segunda-feira - 06/07/2020 - 17:14h
No Instagram

Carlos Santos – Aos Vivos! recebe hoje jornalista Cézar Alves

Encontro marcado para essa segunda-feira (6), a partir das 21h,  com o criador e editor do portal Mossoró Hoje, um dos grandes sucessos do webjornalismo do RN, jornalista Cézar Alves.

Ele estará conosco no endereço www.instagram.com/blogcarlossantos, no projeto Carlos Santos – AOS VIVOS!

São 25 anos de carreira e uma história de vida que vai lhe surpreender.

Agende-se.

Participe.

Até lá.

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segunda-feira - 06/07/2020 - 16:36h
Assembleia Legislativa

Frente Parlamentar discute causas das pessoas idosas

A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, em parceria com Conselho Municipal da Pessoa Idosa do Natal e outras entidades, organizou a Jornada Online em Defesa da Vida de Pessoas Idosas, que aconteceu por meio de plataforma virtual, nesta segunda-feira (06), e serviu para discutir as causas relacionadas aos idosos do Rio Grande do Norte e do Brasil. A ocasião também foi oportuna para divulgação do lançamento da Rede de Proteção e Valorização à Pessoa Idosa do Rio Grande do Norte.

Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte teve 'encontro' hoje (Foto: AL)

De acordo com o presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o deputado estadual Ubaldo Fernandes (PL), a intenção do encontro virtual é de traçar metas e discutir como está a real situação dos idosos, principalmente nesse momento de isolamento social. “O RN tem se destacado como um dos estados que mais desrespeita o direito do idoso nesse período de pandemia e isso chama muito a atenção. Conforme dados do Disque 100, de março a maio deste ano, o número de denúncias de violência contra o idoso aumentou significativamente. É algo que precisa ser seriamente refletido. O governo tem um papel muito importante na execução de políticas públicas de combate a essa realidade”, disse o parlamentar.

O presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa do Natal e vice-presidente da Frente Parlamentar, André Arruda, destacou que a oportunidade serve também para lançar a Rede de Proteção e Valorização à Pessoa Idosa do Rio Grande do Norte, que, segundo ele, se integra a diversos órgãos e instituições e nasce da necessidade de unir pessoas comprometidas com a defesa e garantia de direitos da pessoa idosa.

“Aqui nessa jornada estamos com muitas autoridades estaduais e federais e que podem ecoar o grito para uma efetivação de políticas públicas já existentes e formação de novas políticas em defesa da pessoa idosa, de uma valorização dessas pessoas que dedicaram uma vida inteira em favor do nosso país. Muitas pessoas têm sido violentadas e esses suspeitos são na maioria entes queridos. Nosso estado, Rio Grande do Norte, tem aparecido sempre em destaque no grande número de violência contra pessoa idosa, segundo informação do Disque 100. Na pandemia essa violência tem se intensificado. Precisamos reafirmar a necessidade do enfrentamento à violência contra a pessoa idosa e incentivar que as pessoas (idosas ou não idosas) possam denunciar. Precisamos também dar visibilidade a grandes campanhas de práticas que visem a evitar a violência contra essas pessoas”, discursou André Arruda.

O presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa do Natal aproveitou para destacar requerimentos e encaminhamentos da Jornada. Ao Governo do Estado do RN, ele sugeriu a criação de Centros Dia, para poder tirar o idoso do meio da violência, principalmente aqueles que vivem em comunidades carentes; sugeriu ainda a contribuição com as instituições de longa permanência; o aparelhamento da delegacia especializada na pessoa idosa, que, de acordo com ele, tem trabalhado muito, mas precisa de uma infraestrutura material e de profissionais humanizados; bem como, sugeriu uma delegacia na zona Norte de Natal e novas delegacias do gênero em cidades-polo do Estado. Também requereu aos prefeitos das cidades do interior do RN a criação de Conselhos Municipais. Hoje, dos 167 municípios do estado, poucos deles têm Conselho Municipal.

Signatário

Para os deputados federais, ele requereu a criação de conferências regionais da pessoa idosa e não apenas nacionais. “As regiões têm suas necessidades específicas. Regionalizando teremos um ganho muito grande, porque traremos políticas públicas regionalizadas”, explicou. Também pediu a ratificação da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas, que está no Congresso Nacional há bastante tempo. O Brasil é signatário, mas não foi ratificado. Além disso, requereu aos deputados federais que seja criado nacionalmente um protocolo de abordagem quanto à segurança pública e que incentive os estados na criação de redes como esta que o RN está criando, para a integração das políticas públicas.

A convidada Terezinha Peixoto Cabral, representante da Associação do MP, ratificou todos os pedidos de André Arruda e destacou a importância dos Centros Dia mencionados por ele. O senador Paulo Paim (PT/RS) lembrou que no dia 15 de junho o planeta celebrou o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa e ao mesmo tempo foi um alerta do aumento da violência durante a pandemia, tanto física, como psicológica, financeira e negligência. “Denunciar é preciso, não podemos nos omitir. É obrigação de todos a proteção dos nossos idosos”, lembrou.

A promotora de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Suely Magna Nobre Felipe, informou que o Ministério Público do Rio Grande do Norte tem uma atuação tanto na tutela coletiva quanto na tutela dos direitos individuais indisponíveis e ela está à frente da tutela coletiva. “Aqui em Natal tomamos uma medida de ter uma interação com todos os órgãos que fossem voltados a tutela de direitos desses idosos. Nos espanta que em 2020 ainda estamos em uma luta incessante e permanente para garantir os direitos desses idosos, que vem sendo cada vez mais desrespeitados. Ano passado, o MP foi procurado para encamparmos uma campanha de conscientização sobre a prioridade da pessoa idosa. Tivemos bons efeitos com essa campanha, mas tivemos que pará-la parcialmente com a pandemia”, disse.

Estiveram presentes na sala virtual e trouxeram contribuições ao debate: o senador Paulo Paim (PT/RS); o deputado federal Roberto de Lucena (PV/SP); a deputada federal Tereza Nelma (PSDB/AL), da Comissão do Idoso na Câmara dos Deputados; Terezinha Peixoto Cabral, representante da Associação do MP; a promotora de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Suely Magna Nobre Felipe; a primeira Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Maria Socorro de Morais; a ex-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Lúcia Secoti; a presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Conselho Federal da OAB, Deborah Cartagenes; e o gerontólogo e ativista do Intercâmbio 60+, Crismédio da Costa Neto.

A Jornada foi transmitida para todo o RN ao vivo pela TV Assembleia, pelos canais 51.3 (TV aberta) ou 18.1 (em várias regiões do RN), pelo YouTube e pelo site da ALRN (www.al.rn.leg.br) e permitiu a participação da sociedade no debate por meio da rede social WhatsApp divulgada durante a transmissão.

Com informações da Assembleia Legislativa do RN.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
segunda-feira - 06/07/2020 - 15:20h
Mais e mais aditivos

Rosalba dá, a mais, quase 2 milhões para 4 construtoras

Recursos saem para empresas que pedem recursos além do que foi contratado, para seguir em obras

A Prefeitura de Mossoró segue em marcha batida e em ritmo incontrolável na cessão de aditivos contratuais. O que deveria ser exceção, ou seja, excepcionalidade na relação entre empresa e ente público, transforma-se em rotina e regra, com prejuízos multimilionários para o erário.

Só em quatro aditivos publicados numa única página virtual do Jornal Oficial do Município (JOM), com print (cópia) que reproduzimos, a gestão Rosalba Ciarlini (PP) garante quase R$ 2 milhões a mais do que tinha contratado em licitações. O dinheiro que sempre falta para remédios, por exemplo, sobra e é despejado aos borbotões noutra direção – num ano em que as eleições estão aí, batendo à porta.

Chama a atenção, não de todos, claro, como é difícil uma empresa concluir serviço por valor contratado (Reprodução BCS)

Os quatro aditivos estão no JOM desse último dia 3, edição 569 (veja AQUI na página 3, se não sair do ar). Totalizam R$ 1.883,746,23 (Um milhão, oitocentos e oitenta e três mil, setecentos e quarenta e seis reais e vinte três centavos).

Ah, está dentro da lei! Sim, claro, tudo dentro da lei! tintim por tintim.

As empresas beneficiadas são a Construtora Luiz Costa Ltda. (CLC),V.M Construções e Serviços Ltda., ECL Construção e Engenharia Ltda. e Poly Construções e Empreendimentos Ltda.

Ainda bem que órgãos de fiscalização da coisa pública seguem vigilantes, severos e com olhar punitivo à toda movimentação. Isso em Bodó, Cruzeta, Água Nova, Jacanã, Japi… Em Mossoró, não. Parece que há uma legislação à parte nesse município.

Não é por acaso que o epíteto de “País de Mossoró” é tão repetido e ecoado no lugar, em tom de zombaria.

Faz sentido.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
segunda-feira - 06/07/2020 - 13:36h
Segunda-feira, 6

Obstetra é mais uma vítima da Covid-19 no Rio Grande do Norte

Débora: mais uma vítima (Foto: cedida)

A ginecologista e obstetra Débora Cristina Araújo Fernandes, 56, é mais uma vítima da Covid-19 no Rio Grande do Norte.

Segundo dados do Conselho Regional de Medicina do RN (CREMERN), é a 12ª vítima da categoria, além de um acadêmico de medicina (veja AQUI).

Débora estava internada no Hospital Rio Grande há quase três semanas.

Só à semana passada, três médicos perderam a vida com essa doença (veja AQUI, AQUI e AQUI) no RN.

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Categoria(s): Saúde
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
segunda-feira - 06/07/2020 - 12:48h
Flexibilização

Retomada de atividades produtivas segue essa semana

A partir de quarta-feira (8), o processo de flexibilização do comercio e serviços em Mossoró dá mais um passo à frente.A retomada segue, mas com critérios de prevenção à Covid-19 são bem claros.

Esse processo começou no último dia 1º e continua em outras etapas até o dia 5 de agosto (veja AQUI).

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) tomou decisão nesse sentido com base em relatório do Comitê Gestor de Enfrentamento ao Novo Coronavírus, formado pela municipalidade.

Até o fim de semana, Mossoró estava com 137 óbitos por Covid-19.

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Categoria(s): Administração Pública / Economia / Saúde
segunda-feira - 06/07/2020 - 09:46h
Eleições 2020

Sucessão municipal entra em nova e complexa fase

O Programa Sala de Redação da Princesa FM do Assu, apresentado por Jarbas Rochas nesse último sábado (4), sem sombra de dúvidas atingiu uma das maiores audiências da radiofonia do Vale do Açu.

Não para menos. Era esperada essa audiência retumbante, por razões mais do que óbvias.

Rocha ouviu o prefeito Gustavo Soares (PL) e seu irmão e deputado estadual George Soares (PL).

Sala de Redação teve audiência exponencial em entrevista com prefeito e deputado (Reprodução: BCS)

Na mesa de conversa, a decisão irremovível do prefeito de não tentar a reeleição no pleito de 15 de novembro deste ano.

Sua escolha foi por seguir na carreira médica, sem dupla jornada como prefeito. É uma questão de prioridade pessoal, particular, após muita reflexão.

A situação é particularmente delicada, pois sua posição ocorre à porta da campanha eleitoral, quando seu grupo estava com tudo definido para marchar à nova disputa com seu nome.

O tempo

Eu conversei e entrevistei o deputado George Soares também no fim de semana (veja AQUI),quando ele reproduziu a posição do seu irmão.

O tempo urge e ruge, pois o grupo governista precisa dar um freio de arrumação, montando uma chapa sem Gustavo e que seja competitiva, capaz de manter o sistema político com a municipalidade.

Muda tudo ou muda quase tudo.

Praticamente zera a disputa e coloca mais um ingrediente na sucessão municipal, pois o candidato a ser escolhido precisará não apenas ter amplo respaldo do governismo, mas também revelar capacidade de luta e poder de somar e unir o sistema.

Tudo isso ainda, em meio à pandemia da Covid-19.

Como me disse o deputado George, em 15 dias, na verdade menos de duas semanas agora, eles pretendem apresentar chapa pronta.

A oposição não poderia ter uma ajudinha melhor, mas mesmo assim, ela, a oposição, terá que mostrar competência para ser alternativa ao governismo.

Sem Gustavo Soares como adversário, a tarefa parece menos difícil. Só parece.

O desafio continua enorme.

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Categoria(s): Política
  • Repet
segunda-feira - 06/07/2020 - 08:50h
Crônica

Paulo Macêdo

Por François Silvestre

Noite de velório sem companhia. Apenas na madrugada uma olhada rápida do sétimo para o corredor do oitavo, de onde nos cumprimentávamos quase todos os dias, com acenos largos.

Paulo faleceu ontem (Fotomontagem: Território Livre)

Não tive convivência com ele nos seus tempos de prestígio e de bajulações. Isso mesmo mesmo, ele não era apenas respeitado. Era bajulado. E nessa condição, o ostracismo fere o peito e produz amargura. Mas Paulo Macedo conseguia disfarçar, com seu jeito suave abastecia-se de um passado onde bailavam fatos e fantasias.

Nos últimos dez ou onze anos não fomos apenas amigos. Vizinhos de flats e convivência de irmãos.

Certa vez, um morador aqui do Ayambra, também muito conhecido em Natal, me indagou: “Você tem paciência com essas histórias de Paulo Macedo”? Respondi: “Paciência, não. Tenho prazer”.

Ele me contava sua vida, a vida do Diário de Natal e a geografia humana daquele jornal onde sua Coluna fazia a crônica diária da “vida em sociedade”, como se dizia antigamente.

E coisas deliciosas, como encontrar Marlene Dietrich num restaurante de Nova York ou cumprimentar Sophia Loren na saída de uma loja de chapéus, em Paris.

Tinha um programa numa televisão, até pouco tempo, e vivia me enchendo o saco para que eu fosse entrevistado. E eu enrolando desculpas. Ou então, me cobrando candidatura para a Academia de Letras, da qual ele era o vice-presidente. Respondia: “Paulinho, essa história de Academia é adolescência da idade intelectual”. Ele dava risada.

“Eu tenho condecorações de todas as Armas, Exército, Marinha e Aeronáutica. E títulos de cidadania de mais de cento e trinta municípios”. Me disse, certa vez. Eu respondi: “Paulinho, isso é uma mancha no seu currículo”. Ele curvou-se, rindo, que quase bate com a cabeça nos joelhos. Levantou a cabeça ainda rindo e disse: “Você num tem jeito, não”.

Ultimamente ele andava promovendo umas festas, nos fins de ano, chamadas “noite das celebridades”. Parece que era esse o nome. Aí, todo ano vinha me convidar pra ser homenageado. Como eu sabia que a regra da festa não aceitava colaboração do homenageado, eu me antecipava e fazia um cheque de colaborador. Ele recebia, fazia uma careta e dizia: “Ano que vem a gente conversa”. E assim eu me livrava da honraria.

Durante minha participação no Novo Jornal, ele era leitor cativo da minha coluna. Às vezes eu chegava de Martins e ele me atalhava pra comentar o último texto. E arrematava, “Eu quero ir a Martins. Sabia que sou cidadão de lá”? Dizia e não esperava a resposta, saindo rápido e rindo.

Noite de solidão e tristeza. Não o verei no corredor de cima, quando sair para caminhar. Nem na conveniência de Dona Sônia. Antes dele, habitantes daqui, já partiram Jansen Leiros e Fred Teixeira. Fazer o quê? Tecer saudade.

Leia também: Morre em Natal o jornalista Paulo Macêdo.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 05/07/2020 - 23:58h

Pensando bem…

“Pássaros criados em gaiola acreditam que voar é uma doença”.

Alejandro Jodorowsky

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Categoria(s): Pensando bem...
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 05/07/2020 - 19:34h
Mossoró

Passado e presente em duas fotos

O advogado Glauber Soares viu postagem que fizemos de uma foto há alguns dias, em nosso Instagram, com enquadramento aéreo, em preto e branco, e resolveu fazer ângulo parecido, usando um drone.Eis o resultado, no confronto de dois momentos separados no tempo por mais de 60 anos, de uma parte do centro de Mossoró. Na foto mais antiga, vale ser observado que ainda não tinha ocorrido a construção da segunda ponte, vendo-se apenas a ponte Jerônimo Rosado, edificada em 1942, na gestão de Luis Ferreira da Cunha da Mota, o “Padre Mota”.

A foto mais abaixo foi produzida por volta de 11 horas deste domingo (5), também mostrando a Praça Rodolfo Fernandes, Rua Alfredo Fernandes, um trecho da Rua Coronel Vicente Saboia, o rio Mossoró com suas duas pontes e a barragem central, além de outros aspectos urbanos centrais.* INSCREVA-SE em nosso canal no Youtube (AQUI) para avançarmos projeto jornalístico.

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Categoria(s): Gerais
domingo - 05/07/2020 - 17:50h
Natal

Morre em Natal o jornalista Paulo Macedo

Paulo: decano (Foto: TN)

Faleceu o jornalista Paulo Macedo, 88, um dos últimos nomes da velha guarda do colunismo social do RN.

Estava internado no Hospital Memorial, depois de uma queda.

Mas foi a Covid-19 que o pegou.

Descanse em paz.

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Categoria(s): Comunicação
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 05/07/2020 - 13:08h

Empresas petrolíferas reacendem aposta na Bacia Potiguar

Por Josivan Barbosa

A 3R Petroleum assumiu a exploração do campo de Macau que produz cerca de 4000 barris/dia de óleo.  A empresa inicia os trabalhos de exploração numa nova realidade de mercado do preço do petróleo. Quando os campos maduros foram negociados o preço do barril situava-se na faixa de U$ 60 dólares.

Campos maduros têm boas perspectivas de exploração com empresas privadas atuando (Foto: arquivo)

Com a pandemia e a consequente deterioração da demanda o preço caiu a U$ 20 dólares e agora recuperou para U$ 40 dólares.

Inicialmente a empresa teria a intenção de iniciar a exploração somente a partir de 2021, mas a recuperação do preço do barril pode ser um fator que vai pesar na antecipação do processo de exploração.

Campus maduros II

Quem também deve seguir o mesmo caminho da  3R Petroleum é a PetroRecôncavo que adquiriu em 2019 o polo de Riacho da Forquilha. A empresa está iniciando a reativação de sondas e a expectativa é que trabalhe com 70 a 80% do que havia programado inicialmente. Leia também: Polo elevou em 30% produção de petróleo na pandemia.

A  PetroRecôncavo adquiriu o polo de Riacho da Forquilha por U$ 384 milhões e pretende investir cerca de U$ 150 milhões em cinco anos, área conhecida como Bacia Potiguar.

Campos maduros III

Outra empresa que está chegando ao RN ´(região de Macau) é a Pecom, empresa 100% controlada pelo tradicional grupo argentino Perez Companc  que fornece bens e serviços para o setor energético. Ela foi terceirizada pela 3R Petroleum para explorar os campos maduros da região de Macau. A empresa pretende expandir ainda mais a carteira de bens e serviços oferecidos. Além do fornecimento de bombas e de serviços de operação e manutenção, a Pecom vê potencial para desenvolver, no país, negócios como o de químicos para estimulação de poços e engenharia e construção de infraestrutura (como unidades de tratamento e dutos).

Plano safra

As linhas de crédito do Plano Safra 2020/21 que começaram a operar a partir do dia 01 de julho são relativamente salgados quando comparados com a taxa Selic que está em 2,25%.  Os juros do crédito rural foram reduzidos de 4,6% para 4,0% ao ano nas linhas de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), baixando de 6,0% para 5,0% no crédito para médios produtores, contemplados pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (PRONAMP), e de 8,0% para 6,0% no caso dos grandes produtores, que tiveram a maior baixa em termos relativos.

A agricultura familiar terá perto de R$ 33,0 bilhões para financiar a safra, o que significou avanço de 5,7%. Os médios poderão contratar R$ 33,12 bilhões, em torno de 25% a mais na comparação com o ciclo 2019/20.

Energia solar

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC) poderia se antecipar e negociar com a Servtec as condições e incentivos diferenciados para concentrar no RN os seus novos investimentos em energia solar. A Servtec Energia aumentou a aposta no segmento de geração distribuída e investirá R$ 210 milhões na construção de 22 usinas de geração solar, que somam 54 megawatts-pico (MWp) de capacidade.

As novas usinas serão construídas em 10 estados brasileiros, e atenderão a contratos de longo prazo com empresas de telecomunicações, varejo, bebidas e postos de combustíveis. A expectativa é de que todas estejam prontas no fim deste ano.

Seguro-desemprego

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT) estuda a possibilidade de estender por mais dois meses as parcelas do seguro-desemprego para os trabalhadores demitidos durante o período da calamidade decretado em virtude da pandemia de covid-19. Para ser implementada, a proposta dos trabalhadores depende da aprovação do Codefat, que tem representantes do governo e dos empregados. A próxima reunião do conselho está marcada para meados de julho.

Auxílio emergencial

O auxílio emergencial pago pelo governo federal à população mais vulnerável ajudou a amenizar a perda de arrecadação esperada para junho com a pandemia, segundo alguns governos estaduais do Nordeste, como Alagoas e Maranhão.

Dados das notas fiscais eletrônicas emitidas em maio, relativas às operações que geram a arrecadação de junho, mostram que o comércio varejista como um todo vendeu menos, com queda de 7,2% em relação a igual mês do ano passado.  Em alguns setores, porém, houve alta significativa. No de supermercados, o avanço foi de 31,4%; no de medicamentos, de 20,9%; e no de material de construção, 11,7%.

Auxílio emergencial II

O peso da Renda Básica Emergencial (RBE) na economia do Rio Grande do Norte deve ajudar o Estado a sair da recessão mais rapidamente. No RN a injeção de recursos corresponderá a 3,2% do PIB estadual. Com a prorrogação do benefício por mais dois meses, o montante destinado ao Nordeste pode chegar a R$ 50 bilhões, o que representa 6,3% do PIB da região.

No Brasil, a injeção de recursos responde ao equivalente a 2,5% do PIB – as três primeiras parcelas somaram 1,5% do PIB.

Renda Brasil

Este deve ser o novo nome do auxílio permanente para as famílias vulneráveis sócio-economicamente. A meta é que o novo programa tenha condições de operar assim que terminarem as duas parcelas adicionais do auxílio emergencial, de forma que haja continuidade.

O Governo trabalha com a perspectiva de um valor na faixa de R$ 300,00. A substituição do auxílio emergencial de R$ 600 por um benefício permanente encontra respaldo em setores do Congresso Nacional. Deputados e senadores querem que o pagamento seja mantido a todos os beneficiários.

Fundeb

Os parlamentares devem usar esses meses extras em função do adiamento das eleições municipais para resolver pendências, como a proposta que trata da continuidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). Na Câmara, a previsão é votar a matéria em até 15 dias. A razão é que a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil tem prazo para acabar.

Pela legislação em vigor, o Fundeb se extingue no dia 31 de dezembro próximo.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido

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Categoria(s): Artigo
domingo - 05/07/2020 - 12:38h

A cidade que precisamos passa pela Agenda 2030

Por Zildenice Guedes

No artigo anterior (veja AQUI) comprometi-me a trazer experiências de implementação da Agenda 2030. Para tanto, é necessário fazermos referência a uma importante Conferência que desde 1976 busca nortear o desenvolvimento urbano. Trata-se da Habitat (está na III), que é parte de um Ciclo de Conferências Mundiais das Organizações das Nações Unidas (ONU).

O fio condutor das conferências que se realizam a cada 20 anos é a explosão demográfica e urbanização intensificadas no século XX, e todos os problemas daí advindos.

É fato que essas conferências se constituíram um avanço do ponto de vista da compreensão da cidade enquanto espaço onde efetivamente as pessoas vivem. É o lugar do esforço e do trabalho, realização dos direitos e busca pelo acesso a melhores oportunidades.

Como resultados diretos no Brasil dessas conferencias, após a Habitat II realizada em Istambul em 1996, houve a aprovação do Estatuto das Cidades (2001), criação do Ministério das Cidades (2003) e, em seguida, dos Conselhos das Cidades (2004).

Em Mossoró, desprezo, fome, falta do básico como saúde e moradia, marcam milhares de pessoas (Foto: Diário Político)

No Brasil, são 160,9 milhões de pessoas morando nas cidades. Por sua vez, as cidades e o seu entorno, são os territórios para se pensar o desenvolvimento nacional e exigem a urbanidade básica, como infraestrutura de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, sistema viário completo com calçadas, sinalização, acesso à moradia adequada e muitos outros serviços básicos (IPEA, 2016).

A Nova Agenda Urbana proposta pela Conferência Habitat III tem como premissa norteadora o direito à cidade. Esse direito passa pela universalização de serviços, bens e equipamentos básicos.

No que diz respeito a implementação da Agenda 2030, ao analisarmos os indicadores dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, evidenciamos que há uma discrepância entre as cidades no Brasil. Por exemplo, analisemos o Objetivo I Erradicação da Pobreza.

MOSSORÓ NA MISÉRIA
Em Mossoró, segundo os dados de 2010, 13,95% da população vive com renda inferior a R$ 140,00, o que representa 35.816 pessoas nessa condição de pobreza. Abaixo da linha de indigência, temos um percentual de 4,86% de pessoas que vivem com renda inferior a R$ 70,00 por mês. E os dados de proteção social? No município de Mossoró, em 2004 haviam 9.433 famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família, em 2018 esse número saltou para 18.646.

Número que cresceu também em outros estados, como por exemplo, em Petrolina-PE que contava em 2004 com 11.513 famílias e passou para 29.524 famílias. E se olharmos para os indicadores de cidades referência em Índice de Humano no Brasil, como por exemplo, a cidade de Curitiba que ocupa o 10º lugar. Para o ODS 1, segundo os dados de 2010, a cidade conta com 97,74% da população vivendo acima da linha de pobreza, 1,27% da população vivendo entre a linha de pobreza e indigência e 0,99% vivendo abaixo da linha de indigência  (PORTAL ODS).

Os dados nos mostram que temos sérios desafios para efetividade de uma Nova Agenda Urbana pautada pela sustentabilidade. Mas, nos mostra também que é possível e necessária uma gestão pública que atenda aos reais anseios da população, sobretudo, em nível local.

Temos bons exemplos a ser seguidos. Petrolina-PE, por exemplo, foi considerada em 2020 a melhor cidade do Nordeste em rancking de gestão pública. Para ser reconhecida, são analisados os indicadores de educação, saúde, segurança, saneamento e sustentabilidade, atenção em saúde básica, matrículas nas creches e escolas, coleta de lixo, taxa de homicídio, mortalidade no trânsito.

Já a cidade de Curitiba é mundialmente reconhecida como “cidade verde” e uma das cidades mais sustentáveis, sendo referência ao lado de modelos como Oslo, Amsterdã, Copenhagen, Vancouver, Portlander, Madri. Está entre as 10 mais sustentáveis do mundo, possui a melhor qualidade do ar do país, segundo dados da OMS e conta ainda com transporte público reconhecido internacionalmente.

TEMOS TAMBÉM boas experiências que foram reconhecidas no ano de 2019 no Festival de ODS que destacou casos de sucesso na implementação da Agenda 2030. Duas cidades localizadas no Estado de São Paulo. A cidade de Piracicaba é uma referência e conta com 100% de coleta e tratamento de esgoto, sendo reconhecida como o melhor saneamento do Brasil, e a cidade de Francisco Morato que é reconhecida por atenção básica à saúde, ambos no município de São Paulo (FOLHA DE SÃO PAULO, 2019).

Na cidade de Piracicaba, todos os 400 mil habitantes contam com saneamento básico, fruto do compromisso dos gestores públicos com o saneamento além de considerar como importante o investimento que é fundamental. É importante ressaltar que essa prática está ligada diretamente ao Objetivo 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis e o 6 Água Potável e Saneamento.

O município de Francisco Morato adotou como prioridade sete dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, entre eles, erradicação da pobreza, boa saúde e bem-estar e emprego digno e crescimento econômico. O município conta com o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) na cidade que atende a famílias em situação de vulnerabilidade social. Além de terem destinado 6% do orçamento (transformado em lei) destinado para garantir a proteção dessas famílias.

E como tornar a implementação da Agenda 2030 possível a nível local? Segundo o IPEA (2016, p. 24):

Para transformar essa realidade, são necessários investimentos financeiros; uma sociedade civil organizada e mobilizada em prol de cidades mais justas e inclusivas; compromissos políticos dos governos nacional, estaduais e municipais; maior democratização e acesso ao Judiciário; e maior capacidade e qualidade dos gestores públicos e dos organismos governamentais.

É sempre o poder do coletivo que vai nos impelir para uma real e significativa mudança. Muitas práticas podem ser implementadas a nível local por parte do setor público e privado para cimentar a mudança que precisamos. O direito à cidade não é utopia, parte do concreto da nossa vida, é o nosso lugar de reprodução social, de onde tecemos nossa vida, nossa existência e também nossas essências.

Zildenice Guedes é professora-doutora em Ciências Sociais pela UFRN

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domingo - 05/07/2020 - 11:20h

O silêncio, oportuno, do capitão

Por Odemirton Filho

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o tom do seu discurso. Há dias que vem mantendo um clima político ameno, sem a corriqueira beligerância que caracteriza o seu mandato.

O ex-capitão do Exército, Jair Bolsonaro, resolve administrar a própria língua (Foto: G1)

Não sabemos o motivo do silêncio e da mudança de comportamento do presidente. Será que é o receio de uma possível delação do Fabrício Queiroz? Das ações eleitorais que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que podem cassar o seu mandato? Dos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF)?

Apenas um recuo político estratégico? Ou, finalmente, entendeu que em uma democracia não se governa sem diálogo?

Enfim, algo aconteceu que fez Bolsonaro mudar de postura, pelo menos, até o momento em que escrevo este artigo.

Ademais, não podemos esquecer que o presidente precisou buscar apoio junto aos partidos políticos do “Centrão”. Sem uma base política no Congresso Nacional seria difícil se manter no Poder e fazer as reformas que pretende. Bolsonaro, com a experiência parlamentar que possui, sabe muito bem disso. Sem esquecer, é claro, que há sempre um eventual processo de impeachment à espreita.

Seja qual for o motivo, o presidente arrefeceu os ânimos e, diga-se, no momento oportuno. Sabe que terá que enfrentar uma grave crise social e econômica, agudizada pela pandemia do coronavírus. Será preciso mais do que a retórica neoliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, para colocar o Brasil nos eixos.

O Estado brasileiro, dizem alguns economistas, precisa ser o indutor da retomada do crescimento econômico. O problema é que a capacidade de investimento do país já era ruim, pós-pandemia, será pior. Como manter as empresas funcionando e preservar milhões de empregos?

A PANDEMIA do coronavírus atingiu, de forma pesada, a economia. O setor público apresentou déficit primário de R$ 131,438 bilhões em maio, conforme divulgou o Banco Central. Além disso, estima-se que o rombo nas contas públicas poderá chegar a R$ 828 bilhões em 2020 e a dívida pública até 100% do Produto Interno Bruto (PIB) no pós-crise.

Para se ter uma ideia, conversando com o gerente de um restaurante da cidade, esse me disse que o serviço de “delivery” não chega a 30% do faturamento que tinha antes da pandemia. Ou seja, é insuficiente para pagar as despesas do estabelecimento e manutenção de todos os empregos. Realidade, aliás, que deve ser a de milhares de bares e restaurantes Brasil afora.

Assim, não é com o dedo em riste e em uma eterna disputa político-eleitoral, que o presidente conseguirá colocar a casa em ordem. De igual modo, a oposição precisa fazer a sua “mea-culpa”. Se é certo que é preciso cobrar ações e fiscalizar o governo, é imprescindível que se apresente de forma propositiva e se disponha a ajudar o Brasil a enfrentar a crise. Mesmo porque, nessa luta entre situação e oposição, sabemos quem sempre perde.

Acrescente-se, por relevante, que mais de sessenta mil brasileiros já perderam a vida e não se sabe quantos ainda morrerão. Desse modo, é preciso uma ação coordenada entre todas as esferas governamentais e a sociedade. Compatibilizar a retomada da atividade econômica e preservar a vida e a saúde das pessoas é o principal desafio de governadores e prefeitos.

Portanto, o diálogo institucional e republicano deve ser a tônica em uma democracia. Esperemos que o presidente possa continuar mantendo essa postura, falando menos e governando mais, buscando harmonia (sem fisiologismo) entre os Poderes da República, a fim de tentar resolver os nossos inúmeros problemas.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 05/07/2020 - 10:32h
Riacho da Forquilha-RN

Polo elevou em 30% produção de petróleo na pandemia

Por Ancelmo Góis (O Globo) e Blog Carlos Santos

A PetroRecôncavo comprou da Petrobras os campos incluídos no Polo Riacho da Forquilha, no Rio Grande do Norte, em dezembro passado. Produziam, à época, 5.800 barris por dia.Quinta passada, bateu recorde de produção, com 30% a mais do gerado no fim de 2019.

Em seis meses, mesmo com o coronavírus, deu para mostrar que o olho do dono engorda o boi.

Nota do Blog Carlos Santos – Os denominados campos maduros desse setor estão em produção há mais de 40 anos, com ampla dispersão geográfica.

Estão localizados a cerca de 40 km ao sul da cidade de Mossoró-RN. Foram reunidos em um único pacote denominado Polo Riacho da Forquilha, quando houve venda por parte da Petrobras em 2019.

Em relação à nota de Ancelmo Góis, a empresa em atuação é a Potiguar E&P – uma subsidiária da Petroreconcavo S.A. Ficou em segundo lugar no leilão em 2018. A empresa compradora apresentou a segunda melhor oferta do processo competitivo e foi selecionada após a desclassificação da 3R Petroleum.

O valor total da transação à época foi de US$ 384,2 milhões – ou R$ 1,5 bilhão.

SAIBA MAIS

Leia também: Empresa vencedora de leilão não vai mais explorar campos maduros;

Leia também: Empresa que explorará campos maduros terá endereço em Mossoró;

Leia também: ANP autoriza cessão de campos maduros à Potiguar E&P.

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domingo - 05/07/2020 - 09:10h

A estranha Pereiro

Por Honório de Medeiros

No pequeno cemitério localizado no centro da cidade – o antigo – de Pereiro, cidade duas vezes secular que se estende ao comprido e preguiçosamente entre serras, passeei entre os túmulos, as árvores e as flores com sua guardiã, Dona Maria, procurando o jazigo perpétuo de Décio Hollanda, aquele mesmo que quis tomar Apodi, no Rio Grande do Norte, pelas armas, através da valentia de Massilon, no final dos anos 20 do século passado.

Ela apontou os túmulos dos Hollanda: “são três; aqueles dois lá e este aqui, mas eu não sei quem é essa pessoa que o senhor está procurando”.

Voltamos para a entrada naquele caminhar desconexo de quem anda nos cemitérios antigos de cidades pequenas, tomando cuidado para não pisar em algum montículo inesperado que guardasse os restos mortais de alguém.

Eu lhe elogio a limpeza, a arborização, as flores do cemitério. “Obrigada”, diz. “Já faz vinte e cinco anos que estou aqui. Antes de mim era uma senhora com quem aprendi tudo e que também passou vinte e cinco anos.”

“É muito tempo”, falo quase que para mim mesmo. “Para eles, não”, responde, fazendo um arco amplo com o braço e envolvendo toda a área do cemitério.

Casa Grande dos Diógenes em Pereiro-CE, um endereço representativo no início do século passado (Foto: Honório de Medeiros)

Dona Maria é baixinha, moreno-clara, entroncada. Sexagenária, eu diria. Muito limpa e bem arrumada, nela não há sinal de desmazelo. Os cabelos não guardam qualquer fio branco. Seria pintura? Não, observo de perto. Filhos, netos, todos foram criados através do seu labor contínuo e obscuro entres velas, flores frescas ou murchas e os túmulos de seus conterrâneos.

“Qual o fato mais estranho que a senhora presenciou neste cemitério?” Ela para. Não hesita ao responder. Talvez a mesma história já tenha sido contada muitas vezes.

“Uma viúva” – começa, esboçando um olhar distante, “que chega sempre toda de preto para rezar naquele túmulo muito antigo encostado à parede. Ninguém sabe de quem ele é. O tempo já apagou, há muito, suas inscrições. Não temos qualquer documento a respeito. Eu mesma já pesquisei. Ela somente aparece quando não tem ninguém, além de mim, no cemitério. Passa por mim, eu dou bom dia ou boa tarde, respondido com um aceno de cabeça que intimida a gente, vai até o túmulo e reza em pé mesmo. Aí sempre acontece alguma coisa que me distrai e quando olho novamente ela já não está presente.”

“Alguém mais a viu?”

“Não, somente eu.”

Chegamos à entrada. “Espere”, diz. Desaparece por trás de algumas árvores e volta logo depois com uma flor branca entre os dedos. “Tome, é para o senhor”. “Ah, um bogari (jasminumsambac)!” “O senhor conhece?” “Era a flor predileta de minha mãe”.

Eu agradeço, tocado. Ela nota a minha emoção. Vou me afastando, a flor próxima ao nariz, linda, pura, perfumada. Depois, no mesmo dia, eu a ofereci à Castelã da Casa-Grande da Fazenda Trigueiro, onde Frei Damião procedeu ao ritual exorcista próprio para afastar almas penadas, mas isso é outra história…

DO FINAL DO SÉCULO XVIII, e construída com areia trazida a pé, pelos escravos, do leito do rio Jaguaribe, a cem quilômetros de distância, a Casa Grande da Fazenda Trigueiro, postada próxima à margem da estrada entre São Miguel, Rio Grande do Norte, e Pereiro, Ceará, impressiona quem a vê desde a distância. “São trinta e oito compartimentos”, disse Zé Denis, filho mais velho de Dona Deocides, a viúva Castelã. “Todos imensos”, penso eu, ao ser levado a cada um deles. “Imensos na largura e na altura”.

Pedi à cozinheira para ficar próximo à janela da cozinha. Uma vez fotografada, daria uma noção do tamanho da janela – bem maior que a cozinheira, que deve ter um pouco mais que um metro e meio. Quase o dobro. Excetuando a cozinha, todos os outros compartimentos do térreo não têm janelas para fora e se comunicam com os vãos centrais.

Se houvesse um ataque – índios, antes, cangaceiros, depois – a única porta que permite o acesso ao interior da casa seria fechada, todos subiriam para o andar superior – no qual ficam as janelas – e a defesa estaria garantida. “A porta funciona como uma ponte levadiça de castelos medievais”, eu digo, observando a chave imensa que a fecha, trazida da Suíça na época da construção.

As paredes têm quase um metro de largura. Ocultam segredos ancestrais, como ossos humanos, restos mortais de pessoas emparedadas sabe-se lá quando nem porque, semelhantes aos encontrados certa vez, quando se tentou estabelecer uma comunicação entre dois compartimentos.

“Naquela época”, disse-nos Zé Denis, que já foi vereador em Pereiro, mas hoje se dedica a tomar conta da propriedade e da mãe, “como não havia ‘Campo Santo’ (cemitério), as pessoas mais importantes eram sepultadas assim, acho que seguindo o exemplo das igrejas.”.

Cada detalhe chama a atenção: são biqueiras para escorrer a água da chuva, de cobre, reproduzindo a boca de um tubarão, também vindas da Suíça; os arabescos da cumeeira da Casa que, nos cantos, lembram um “s” deitado, mas, na realidade, é uma letra grega; a “sapata” – base na qual se assenta todo o imóvel -, que na parte anterior, dando para uma área enorme, como se fosse uma praça de chão batido, em torno da qual todas as construções são postadas, deve ter quase dois metros de altura. E o sótão, um andar inteiro, onde os escravos aguardavam, noite afora, o momento de sua morte, não por outro motivo denominado “quarto dos suplícios” …

“Noite de chuva, as tábuas rangendo, o barulho do vento, que tal Zé Denis?”, pergunto. Ele fica sério. “Está vendo aquela casa ali do lado?” “Claro”, digo. “Na década de oitenta fomos morar nela. Ficou insuportável viver aqui. Batiam as portas, rangiam as tábuas, as luzes apagavam inexplicavelmente, ouvíamos lamentos, arrastar de passos, desapareciam as coisas.”

“Frei Damião esteve em São Miguel para uma de suas Missões e conseguimos falar com ele que veio aqui e realizou um exorcismo. Só assim pudemos voltar.”

Pereiro, no sertão cearense (Foto: Honório de Medeiros)

“Tinha que ser em Pereiro”, pensei ao me lembrar do episódio do cemitério, relatado acima. “Ficou tudo resolvido?”, pergunto. “Melhorou muito, mas ainda ontem, por duas ou três vezes, na hora do almoço, alguém bateu palmas e me chamou pelo nome, insistentemente. Quando eu saía para o pátio, era o canto mais limpo.”

Dona Deocides nos mostra o local da sala onde estão as fotografias da família. Uma me chama imediatamente a atenção. Em sépia, os contornos de Dona Carolina Fernandes, viúva de Manoel Diógenes, o português construtor da Casa Grande da “Fazenda Trigueiro”. Uma Fernandes, assim como os da Casa Grande da Fazenda São João, em Marcelino Vieira; e os da Casa Grande da Fazenda “Sabe Muito”, em Caraúbas, as três maiores do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, salvo engano.

Todos ligados por laços de parentesco com Matias Fernandes Ribeiro, o genro do fundador de Martins, Francisco Martins Roriz, e de sua esposa Micaela, tronco ancestral da família Fernandes do Rio Grande do Norte, que se espraiou pelo Alto Oeste, em um sentido, Mossoró, depois Natal, em outro.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica
domingo - 05/07/2020 - 07:46h

Vínculo e apego na infância

Por Roncalli Guimarães

Na sala de espera de um pronto-socorro pediátrico, aguardando atendimento com meu filho observei uma cena curiosa: uma mulher caminhando pela recepção tentando acalentar uma criança em seus braços, usava seu carinho protetor para tentar conter o choro ensurdecedor, que é o choro de uma criança aflita e assustada.

Enquanto isso, sentada na cadeira da recepção, uma outra mulher, elegante, bem vestida e demonstrando preocupação, mantinha um contato a distância com os dois. Para minha surpresa, a recepcionista chamou a criança e mãe para entrarem no consultório do pediatra e a mãe da criança era justamente a senhora elegante e bem vestida que estava sentada, não a que acalentava a criança em seus braços.

Essa cena ficou marcada na minha memória. Tempos depois ao tentar entender a teoria do apego evoquei a lembrança da recepção do hospital pediátrico.

John Bowlby, psicanalista britânico, pesquisou o apego entre mãe e filho e chegou a resultados surpreendentes. Seu trabalho tem sido continuado e ampliado por outros pesquisadores.

O apego da criança com seu principal cuidador nos primeiros 24 meses de vida e, que na maioria das vezes, é a mãe que promove essa interação saudável, pode ser definidora da futura personalidade do indivíduo. O apego infantil pode ser definido como uma força emotiva que liga a criança com seu cuidador, alguém de quem depende para sua sobrevivência.

MUITA GENTE já ouviu falar em crianças com certa idade  que “estranham” outras pessoas quando é colocada nos braços e por algum momento se ausentam das suas mães. Isso é reflexo do apego.

A criança se afasta da pessoa que traz segurança e foi exatamente esse comportamento infantil que Bowlby observou em suas pesquisas. E explicou a gênese da ansiedade que ele chamava ansiedade de separação, quando havia quebra dos vínculos mãe-filho.

Vivemos em uma sociedade “acelerada”, que cobra resultados e exige esforço para se manter competitivo e isso incluem mulheres, mães que têm que trabalhar, estudar e ainda assim ser mãe. Por força dessa sociedade opressora, nesse aspecto, “terceiriza” cuidados para poder dar conta de uma rotina exaustiva.

As pesquisas mostraram que ausência da pessoa protetora no início causava ansiedade e medo da perda. À medida que a ausência demorava, a criança ia substituindo a expectativa por frustração e revolta, devido a sensação de abandono.

Adiante, tendem a ser adultos com personalidades frágeis, ansiedade e delinquência. Até inteligência limítrofe foi observada em consequência do desapego.

O que foi descrito não quer dizer que é errado babas, avós e outras pessoas participarem da educação e construção de comportamento saudáveis. Na verdade, essa interação é necessária, porém a criança precisa reconhecer o cuidador que instintivamente ela escolhe para se sentir segura.

As crianças são monotrópicas, mas entendem muito bem afeto e é exatamente a qualidade desse afeto que importa no período crítico da formação do apego. Elas  são completamente receptivas ao carinho, principalmente quando choram por fome, dor ou por qualquer  outra sensação desagradável e sentem amparo – formando assim sua “base segura”.

Com essa base segura podem explorar o mundo cheio de novidades que as cercam, sem ansiedade, às vezes carregando um “paninho” ou ursinho que eles personificam como substitutos dos seus cuidadores na hora que buscam essa exploração do ambiente .

A mulher elegante, sentada na recepção do hospital pediátrico, que observava preocupadamente a babá acalentar seu filho, poderia ter tido no passado uma privação na fase da formação do apego. Tinha-lhe faltado uma base segura quando chorava por algo novo e assustador, e necessitava apenas de um colo quente e carinhoso para crescer um adulto seguro, capaz de transferir e corresponder às suas emoções diante do inesperado e desafiador futuro.

Roncalli Guimarães é psiquiatra

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 05/07/2020 - 06:28h
Especial

Serra de João do Vale, um destino a ser descoberto no RN

Série do jornalista Tárcio Araújo revela lugar que espera mão benéfica, do homem, para ser mais feliz

Por Tárcio Araújo (Para o Blog Carlos Santos)

Imagine um lugar onde os seus moradores ainda conservam costumes sociais como sentar todas as tardes e noites no alpendre para prosear; contar histórias, onde a carne de sol é batida no pilão e o almoço preparado na panela de barro em fogo à lenha.

Ecoturismo, contato direto com vegetação preservada e imagens idílicas, revelam potencial da serra (Foto: Francinildo Silva)

Um lugar de religiosidade forte, onde se reza as novenas, tradição que lembra os tempos dos nossos avós e antepassados até mais longínquos.  Um lugar onde a natureza ainda dar o tom de verde com árvores nativas que já não vimos mais no sertão catingueiro; onde o canto dos pássaros é a sinfonia que ecoa pelo a brisa úmida das manhãs, com temperaturas que chegam até 14° em alguns meses do ano.

Um lugar onde as pessoas vivem muito tempo; alguns com mais de cem anos. O segredo de tanta longevidade talvez seja o leite e o queijo feitos lá mesmo. Talvez seja a fava sem amargo que brota dos terrenos arenosos, ou quem sabe o clima temperado que predomina durante o ano. E talvez seja o conjunto de todas estas coisas juntas, onde o tempo parece passar em marcha lenta.

Esse é o cenário da Serra de João do Vale, a cerca de 730m de altitude, estendida por 277km² entre os municípios de Jucurutu, Campo Grande e Triunfo Potiguar no Rio Grande do Norte e Belém do Brejo do Cruz na Paraíba. Fica a 130 quilômetros de Mossoró e 275 de Natal.

Até hoje sem pavimentação ou asfalto que leve os visitantes até o seu platô, o acesso é feito por estrada carroçável, tanto por Jucurutu quanto por Triunfo potiguar. Em tempos de chuva, esse acesso fica ainda mais difícil, recomendado apenas para veículos 4×4.

A REGIÃO tem sido explorada pelos amantes de todo terreno, o off-road (veja AQUI, AQUI e AQUI). Muitos se aventuram em eventos já reconhecidos e existem aqueles que fazem sua própria rota ou enveredam pela “Trilha do Pacifico”, considerada a mais íngreme e acidenta do Rio Grande do Norte.

Jipieiro desafia a Trilha do Pacífico na Serra de João do Vale (Foto: arquivo/2019)

É somente o barulho dos motores em dias de aventura, que quebra o silencio da localidade.  A dificuldade de acesso talvez tenha sido o fator primordial para a preservação dos costumes e da natureza em seu entorno. Um ponto positivo!

Seus primeiros moradores foram os índios Pegas que a denominavam de “Pepetama”. Os Tapuias (Janduís) a conheciam por “Pookiciabo” (informações do livro “Os índios Tapuias do RN”, de Valdeci dos Santos Júnior)..

Depois os holandeses penetraram seus sertões quando da ocupação batava no território potiguar entre 1630 a 1654. Até hoje há vestígios da passagem holandesa.

A partir do domínio português, após a “Guerra dos Bárbaros”, em 1713 a serra ganhou a alcunha de Cepilhada e em 1761 é adquirida em leilão pelo Capitão-Mor João do Vale Bezerra. Seu dono virou topônimo preservado até hoje.

Mortes e abandono

De lá pra cá, a serra teve uma ocupação lenta e foi sempre ignorada pelas autoridades públicas. No final do século XIX, por muito pouco um movimento messiânico liderado pelo religioso Joaquim Ramalho não ganhou contornos de uma versão potiguar do que foi Canudos na Bahia. Esse fato foi registrado pelo escritor Câmara Cascudo.

No século XX, o algodão foi a primeira grande cultura agrária do povoamento. Depois vieram o caju e a fava como fontes de produção e sustento de sua população nativa.

Antonio Francisco da Silva ( sêo Virô) 92, um dos moradores mais antigos. aprendeu a ler e escrever com o Mobral. Sua vó participou do movimento messianico do beato joaquim Ramalho em 1899. (Foto: Francinildo Silva)

Isolados durante séculos, sem acesso e sem estradas, os moradores padeceram de assistência. O lugar é marcado por um passado de mortandade de crianças e de mulheres grávidas que sem atendimento agonizavam até a morte, no parto.  Lembranças tristes que permeiam até hoje a memória da comunidade; histórias passadas pela cultura oral de pai para filho, de pai para filho…

No final da década de 70 do século XX, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi o divisor de águas à sua gente. Visto como um programa educacional federal fracassado, no propósito de tirar milhões de adultos do analfabetismo, ao ser extinto em 1985 deixou alguns legados na serra. Muitos aprenderam além do beabá, moradias ganharam melhorias estruturais e sanitárias.

Foi também por meio dessa iniciativa, que foi construída a primeira estrada da comunidade, por volta de 1980. Ligava-a ao que é hoje o município de Triunfo Potiguar.

Atualmente, quase 2.000 mil pessoas moram no alto da serra, distribuídas por 05 comunidades chamadas de “Chãs”. As condições de hoje são melhores do que no passado, com energia elétrica, unidades de saúde e escola para as crianças. No entanto o abastecimento d’água ainda é precário.

Pavimentação

Um outro gargalo é a falta de pavimentação dos 19 km até Jucurutu. É um um pleito da comunidade que já perdura há mais de quatro décadas. Seu custo é estimado em cerca de R$ 25 milhões. Noutra frente, há um acesso por Triunfo Potiguar com cerca de 17 quilômetros, com cerca de um terço tendo pavimentação deteriorada a paralelepípedo.

O futuro que se avizinha é de expectativa para o desenvolvimento do turismo serrano com seu vasto potencial climático e paisagístico.  Mas para isso, a construção da estrada é o primeiro grande desafio a ser superado.

Natureza exuberante, clima e tranquilidade revelam potencial turístico do lugar (Fotos: Francinildo Silva)

Em outra frente, há estudos e experimentos para instalação de unidades de energia eólica na área, aproveitamento do ecoturismo e do turismo de aventura. Belezas exuberantes não faltam.

Nesta série de 05 reportagens (Especial Serra de João do Vale), vamos trazer as histórias de um lugar rico em cultura e tradições, de personagens reais e de belezas naturais pouco conhecidas. Um cantinho do estado do RN que até parece não existir. Enfim, não existe mesmo no mapa das autoridades e para a enorme maioria dos norte-riograndenses, sequer para aposta num turismo doméstico.

Mas não se engane: a Serra de João do Vale vai ser um destino no roteiro de muita gente que ama a natureza. Quando? Esperamos que não dure mais umas quatro décadas. Todos temos pressa em usufruir, de forma sustentável, desse paraíso em pleno sertão nordestino (veja vídeo abaixo com o amanhecer na serra).

Seja bem-vindo ao Especial Serra de João do Vale. Aguarde as próximas reportagens.

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Categoria(s): Reportagem Especial
domingo - 05/07/2020 - 04:48h

Não há mais lágrima para chorar

Por Ricardo Lagreca

Sim! Não há mais lágrima para chorar. Há  muita indignação para se mostrar. Sabíamos todos nós que iríamos atravessar um momento diferente  ao que estávamos acostumados a viver, carregado de um grau de complexidade muito acentuado, em todos os aspectos.

Mas, jamais ninguém poderia imaginar o que estava por acontecer.O povo ficar a mercê da sua própria sorte. Não! Isto em saúde, não pode existir.

Saúde pública é uma coisa séria, a primeira exigência que deve ser realizada a um governante, que tem o cargo ocupado,  exatamente para cuidar responsavelmente pelo seu povo. Em saúde, não se pode fazer políticas.

Estas políticas grosseiras, com a mesmice de sempre, que nunca visam o bem estar sustentado da coletividade. Apenas a  enganar a todos, para avançarem adiante, por mais um período de lavagem de ego e para nada de importante realizarem.

Os países que enfrentaram a pandemia, com a seriedade necessária, perderam as vidas próprias do grave processo da doença viral, que afligiu todo o mundo. Todavia, não houve as perdas que resultaram de um outro vírus, tão grave quanto. O desgoverno. Isto é o que vem acontecendo no nosso país. Com um governo sem rumo, desorientado, desagregador, apoiado por políticas mantenedoras do “status quo “.

Não permitiu em nenhum momento, que houvesse a unidade Federativa, tão necessária nesses momentos de tamanha gravidade e que possivelmente teria dado um outro rumo a esta tragédia. Os órgãos de classe, por sua vez, seguem a mesma trilha, fazem a mesma política e lavam as mãos.

A morbimortalidade dos profissionais de saúde observada entre nós, assume uma cifra que ultrapassa o esperado. A cada dia que se passa, sabemos de mais uma morte de um colega médico. Não deve ser assim.

Algo precisa ser feito para maior cuidado de quem por obrigação e uma  boa  dose de altruísmo, é submetido a uma possibilidade de maior  exposição ao vírus.

Precisamos que eles continuem vivos.  Precisamos e  muito, das lágrimas. Não podemos deixar que acabem.

Precisamos chorar de alegria, quando tudo isto passar.

Ricardo Lagreca é médico, professor e ex-secretário de Estado da Saúde Pública do RN

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Categoria(s): Artigo
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 04/07/2020 - 23:58h

Pensando bem…

“Nada é permanente, salvo a mudança.”

Heráclito

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 04/07/2020 - 18:42h
General Girão

Deputado ouve apelos sobre estrada à Serra de João do Vale

Girão, de costas, ouve moradores (Foto: cedida)

O deputado federal General Eliéser Girão (PSL) esteve na Serra de João do Vale (Jucurutu) nesse sábado (4). Atendeu convite de representantes da comunidade que há décadas pleiteiam pavimentação de acesso à área.

O parlamentar conversou com moradores, conheceu e ouviu relatos sobre o potencial econômico da região, sobretudo como núcleo de investimento para turismo de aventura e ecoturismo.

– A Serra do João do Vale está em nosso projeto, sim – disse ele em contato com o jornalista Tárcio Araújo da FM 95 de Mossoró.

Acessos

Existem dois acessos precários ao platô da serra. Um é parcialmente pavimentado a paralelepípedo, através de Triunfo Potiguar, com cerca de 17km; outro, de 19 quilômetros, que liga o lugar à cidade de Jucurutu, é carroçável.

A Serra de João do Vale se espraia por Jucurutu, Triunfo Potiguar e Campo Grande no Rio Grande do Norte, além de Belém do Brejo do Cruz (PB). Seu ponto mais alto fica mais de 700 metros acima do nível do mar.

Leia também: Amanhecer na Serra de João do Vale.

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Categoria(s): Economia / Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 04/07/2020 - 17:30h
Política

Rosalba, sem mandato prorrogado, diz que prioridade é saúde

Rosalba e Beto: prorrogação seria melhor (Foto: 02/04/20-arquivo)

Do Blog Carol Ribeiro

Ela não concordou claramente sobre o tema, mas também não discordou de maneira alguma. Para a prefeita Rosalba Ciarlini (PP), um adiamento maior das eleições – com prorrogação do mandato – daria um “prazo para as pessoas tomarem vacina e estarem mais protegidas, a economia começar a se recuperar”.

Foi assim como ela justificou sua posição sobre a prorrogação de mandatos, em entrevista no programa Meio-Dia Mossoró (TCM 95FM), dessa sexta-feira (03).

Perguntada se concordava ou não com o deputado federal aliado Beto Rosado (PP), que defendeu a prorrogação (veja AQUI), Rosalba disse:

– “Sei que fomos eleitos para quatro anos, mas o deputado analisou e é realmente por uma questão de economia, para que os valores fossem investidos em saúde, que é a prioridade maior hoje”.

E sequenciou: “A população não está preocupada com eleição, está preocupada é com sua vida”.

Sobre a campanha virtual em meio à pandemia, a prefeita de Mossoró acha que “fica distante (do povo). Não é a mesma coisa”.

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Categoria(s): Política
sábado - 04/07/2020 - 15:04h
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Região Agreste recebe reforço para prevenção à Covid-19

EPI's reforça segurança sanitária (Foto: Eduardo Maia)

A população do município de Nova Cruz e da região Agreste foi beneficiada com a doação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, que tem colaborado com os municípios no combate ao novo Coronavírus, doando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Os equipamentos de proteção individual vão servir para proteger os profissionais da saúde que estão na linha de frente nessa guerra pela vida.

Nova Cruz recebeu nesta sexta-feira (03) a doação de 7 mil litros de álcool 70% e 2 mil máscaras cirúrgicas que serão utilizadas nas ações de combate ao Coronavírus e direcionadas à segurança dos profissionais de saúde do Hospital Municipal Monsenhor Pedro Moura, o Centro de Referência em Síndromes Respiratórias e para as 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e mais os anexos, beneficiando cerca de 40 mil habitantes da cidade, além de pacientes vindos da região.

“O álcool, nessa pandemia, se tornou um produto essencial e chega para reforçar nossas ações no combate à Covid-19. Uma grande ajuda do legislativo estadual”, disse Thiago Cassimiro, secretário de saúde de Nova Cruz.

Os casos de Coronavírus vêm crescendo consideravelmente. De acordo com o último boletim divulgado ontem (02) pela Secretaria Municipal de Saúde de Nova Cruz, já são 277 casos suspeitos, 271 casos confirmados e 14 óbitos por Covid-19.

Com informações da Assembleia Legislativa do RN.

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Categoria(s): Política / Saúde
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