendê-los.

Entretanto, nos últimos tempos, presenciamos um embate acalorado de ideias e pontos de vista, sobre quase tudo que nos circunda.

Da política a religião, o homem tenta convencer seus pares que as suas opiniões ou viés sobre determinado assunto são os mais acertados.

Nesse sentido, em recente artigo publicado, o Juiz Federal George Marmelstein, de largo conceito, abordou o tema do desejo de confirmação ou viés de confirmação.

Em síntese, conforme o magistrado, as pessoas querem apenas ouvir opiniões e ideias que se coadunem, isto é, confirmem seus pensamentos ou crenças.

Com efeito, o que estamos vivenciando, sobretudo, nas redes sociais é uma espécie de guerra virtual, na qual a opinião do emitente é a mais escorreita, que não admite qualquer sorte de contraditório.

Fecham-se os olhos para o debate ou contraponto que possam enriquecer ou esclarecer o conhecimento sobre determinada pessoa ou assunto.

Ficam envoltos em seus pensamentos, não deixando margem para qualquer tipo de diálogo que possa ir de encontro ao que imaginam ser o correto.

Segundo Marmelstein, “este vício cognitivo nada mais é do que a tendência de buscar, interpretar, catalogar e lembrar de informações que confirmem aquilo que queremos que seja confirmado. Estamos predispostos a receber com facilidade e sem críticas as informações que tendem a solidificar nossas crenças e a rejeitar qualquer possibilidade alternativa que possa colocá-las em risco”.

Ou seja, não há dialeticidade. Aceita-se somente aquilo que se encaixa no que pensam. Ficam presos a conceitos imutáveis, fazendo de suas opiniões um verdadeiro dogma.

Nesses tempos da política dos extremos, da direita à esquerda, existe um embate irrazoável de ideologias, ou melhor, de defesa de pré-candidatos.

Nas palavras do magistrado, “parece óbvio que, em questões envolvendo profundas discordâncias políticas, o viés da confirmação tende a se intensificar. Eleitores de um candidato costumam exaltar suas qualidades e a minimizar seus defeitos. Por outro lado, exageram as falhas do candidato adversário e praticamente não enxergam seus méritos”.

Aliado a esse viés de confirmação se observam posições maniqueístas, isto é, o dualismo entre o bem e o mal, o certo e o errado.

Não podemos, de igual modo, esquecer a cultura do ódio que se espraia nas redes sociais, disseminando a intolerância entre as pessoas, principalmente, as minorias.

A sociedade brasileira estar envolvida em uma luta inglória que não ajuda a superar as dificuldades que estamos atravessando.

Conclui-se, portanto, que esse radicalismo nos faz perder a razoabilidade para respeitar e compreender o outro e, em especial, analisar os pré-candidatos que estão postos no tabuleiro político das eleições que se aproximam.

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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domingo - 01/07/2018 - 08:30h

Lula pode exercer atos de campanha, mesmo preso?

Por Savio Chalita

A situação veio à tona com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de 12 de junho deste ano, que negou pedido do ex-presidente para que fosse atribuído efeito suspensivo ao Recurso Especial interposto contra sua condenação no caso do triplex. A intenção estava em poder garantir a participação nos atos de campanha até que houvesse o julgamento definitivo do recurso pela 5ª Turma do STJ.

A decisão proferida pelo relator ministro Felix Fischer indica que não haveria como conferir o pretendido efeito suspensivo ao recurso já que ainda pende de ser admitido pelo tribunal de origem (TRF-4). No entendimento dos tribunais, trazido pela própria decisão, só é inaugurada a competência do STJ após esta admissão, o que não ocorreu.

A condenação do ex-presidente Lula, confirmada pelo TRF-4 em 24.01.18, trouxe uma consequência grave do ponto de vista de sua intenção em participação no pleito de 2018: a inelegibilidade prevista no art. 1°, I, e, LC 64/90.

Com a confirmação da condenação pelo órgão colegiado passou a ser latente a possibilidade de reconhecimento pelo TSE da inelegibilidade indicada. Sim. A inelegibilidade não opera desde a confirmação da condenação, mas do reconhecimento pela Justiça Eleitoral, que no caso, atuará pelo órgão máximo, qual seja, o Tribunal Superior Eleitoral.

Em curtas palavras, após a apresentação do pedido de registro de candidatura (que poderá ser apresentado até às 19h do dia 15.08. Lembrando que o pedido ocorrerá após a escolha de candidatos nas convenções eleitorais, que ocorrerão do dia 20 de julho a 5 de agosto), com demais fases que o procedimento impõe, haverá a necessária apreciação e decisão pela Justiça Eleitoral. No caso de eleições presidenciais o órgão competente será o Tribunal Superior Eleitoral. Apenas nesta oportunidade será possível reconhecer a hipótese de inelegibilidade, e não em outra.

Um grande equívoco reside neste ponto. A condenação de natureza criminal, confirmada em segunda instância, não envolve a suspensão de direitos políticos (estes sim, apenas terão eficácia quanto a sua suspensão a partir do trânsito em julgado), mas tão somente a possibilidade de execução provisória da pena e a inevitável consequência de reconhecimento de inelegibilidade (nestes termos postos).

Pela ótica do Direito Eleitoral o ex-presidente Lula está em pleno exercício de seus direitos políticos (lembrando que a suspensão de direitos políticos só se dará após o trânsito em julgado de sentença condenatória, art. 15, III, CF.

A condenação confirmada em segunda instância em nada afeta aqui). Neste ponto, mesmo preso poderia participar do pleito e, inclusive, fazer campanha eleitoral.

A questão esbarra na execução penal e não no campo do Direito Eleitoral. A Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84) traz competência ao juízo das execuções penais em analisar situações como esta. Caberá a ele verificar se há condições de que atos de campanha sejam realizados dentro do ambiente prisional ou mesmo em eventuais saídas físicas destas instalações para participar de comícios, debates etc.

Lembrando: O entendimento majoritário do STF (sempre possível de mutação), está no sentido da possibilidade do início de execução da pena, mesmo sem o trânsito em julgado, quando houver confirmação da condenação em segunda instância (HC152752, julgado em 05.04.18). Tendo sido iniciado o cumprimento da condenação em 07.04.18, estamos diante da execução penal do sentenciado, ainda que pendente o trânsito em julgado.

Em uma primeira análise, um dos direitos do preso é o “contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes” (art. 41, XV, LEP), o que em nada acena para a possibilidade de sair fisicamente da prisão, mas sim a possibilidade de gravar vídeos, áudios, peças publicitárias (propaganda eleitoral) no geral, limitado à estrutura do próprio presídio em garantir a ordem integridade de todos, bem como a própria análise nesta viabilidade pelo juízo competente.

A decisão, ainda pendente, certamente trará uma enorme repercussão de natureza eleitoral (quanto ao aspecto do pleito eleitoral) e um precedente sensível quanto a demais cidadãos que eventualmente estejam envolvidos em situações semelhantes.

Savio Chalita é advogado, escritor forense, mestre em direito, professor universitário e integrante do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR)

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domingo - 01/07/2018 - 07:40h
Economia

ALE Combustíveis é adquirida por grupo da Suíça

Alecrim segue com participação (Foto: arquivo)

Do Portal Noar

O grupo suíço Glencore Energy (Glencore), por meio de sua subsidiária no Brasil, assinou nesta sexta-feira (29) o contrato para aquisição de 78% da ALE Combustíveis (ALE). A conclusão da operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

O valor da negociação é mantido em segredo. O empresário potiguar Marcelo Alecrim, um dos fundadores da companhia, segue na empresa, agora com participação de 22%. Ele assumirá a posição de Presidente Executivo do Conselho de Administração da ALE.

Com 22 anos de história, a ALE é fruto da união da ALE Combustíveis com a Satélite Distribuidora de Petróleo (SAT). O grupo ocupa a quarta posição no ranking das distribuidoras de combustíveis no Brasil. Possui uma rede de aproximadamente 1.500 postos em 22 Estados e cerca de 260 lojas de conveniência.

“O investimento da Glencore fortalecerá a ALE, proporcionando uma plataforma para maior participação no mercado e a oportunidade para a empresa melhorar seus serviços, logística e operações, beneficiando consumidores e revendedores”, informa a ALE em seu site oficial.

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domingo - 01/07/2018 - 06:58h

Inteligência artificial e aplicativos ameaçam empregos

Por Josivan Barbosa

Voltamos a repetir neste espaço que Mossoró precisa buscar alternativa para os postos de trabalho que serão, no futuro próximo, perdidos na sua maior empresa, a AeC. A empresa está sentido a necessidade de se adaptar à evolução do perfil do consumidor, que usa mais os aplicativos e outros canais digitais para se comunicar. Isso ocorre principalmente em telecomunicações, que representam parte importante da receita de call center. As televendas e o serviço de atendimento ao cliente caem, enquanto o autosserviço, transações digitais e recuperação de crédito crescem.

Diante da forte queda no volume de ligações nas centrais de atendimento, a AeC, terceira maior empresa de call center, atrás da líder Atento e da Liq Participações, pretende aumentar a fatia dos serviços digitais na receita. Os planos incluem comprar uma startup e elevar os investimentos para frear a queda no faturamento observada em 2017.

Robô da Google

O tempo para que a AeC comece a reduzir o quadro de pessoal pode ser acelerado com o Duplex, uma inteligência artificial que está sendo desenvolvida para o assistente virtual da companhia, o Google Assistente. A tecnologia já é capaz de administrar sozinha quatro a cada cinco ligações feitas. A interação com o “robô” acontece de forma natural e fluida, como se fossem duas pessoas conversando. A conversa, inclusive, é recheada de interações como “humm”, “ah” e “oh”. “As ‘disfluências’ ajudam a conversa a caminhar.

RN na contramão

O RN Sem Sorte ainda não reduziu o ICMS do diesel. Levantamento recente aponta que 19 Estados ainda não reduziram o Preço Médio Ponderado Final (PMPF). Apenas Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, São Paulo e Tocantins o fizeram. O Rio não reduziu o PMPF, mas baixou o ICMS de 16% para 12%. Não é possível que o desconto de R$ 0,46 no litro do diesel chegue ao consumidor sem que os Estados reduzam o PMPF, referência na base de cálculo do ICMS e que é atualizado a cada duas semanas.

Anos 80 e 90 de volta

A greve dos caminhoneiros trouxe de volta uma típica configuração das reuniões do Conselho Interministerial de Preços (CIP) e da Superintendência Nacional de Abastecimento (SUNAB), órgãos poderosos dos anos 80, que tentaram, mas jamais conseguiram, controlar os preços da economia por tabelas como instrumentos de combate à inflação. Ambos – CIP e Sunab – foram extintos nos anos 90, depois que ficou mais do que claro, aqui e no mundo, que tabelamentos e congelamentos de preços não funcionam como política anti-inflacionárias e nem mesmo como ações populistas de governos encurralados.

RN Competitivo

O próximo governo do nosso RN Sem Sorte precisa implantar um programa robusto de atração de empresas a exemplo do programa Paraná Competitivo. Podemos ter o RN Competitivo. Basta citar o que está acontecendo lá com o setor de bebidas. As vantagens competitivas do Paraná têm atraído para o Estado os grandes produtores de bebidas do país. Entre os anúncios de investimentos feitos pelas companhias do setor, o mais recente foi o da Cervejaria Ambev.

Inserida no programa Paraná Competitivo, que prevê benefícios fiscais, a empresa abriu uma cervejaria em Ponta Grossa em 2016, com capacidade instalada para produzir 6 milhões de hectolitros por ano. São fabricadas na unidade paranaense as marcas Antarctica, Antarctica Sub Zero, Skol, Original, Budweiser, Serramalte e Brahma Chopp.

A segunda planta, em Almirante Tamandaré, com capacidade de produzir 2,4 milhões de hectolitros por ano, fabrica os refrigerantes das marcas Guaraná Antarctica, Pepsi, Soda e Sukita destinados aos mercados carioca, paulista e catarinense. Juntas, as operações da cervejaria no Estado empregam 1,4 mil pessoas e pagaram R$ 878,4 milhões em impostos em 2017.

Experiência de Londrina precisa ser copiada

A prefeitura de Londrina convidou a TCS (Tata Consultancy Services) no Brasil para instalar a sua estrutura no Parque Tecnológico garantindo conexão com a academia e com o arranjo produtivo (APL) de tecnologia da informação e comunicação (TIC). A concentração de empresas de TIC na região foi fundamental para a tomada de decisão dos indianos da TCS.  O APL da região de Londrina é composto por 80 empresas, que geram 2,2 mil postos de trabalho. A organização do setor tem permitido convênios, como o estabelecido com o Ministério do Trabalho para aplicar R$ 1 milhão em programas de qualificação. Londrina atraiu ainda uma unidade do Senai – com foco em TIC – e a instalação futura de uma unidade da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Os APLs são definidos como concentrações de empresas que atuam em atividades similares ou relacionadas que, sob uma estrutura de governança comum, cooperam entre si e com outras entidades públicas e privadas.

Bonés

O próximo governo do RN Sem Sorte precisa ser mais protagonista no avanço do APL de bonés do Seridó, polarizado pelo município de Caicó. Para isto basta seguir o exemplo do município de Apucarana – PR. Mesmo sendo considerado um segmento de menor intensidade tecnológica, a união de empresas tem surtido efeito na hora de diferenciar produtos no mercado e enfrentar a concorrência.

No município paranaense o APL de Bonés surgiu há 15 anos, no momento em que a demanda estava voltada à área de brindes. Era comum bancos e empresas de grande porte pedirem milhares de peças do acessório para presentear seus clientes. Com a entrada da China no segmento, as fábricas locais começaram a perder força no atendimento aos grandes pedidos. A solução foi investir em tecnologia e cursos de moda para aprimorar os modelos e explorar novos mercados. A estratégia tem dado certo. Apucarana concentra entre 70% e 80% da produção brasileira de bonés. Reúne, no APL, 130 fábricas do acessório, além de outras 500 empresas, entre fábricas de tecido, bordadeiras e fornecedores de insumos para costura.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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