segunda-feira - 02/11/2020 - 20:44h
Instituto Sensatus

Por suspeição, Super TV prefere não divulgar pesquisa

A Super TV decidiu não divulgar pesquisa encomendada ao Instituto Sensatus, marcada para divulgação nessa segunda-feira (2). Em nota oficial, a direção da emissora explica o porquê?

Veja abaixo:

A Super TV informa que, em respeito a seus telespectadores e internautas, não divulga pesquisa com intenções de votos a prefeito de Mossoró, que seria publicizada nesta segunda-feira (2).

Internamente, a emissora apura o ocorrido no sábado passado (31), em que houve invasão de seu site e postagem de conteúdo quanto à pesquisa.

A não divulgação se dá após exaustiva análise do caso por sua direção e assessoria jurídica.

A Super TV reitera, ainda, que continua seu trabalho para fazer uma cobertura séria e compromissada do processo eleitoral em andamento, primados de sua marca.

Leia também: Pesquisa com números falsos é espalhada na Internet.

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segunda-feira - 02/11/2020 - 10:18h
Home office

Diretor de arte diz que segue em campanha de candidata

O Blog Carlos Santos recebe e-mail do designer gráfico e diretor de arte Arnaldo Araújo, sobre versões que estão sendo divulgadas em redes sociais e algumas páginas de notícias, sobre seu retorno a Doha (Qatar), onde reside e trabalha.

Ele passou pouco menos de um mês em Mossoró, na campanha à Prefeitura da atual prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Veja abaixo:

Caro Carlos Santos, venho respeitosamente à sua página esclarecer alguns pontos sobre a notícia que envolve meu nome (veja AQUI):

Arnaldo: trabalho a distância agora (Foto: divulgação)

– Não sou nenhum forasteiro. A forma espetaculosa como a imprensa vem tratando toda a questão, pelo fato de eu morar no Qatar, não reflete a realidade. Sou, na verdade, “prata da casa”. Nascido em Mossoró (embora de família areia-branquense), já venho trabalhando em campanhas na cidade desde o ano 2000. Acho que isso deveria ser considerado motivo de orgulho para a cidade, assim como eu considero ser motivo de orgulho para mim.

– Desde o início já estava previsto o meu regresso antes mesmo do fim da campanha.

– Minha vinda só foi possível devido a um esforço pessoal meu para me desligar por 25 dias da empresa na qual trabalho. Fiz e faço questão de ajudar à prefeita porque acredito no projeto. Me enche de entusiasmo quando olho nos olhos de Rosalba enquanto ela fala do amor pela cidade e dos projetos dela para sua próxima administração. Acredite: dinheiro nunca foi determinante para minha vinda. A campanha de Rosalba Ciarlini tem os pés no chão, sem ostentação e com uma equipe reduzida mas muito talentosa e competente.

– Não é verdade dizer que não havia ninguém para me substituir. Eu não preciso ser substituído. Há uma equipe que trabalha como uma engrenagem e tudo está funcionando como planejado. Inclusive, o trabalho de home office já estava previsto para depois que eu me desligasse fisicamente da equipe. Trabalho remotamente em colaboração com os demais designers da campanha. Neste momento, por exemplo, enquanto escrevo este comentário, também estou trabalhando nas inserções de TV para a próxima semana. E, para isso, não importa se estou em Moscou ou em Mossoró.

– Para concluir, deixo claro que o ambiente dentro da equipe é dos melhores. A própria serenidade da prefeita é contagiante. Rumo à vitória.

Obrigado pelo espaço.

Arnaldo Araújo

Nota do Blog – Beleza, Arnaldo. Como já conversamos antes via WhatsApp, espaço sempre está aberto. Saúde, paz e sucesso.

Depois botamos a prosa em dia em ‘carne viva’ (pessoalmente).

Abraços em seus pais.

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  • Repet
segunda-feira - 02/11/2020 - 09:24h
Brasil e EUA

D. Pedro II, presidente americano

Dom Pedro: presidente (reprodução)

Por François Silvestre

Em 1876, D. Pedro Segundo visitou, como turista, os Estados Unidos da América. Percorreu 22 Estados e causou viva impressão entre os sobrinhos do Tio Sam.

Um jornalista, gaiato, lançou a candidatura do Imperador à presidência, posto que era ano de eleições nos States. O mesmo jornalista escreveu: “O Imperador volta para o Brasil conhecendo melhor os Estados Unidos do que dois terços do nosso Parlamento”.

D. Pedro foi o segundo mais votado na Pensilvânia e obteve mais de quatro mil votos na Filadélfia. Mesmo governando daqui teria sido melhor presidente do que Trump, né não?

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domingo - 01/11/2020 - 23:02h

Pensando bem…

“Se quer viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta, não às pessoas nem às coisas.”

Albert Einstein

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domingo - 01/11/2020 - 17:50h
Jogo baixo

Pesquisa com números falsos é espalhada na Internet

Super TV emite nota sobre caso, mas políticos e incontáveis internautas espalham dados fraudados

O site da Super TV de Mossoró foi hackeado (invasão criminosa) nesse sábado (31). Pesquisa com supostos números de intenções de voto à Prefeitura de Mossoró foi colocada na página.

Logo em seguida, ela passou a ser compartilhada por militantes e até políticos do grupo da prefeita Rosalba Ciarlini (PP), candidata à reeleição. Diante da repercussão negativa e perigo de punição por disseminar pesquisa falsa, muitos apagaram postagens.A direção da Super TV emitiu Nota de Esclarecimento (veja abaixo) sobre o episódio, relatando o incidente e assegurando que seu setor jurídico toma providências à apuração do caso:

A direção da Super TV esclarece que o site da emissora foi invadido neste sábado (31).

Números de suposta pesquisa eleitoral foram postados na página, caracterizando também fraude de informação.

O site passará por reformulações, para ficar mais seguro, inibindo outros problemas dessa natureza. O setor jurídico já está tomando as medidas necessárias para investigar o ocorrido.

A emissora tem tratado com zelo e compromisso toda a cobertura das eleições municipais de 2020.

Pedimos desculpas pelo ocorrido e reafirmamos nosso compromisso com o jornalismo sério e de qualidade.

Jailton Magalhães da Costa – Francisco Vanderlândio Carolino – Diretores da Super TV

A emissora contratou o Instituto Sensatus do Itaú para divulgação de pesquisa eleitoral na segunda-feira (2), a exemplo de duas anteriormente veiculadas. A Sensatus é justamente a empresa com números falsos postados na invasão ao site. Eles favoreceriam a candidatura de Rosalba.

Outra pesquisa

Paralelamente, a Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM), presidida pelo empresário Vilmar Pereira, registrou outra pesquisa para ser divulgada a partir de quinta-feira (5), também sobre a corrida eleitoral de Mossoró. É a primeira vez que a Acim promove esse tipo de iniciativa.

O estranho, é que a própria Sensatus é a responsável pela pesquisa da Acim. três dias após a que deve ser divulgada pela Super TV.

Além do ineditismo do seu envolvimento com pesquisa eleitoral, a Acim também vai desembolsar 150% a mais pelo trabalho que era feito à Super TV. Montante bruto saiu de R$ 4 mil para R$ 10 mil para seus associados.

Debate e invasão

À semana passada, a Super TV promoveu debate entre os candidatos a prefeito de Mossoró (veja AQUI). O programa foi mais uma importante contribuição para que o eleitor local conhecesse melhor candidatos e propostas.

Entretanto, o que terminou repercutindo até mais do que o conteúdo do debate, na última quinta-feira (29), foi um vídeo em que a Super TV aparece sendo invadida por militantes com camisas alusivas às campanhas de Rosalba e de Cláudia Regina (DEM).

O vídeo de pouco mais de um minuto mostra algumas pessoas gritando no interior do prédio situado à Rua Duodécimo Rosado, ao mesmo tempo em que circulam por salas e chegam à sua garagem, hostilizando o deputado estadual e candidato a prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade).

O candidato já estava fora do local. Na frente do prédio torcidas de Rosalba, Cláudia e também da petista Isolda Dantas juntaram-se bradando palavras de ordem e provocações contra o concorrente, durante todo o debate e após seu término. Um carro com adesivo com seu número, 77, chegou a ser cercado por manifestantes, à saída.

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domingo - 01/11/2020 - 16:30h

Exportações de frutas resistem à pandemia do coronavírus

Por Josivan Barbosa

As exportações de frutas em geral do país até agora resistiram aos reflexos negativos da pandemia do novo coronavírus sobre a demanda de alguns países e se mantiveram firmes de janeiro a setembro deste ano,. Há destaque para a consolidação da liderança da manga e as altas das receitas das vendas de limão e uva.

Dos três produtos, nenhum é produzido em grandes quantidades no Polo de Agricultura Irrigada RN – CE. A uva e a manga são produzidas no Vale do São Francisco e o limão destinado ao mercado externo é produzido em São Paulo.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), compilados pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), os embarques do segmento alcançaram 629,8 mil toneladas no período, 6% mais que nos primeiros nove meses de 2019.

A receita consolidada dessas vendas registrou leve queda (0,4%) na comparação, para US$ 512,5 milhões, mas em tempos de covid-19 o resultado foi considerado uma vitória. Preocupa as cadeias produtivas, entretanto, a atual segunda onda pandêmica em países da União Europeia, que absorve quase 60% das vendas de frutas do país no exterior.

Os países que estão apresentando o retorno da pandemia são importantes importadores europeus de frutos tropicais.

Manga

A manga continua a liderar as exportações do segmento. Foram 122,5 mil toneladas de janeiro a setembro, 2% mais que em igual intervalo de 2019, com receita praticamente estável de US$ 125,3 milhões. Vale salientar que a manga é produzida no Vale do São Francisco durante o ano  todo, mas a concentração da colheita ocorre na segunda metade do ano.

No Rio Grande do Norte a produção de manga para exportação está resumida ao Vale do Açu, mas em quantidade que não representa nem 5% da área cultivada no Vale do São Francisco.

A Valexport (Associação de Produtores, Exportadores, Hortigranjeiros e de Derivados do Vale do São Francisco) trabalha com a expectativa de mercado aquecido até dezembro, apesar de que o ano de 2020 foi marcado por inverno prolongado e isto prejudica a qualidade da fruta que chega ao mercado.

Limão e uva

Entre as dez frutas mais exportadas pelo país, também pesaram positivamente na balança os resultados obtidos com limão e uva. Nos dois casos houve inclusive avanços dos valores das vendas de janeiro a setembro. Os embarques de limão e lima cresceram quase 16%, para US$ 83,7 milhões (99,6 mil toneladas, alta de 15%), e os de uva subiram 5,6%, para US$ 32,1 milhões.

A demanda por limão foi estimulada pela sensação dos consumidores, sobretudo europeus, de que a vitamina C da fruta é uma boa proteção a doenças em tempos de pandemia. A mesma sensação estimulou os embarques brasileiros de laranjas de mesa, que cresceram 148% e atingiram 6,4 mil toneladas – a receita triplicou e atingiu US$ 3,9 milhões.

Melão e melancia

Os primeiros meses da temporada brasileira de melão e melancia para a Europa têm sido bons. O mercado foi fortalecido pela baixa oferta quando o Brasil iniciou a exportação no semestre.  Isto fez com que a comercialização do produto naquele mercado fluísse.  A expectativa é que a partir de novembro as vendas possam desacelerar em função da oferta crescente, o que pode levar à necessidade de se fazer algumas promoções e dificultar a manutenção do preço para os produtores exportadores de melão e melancia do Polo de Agricultura Irrigada RN – CE.

Um aspecto que preocupa os exportadores é como se comportará o mercado diante de medidas restritivas que estão sendo adotadas por alguns países em função da pandemia do COVID – 19.

Os preços do melão e da melancia até então estão em níveis razoáveis. O melão Galia e o amarelo estão sendo vendidos na faixa de 7 a 8 euros e o cantaloupe está alcançando valores de 6 a 7 euros. A melancia está sendo comercializada a 0,75 euros. Esses valores são os praticados pelos importadores na venda para os varejistas.

Os preços alcançados pelos produtores da nossa região para o produto de primeira qualidade são de 3,8 a 4,20 euros para os melões Cantaloupe e Galia (caixa de 5 kg) e 5,20 euros para o melão amarelo (caixa de 13 kg). A melancia está sendo vendida na faixa de 6 a 7,2 dólares (caixa de 16 kg).

Chapada do Apodi

Depois do longo período da primeira grande seca do século (2011-2017), o que provocou o deslocamento da produção de frutos tropicais para microrregiões do Estado onde a água do lençol freático arenito-açu está disponível numa menor profundidade, alguns municípios que antes não apareciam no mapa da produção de frutas passaram a fazer parte.

É o caso de Felipe Guerra, Afonso Bezerra, Caraúbas, Parazinho, entre outros.

Atualmente, a produção de frutos tropicais no RN vai desde o município de Touros, onde tem muita água no subsolo e é beneficiado por precipitação diferenciada em relação ao Semiárido,  até o município de Apodi que apresenta água do arenito-açu a profundidade média de 300 m, bem diferente de Mossoró e arredores onde a mesma água está a mais de 900 m.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)

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domingo - 01/11/2020 - 15:16h

Limite de gastos nas eleições e caixa dois

Por Odemirton Filho

A Resolução n. 23.607/19 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disciplina a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos e candidatos em campanha eleitoral, bem a prestação de contas.

No período eleitoral, como se sabe, são inúmeros os gastos eleitorais que os candidatos têm para dar andamento as suas campanhas, devendo, todavia, observar os limites de despesas que podem ser realizados.Vários são os gastos que os candidatos podem despender para as suas campanhas, entre eles, confecção de material impresso; propaganda direta e indireta; despesas com transporte do candidato; realização de comícios e produção de programa de rádio, televisão e vídeo.

Entretanto, quais os valores que os candidatos podem gastar em suas campanhas eleitorais?  Tomemos como exemplos três cidades do estado do Rio Grande do Norte, conforme os limites de gastos divulgados pelo TSE.

Em Natal o limite de gastos dos candidatos a prefeito, no primeiro turno, é de R$ 6.254,508, 52. Havendo segundo turno poderá ser de R$ 2.501,803,41. Para os candidatos a vereador o limite é de R$ 386.587,77.

Em Mossoró o limite de gastos dos candidatos a prefeito é de R$ 3.364,740, 19. Para vereador podem ser gastos até R$ 222.300,63.

Na cidade de Grossos o limite dos candidatos a prefeito é de R$ 123.077,42 e para vereador é de R$ 12.307,75.

Gastar recursos além dos limites estabelecidos sujeita os responsáveis ao pagamento de multa no valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que exceder o limite estabelecido, a qual deverá ser recolhida no prazo de cinco dias úteis contados da intimação da decisão judicial.

Poderão os responsáveis, ainda, responder por abuso do poder econômico, na forma do art. 22 da Lei Complementar n° 64/1 990, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Uma norma que tem sido bastante criticada é a que permite que as despesas com consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas em decorrência da prestação de serviços advocatícios e de contabilidade no curso das campanhas eleitorais sejam consideradas gastos eleitorais, sendo excluídas do limite de gastos de campanha.

Vale acrescentar que é obrigatória para os partidos políticos e os candidatos a abertura de conta bancária específica, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil, salvo exceções que dispensam a abertura.

Destaque-se que o uso de recursos financeiros para o pagamento de gastos eleitorais que não provenham das contas específicas implicará a desaprovação da prestação de contas do partido político ou do candidato.

Além disso, se comprovado o abuso do poder econômico por candidato, será cancelado o registro da sua candidatura ou cassado o seu diploma, se já houver sido outorgado.

E aquele dinheiro que não é contabilizado, o famoso caixa dois?

A Justiça Eleitoral entende que a doação por meio de caixa dois e a omissão de recursos na prestação de contas de campanha podem configurar o crime previsto no Art. 350 do Código Eleitoral.

O mencionado artigo diz que omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais será punido com reclusão e multa.

Sobre o caixa dois diz o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso:

“Caixa dois é crime, caixa dois é um desvalor de conduta que precisa ser adequadamente punido na nossa legislação. É objeto de reprovação, não há dúvida alguma. Ele desiguala a disputa eleitoral. É abuso de poder, abre a porta para troca de favores. O caixa dois em tudo é negativo, é nefasto para o processo democrático”.

Por fim, ressalte-se, que a Resolução n. 23.607/19 tem vários regramentos, devendo os candidatos, partidos políticos e as assessorias jurídica e contábil ficar atentos, evitando-se o pagamento de multa, a desaprovação das contas, a cassação do registro ou do diploma e a condenação pelo crime de caixa dois.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 01/11/2020 - 10:50h

Quem danado é esse Menino?

Por David de Medeiros Leite

Seria um parente distante do Vigário Antônio Joaquim, primeiro gestor de Mossoró, cujo busto que o homenageia, contrariando o lógico, não está localizado na praça que leva seu nome?

Teria algum parentesco com Rodolfo Fernandes, o heroico prefeito que conclamou os cidadãos da Mossoró de 1927 a se entrincheirarem,  resistindo ao ataque do tenebroso Lampião à cidade?Ou é um descendente dos Motas? Do padre Mota, prefeito “gordo e buchudo” que construiu, entre outras coisas, a “ponte velha” sobre o rio Mossoró? Ou de Motinha, que foi deputado federal e é lembrado pela vasta popularidade?

Haveria familiaridade com Duarte Filho, médico altruista que ergueu o primeiro hospital de Mossoró? Sobre o senador Duarte, há um livro biográfico: Duarte Filho: Exemplo de Dignidade na Vida e na Política”; resultado de pesquisa que tivemos o prazer de dividir com o saudoso Lupercio Luiz de Azevedo (Ed. Sarau das letras, 2005).

Por acaso, ele teria algum laço consanguíneo com Leodécio Fernandes Neo, também médico, cuja militância política, no MDB da década de 1970, ainda não mereceu um devido resgate?

Não. O Menino não é aparentado de nenhuma das figuras citadas…

Mas, certamente estudou no Colégio Diocesano, Dom Bosco ou Colégio das Freiras… Não? Sempre estudou em escolas públicas? Andava de coletivo? E trabalhou como balconista numa loja no bairro Paraíba?

Vamos devagar com o andor: esse Menino passou num concurso público ao tempo que fazia graduação na Universidade Federal Rural do Semiárido?  E lá também fez Mestrado?

Foi presidente do Sindicato de Servidores da UFERSA? Sim, porém quando ele se elegeu deputado estadual deve ter tido apoio de robusto Grupo político, não é mesmo? Suporte de alguma prefeitura… Não?

Bem, tudo, até agora, pode ser entendido ou explicado. Porém, que audácia é essa de querer ser prefeito de Mossoró?

Menino, repare bem, já ficou evidente que você não é oriundo da chamada “classe média”… “Pré-requisito” bastante observado, percebes?

“Mas, Raimundo Soares de Souza e Antônio Rodrigues de Carvalho?”, perguntará um arguto memorialista. E, cá com meus botões, acho bom que esses nomes sejam lembrados. Porém, o autor da referida pergunta deve observar os significativos apoios que ambos receberam para sentarem na cadeira de prefeito da terra de Santa Luzia.

Pois é, como todo mundo anda vidrado em redes sociais, por vezes ficamos receosos em sugerir livros. No entanto, se alguém quiser entender, do ponto de vista analítico, a história recente da política mossoroense, terá que se render à leitura do A (Re)inveção do Lugar: os Rosados e o País de Mossoró”, autoria do professor José Lacerda Alves Felipe (Ed. Grafset , 2001).

Livro de Lacerda Felipe (Foto: reprodução)

Atentem que falamos do básico. Outros trabalhos existem, obviamente para quem pretenda aprofundamento acadêmico ou coisa que o valha.

Outra pergunta que poderá emergir: “Dix-huit Rosado foi um importante gestor? Sem dúvida. Dix-Huit era médico de formação, mas discutia aspectos econômicos com desenvoltura.

Certa vez, o senador Agenor Maria, em um debate, perguntou-lhe: “Qual seria a redenção de Mossoró?”

Resposta: “De Mossoró e do Rio Grande do Norte: aproveitamento das águas mães…” E passou a discorrer, com maestria, sobre o tema e suas derivações. A tricotomização do Rio Mossoró, no perímetro urbano da cidade, é uma obra emblemática de uma das gestões de Dix-huit, pois, estrategicamente, resolveu o recorrente problema das enchentes, vale destacar.

Voltemos ao Menino. “Ele é preparado”? Melhor reformularmos a indagação: “Alguém já assumiu o Executivo mossoroense sem ter exercido cargo eletivo anterior?” Há o caso de uma jovem médica, em 1988…

Como é? Naquela ocasião foi possível e, agora, com o Menino (que é deputado estadual) questionam? Entenderam?

Faz-se “necessário desenhar?” (expressão corriqueira do moderno papear…).

Então, avaliar o quadro político da província, sem levar em conta preconceitos e estigmas impregnados no chamado inconsciente coletivo, é bastante complicado.

O Menino aceitou o desafio. E o incômodo que isso tem gerado não é pequeno. Por outro lado, a saturação política do surrado discurso chegou ao limite.

A espontaneidade na campanha do Menino é prova concreta. E ele é consciente da responsabilidade.

Do Sitio Chafariz ao Palácio da Resistência.

David de Medeiros Leite é professor-doutor da Universidade do Estado do RN (UERN), escritor e editor literário

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