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segunda-feira - 28/06/2021 - 11:12h
"Venda casada"

MP abre procedimento contra promotor e empresa de esposa

O Diário Oficial do Estado (DOE) publicou em sua edição 14.959 de sábado (26), o Procedimento Preparatório nº 03.23.2059.0000054/2021-52 (veja AQUI). Ele trata de um extrato de dispensa de licitação e contrato e um extrato de inexigibilidade de licitação da Prefeitura de Macaíba. Envolvem o promotor público Carlos Henrique Harper Cox (da Comarca de Umarizal) e a empresa Cesta de Preços – Soluções Tecnológicas e Capacitações Ltda., cuja sócia é a advogada Fabyana Rafaella Harper Cox, sua mulher.

Cox e empresa familiar precisarão se justificar, além da PMM (Foto: arquivo)

Cox e empresa familiar precisarão se justificar, além da Prefeitura de Macaíba (Foto: arquivo)

Segundo o DOE, o procedimento decorre de “notícia acerca da realização de dois procedimentos licitatórios, a saber: 1) Dispensa de Licitação nº 02/2021, cujo objeto é a contratação de sistema de bancos de preços para auxílio na elaboração de orçamentos estimativos, o qual servirá como base em processos licitatórios, no valor de R$ 5.900,00 (cinco mil e quinhentos reais) e; 2) Inexigibilidade de Licitação nº 05/2021, cujo objeto é a contratação de prestação de serviço técnico especializado do Promotor de Justiça e Professor Esp. Carlos Henrique Harper Cox, para ministrar em módulos: Módulo I – Planejamento das Contratações Públicas e Módulo II – Gestão e Fiscalização de Contratos; (…).”

“Negócio casada”

A promotora Ana Patrícia Montenegro de Medeiros Duarte, de Macaíba, considerou estranha a contratação de produto dessa empresa e, em seguida do promotor. Quer apurar “a legalidade da Dispensa de Licitação nº 02/2021 e da Inexigibilidade de Licitação nº 05/2021, realizadas pela Prefeitura Municipal de Macaíba”.

Essa espécie de “venda casada” tem valor cumulativo de R 17.900,00. O contrato com Carlos Harper Cox foi assinado em 23 de abril, no valor de R$ 12 mil. Já o sistema oferecido pela empresa (R$ 5,9 mil) de sua mulher teve ratificação no dia 10 de fevereiro. Ambos foram publicados no Diário Oficial dos Municípios da Federação dos Municípios do RN (FEMURN).

O assunto acabou provocando não apenas a abertura desse procedimento pela promotora, Ana Patrícia Montenegro de Medeiros Duarte, como outro desdobramento até anterior. No último dia 12 de junho, o então procurador Geral de Justiça, Eudo Leite, publicou a portaria sob número 545/2021 no DOE, com revogação “a pedido” de nomeação de Carlos Harper Cox para coordenação do Laboratório de Orçamento e Políticas  Públicas (LOPP) do Ministério Público do RN (MPRN).

Cox estava no cargo de abrangência estadual desde o dia 30 de julho de 2019, arrimado na portaria 1243/2019-PGJ-RN, de 29 de julho daquele mesmo ano.

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segunda-feira - 28/06/2021 - 09:52h
Poder

Corda esticada…

Corda esticada, corda esgarçada, esgarçando cordaPor François Silvestre

...ou generais engolindo corda?

Essa é a pergunta que não cala. Faz um ano e meio, que generais nunca dantes conhecidos fazem chantagem com ameaças fecais. Quem tem condições de dar golpe, como se fez em 64, fala sobre tudo, menos sobre ameaça de golpe.

Agora, um grupo de generais bem sucedidos no contracheque volta e meia alertam: “A oposição não pode esticar a corda”.

Que corda? Onde está na Constituição que a atividade política da oposição comporta fiscalização e controle de generais, almirantes ou brigadeiros? Qual artigo? Em quais artigos nas quatro linhas da carta magna? Pra usar uma imagem bocó do Bolsopinóquio.

Vão à merda!... A última foi do presidente do Superior Tribunal Militar (STM). Esse Tribunal eu lembro de tempos outros, quando tive um processo meu, condenado pela Auditoria Militar do Recife, julgado lá, em recurso do meu advogado Boris Trindade, advogado pernambucano que faleceu de Covid.

Pois esse general, nas vésperas das manifestações democráticas ocorridas neste mês, disse numa revista, que por sinal está em processo falimentar, que a “oposição não estique a corda”. O que ocorreu?

A oposição esticou a corda, as canelas e estreitou as ruas. E aí, general? Vai fazer o quê? Sabe o quê? Nada. Viola no saco. E contracheque no bolso. Ponha os tanques na rua, general, com sua toga ociosa?!

Vão catar piolho em cu de macaco!

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segunda-feira - 28/06/2021 - 07:44h
Série D

ABC perde em casa para Atlético do Ceará, mas segue líder

Do Globo Esporte

O Atlético-CE impôs a primeira derrota ao ABC nesta Série D do Campeonato Brasileiro. O time cearense foi cirúrgico nas oportunidades criadas e, com dois gols de Olávio, bateu o Alvinegro por 2 a 0 no Estádio Frasqueirão, em Natal.

O jogo ocorreu nesse domingo (27).

Com a vitória, o Atlético chegou aos sete pontos, na segunda posição do Grupo 3. Apesar do revés, o ABC segue na liderança da chave, com nove pontos.

Na próxima rodada, o ABC encara o lanterna Caucaia no sábado, no Estádio Raimundão.

O time de Fortaleza-CE, o Atlético-CE enfrenta o América-RN no mesmo dia, na Arena das Dunas, em Natal.

Saiba mais detalhes do jogo clicando AQUI.

Leia também: América faz 2 x 0, mas permite que Caucaia empate.

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segunda-feira - 28/06/2021 - 06:56h
Vacina

Pessoas com 42 anos ou mais têm atendimento nessa segunda-feira

Mossoró Vacina 42 anos ou mais sem comorbidades 28 de Junho de 2021Nessa segunda-feira (28), o programa Mossoró Vacina contra a Covid-19 da Prefeitura de Mossoró atende pessoas de 42 anos ou mais sem comorbidades, entre 8 e 16h.

Não há necessidades de aglomeração, pois existe garantia para o atendimento completo a essa faixa etária no Ginásio do Sesi.

O endereço fica no bairro 12 Anos, Rua Benjamin Constant, 65.

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  • Repet
domingo - 27/06/2021 - 23:59h

Pensando bem…

“Se meus amigos são felizes serei menos miserável.”

Voltaire

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domingo - 27/06/2021 - 12:48h

Pesquisa mostra caminho para aumento da produção do trigo

Produção de trigo no semiárido é uma realidade e ao mesmo tempo, um cabedal de dúvidas (Foto ilustrativa)

Produção de trigo no semiárido é uma realidade e ao mesmo tempo, um cabedal de dúvidas (Foto ilustrativa)

Por Josivan Barbosa

Uma pesquisa da Embrapa Trigo (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)e da rede técnica das cooperativas do Rio Grande do Sul (RTC/CCGL) mostra ser possível ampliar a produção de trigo no Brasil sem que necessariamente haja aumento de área de plantio. Os resultados do estudo surgem em um momento em que voltam a ganhar corpo as discussões sobre a necessidade de o país produzir mais o cereal. A alta dos preços do milho encareceu a cadeia de carnes – e um pode substituir o outro como matéria-prima para nutrição animal.

Segundo os pesquisadores, associar sementes de boa qualidade com melhor manejo pode reduzir em 20% (ou R$ 415 por hectare) o custo variável da produção do trigo, que é de R$ 2 mil, em média – e a diminuição ocorreu sem afetar a produtividade das lavouras. Se considerados os 900 mil hectares de trigo cultivados no Rio Grande do Sul em 2020, a economia com sementes e fungicidas chegaria a R$ 360 milhões no Estado.

A pesquisa avaliou duas linhas de manejo, uma visando à redução da população de plantas e outra com o uso racional de fungicidas, aproveitando fatores da genética das cultivares. A economia de R$ 415 por hectare é resultado da soma de R$ 140 por hectare em sementes e R$ 275 por hectare em fungicidas. Com o preço de comercialização do ano passado (R$ 70, em média) como parâmetro, a redução de custos corresponde ao valor de seis sacas de trigo por hectare.

A pesquisa atestou o que se conhece na prática: no Estado, por hábito, os triticultores usam mais sementes do que precisam. “Em geral, o produtor tem adotado 150 quilos de sementes de trigo por hectare, mas na soja e no milho o cálculo é efetuado em plantas por metro linear. Queremos mostrar nesse trabalho que a implantação do trigo também deve seguir essa lógica de plantas por metro linear, e não a de quilos por hectare”, afirma Geomar Corassa, engenheiro agrônomo da CCGL.

Os pesquisadores instalaram faixas de população de plantas em 20 áreas diferentes, distribuídas por 17 municípios. A cultivar utilizada foi a BRS Belajoia, instalada nas áreas com três densidades de semeadura: 40, 60 e 80 plantas por metro de fileira. Em cada local, a área total chegou a 3 hectares, destinando um hectare para cada faixa de população.

A pesquisa mostrou que o aumento na densidade de plantas não representou ganhos significativos no rendimento dos grãos, mesmo em diferentes ambientes de produção. A média de rendimentos ficou entre 64 e 67 sacas por hectare, mas os custos quase dobraram, passando de R$ 234 por hectare na densidade de 43 plantas por metro para R$ 415/hectare nas faixas de 76 plantas por metro.

“Quando se usa mais sementes, as plantas têm que crescer mais em busca da luminosidade, isso eleva a tendência de tombamento”, explica Giovani Faé, engenheiro agrônomo da Embrapa Trigo. Como consequência desse tombamento, costuma-se usar mais fertilizantes nitrogena.

Sementes certificadas

As sementes certificadas e resistentes a doenças reduzem os gastos com insumos. Para a Embrapa, com essa economia, os produtores poderiam investir em outras frentes na lavoura, o que aumentaria a produtividade do trigo e também nas culturas subsequentes, como a soja no verão.

O custo da semente de trigo no Rio Grande do Sul foi, em média, de R$ 2,20 por quilo na safra 2020. Para a população recomendada de 43 plantas por metro, a redução de custos chega a R$ 140 por hectare quando se compara com os 150 kg de sementes por hectare do método tradicional.

No estudo, quatro aplicações de fungicidas ao longo da safra custaram R$ 390 por hectare. Com o monitoramento, foi possível fazer uma única aplicação, ao custo de R$ 115 por hectare.

Fonte:  //valor.globo.com/agronegocios/noticia/2021/06/07/pesquisa-da-embrapa-eleva-desempenho-de-lavouras-de-trigo-no-rs.ghtml

Produtores de frutas precisam ficar atentos

Diante da possibilidade da União Europeia, principal destino das frutas exportadas pelo nosso Semiárido (Polos de Agricultura Irrigada RN – CE e Vale do São Francisco), rejeitar os nossos produtos exportados em função da questão de relaxamento com a sustentabilidade da Amazônia, os nossos produtores de frutas precisam mostrar para os europeus que as nossas áreas não possuem relação nenhuma com a problemática da região Norte.

Sustentabilidade é o xis da questão (Foto ilustrativa)

Sustentabilidade é o xis da questão (Foto ilustrativa)

Isso precisa ser feito o quanto antes. Depois não adianta chorar o leite derramado.

O Brasil está cada vez mais isolado na comunidade internacional na questão ambiental e o risco agora é de boicote de produtos nacionais pelos consumidores de países em que esse tema ganha mais relevância.

Assim, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) precisa divulgar para a Europa e entorno que os produtores de frutas tropicais do Semiarido brasileiro se preocupam com os recursos hídricos, trabalham com manejo adequado dos solos e preservam a vegetação nativa da caatinga e de outros biomas e que desenvolvem ações sociais na região.

É importante compreender que o nosso produtor de frutas já sofre com o retrocesso das negociações do Acordo Comercial Mercosul-UE ocasionado por problemas relacionados à forma como o país encaminha as questões climáticas nos últimos anos e, assim, as negociações comerciais entre a União Europeia e o Mercosul não avançam por causa do desmatamento.

Sucesso da energia eólica no RN

A Casa dos Ventos fechou um contrato de longo prazo (PPA) com a Energisa Comercializadora para a venda da energia do complexo eólico Rio dos Ventos (RN), que está entrando em operação comercial. O acordo prevê o fornecimento de 20 megawatts (MW) médios de 2023 a 2038.

Com a conclusão da rodada de comercialização da primeira fase de Rio do Vento, a companhia de geração eólica vai focar agora nos acordos para a venda da energia da segunda fase do complexo e do projeto Babilônia (BA).

Outra boa notícia para o RN é que o grupo quer transformar suas usinas eólicas em unidades híbridas, também com geração solar. Com isso, nos próximos dois anos, o portfólio do grupo deve atingir a marca de 1,6 gigawatts (GW) de capacidade eólica e 400 MW de geração solar fotovoltaica.

Além disso, o desenvolvimento de um projeto exclusivamente solar também está nos planos. A companhia avalia diversificar não somente seu portfólio de geração, como também sua atuação geográfica, até o momento concentrada no Nordeste.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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domingo - 27/06/2021 - 11:38h
Decisão

Pelo menos 250 PM’s recusaram a vacina contra a Covid-19 no RN

Relação de idolatria entre muitos policiais e Bolsonaro explica parte do fenômeno da recusa Foto ilustrativa)

Relação de idolatria entre muitos policiais e Bolsonaro explica parte do fenômeno da recusa (Foto ilustrativa)

Do Blog do Barreto

De acordo com dados do Governo do Estado o Rio Grande do Norte já perdeu 49 policiais militares para a covid-19 desde o início da pandemia, em 2020. Os números preocupam e reforçam uma necessidade que foi reivindicada inclusive pelos próprios policias: a inclusão do segmento no grupo prioritário da vacinação e a urgência na chegada de mais doses anti-covid.

Curiosamente durante a última semana foi divulgado um dado pela Polícia Militar do RN de que pelo menos 250 PMs decidiram deliberadamente não se vacinar. O número impressiona, pois, revela um comportamento dissonante daquele tido pela maioria das pessoas, que tem feito de tudo para garantir a imunização contra a doença.

De acordo com o comando da PM a decisão por tomar ou não tomar a vacina é particular, portanto, nenhum oficial pode ser punido pela escolha. Os dados apontam que além dos 250 profissionais que recusaram tomar o imunizante, outros 121 policiais faltaram à vacinação sem justificativa e mais de 1000 não apresentaram nenhuma sinalização aos superiores informando sobre ter tomado a vacina ou não.

Influência

É impossível apontar todos os motivos que levaram o alto número de policiais militares a rejeitar a principal proteção contra a covid-19, mas é inegável que o papel cumprido pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem muitos entusiastas nas fileiras militares, para a desmobilização quanto a vacinação é um elemento a se levar em consideração.

O “Mito”, como é conhecido por seus apoiadores se notabilizou durante a pandemia por uma série de declarações anti-vacina e que colocavam sob suspeição inclusive o número de mortos por Covid-19 no Brasil. Em uma das falas mais esdrúxulas, em dezembro do ano passado, Bolsonaro afirmou: “Se tomar a vacina e virar jacaré não tenho nada a ver”. O presidente do Brasil inclusive é enfático em afirmar que será o último brasileiro a se vacinar. Ele, que possui 66 anos, já teria idade suficiente para ter tomado a primeira dose e estaria às vésperas da imunização, com a segunda dose.

Outro elemento controverso no que se refere a relação entre Bolsonaro e a vacinação foi a morosidade com que o Governo iniciou o processo de compra das vacinas. Tal situação inclusive é o principal tema da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a omissão do Presidente no combate à pandemia.

De acordo com elementos expostos na própria CPI da COVID, o Presidente Bolsonaro foi procurado pela farmacêutica Pfizer, que ofereceu ao Brasil 70 milhões de doses anticovid em um momento em que boa parte do mundo ainda lutava para garantir os imunizantes. O Governo teria ignorado mais de 50 e-mails enviados pela Pfizer, que tentou de todas as formas fechar uma parceria com o país.

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domingo - 27/06/2021 - 10:40h

Como será a eleição de 2022?

Por Ney Lopes

O objetivo do texto não é prever nomes quem ganhem, ou que percam na eleição de 2022. Até porque, a tese é que a essa altura, ninguém poderá ter a mínima certeza de sucesso, ou derrota.

O tema central é que o processo eleitoral brasileiro de 2022 será tão imprevisível, quanto estão sendo as pesquisas cientificas de cura da Covid 19.Plenário do Senado - Agência SenadoHá sinais concretos de que o eleitor a cada dia se torna mais esclarecido. Se interessa em acompanhar os temas locais, nacionais e até internacionais.

As mídias sociais mostram isto.

O nível de conscientização aumenta, mesmo que não haja ainda uma consciência crítica capaz de filtrar propostas e intenções dos candidatos.

Mas, existe certa rebeldia misturada com indignação, que leva o cidadão mais simples a dizer, que o voto é dele e votará em quem quiser.

Esse processo de “libertação do voto” sofrerá muitas limitações pela vigência de evidentes falhas da legislação político, partidária e eleitoral do país.

Não se admite, por exemplo, a vigência da autonomia partidária, que a Constituição de 88 concedeu aos partidos políticos.

Em nome de não transformá-los em cartórios, entregou-os de mãos beijadas como propriedades privadas dos seus dirigentes, que não se renovam.

São “patotas” eternizadas no comando das siglas. Até o Presidente Bolsonaro não consegue romper o cerco e tem dificuldade de uma legenda para disputar a reeleição.

Os partidos teriam que ser reduzidos, tornando mais transparente o financiamento de campanhas políticas, o que ajudaria a enfrentar a corrupção no Brasil.

Reportagem da “Folha” de agosto de 2020 mostra que o fundo eleitoral pagou empresas de dirigentes partidários e salário de parentes, amigos e políticos sem mandato

As legendas gastaram R$ 937 milhões em 2019; dos cofres públicos, praticamente sem fiscalização.

Nesse contexto, a “autonomia partidária” em vigor impede que os filiados tenham voz.

São tolhidos pelas “cúpulas”. Não podem sequer recorrer à justiça, pelo fato das decisões internas dos partidos serem consideradas “interna corportis”.

Para obter legenda e disputar uma eleição, tudo depende do “dono” do partido.

Ser inscrito, filiado, militante, não vale praticamente nada.

O candidato avulso, aquele que disputaria sem partido, existe nas maiores democracias do mundo

No Brasil, os “donos” dos partidos com mandatos no Congresso não deixam que seja aprovada essa proposta.

Mesmo diante de tantas limitações, a tendência de mudanças já manifestada em 2018 e 2020, tende a ser predominante em 2022.

O que poderá faltar serão opções para o eleitor.

Como os partidos “fecham “o lançamento de nomes e o eleitor fica sem opção e não poderá ser culpado no final.

Mas, mesmo assim, a eleição de 2022 será diferente e demonstrará maior libertação do eleitor, votando em que deseje.

Deus queira que os resultados mostrem essa evolução política.

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal, professor de direito constitucional da UFRN e advogado

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domingo - 27/06/2021 - 09:36h

Poderes e objetivos da Comissão Parlamentar de Inquérito

Por Odemirton Filho 

De uns dias para cá o Brasil vem assistindo às sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pelo Senado Federal para apurar responsabilidades no combate à Covid-19. Nesse sentido, deixando de lado as acaloradas discussões e troca de farpas por parte de alguns membros, discorremos sobre alguns poderes e objetivos de uma CPI, conforme disciplina a Constituição Federal. CPI-o-que-e-como-funciona-1000x370“As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”. (Art. 58, § 3º).

Observa-se que a CPI goza de poderes de investigação. Assim, poderá requisitar documentos e informações dos órgãos da administração direta, indireta e determinar a intimação de testemunhas. Todavia, diante do postulado da reserva constitucional de jurisdição (atos que só podem ser exercidos pelo juiz), entende-se que a CPI não poderá determinar prisões, salvo em flagrante delito, buscas e apreensões domiciliares e interceptações telefônicas. Ressalte-se que a CPI tem como objetivo apurar fato determinado.

Desse modo, as Comissões Parlamentares de Inquérito instauradas por quaisquer das Casas do Congresso Nacional, em conjunto ou em separado, devem respeito aos direitos fundamentais, às leis da República, “ao princípio federativo, e, consequentemente, à autonomia dos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, cujas gestões da coisa pública devem ser fiscalizadas pelos respectivos legislativos”.

Ensina o professor Dirley da Cunha Júnior: “as investigações encetadas (iniciadas) pelo Parlamento, ademais, têm natureza inquisitiva (interrogativa), não se aplicando às CPI´s os princípios do contraditório e da ampla defesa, uma vez que essas Comissões não responsabilizam, não processam e não julgam”.

Em linhas gerais, esses alguns poderes e objetivos de uma CPI. Aguardemos a conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal em relação ao combate à Covid-19 e, quem sabe, futuras consequências para os envolvidos.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 27/06/2021 - 09:08h
Série D

América faz 2 x 0 e acaba permitindo empate do Caucaia

Do Diário do Nordeste

O Caucaia empatou com o América-RN em 2 a 2, neste sábado (26), em partida realizada no Estádio Raimundão, válida pela quarta rodada da Série D do Campeonato Brasileiro.

Os primeiros gols da partida foram marcados pelos visitantes. Os dois por Elvinho, aos 23 e 26 da etapa inicial.

A reação do Caucaia começou no segundo tempo, com Genesis Fernandes, aos 35 minutos. No segundo tempo, o empate veio com Ednei, aos 20 minutos.

Com o resultado, Caucaia soma apenas 2 pontos no grupo A3 da competição, enquanto o América foi a 4 pontos.

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Categoria(s): Esporte
  • Repet
domingo - 27/06/2021 - 08:30h

A vez da esquerda

Por Marcos Ferreira

Falou-me que completou quarenta e quatro em maio. Sete anos mais novo e uns quinze centímetros mais alto que eu, que possuo um metro e sessenta e sete. Também está em guerra com a balança, no entanto não se furtou a comentar o meu sobrepeso, ele mesmo exibindo uma barriguinha saliente.

Encontrei-o na última terça-feira numa clínica localizada no Centro, quando fui a mais uma consulta com o meu endocrinologista. Ele fazia exames de rotina, aproveitando, como de costume, as férias da empresa, oportunidade em que retornou a Mossoró para revisitar familiares e amigos em sua terra de nascimento. Eu, entretanto, não tinha notícias dele há bastante tempo. E, de imediato, como não poderia deixar de ser, apercebi-me da sua atual condição de amputado.Conversão à esquerda, pista de rolamento, estrada, sinalização horizontalEsforcei-me para não transparecer o meu choque e estarrecimento. Por cerca de duas décadas fora meu vizinho no Conjunto Santa Delmira, além de um dos mais assíduos e competitivos atletas de voleibol amador do bairro. Magro, com boa envergadura e impulsão, era difícil pegá-lo no bloqueio.

— Você não perguntou, mas eu vou lhe dizer — começou ele. — Foi um acidente de carro. No dia 3 de outubro de 2015.

Estando a clínica quase cheia, tivemos uma boa conversa de uns trinta minutos, o suficiente para que eu me inteirasse de alguns acontecimentos da vida de Inácio. Sim, Inácio Luís dos Santos, seu nome completo. Contou-me, por exemplo, que na noite do acidente foi assistido pela própria esposa, que é médica socorrista do Samu. Alcoolizado ao volante, após confraternização com colegas do sindicato, ele capotou o carro nas imediações do Aeroporto Tancredo Neves.

— Amigo, fiz besteira! — admitiu.

Fiquei perplexo, sem palavras. Porque escritor também fica sem palavras. Enquanto isso, sem máscara, pois ele argumentou ter contraído o vírus em março do ano passado, cumprindo quarentena totalmente assintomático, Inácio Luís falava pelos cotovelos. A seguir, alargando aquele sorrisão:

— O pior de tudo foi a tatuagem!

— Como assim? — espantei-me.

Ele, risonhamente, explicou-me:

— Havia dois meses eu mandara fazer uma tatuagem com os rostos dos meus filhos e da minha esposa nessa parte toda, do ombro até o antebraço. Custou-me mil e oitocentos reais, mas ficou uma coisa linda.

— Que pena, Inácio — murmurei.

A perda do membro, amputado na altura do ombro, não lhe impôs nenhuma depressão ou desgosto diante da vida. Queixou-se tão somente, com um resquício de abatimento, do ponto final que aquele desastre pusera em sua presença nas quadras de vôlei. Em instante algum observei uma nota de tristeza em sua voz. Pelo contrário. Agora com um único braço, o esquerdo, pôs a mão sobre meu ombro e pareceu a mim pretender confortar pela desventura que era dele.

— Tudo bem. Deus sabe o que faz.

E eu, sem nada melhor a lhe dizer:

— Isso é verdade, Inácio. Ele sabe.

Durante aquele nosso inesperado encontro e esclarecedora conversa (suponho que grande parte era acompanhada com o rabo do olho por uma senhora ruiva e rechonchuda ali próximo, cuja expressão me fez crer que estivesse incomodada pelo fato de que Inácio não usava máscara), falamos sobre vários assuntos: esporte, amigos, saúde, pandemia, família, política, trabalho, etc.

Ele deixou esta cidade, segundo contou, em 2003, indo de mala e cuia para São Mateus, no Espírito Santo, ao ser aprovado em concurso da Petrobras para a função de operador de campo. Ali deitou raízes, contraiu matrimônio, gerou dois filhos e seguiu praticando vôlei em solo espírito-santense.

Relatou umas limitações e desafios:

— Tudo mudou drasticamente. Tive que aprender e reaprender um monte de tarefas básicas. Dificuldade para realizar as coisas mais simples do nosso cotidiano, como escovar os dentes, fazer a barba, tirar ou vestir uma roupa, escrever meu nome. Desde então venho praticando minha assinatura com a esquerda, porém estou longe daquela caligrafia boa que eu tinha. Outra coisa difícil é limpar a bunda. Precisei eliminar o uso do papel. Agora só me asseio no jatinho d’água.

Como no vôlei, levantei a bola dele:

— Você sempre foi um vencedor.

— Ah, muito obrigado, meu amigo.

— Bom saber que ainda jogava vôlei.

— Sim! Eu nunca deixei o voleibol.

Estava diante de mim, de sorriso largo, com o seu corte de cabelo à Roberto Carlos, ora com uns fios prateados, o mesmo Inácio brincalhão dos tempos de esporte, dos jogos de dupla na quadra de areia na praça do Abolição IV e do bate-papo quando sentávamos no meio-fio diante da casa de Nilson Rebouças, justamente para comentarmos os momentos mais relevantes das partidas.

Daí a pouco me perguntou pela vacina.

— Você já tomou sua primeira dose?

— Já, sim — respondi num bate-pronto.

— Eu também, apesar de ter me curado.

— Se não lhe fizer bem, mal não fará.

— De graça, tomo até injeção na testa.

— Como ficou em relação à empresa?

— Estou em função administrativa. Não quero me aposentar logo. Sem as horas extras e feriados trabalhados, o salário despenca. Vou aguentar isso por mais um tempo. Especialmente agora que Olívia, minha esposa, está grávida. É o sétimo mês. Gravidez de gêmeos. Um casal. Barrigão desse tamanho.

— Poxa, meu amigo! Meus parabéns!

— Tenho me sacrificado até no sexo.

Soltou uma gargalhada e acrescentou:

— Agora, rapaz, é a vez da esquerda.

— Esquerda?! — reagi inocentemente.

— Pois é, a esquerda — e gesticulou. — Não tem outro jeito, não. Em certas horas, quando me encontro apertado e Olívia não se dispõe a me dar uma mãozinha, corro para o banheiro e resolvo a situação sozinho.

— Por favor, meu caro, me poupe dos detalhes sórdidos. Suponho, todavia, que não deve ser fácil. Não quero nem imaginar.

Olhei à volta com um sorriso amarelo. Supus que a senhora que nos espionava tivesse compreendido aquele gesto obsceno.

— É um negócio difícil — afirmou ele.

Nesse instante o número da ficha de Inácio surgiu no painel eletrônico e ele se despediu de mim apertando minha mão esquerda. Não trocamos contato telefônico e daí a pouco também fui chamado ao consultório.

— Agora, rapaz, é a vez da esquerda.

Essa pilhéria de Inácio Luís, de cunho onanístico, ainda martela na minha cabeça. Será, porventura, uma profecia para 2022?

Não faço a menor ideia. O que sei é que não tenho mais narinas nem estômago para a podridão que se instalou na Casa de Vidro. E não duvido de que outro amputado retome o governo deste Brasil desgovernado.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 27/06/2021 - 07:42h

Misteriosa obsessão

Por Marcelo Alves

“100 filmes: da literatura para o cinema” (BestSeller, 2014), organização de Henri Miterrand, é um livro que eu recomendo deveras. Literatura e cinema, sozinhas ou misturadas, são duas coisas boas da vida, vos asseguro.

Todavia, o livro, nos traz uma advertência que acredito crucial: “Desde a sua criação até os dias atuais, o cinema bebe da fonte da literatura. No entanto, o segredo que permite transpor o trabalho do papel para a película parece conhecido apenas por alguns dos grandes nomes da sétima arte: Kubrick, Visconti, Renoir, Bresson e poucos outros foram capazes de criar obras-primas baseadas em outras obras-primas enquanto nomes menores criaram cópias insossas”.literatura-no-cinema De fato, com honrosas exceções, é comum dizermos: “o livro é melhor que o filme”. E, dentre essas exceções, talvez a mais famosa seja a trilogia “O Poderoso Chefão” (“The Godfather”), iniciada em 1972 sob a direção de Francis Ford Coppola, baseada no livro de Mario Puzo.

E é aí que entra uma questão curiosa: o gênero da literatura a ser adaptada para o cinema. Este e a TV parecem ser muito mais exitosos quando adaptam/roteirizam a literatura de gênero, em especial as estórias de suspense/mistério, para as suas maravilhas de imagem e som.

Outro dia, aliás, li no site literário Goodreads um belo artigo sobre o tema, de autoria de Adrienne Johnson, intitulado “Mystery Solved: Why Hollywood Is Obsessed with the Whodunit [leia-se ‘quem fez isso’]?”. E tudo fez sentido.

De logo, não são só Hollywood e as plataformas de streaming (Netflix, Amazon Prime, Apple TV etc.) que estão obcecadas por mistérios. Nós também estamos. Não conseguimos parar de assisti-los, mesmo com mil coisas a fazer ou necessitando dormir. Tiro pelo meu caso com “Lupin”, série da Netflix baseada na obra do francês Maurice Leblanc. Acabei vendo episódio atrás do outro, madrugada adentro. Hollywood ou Netflix nos vende o que queremos comprar.

E esse nosso amor pelos livros, filmes e séries de mistério/suspense decorre de vários fatores, muitos dos quais inconscientes. Há a questão da qualidade intrínseca à boa literatura. Como anota Adrienne Johnson, se uma editora de renome colocou seu selo num livro, ela está dizendo: “isso tem certa qualidade”. Ela também sugere olharmos a história do cinema: a maioria dos filmes ganhadores do Oscar são, na verdade, baseados em livros. Ademais, se a coisa nos encantou, é comum pensarmos: “já li o livro; agora vou ver o filme”.

Os livros também costumam oferecer uma abordagem mais profunda e completa da estória se comparados aos filmes. São 300 páginas em vez de 90 minutos de imagem e som. Com a explosão dos serviços de streaming, pululando nas TVs, isso é uma mão na roda. Temos aqui flexibilidade em formatos e tempo de execução. Uma série poderá ter inúmeros episódios ou ser divididas em várias temporadas. O livro é um ótimo plano para a série seguir e se desenvolver.

Há ainda a questão do enredo forte, típico dos whodunit, dos thrillers e por aí vai. Quem fez isso? Por que fez? Como fez? Isso sem falar nas reviravoltas a cada instante ou episódio. Nos livros de mistério, os capítulos geralmente terminam em um momento de angústia. Perfeito para os cortes da grande tela e, sobretudo, para os capítulos na TV. Deixará você grudado ali se perguntando: O que houve? O que vai acontecer?

Ademais, os filmes/séries de mistério nos tornam mais do que espectadores da estória. Em meio ao suspense, quase participamos da trama. Sentimos medo, raiva e alegria. E há os dilemas éticos e morais. O que faríamos no lugar da personagem X? Vendo “Lupin”, minha mulher me perguntou se eu roubaria um violino para ela. Disse que não. Quase fui abandonado na hora. Isso tudo pode até ser escapismo. Não importa. Temos esse direito.

Por fim, hoje, há uma tendência nos filmes/séries de mistério de contar sua estória com um toque de humanismo, mesmo quanto ao seu anti-herói. Um grande sofrimento ou injustiça prévia explica/justifica o seu comportamento. Além disso, também abordam, mesmo que lateralmente, questões atualíssimas, tais como igualdade e justiça social, gênero, classe, raça e por aí vai.

Vejam o caso da já citada série “Lupin”.

Bom, de minha parte, mil vivas para essa misteriosa obsessão.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 27/06/2021 - 06:10h

Uma verdadeira história de amor

Por Marcos Araújo

Era o ano de 1953. Governava o Brasil o populista Getúlio Vargas. O país tinha 53 milhões de habitantes. Pela exigência do crescimento econômico e da tendência nacionalista do chamado Estado Novo, estradas eram abertas. Pessoas às centenas eram contratadas para trabalharem naquilo que popularmente chamavam de rodagens.

Aqui no Estado, o DER empreendia ligar Mossoró à Luis Gomes, numa estrada construída a braços humanos, sem qualquer aparato tecnológico ou mecânico. Foi por essa época que um magricelo acariense baixado há pouco tempo do Exército, com parentes fixados no Sítio Salva Vidas, listou-se entre os trabalhadores recrutados pelo Batalhão de Engenharia, a quem cabia a execução dessa obra. Acompanhado de três jegues, se aventurou nessa empreitada.Cropped shot of elderly couple holding hands outdoor at sunset. Focus on handsChapéu de palha, rosto curtido de sol, punha-se ele, com os seus companheiros de lida (os jumentos “brinquedo”, “bolinha” e “moreno”) a jogar barro e colocar água na pavimentação de uma pista que ligaria a cidade de Pau dos Ferros à José da Penha. Mal sabia ele que Deus, por desígnios da arquitetura celestial, empreendia ligar dois corações.

Não muito distante do local de trabalho daquele jovem, morava uma senhorita de sorriso largo, faceira, recém-chegada de uma temporada de estudos na cidade de Mossoró. Seu trabalho também era intenso, auxiliando o seu pai e sua mãe nas lidas do campo e do gado.

À noite e nos finais de semana, jovens de toda a região se dirigiam ao Terreiro de seu Augusto Holanda, Padrinho daquela moça, onde aconteciam animadas “valsas”. Em companhia de João de Peba e de Arimatéia, o jovem acariense  dava uma de seresteiro, querendo engalanar-se para as incautas moças ouvintes.

Foi por ali que se conheceram e às escondidas começaram um namoro. Ciosos de suas diferenças, apadrinharam-se de um rapaz paraplégico (Antídio Gurjão) para servir de mensageiro das juras e dos escritos de amor. Na cadeira de rodas do paraplégico, ou entre os seus dedos, eram deixados bilhetes um a outro destinados. Este arroubo juvenil durou por mais de um ano.

Numa certa noite, entenderam que não era possível mais sufocar o sentimento e, mesmo com a reprovação do pai dela, deveriam se unir. Foi preparada a fuga. Como a canção que ele tantas vezes entoara, numa noite de luar encantador, madrugada afora, rumaram ao desconhecido, mão na mão, e um destino incerto a depender apenas do amor e da paixão. No bolso do trabalhador fujão, apenas uns trocados. Nas coisas da moça, duas mudas de roupas.

Foi no Catolezinho, proximidades da cidade de José da Penha, que o casal foi encontrar guarida e abrigo amigo. Se impensado foi o gesto, retorno não mais haveria. Numa cerimônia simples, na tarde do dia 27 de abril de 1955, na Igreja de São João Batista, na cidade de Riacho de Santana, fizeram juras sacramentais de um amor recíproco.

Incompreendidos pela fuga e o casamento às escondidas, sofreram os augúrios de lutarem contra o rigor do pai da noiva, que rejeitava a união da filha a um homem desconhecido. Não arrefeceram… O amor era maior do que a intransigência de “Seu” Raimundo Rodrigues.

Ele, um boêmio e cantor nato, sábio e à frente do seu tempo, anuiu à vanguarda da esposa em independência no pensamento e liberdade de mando doméstico. Tiveram nove filhos, que por sua vez geraram perto de 40 netos. Os filhos foram educados entre sermões e cordadas no “lombo”, para quando a palavra não mais surtia efeito. Com os netos, foram lenientes. Sempre foram muito falantes e interativos dentro – e fora – de casa.

Já idosos e confinados, implicavam um com o outro até por distração. No jogo de cartas para passar o tempo, se acusavam reciprocamente de “roubar” no jogo.

Essa “aventura” de amor já se mantém há 67 anos. Não foi possível comemorar (e para eles, relembrar) a data pela primeira vez em todo esse tempo. Ela vinha padecendo de Alzheimer, em progresso lento, conservando reservada lucidez. Ele tinha muita saúde, até que sofreu um AVC vésperas da data-aniversário de casamento, comprometendo sua cognição, fala e atividade motora.

Agora, convivem e coexistem quase sem palavras. O mutismo de um, adoece ainda mais o outro. Ela queixa-se o tempo todo da doença que o torna indiferente. Ele, acompanha as reclamações com o seu olhar compreensivo de um eterno apaixonado.

A enfermidade não suprimiu a consciência da dependência sentimental. Ainda há brilho e luz na troca de olhares que só o amor proporciona.

Como filho, vivenciei algumas brigas entre eles, o que é perfeitamente natural. Como vivente nessa experiência humana, nunca testemunhei amor tão intenso quanto ao deles dois, meus pais, Ary e Clotilde, que protagonizaram (e ainda, relativamente, protagonizam!) uma verdadeira história de amor!

Marcos Araújo é professor e advogado

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sábado - 26/06/2021 - 23:56h

Pensando bem…

“Se as suas ações inspiram os outros para sonhar mais, aprender mais, fazer mais e se tornar mais, você é um líder.”

John Quincy Adams

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sábado - 26/06/2021 - 23:22h
Bolsonaro e Lula

Para Styvenson, Brasil está diante de um “doido” e um “ladrão”

Do Blog Túlio Lemos

O senador Styvenson Valentim (Podemos) não tem papas na língua. Conhecido como atirador de elite verbal, o capitão que chegou ao Senado sem apoio de nenhuma liderança política do Estado, não poupa ninguém e atira nos dois principais concorrentes na disputa presidencial.

Valentim não vota em nenhum dos prováveis candidatos em 2022 (Foto: Jefferson Rudy-Agência Senado)

Valentim não vota em nenhum dos prováveis candidatos em 2022 (Foto: Jefferson Rudy-Agência Senado)

Em contato com o blog Tulio Lemos na manhã deste sábado (26), Styvenson falou sobre Lula e Bolsonaro.

Ele disse que em 2018 já não votou em Bolsonaro: “Agora é que não voto mesmo. Prometeu um monte de coisa e não cumpriu. Disse que ia intensificar o combate à corrupção e não fez. Desandou tudo. Disse que não ia ceder ao toma lá dá cá e o que vejo é um festival de distribuição de emendas.”

Segundo Styvenson, “Bolsonaro é doido e mentiroso. Não voto nele de jeito nenhum.”

Sobre o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), o senador Styvenson também não poupou ‘elogios’ e disparou sua metralhadora: “Lula é o maior bandido que o Brasil já teve. Se estão dizendo que esse Lázaro aí é perigoso. Perigoso é Lula que tá solto.”

O senador Styvenson Valentim conclui: “Não voto em nenhum dos dois.”

Nota do Blog – Falta agora um diagnóstico sobre o próprio senador Valentim. Que o faça.

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sábado - 26/06/2021 - 22:46h
Torcidas

O tribunal da Internet e o tribunal da vida real

internet e justiça, sentença, juiz e web,No mundo da Internet não existem princípios como o Devido Processo Legal e o Amplo Direito à Defesa.

Da CPI da Covid já saem condenados e inocentes, dependendo da corrente de pensamento.

Falar isso ou aquilo em CPI, qualquer um fala.

Provar são outros 500.

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sábado - 26/06/2021 - 22:06h
CPI da Covid-19

Líder de Bolsonaro teve mulher nomeada após suposta denúncia

Ex-governadora do Paraná Cida Borghetti (PP) , Bolsonaro e o marido, nomeação após suposta denúncia (Foto: Facebook)

Ex-governadora do Paraná Cida Borghetti (PP) , Bolsonaro e o marido, nomeação após suposta denúncia (Foto: Facebook)

Por Thaís Rodrigues (Do Congresso em Foco)

Menos de dois meses depois de dizer, segundo o deputado Luis Miranda, de que um eventual esquema de corrupção na compra de vacina contra covid-19 “era coisa” do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou a esposa do paranaense para o cargo de conselheira de administração de Itaipu.

Bolsonaro publicou a nomeação da ex-governadora do Paraná Cida Borghetti (PP) no dia 6 de maio no Diário Oficial da União (veja AQUI). De acordo com Luis Miranda, a conversa entre ele e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, e o presidente da República ocorreu no dia 20 de março, no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo.

O salário de conselheiro da hidrelétrica é de R$ 27 mil para comparecer a reuniões que acontecem de dois em dois meses. Barros alegou, na época, que a nomeação da esposa não se dava pela relação familiar entre os dois, mas pela experiência dela como governadora do Paraná.

Irregularidades

Em depoimento nessa sexta à CPI da Covi, os irmãos Miranda afirmaram que relataram a Bolsonaro que havia irregularidade e pressão indevida na compra da vacina indiana Covaxin. Os dois disseram que o presidente chegou a atribuir a um deputado uma possível participação no caso, mas resistiam a informar o nome dele. Somente na fase final dos depoimentos, após forte pressão de senadores, Luis Miranda confirmou que o parlamentar citado por Bolsonaro era o líder do governo na Câmara.

Página da Itaipu publicou nomeação de Cida (Reprodução do Canal BCS)

Página da Itaipu publicou nomeação de Cida (Reprodução do Canal BCS)

Cida Borghetti substituiu o ex-ministro Carlos Marun (MDB-MS), que ocupava a função desde o governo de Michel Temer. Dois dias antes da reunião relatada por Miranda, Bolsonaro havia recebido o deputado paranaense, que informou, na época, ter tido uma reunião produtiva com o presidente, como destacou o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que recuperou a sequência dos fatos.

Ex-deputada federal, Cida foi governadora do Paraná por nove meses.

Ela assumiu o cargo em abril de 2018, quando o então governador Beto Richa renunciou para disputar uma vaga no Senado. Cida era vice-governadora e disputou a reeleição, mas foi derrotada pelo atual governador, Ratinho Júnior (PSD).

O imunizante que virou pivô das investigações é do laboratório indiano Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos. O Ministério da Saúde assinou com essa empresa brasileira um contrato de R$ 1,6 bilhão para aquisição de 20 milhões de doses no dia 25 de fevereiro.

Ricardo se defende

Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. “Não sou esse parlamentar citado”,
A investigação provará isso.
Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe.
Não tenho relação com esse fatos.

Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP)

“Eu sei o que vai acontecer comigo. A senhora sabe que foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o Ricardo Barros que o presidente falou”, disse o deputado ao ser questionado pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) por volta das 22h.

Em seu Twitter, Ricardo Barros negou qualquer envolvimento com o contrato. A postagem foi feita minutos depois da declaração de Miranda.

Nota do Blog Carlos Santos – Barros foi ministro da Saúde na gestão Michel Temer (MDB-SP), vale lembrar.

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Categoria(s): Política
sábado - 26/06/2021 - 21:28h
Zona rural

Um mundão de meu Deus, rico e cheinho de vida

Parte desse sábado (26) esbarrei na zona rural de Mossoró.

Temos a mais vasta área campesina do RN.

Nosso território cumulativo (cidade/campo) é o maior do RN com 2.099 km² e 137 comunidades rurais.

Natal tem apenas 169,3 km².

Mais de 17 vezes o tamanho da capital.

Um mundão de meu Deus, enorme e complexo, rico e cheinho de vida.

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sábado - 26/06/2021 - 21:00h
Aplauso

Doutor Cid Augusto, com certeza

Cid obteve nota máxima, mas ainda não é multi-instrumentista nem enveredou pelo sapateado (Foto: arquivo)

Cid obteve nota 10, mas ainda não canta, não é multi-instrumentista nem enveredou pelo sapateado (Foto: arquivo)

Todos os vivas para o jornalista, professor, poeta, escritor, advogado e doutor Cid Augusto.

Ele acaba de passar pelo corredor polonês do doutoramento em Estudos da Linguagem na Universidade Federal do RN (UFRN).

Um doutor com excelência, nota 10.

Por sua inteligência diferenciada e dedicação ao conhecimento, acabou dando a lógica.

Ele consegue ser bom em tudo que faz. Ou muito bom, digamos.

Ainda bem que não canta, não tentou o sapateado (pelo o que sei) nem é multi-instrumentista, se não morreríamos na manguaça.

Estou certo ou estou errado, Túlio Ratto?

Parabéns, meu caro.

P.S – Ele teve publicado bem antes (início desse ano), o artigo “‘O furo a qualquer preço’: práticas discursivas de poder e resistência ante atitudes machistas em cenário de democracia frágil”, que escreveu em parceria com a professora Marluce Pereira da Silva para o Dossiê “Resistência em práticas discursivas de contestação em democracias frágeis”.

Foi veiculado pela revista Trabalhos em Linguística Aplicada, do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Apenas cinco foram selecionados no país.

Veja íntegra AQUI.

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sábado - 26/06/2021 - 20:18h
Domingo, 27

Mossoró Vacina a partir de 43 anos sem comorbidades

Vacinação chega a outro importante momento em Mossoró (Foto: PMM)

Vacinação chega a outro importante momento em Mossoró (Foto: PMM)

Mossoroenses na faixa de 43 anos (sem comorbidades) ou mais podem começar a se vacinar contra a Covid-19 neste domingo (27). O município disponibiliza 10 unidades básicas de saúde para aplicação da vacina, em mais um fim de semana na campanha Mossoró Vacina.

A vacinação ocorre das 8h às 16h.

Desde a sexta-feira, dia 25, Mossoró está vacinando 46 anos ou mais e avançou no sábado para 45 anos. Neste domingo, é a vez das pessoas com 43 anos ou mais.

Alguns documentos são necessários para recebimento da primeira dose. Pessoas incluídas na faixa etária 43 anos ou mais devem apresentar originais e cópias de documento oficial com foto, comprovante de residência e cartão de vacina (se houver).

É importante que a pessoa esteja cadastrada no portal RN + Vacina para dar agilidade à vacinação. (//maisvacina.saude.rn.gov.br/cidadao/). Caso, não tenha o cadastro, o mesmo será feito no local de vacinação.

Mossoró recebeu na sexta-feira (25), 10.510 doses de vacinas. Das 10.510 doses, 1.220 são destinadas para D2 (segunda dose). O restante será para aplicação da D1 (primeira dose). As vacinas são de quatro tipo: Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen.

Pontos de vacinação (27/06):

UBS Vereador Durval Costa (Walfredo Gurgel)
UBS Raimundo Renê Dantas (Boa Vista)
UBS Dr. Joaquim Saldanha (Estrada da Raiz)
UBS Dr. Cid Salém Duarte (Abolição IV)
UBS Dr. Sueldo Câmara (Aeroporto II – Quixabeirinha)
UBS Francisco Pereira de Azevedo (Liberdade I)
UBS Agnaldo Pereira (Vingt Rosado)
UBS Dr. José Fernandes de Melo (Lagoa do Mato)
UBS Enfermeira Conchita da Escóssia (Abolição II)
UBS Centro Clínico Evangélico Edgard Bulamarqui (Centro).

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sexta-feira - 25/06/2021 - 23:59h

Pensando bem…

“Sempre há tropeços, mesmo em uma estrada plana: é o destino dos homens. Sempre há equívocos. Se não nos enganamos no essencial, enganamo-nos nos detalhes. Ninguém conhece a verdade inteira.”

Tchekhov

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sexta-feira - 25/06/2021 - 19:56h
Eleições 2020

Partidos políticos têm até 30 de junho para prestação de contas

urna eletrônica, votoOs partidos políticos têm até o dia 30 de junho para enviar as suas prestações de contas do exercício financeiro de 2020 à Justiça Eleitoral. O prazo vale para todos os níveis de direção partidária, ou seja, diretórios nacionais, estaduais e municipais, ainda que constituídos de comissões provisórias/interventoras, mesmo para aqueles que não tenham tido movimentação financeira ou de bens estimáveis durante o período.

A entrega da prestação de contas anual pelos partidos é determinada pela Constituição Federal (artigo 17) e regulamentado pela Lei nº 9.096/1995 e pela Resolução nº 23.604/2019 do TSE.

Os partidos políticos devem utilizar o Sistema de Prestação de Contas Anuais (SPCA) e a contabilidade partidária deve observar a estruturação do Plano de Contas aprovado pela Portaria nº 926/2018 do TSE.

Sanções

Na hipótese de a Justiça Eleitoral julgar pela desaprovação das contas,  o órgão partidário poderá ter suspenso o seu direito de receber repasse dos recursos provenientes do Fundo Partidário e ter que devolver a importância eventualmente não comprovada ou aplicada irregularmente, acrescida de multa de até 20%, além de outras possíveis consequências legais.

No caso de contas não prestadas, o órgão partidário perderá o direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, devendo devolver integralmente todos os recursos provenientes do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha que tenha recebido, podendo ainda ter o seu registro ou anotação suspenso (a), após decisão com trânsito em julgado, precedida de processo regular que assegure ampla defesa.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
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