segunda-feira - 13/12/2021 - 10:32h
Brasil

Governo editará portaria exigindo passaporte de vacina

Do Canal Meio

O governo edita esta semana, talvez ainda nesta segunda-feira, uma portaria tornando obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para entrada no Brasil. A decisão foi tomada no domingo em uma reunião interministerial convocada às pressas para correr atrás daquilo sobre o qual o Planalto não tinha mais controle.No sábado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, baixou uma liminar exigindo o passaporte. A medida já está em vigor desde então. (Metrópoles)

Luís Roberto Barroso antecipou decisão que o governo batia cabeça (Foto: Marcos Jr./Arquivo)

Luís Roberto Barroso antecipou decisão que o governo batia cabeça (Foto: Marcos Jr./Arquivo)

 

A decisão ainda pode ser alterada — após a liminar, a ministra Rosa Weber enviou o texto de Barroso para o plenário virtual. Os dez ministros poderão votar entre a zero hora de quarta-feira e 23h59 de quinta. A ordem foi dada em uma ação da Rede Sustentabilidade. A Anvisa já havia pedido exigência do passaporte para quem entra no Brasil, mas o Planalto resistia. (g1)

Aliás… O Ministério da Saúde concluiu, no domingo, a recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a covid-19, “sem perda de informações”. O sistema havia sido atacado por um grupo hacker na madrugada de sexta-feira. (Poder 360)

De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, o ConectSUS deve ser restabelecido até terça-feira e será novamente possível acessar a carteira de vacinação. (g1)

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segunda-feira - 13/12/2021 - 08:16h
Hoje

Procissão de Santa Luzia começa na Capela de Mãe Rainha

O ponto mais marcante dos festejos de Santa Luzia, padroeira de Mossoró, nesse dia 13 de dezembro de 2021, será – como sempre – a procissão. Está marcada para começar às 17h.

A procissão é o momento mais emblemático da programação festiva em torno da padroeira (Foto: arquivo)

A procissão é o momento mais emblemático da programação festiva em torno da padroeira (Foto: arquivo)

A saída será da Capela de Mãe Rainha, no conjunto Ulrick Graff, bairro Costa e Silva, em frente ao Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins.

Inicia o percurso pela Alameda das Carnaubeiras.

Segue pela Rua dos Pereiros, depois Rua Raimundo F. de Oliveira (rua do Instituto Federal do RN – IFRN), entrando à direita na Avenida Presidente Dutra.

A partir daí, desce em direção à Catedral de Santa Luzia, no centro da cidade. 

Transmissão

Youtube da Paróquia de Santa Luzia, 95 FM, Rádio Rural de Mossoró, 105 FM, TCM-Canal 10 e TV Cidade Oeste são canais de transmissão ao vivo da procissão em todas as suas etapas.

Transporte

No Dia de Santa Luzia, o transporte coletivo terá operação especial para procissão. Dezesseis ônibus circularão com destino à Capela de Mãe Rainha. Sairão dos bairros Abolição (quatro ônibus), Nova Vida (três), Vingt Rosado (três), Sumaré (dois), Planalto (um), e do Centro – Terminal do Carcará (três).

Os ônibus circularão com itinerários diferenciados, a partir das 15h30, exceto a linha Abolição, que inicia o trajeto às 15h e os ônibus que iniciarão o percurso no Carcará, às 14h. Seguirão dos bairros direto para o local de onde partirá a procissão.

Para o retorno aos bairros, ao final da celebração, as linhas Nova Vida, Vingt Rosado, Sumaré e Planalto sairão do Terminal Carcará. Já a linha Abolição seguirá a partir do Terminal do Hotel Caraúbas.

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segunda-feira - 13/12/2021 - 07:02h
Luto

Doutor Cícero, o juiz que nunca vestiu a toga

Doutor Cícero Alves e familiares em foto de arquivo familiar

Doutor Cícero Alves e familiares em foto de arquivo familiar

Por Marcos Araújo

Faleceu na tarde desse domingo (12), dedicado à Nossa Senhora de Guadalupe, o magistrado aposentado Cícero Alves de Sousa, que judicou em Patu, Campo Grande, Areia Branca, Assu e Mossoró, até se aposentar.

A ele pode se designar o título de self made man, pois, filho de pais humilíssimos, saiu de Riacho dos Cavalos, interior da Paraíba, para servir a Deus como interno em um Seminário de Padres em João Pessoa, depois, desviando-se para a vida secular, sagrou-se formar-se em Direito, na vetusta Faculdade de Direito em Recife/PE, e depois conubiar-se com a doce Aday, seu amor por toda uma vida.

Como magistrado, se despiu da vaidade e da imponência da toga, tratando os jurisdicionados e advogados como seus iguais. Eu o conheci nos albores da minha vida profissional, quando Mossoró tinha apenas três varas. Os outros dois juízes eram Luís Diogenes e Francisco Dantas Pinto.

Ser juiz, no seu tempo, carecia da demonstração dos arrufos de valentia, destemor e arrogância. Era o distintivo necessário à demonstração do exercício de autoridade.

Por não vestir essas “ferramentas” tão ínsitas ao cargo (e encargo), logo recebeu o epíteto de “padre”. Em alguns momentos, sua tolerância e compassividade foi confundida com tibieza funcional.

Foi meu professor na Faculdade de Direito, lecionando as disciplinas de Latim Forense e Direito Romano. Tempos depois, após ter sido aprovado em concurso para professor na Uern, passei a ser seu colega de docência, assistindo, com desagrado, sua luta vã e inglória pela preservação dessas duas disciplinas na grade curricular do curso, tidas, pela maioria, como desatualizadas e antiquadas à formação jurídica.

Tenho retida na memória a educada atenção com os servidores do Fórum. Quando um vigilante morreu atropelado, quis ele fazer-lhe uma saudação funérea, tendo sofrido um AVC transitório no momento do velório.

Talvez Doutor Cícero tenha sido o último dos magistrados a atender as partes e advogados sem necessidade de hora marcada, bastando bater à porta de sua sala, no 2o. andar do Fórum Silveira Martins. A toga nunca lhe distanciou do povo, destinatário final da Justiça; e o poder e a bajulação social nunca embotaram sua humildade.

Sendo juiz no século XX, onde o positivismo kelseniano moldava o decisionismo judicial (a lei resolvia tudo, e fora dela não havia direito), causou estupor entre os seus pares a sentença que condenou o ladrão arrependido a assistir 40 missas na primeira fila, ao invés de mandar que ele definhasse nas celas de uma prisão.

Conhecia muito de canto e música, especialmente a sacra. Por duas vezes, assistindo missa ao seu lado, fui recriminado por tentar acompanhar o coro. Ouvi dele um apelo: – “Por favor, não cante!”. Sem dom e sem voz, entendi o recado…

Suas visões diversas de mundo e o comportamento que delas decorreu, criou um fosso profundo entre ele e o Tribunal, de modo que não chegou à Corte pelo critério do merecimento, ainda que estivesse também no ápice pelo critério da antiguidade.

Era cursilhista, ececista, ministro da palavra, um cristão por convicção…. Viveu para servir. Mesmo doente continuou dando testemunho de sua fé e resignação. Eu sempre lhe ligava nos seus aniversários, ainda que nos últimos anos dona Aday dizia que ele não recordava mais das pessoas e dos amigos. Dona Aday, sua perseverante e dedicada esposa; seus amados filhos Aspasia e Júlio César; seus netos Cícero Neto (“vovozim de vovô”, como ele chamava) e Túlio; Alderi, seu genro; tiveram a honra de tê-lo como referência humana vivencial.

Por onde passou deixou sua marca e boas lembranças.

Como professor, um moralista, sem recalques. Como pai e esposo, um devotado companheiro e protetor. Como juiz, um guia de conduta e honradez para a magistratura brasileira. Sempre honrou a toga, ainda que não a vestisse como símbolo de poder. Como cristão, um farol a iluminar os indecisos na fé. Na nossa vida, um inigualável amigo.

Hoje, no particular, faço silêncio pela sua partida. Sei que Juan Diego, o santo que anunciou ao mundo Maria de Guadalupe, o esperou na porta do céu. Nossa Senhora dos Impossíveis, a forma esperançosa de Nossa Senhora de quem ele era devoto e por quem construiu uma capela, o acolheu em seu seio sagrado.

Ave, Doutor Cícero! A honradez e o exemplo com que se conduziu em vida, são elementos imateriais da toga da imortalidade que reveste a memória de sua existência. Como diria o senhor, no seu castíssimo latim, “requiescat in pace!”

Marcos Araújo é professor e advogado

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segunda-feira - 13/12/2021 - 06:28h
Mossoró

Seis missas marcam último dia dos festejos em torno de Santa Luzia

Missas de Santa Luzia dia 13 de Dezembro de 2021Nesse dia 13 de Dezembro, Dia de Santa Luzia, padroeira de Mossoró, é fechado o ciclo de festejos em torno desse símbolo do catolicismo.

Seis missas estão marcadas para essa data, além da procissão. A primeira missa na Catedral, às 5h.

As demais, também na Catedral de Santa Luzia, são às 6h30, 8h, bem como missa solene, às 10h, presidida pelo bispo Dom Mariano.

Às 14h, nova missa na Catedral de Santa Luzia e, a partir  das 15h, Missa na  Capela Mãe Rainha, que pertence à Paróquia São Manoel, e às 17h início da procissão.

Na manhã desse dia 13, acontece também a II Revoada da Luz, às 8h, no Aeroporto Dix-sept Rosado, onde a imagem de Santa Luzia, acompanhada do bispo Dom Mariano Manzana, sobrevoará Mossoró.

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domingo - 12/12/2021 - 23:52h

Pensando bem…

“Adapte o que é útil, rejeite o que é inútil e adicione o que é especificamente seu.”

Bruce Lee

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domingo - 12/12/2021 - 11:24h

Melão chega à China ocupando vácuo no mercado asiático

Por Josivan Barbosa

A Agrícola Famosa colocou o seu primeiro carregamento de melão na China na primeira semana de dezembro. Os melões são da cultivar Dino (grupo inodorus) que são caracterizados por casca suave de cor branca, firme e doce. A parte externa da casca lembra um ovo de dinossauro, daí o nome Dino.

A Agrícola Famosa tem um mercado cativo na Europa e nos Estados Unidos, o que poderá facilitar o sucesso da comercialização naquele país asiático.

Produto já ocupa outros mercados internacionais (Foto: reprodução)

Produto já ocupa outros mercados internacionais (Foto: reprodução)

O melão Dino tem excelente vida útil pós-colheita o que favorece o envio por via marítima e é uma variedade que atende bem ao mercado chinês em termos de preço e qualidade organoléptica (sabor e doçura).

O melão brasileiro dispõe de uma janela de exportação para a Ásia de poucos meses (outubro até início de fevereiro). Dificilmente o produtor tentará produzir melão no Polo de Agricultura Irrigada RN – CE a partir de fevereiro, quando se inicia mais fortemente o período chuvoso, o que afeta a qualidade do produto.

A tendência é de que a Agrícola Famosa trabalhe com poucos volumes do melão Dino para a China, pois nesse primeiro momento, a empresa fará um estudo de mercado e precisa saber como será a receptividade do produto pelos chineses.

Dois aspectos contribuem para que a empresa trabalhe cuidadosamente o mercado da China para melão no momento: a continuidade da pandemia no Brasil e a dificuldade de contêineres para o transporte marítimo da fruta.

A Agrícola Famosa pretende oferecer melões de qualidade diferenciada para a China e não vai se precipitar com o aumento da quantidade.

As perspectivas do melão Dino oriundo da Agrícola Famosa são boas, ao ponto do importador ter afirmado que como o melão chega ao mercado Chinês num período de baixa produção nacional, o melão brasileiro preenche esse vácuo deixado pelo produtor chinês. Nesse período do ano, apenas a região de Hainan produz melão.

Poucos países tem autorização para exportar melão para a China. Até o momento, apenas Myanmar, Kirguistán, Uzbekistán e Brune possuem, oficialmente, essa vantagem competitiva. Estes países têm dificuldade em termos de transporte e de qualidade do produto, o que facilita para o melão brasileiro.

A variedade Dino tem flavor (sabor e aroma) diferenciado o que pode acelerar a aceitação do produto pelos chineses.

Melão Dino no mercado americano

A oferta de um melão considerado especial, a variedade Dino está conquistando o mercado americano. O melão Dino tem casca branca e manchas verdes.

As exportações dessa variedade para os EUA iniciaram-se em outubro e a expectativa é que continue até março, com um embarque semanal. O pico de envio de melão para os EUA ocorrerá de novembro a janeiro.

O melão Dino tem flavor (sabor e aroma) agradável e apresenta alto teor de sólidos solúveis (graus brix). Além disso, é um fruto que apresenta excelente potencial de vida útil pós-colheita em sistema de refrigeração, o que facilita o transporte por via marítima.

Segundo a Agrícola Famosa, a aceitação do produto no mercado americano é crescente. A cada dia o consumidor americano vai se familiarizando com o melão Dino.

Um dos aspectos que tem complicado a exportação de melão para os EUA é a logística em função dos altos preços do frente marítimo do Brasil para os EUA.

Na Estrada da raiz em Aracati tem uma arena

É muito comum fazermos comparações do desenvolvimento econômico e social do vizinho estado do Ceará com o nosso Rio Grande do Norte. Desta vez vamos exemplificar com um fato bem perto de nós.

No fim de semana anterior (sábado, 4), fomos participar de um amistoso de futebol de campo com a equipe do Santa Tereza de Aracati na periferia daquela cidade, em comemoração ao aniversário do clube.

Areninha em uma das localidades de Aracati é obra diferenciada do poder público (Foto: reprodução)

Areninha em uma das localidades de Aracati é obra diferenciada do poder público (Foto: reprodução)

O jogo aconteceu numas das diversas areninhas que têm na cidade. Nós já conhecíamos a areninha de Canoa Quebrada e essa fica dentro da própria comunidade praiana, afastada do centro, mas, que pelas características das residências, trata-se de um local habitado por trabalhadores. Não há sinais de que lá residem advogados, médicos nem engenheiros.

A areninha (campo em tamanho oficial para 11 atletas) tem gramado sintético, vestiário, arquibancada, iluminação de excelente qualidade, alambrado e acesso com segurança. O campo tem uma manutenção periódica e é muito bom para a prática do futebol. Constatamos isto numa partida de 70 minuto contra o time do Santa Tereza.

Como o título acima sugere, e por incrível que pareça, no domingo fomos participar pela primeira vez de uma partida de futebol no campo da Estrada da Raiz no bairro Santo Antônio da Terra de Santa Luzia. Pois bem, no Raizão, como poderia ser o nome se fosse uma areninha, as condições são muito diferentes.

Ao invés de grama sintética, pedregulhos em toda a extensão do campo, lama nas partes baixas, desnível e falta de proteção frontal e lateral para a bola. Além disso, quando a bola deixava o perímetro do campo, o atleta precisava pular feito um siri dentro do lixo para buscá-la. Em algumas situações levava-se de 2 a 3 min para a bolar retornar. Em algumas vezes a bola adentrava a via duplicada da Rio Branco e ia até próximo do posto de combustível que fica em frente ao campo de futebol.

Outro aspecto interessante foi que, em alguns lances, a bola representava um perigo para os pedestres que passavam ao lado do campo de futebol como também representava perigo para quebrar os vidros dos veículos estacionados. Bem diferente das areninhas de Aracati. Lá a proteção é total em todo o perímetro do estádio.

O leitor deve está se perguntando, porque em Aracati e na maioria dos municípios do Ceará foi possível construir centenas de areninhas e em Mossoró, com mais de 300 mil habitantes, não temos se quer uma areninha?

Esperamos que este exemplo sirva de reflexão e que possamos avançar no apoio ao esporte em Mossoró e no nosso Rio Grande do Norte.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido

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domingo - 12/12/2021 - 10:00h

O Napoleão das letras

Por Marcelo Alves

Honoré de Balzac (1799-1850) foi um gigante. Como anota François Taillandier na biografia “Balzac” (L&PM, 2009), “em trinta anos de trabalho duro, assombrado pelas preocupações com dinheiro”, Balzac “publicou A comédia humana, monumento romanesco sem igual”; foram “quase uma centena de romances, novelas e contos”, que deram “vida a dezenas de personagens que se transformaram em mitos”.

Suas obras-primas – “A pele de Onagro” (1931), “Eugènie Grandet” (1833), “O Pai Goriot” (1834), “O Lírio do Vale” (1835), “César Birotteau” (1837), “As Ilusões Perdidas” (1837-1843), “A Mulher de Trinta Anos” (1842), “Modesta Mignon” (1844), “O Coronel Chabert” (1844), “A Prima Bette” (1846), “O Primo Pons” (1847), “Esplendores e Misérias das Cortesãs” (1838-1847) e por aí vai –, compondo a “Comédia”, provam o que dizemos, o biógrafo Tallandier e este que ora vos escreve. Foi o “Napoleão das letras”, nas palavras de Paul Bourget (1852-1935), e isso já diz tudo.honore-de-balzac-800x445

Há muitíssimo para se falar de Balzac. Mas não sou um Paulo Rónai (1907-1992). E vou me ater a comentários sobre o direito na vida e na obra do autor de “A comédia humana”.

De fato, desde 1816, Balzac viveu às voltas com o direito. Estudou essa ciência dentro e fora da Sorbonne. Embora aluno “desinteressado”, obteve o então baccalauréat (1819). Também militou em escritório de advocacia e em tabelionato à época, antes de se dedicar à literatura, conforme anotado por Claire Bouglé-Le Roux em “La littérature française et le droit: anthologie illustrée” (LexisNexis, 2013).

Os pais gostariam que ele seguisse carreira no tabelionato. Ilusões perdidas. Ele não queria viver a labuta enfadonha dos juristas, mesmo ganhando algum dinheiro. Causou desgosto aos genitores e, para nossa felicidade, fez-se escritor.

A experiência prévia no direito não foi perdida para a literatura. Esses anos de formação tiveram grande influência sobre Balzac. Foi durante essa primeira jornada direito adentro que ele começou a entender alguns mistérios da natureza humana. Aliás, em “O notário” (1840), obra de madureza, ele sugere que um jovem profissional do direito, dentre outras coisas, logo vê as rodas e as voltas de cada fortuna, a disputa de herdeiros sobre os despojos de corpos ainda não frios e almas sempre às voltas com o Código Penal. Alguém tem dúvida disso?

Balzac foi um homem da era do Código. Falo do “Code Napoléon” ou “Code civil des Français”, de 1804, um monumento em si mesmo. E o ensinamento do direito, à sua época, focava na exegese da famosa lei civil (vide a Escola da Exegese). Na verdade, embora ele tenha certa vez se referido ao “infame Código Civil de Buonaparte”, Balzac até desenvolveu uma fixação pelos códigos e suas estruturas, daí os seus “Code gourmand”, “Code de la toilette”, “Code conjugal”, “Code de gens honnêtes” etc., ressalta Claire Bouglé-Le Roux.

Para nós, curioso é o “Código dos homens honestos ou A arte de não se deixar enganar pelos larápios”, que possuo em edição da Nova Fronteira, de 2005. Não é um código à maneira como conhecemos, mas, sim, “um livro de autoajuda avant la lettre.

Funciona como uma espécie de introdução temática ou nota de pé de página antecipada (se pudéssemos inverter a cronologia do autor) ao que viria depois, ou seja, aos grandes romances como Eugénie Grandet (seu primeiro sucesso, de 1833), O pai Goriot (talvez a melhor introdução à Comédia humana), Ilusões Perdidas e Esplendores e misérias das cortesãs, além dos demais títulos que viriam a compor este imenso painel de romances do século XIX que é A comédia humana”.

Já em “Imaginar la ley: El derecho en la literatura” (Organização de Antoine Garapon e Denis Salas, Editorial Jusbaires, 2015), Gérard Gengembre, no artigo “Balzac, o cómo poner el derecho en ficción”, diz: “A comédia se apoia constantemente nos artigos do Código”. E Napoleão é um tema capital na obra de Balzac: “Napoleão se impõe como o instigador principal dessa sociedade imaginária de dois mil e quinhentos personagens, que imita e interpreta a sociedade real forjada pela Revolução e pelo Império”.

Mas não pensem que o “Napoleão das letras” era um exegeta radical, no sentido de achar que todo o direito estaria no Código. Como diz Claire Bouglé-Le Roux, “o princípio da existência de um direito superior está no coração da introdução [L’avant-propos] da Comédia Humana”. De vero, nas palavras do amigo Théophile Gautier (1811-1872), “Balzac descobriu poemas e dramas no Código”. Quer mais?

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 12/12/2021 - 09:10h

De volta às sombras

Por Marcos Ferreira

Enfim, após outro dia causticante, está chegando o crepúsculo. O vento açoita a mangueira, invade a casa. A porta da frente e a de trás estão abertas. Nessas horas, quando a ventania bate com força, uma porção de ciscos costuma cair do teto, que não tem forro. Vez por outra, então, preciso limpar o teclado e a mesa do computador. Essa poeira fininha, em contato com meus dedos suados, me causa desconforto. Por conta disso lavo minhas mãos com certa frequência.

Em mais alguns minutos as sombras ocuparão este espaço. Hoje me sinto melhor na penumbra que sob a luz fluorescente. A rede continua armada aqui na sala. Pela manhã, embora acorde cedo, tenho extrema dificuldade de me levantar, de deixar a tipoia e tomar o primeiro banho. Alguns até podem dizer que isso é apenas preguiça. Já o meu psiquiatra acredita que se trata de outra coisa.olho, olhar, visão

De modo complementar, Dr. Dirceu Lopes me cobra a prática de exercícios físicos, caminhada, academia. Ainda receio o vírus. Além disso, tem a questão do tipo de músicas que predomina em tais lugares, onde se busca entrar em forma, beleza do corpo e um pouco de endorfina. Espaços cheios e ruidosos me deixam nervoso. O poeta Aluísio Barros, um dos finalistas do Prêmio Jabuti deste ano, me recomenda a absorção natural de vitamina D por meio da exposição ao sol.

Penso agora naquele jovem ator e bailarino mossoroense que tirou a própria vida há cerca de um mês. Ele foi vítima da falta de apoio aos que fazem arte nesta cidade, quer sejam atores, músicos, artistas plásticos ou literatos. Não bastasse o desestímulo a essas pessoas, semana passada os vereadores da base governista tentaram cortar alguns recursos, emendas orçamentárias para a cultura.

Exatamente. O golpe rasteiro que os vereadores aliados do senhor prefeito tentaram aplicar na classe artística é um desserviço, um ultraje, uma covardia e um acinte. Ouvi dizer que o bailarino enfrentava apuros financeiros. Sucumbiu ante a indiferença e mesquinhez com que o Executivo e o Legislativo municipais sempre trataram a cultura desta província.

O rapaz necessitava de ajuda médica, um psicólogo ou psiquiatra, além de medicamentos, indispensáveis nesses casos.

Eu não estaria aqui escrevendo estas linhas se não tivesse contado com esse tipo de assistência num momento grave, crucial. Ainda assim há dias sombrios. Como este em que o astro-rei me parece desnecessário. Eu o trocaria, ao menos hoje, por um dia inteiro de chuva, com nuvens negras em todo o céu, entremeado por raios e trovões. Seria ótimo, apesar das condições do meu telhado.

Tento crer que esta minha existência obscura vale a pena. Não tenho profissão nem diploma universitário. Passei a vida toda pulando de um subemprego para outro. Quando mais jovem, entre outras ocupações, carreguei sacos de sal na cabeça, recebi muita poeira de sal nos armazéns de refino, limpei o lixo e o mato de quintais, fui vigia noturno com um apito e um porrete, a pé, em ruas do Santa Delmira. Não me tornei padre, pastor nem jogador de futebol, sequer político.

Pois é. Meu estado de espírito oscila. Às vezes acordo otimista, radiante, de bem com todos, motivado. Noutras ocasiões, porém, amanheço assim, macambúzio, sorumbático. Gira na minha cabeça um filme triste, uma retrospectiva das coisas que eu poderia ter feito e não fiz, daquilo que eu poderia ter sido e não fui. O tempo, se isto justifica algo, me impôs muitas privações e obstáculos.

Mergulhei nos livros, na literatura. Daí provém o pouco conhecimento que tenho sobre meu próprio idioma. Isto me abriu uma grande oportunidade: as portas do jornal O Mossoroense.

Ali, apresentado pelo saudoso poeta Apolônio Cardoso e acolhido pelo também poeta Cid Augusto, comecei a publicar meus textos. Depois, indicado por Cid, fui contratado como revisor. Não demorou muito e passei a repórter e editor de cultura. Eis o ponto alto do meu currículo empregatício.

Nunca, entretanto, sonhei em ser jornalista, com todo o respeito que tenho pelos que exercem e honram essa profissão. Fui tomado pelo micróbio da literatura e botei na cabeça que meu destino era ser escritor. Tolice! Ninguém (ou quase ninguém) consegue sobreviver apenas da escrita literária. Muito menos em Mossoró, que num passado recente se arvorava de capital brasileira da cultura.

A luz vermelha da cafeteira parece mais viva agora que a casa vai escurecendo. Vou desligá-la e pego mais um trago da rubiácea. É a última dose do dia. Retorno ao computador com a caneca de ágata pela metade. Tenho a sensação de que o vento que circula traz um aroma de chuva. Fico na expectativa de que ela venha, ao menos o bastante para lavar os ciscos sobre as telhas e aquietar a poeira do calçamento. Mas, reparando melhor, acho que não vem. Talvez amanhã.

— Olha a tapioca! — grita um ambulante.

Daí a pouco um carro aparelhado com potentes alto-falantes passa anunciando propaganda enganosa de um supermercado. Os decibéis cortam meu raciocínio. Interrompo a digitação. Há ruído de outros automóveis e motocicletas. Um cão ladra aqui por perto. O bulício dos passarinhos explode entre os ramos da mangueira. Ouço também a voz indistinta de vizinhos e transeuntes.

O que estarão conversando? Não faço ideia. Quem sabe discutindo o preço dos combustíveis, sobretudo o da gasolina, do gás de cozinha, dos gêneros alimentícios. Em suma, a carestia galopante que assola inúmeras famílias humildes. Dezenove milhões de brasileiros passando fome; outros quinze milhões desempregados. Sei que estou me repetindo, mas é preciso denunciar tudo isso. “O que me assusta não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons”, palavras de Luther King.

A máquina de lavar roupas da casa ao lado começa a funcionar. Emite um som desagradável. A pessoa que opera a máquina, uma senhora de meia-idade, liga o som e se põe a arremedar as péssimas músicas que vão rolando. Neste momento, enquanto escrevo, eu preferiria ouvir tão somente o canto dos pássaros, o barulho do vento nas folhas da mangueira e até a arenga dos vira-latas.

Exceto por alguma ligação telefônica, passo o dia sem conversar com ninguém, sozinho com minhas cismas e neuras. Até o mês passado, quando minha gata Gudãozinho estava aqui, eu tinha com quem conversar. Ela era tão cheia de vida, carinhosa. Contudo, como narrei naquela ocasião, Gudãozinho foi envenenada, possivelmente por um elemento cruel, desumano. Estou assimilando essa perda, que me jogou na lona como se eu tivesse recebido um soco no queixo.

Escureceu por completo. Acendo a única luz da sala-cozinha. Estou fatigado, um colar de suor no pescoço. Paro diante do espelho e miro meu rosto um tanto entumescido por causa dos psicofármacos. Não faço a barba há meses. Meus lábios sumiram sob os pelos. Antes, ao me barbear, eu achava ruim quando, aqui e acolá, avistava um fio branco. Hoje, aqui e acolá encontro um fio preto.

Hora de tomar mais banho, fechar as portas, apagar a luz e deitar. Seria tão bom se amanhã tivéssemos um dia todo de chuva. Há muita sujeira nesta cidade que precisa ser lavada. Lavaríamos também as nossas almas.

Marcos Ferreira é escritor

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domingo - 12/12/2021 - 08:20h

Dezembros da infância

Por Odemirton Filho 

Corria o mês de dezembro. Tempo de celebrar o nascimento do Filho de Deus. De participar da Festa de Santa Luzia. O menino já estava em férias da escola. Tinha sido aprovado, “arrastando-se”, como gostava de dizer a sua mãe.

Momento de ganhar uma roupa e calçados novos, arrumando-se para a Festa de Santa Luzia, padroeira de Mossoró, no período de 03 a 13 de dezembro. Uma festa tão bonita, na qual se encontram a cultura, a devoção e a fé de um povo, santo e pecador. Mais pecador, quem sabe. Não importa, Deus é misericordioso. árvore de natal, bolas, luz, luzes, ornamentação, festas, luzes, natal

A cidade ficava com um ar leve. Quando entrava dezembro, as ruas do centro e as pontes que dão acesso ao grande Alto de São Manoel já estavam devidamente iluminadas. No velho rio Mossoró, uma árvore de Natal alumiava a escuridão das águas turvas. O comércio enfeitava as fachadas dos prédios com adornos natalinos.

O menino gostava de ir à noite, com os seus pais, andar pra lá e pra cá, na rua da Catedral de Santa Luzia. Um monte de barracas, a perder de vista. Vendia-se de tudo. Ele gostava de jogar argolas para pegar alguma “prenda” ou atirar de espingarda de festim. Às vezes, ia lanchar na barraca de sua tia, na qual vendiam-se bolos e doces. Só não gostava de pé de moleque. Melava a sua roupa nova comendo maça do amor. Assistia aos leilões, na expectativa do seu pai arrematar um frango assado.

Aqui ou acolá participava das novenas, juntamente com seus pais. Mas não tinha muita paciência. Ficava doido que acabasse a ladainha para ir andar pelas ruas do entorno da Catedral, aproveitando o lado profano da Festa. Ouvia “A Mais Bela Voz”, e encontrava os colegas da escola; primos; tios; os conhecidos.

No encerramento da Festa, no dia 13 de dezembro, a procissão. Um mar de gente. Algumas pessoas caminhavam descalças, carregando pedras sobre a cabeça, crianças vestidas com roupas que imitavam as da Santa. Eram os devotos pagando as suas promessas. Havia alguns políticos com um sorriso amarelo, acenando para uma ou outra pessoa. Dizia-se até que o rei Roberto Carlos acompanhava a procissão, disfarçado, é claro. Eu sei, caro leitor, hoje em dia ainda é assim.

O mês de dezembro era, também, o momento da confraternização do Natal da família do menino, na casa de seus avós. Uma ruma de tios e primos, juntos e misturados, numa feliz algazarra. Recebiam presentes e participavam do amigo secreto. A ceia era farta.

Pois é. O tempo passou. O menino tornou-se adulto. Talvez, a Festa de Santa Luzia continue como sempre foi. Ou, talvez, o menino grande tenha mudado. Contudo, ele traz no coração, com imenso carinho, os dezembros da sua infância. Até hoje guarda a fé na Virgem de Siracusa.

E sente uma saudade danada da noite de Natal na casa de seus avós.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
domingo - 12/12/2021 - 06:00h

RN, o pobre estado injustiçado

Por Ney Lopes

Dói a notícia de que o Governo Federal mantém a injustiça praticada no governo de Lula, quando excluiu o RN da ferrovia transnordestina.

A Ferrovia Transnordestina foi aprovada com 1.752 quilômetros de extensão, começando na cidade de Eliseu Martins, no Sul do Piauí, e seguindo até Salgueiro.

Ferrovia Transnordestina segue carregada de polêmica (Foto: Delfim Martins/arquivo)

Ferrovia Transnordestina segue carregada de polêmica (Foto: Delfim Martins/arquivo)

Depois disso, um trecho segue para o Porto de Pecém, nas imediações de Fortaleza, e outro, para o Porto de Suape.

Não esqueço a reunião de 12.05.05, no gabinete do ministro da Integração Regional Ciro Gomes.

Lá estavam a governadora do RN, senadores, deputados federais (inclusive, a então deputada Fátima Bezerra) e representações do empresariado.

Participei como deputado federal.

O governo Lula decidira iniciar a “ferrovia transnordestina.

Perplexo ouvi do ministro Ciro Gomes a exclusão do RN na “Transnordestina”.

Na hora protestei veementemente.

Criou-se constrangimento, diante do silencio na sala.

Apresentei na Câmara Federal o projeto de lei n° 6372/05, que incluía no percurso da ferrovia Transnordestina, a recuperação dos trechos ferroviários que ligam Mossoró, Souza, Areia Branca, Macau, RN, a João Pessoa, PB, passando por Natal, dando suporte ao porto e à futura área de livre comércio, que sempre sonhei.

O projeto foi arquivado, após a minha saída da Câmara (2007).

Ninguém se interessou em prosseguir, até hoje.

O grupo empresarial da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), liderado pelo empresário Benjamin Steinbruck, não cumpriu as metas de concessão e nem acabou a ferrovia no tempo estabelecido em contrato, mas nunca recebeu nenhuma punição do governo federal, embora tenha a concessão desde 1997.

Pode-se admitir o RN afastado da maior obra de transporte terrestre do país e uma das mais importantes intervenções da história do Nordeste?

O RN é o mais nordestino dos estados, com 95% do solo no semiárido.

O jornal “Valor”, em 31.03.05,  noticiou a exclusão no traçado original no Ceará.

Posteriormente, esse estado foi incluído e Lula, ao final, consentiu em eliminar “apenas” o RN.

Por incrível que pareça, correligionários do presidente Lula justificaram a exclusão, com a absurda alegação de que tinha sido decisão do empresário Benjamin Steinbruch (CSN), ganhador da concorrência, sob o argumento de prejuízo operacional.

Incrível o PT defender a decisão de um empresário, em prejuízo da coletividade.

Até agora, a ferrovia, privatizada por Lula (??), que continua obra inacabada, já consumiu bilhões de fundos públicos “regionais”, como o Finor, o FNE e o FDNE.

Clamar justiça para o RN é uma dor, que não passa!

Pobre Estado injustiçado.

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 12/12/2021 - 04:12h

O tempo muda tudo

Por Inácio Augusto de Almeida 

Houve um tempo que fumar era charmoso. Nos filmes que via no PAX apareciam mulheres com enormes piteiras e o cigarro. Eu nem desconfiava que aquilo era propaganda para induzir as mocinhas ao vício do tabagismo.

Os rapazes eram influenciados por um cowboy, que de cigarro no bico, montado num cavalo, dizia que os homens se encontravam no Arizona. Se não era isso que o homem dizia era alguma coisa parecida. cuba-libre-e1487719983925

Com os anos os detalhes vão se perdendo na memória que aos poucos o mal do alemão vai consumindo. Como não sei pronunciar Alzheimer uso o recurso ‘mal do alemão’.

Nos carnavais as marchinhas de sucesso eram OLHA A CABELEIRA DO ZEZÉ, do Roberto Kelly; e a MARIA SAPATÃO, do Abelardo Barbosa, CHACRINHA.

Fico a imaginar se estas marchinhas de carnaval tocassem hoje…

Drogas se ouvia falar numa tal de maconha. E quem usasse sofria uma exclusão do grupo e passava a ser chamado de maconheiro. Até o nome perdia. Cocaína? Nem se sabia da existência.

O que a turma gostava mesmo era de Cuba Libre e Hi-Fi. Cuba Libre era Rum Montilla com Coca Cola e Hi-FI uma mistura de Vodka com Crush.

Para os desabonados, assim eram chamados os lisos, existia o Samba em Berlim, uma dose de cachaça com Coca Cola.

Tempos bons, tempos que se ouvia Nelson, Anísio, Cauby, Ângela e Núbia. Tempos da Lambreta rivalizando com a Vespa e as aventuras acontecendo lá onde hoje é a Caern.

Tudo mudou. Careta é o não usuário de droga. Espanto a ninguém causa a inversão dos costumes e trisal deixou de ser muito sal na comida.

O vestibular foi engolido por um tal de ENEM e já não existem os cursinhos preparatórios para os concursos do Banco do Brasil e da Academia Militar das Agulhas Negras.

Novos tempos, tempos onde a inversão de valores se agiganta, tempos onde qualquer condenado por prática de corrupção recebe mais respeito da sociedade do que um pobre e honrado trabalhador. Tempo do TER.

Tempo dos valores invertidos.

Tempo de fingir que de nada sabe, porque saber se tornou perigoso.

Brasília finge não saber que a miséria e o atraso se agigantam por conta da corrupção alimentada pela impunidade.

Tivesse eu algum apoio ou recursos próprios, faria um filme mostrando O BRASIL QUE BRASÍLIA NÃO CONHECE.

No filme mostraria crianças nuas, por falta de um calção para vestir, estendendo a mão nas estradas sonhando conseguir alguma migalha para mitigar a fome e continuarem vivos.

Mulheres com criancinhas famintas nos braços e sem leite no peito para amamentar.

Criancinhas que não choram, apenas nos olham cravando em nossos corações a culpa da nossa covardia.

Brasília fala em saneamento básico para fingir que desconhece a falta de aparelho sanitário nas casas destes pobres.

Brasília fala em vale gás para nos passar a ideia de não saber que os miseráveis não têm fogão e nunca viram um botijão de gás.

Quando algum caroço de feijão cozinha é entre três tijolos protegendo o fogo de gravetos.

Brasília finge desconhecer a corrupção praticada pelas administrações municipais porque só está interessada nos votos do povo miserável, que tangido será por corruptos que tudo furtam, a neles votar e assim manter este esquema imundo funcionando a pleno.

Infelizmente vivemos a época do fingir.

O tempo muda tudo.

Inácio Augusto de Almeida é escritor e Jornalista

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Categoria(s): Crônica
sábado - 11/12/2021 - 23:52h

Pensando bem…

“Não conseguimos solucionar os nossos problemas com o mesmo pensamento que usamos quando os criamos.”

Albert Einstein

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sábado - 11/12/2021 - 18:02h
Comunicação

Nosso Dia, de Zeza Fernandes, estreará na Nossa TV

Zeza, nova casa e novo projeto (Foto: divulgação)

Zeza, nova casa e novo projeto (Foto: divulgação)

A apresentadora Zeza Fernandes começará o ano novo de casa nova. No dia 10 de janeiro de 2022 entrará no ar, na Nossa TV, às 8h, o programa Nosso Dia. Com duas horas de duração, o projeto vai ampliar a abordagem em saúde com a qual Zeza trabalhou por 15 anos na TCM Telecom.

Nosso Dia chega como um programa de variedades.

“Estou muito feliz com essa nova fase. Agradecida pelos anos na TCM e super grata a Nossa TV por acolher meu novo projeto. Vai ser um grande desafio e um sucesso”, disse Zeza.

De segunda a sexta, Nosso Dia promete se tornar o matinal mais querido das manhãs mossoroenses, afinal, através da Nossa TV, poderá ser acompanhado por vários canais e plataformas.

Na grade da TCM Telcom, a Nossa TV pode ser sintonizada nos canais 15, 16.6 ou 24. Na Brisanet a sintonia é no 176 e na Telecab no canal 94. A Nossa TV também pode ser vista por aplicativo no seu smartphone Android ou IOS, Facebook e Youtube.

Mais detalhes do novo programa de Zeza Fernandes serão apresentados à imprensa e convidados em café da manhã que ela oferecerá no Garbos, no dia 5 de janeiro de 2022.

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Categoria(s): Comunicação
sábado - 11/12/2021 - 17:26h
Novembro

RN tem o melhor desempenho econômico desde início de pandemia

Comércio, comércio de ruaA economia do RN alcança o melhor nível já registrado desde o início da pandemia da Covid-19, em março do ano passado. Em novembro, as atividades econômicas alcançaram um volume médio de vendas da ordem de R$ 395 milhões por dia no mês. Isso representa um crescimento de 3,8% em comparação com outubro, quando o volume foi de R$ 380,3 milhões por dia.

O comércio varejista foi o setor que teve o maior crescimento no período, com uma alta de 8,2% e vendas diárias de quase R$ 100 milhões. O atacado também foi o segundo segmento que mais contribuiu para o aquecimento da economia potiguar.

Os dados são da Secretaria de Estado da Tributação (SET-RN), através do 25° Boletim Mensal da Receita Estadual.

Consultas

O material está disponível para consultas e download no site da SET-RN (www.set.rn.gov.br), onde é possível acompanhar os resultados da economia mês a mês por meio de todas as edições anteriores do informativo.

Em novembro, por exemplo, o Estado recolheu R$ 689 milhões referentes ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD).

O valor total de receitas é 11% maior que o recolhido em novembro de 2020.

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sábado - 11/12/2021 - 16:48h
Município

Em pleno feriadão, prefeito e equipe fazem avaliação de primeiro ano

O sábado (11) de feriadão em Mossoró é dia de trabalho no Palácio da Resistência, sede da municipalidade.

Reunião com equipe acontece nesse sábado de feriadão no município (Foto: reprodução BCS)

Reunião com equipe acontece nesse sábado de feriadão no município (Foto: reprodução BCS)

O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) está reunido com sua equipe de primeiro escalão e outros auxiliares.

Fazem avaliação do primeiro ano de gestão.

Segundo o prefeito publica em suas redes sociais, “discutindo ações realizadas ao longo deste ano, debatendo cada ponto, cada conquista na saúde, educação, segurança e as demais áreas”.

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Categoria(s): Administração Pública
sábado - 11/12/2021 - 15:36h
Mossoró

Festa de Santa Luzia 2021 tem intensa programação dominical

A programação social e religiosa em torno da padroeira de Mossoró, Santa Luzia, vai chegando a seus últimos dias. Nesse domingo (12), são vários os eventos.

Véspera do Dia de Santa Luzia tem vários eventos importantes (Foto: Glauber Soares)

Véspera do Dia de Santa Luzia tem vários eventos importantes (Foto: Glauber Soares)

Nessa véspera do Dia de Santa Luzia, será realizada a XII Pedalada da Luz, com saída às 6h da Igreja Nossa Senhora de Fátima (Abolição I). O evento tem um percurso de 11,7 km, passando pela Igreja São Francisco de Assis, Igreja de São Pedro, Paróquia Menino Jesus, parada no Dia a Dia Atacarejo, seguindo para a Igreja São José e chegada na Catedral de Santa Luzia.

À noite, o pregador da novena das 19h30, será o bispo Diocesano Dom Mariano Manzana. Após a novena, acontece uma apresentação da Cia. Bela Trupe de Teatro em homenagem a Santa Luzia e depois show-mensagem com o cantor cearense Renno Poeta, no Adro da Catedral.

O show terá início às 22 horas.

Motorromaria

Ainda no domingo, haverá a XIII Motorromaria de Santa Luzia com início previsto para as 19h, com concentração na Motoeste Honda (Avenida Presidente Dutra). A chegada está prevista para 23h30.

À meia-noite do dia 13, momento especial, será realizada a Procissão da Luz, onde Dom Mariano Manzana, o pároco da Catedral, Padre Flávio Augusto, e fiéis conduzirão a imagem oficial de Santa Luzia até à Igreja Matriz de São José.

A partir das 17h, na capela de Mãe Rainha, no conjunto Ulrick Graff, bairro Costa e Silva, terá início a tradicional procissão que encerra os festejos da padroeira da Diocese deste ano.

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  • Art&C - PMM - Sal & Luz - Julho de 2025
sexta-feira - 10/12/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Tentar definir-se é como tentar morder o seu próprio dente.”

Alan Watts

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sexta-feira - 10/12/2021 - 15:38h
Bola para frente

CPI’s ‘se comunicam’ e se completam rumo a um fim previsível

E assim caminha a humanidade potiguar (Foto ilustrativa)

E assim caminha a humanidade potiguar (Foto ilustrativa)

Vozes quase inaudíveis da política do RN comentam nos intramuros da Assembleia Legislativa e fora dela, que as duas CPI’s que ocorrem nesse poder – tratando de investigações distintas – ‘se comunicam’.

Mais do que isso: completam-se.

É mais ou menos assim: salve os meus que eu salvo os seus.

Nenhum peixe graúdo será punido ou minimamente incomodado.

À mostra, apenas algumas escaramuças e os faz de conta.

Aqui e ali chiliques midiáticos, nada mais do que isso.

E assim caminha a humanidade potiguar.

As CPI’s da Covid-19 e Arena das Dunas vão morrer sem direito a exéquias.

Um fim previsível.

Bola para frente.

Leia também: CPI da Arena das Dunas mostra sua inutilidade ao poupar governadora;

Leia também: Relator propõe o indiciamento de quatro pessoas; ninguém é do governo.

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  • Repet
sexta-feira - 10/12/2021 - 14:40h

Bolsonarização do PL no RN tem impasse ainda sem uma solução

Política

A bolsonarização do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte não é automática ou mesmo pacífica.

Na Assembleia Legislativa, por exemplo, o partido é governista-petista, da base de apoio da governadora Fátima Bezerra (PT).Dúvida, interrogação, muro, estacionamento, dilema, divisão

Nesse poder, Kleber Rodrigues, Ubaldo Fernandes e George Soares são filiados ao PL. George, inclusive, já foi líder governista.

Até aqui, o impasse está longe de uma solução harmoniosa e capaz de transformar a legenda às eleições do próximo ano, no estado, em um modelo ‘total-flex’, híbrido.

Não é possível ser bolsonarista e petista ao mesmo tempo.

São correntes excludentes.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 10/12/2021 - 13:30h
Santa Luzia

Transporte coletivo terá operação e tarifa especiais para procissão

O transporte público coletivo de Mossoró fará operação especial no feriado da próxima segunda-feira, 13, para atender fieis que participarão da procissão de Santa Luzia, padroeira do município. Dezesseis ônibus circularão com destino à Capela de Mãe Rainha, no bairro Ulrick Graff, de onde sairá a peregrinação, às 17h, com destino à Catedral de Santa Luzia (centro).

O serviço terá tarifa especial reduzida de R$ 3,00.

Empresa Cidade do Sol definiu detalhes dessa operação especial com municipalidade (Foto ilustrativa)

Empresa Cidade do Sol definiu detalhes dessa operação especial com municipalidade (Foto ilustrativa)

A operação foi definida a partir de parceria entre a Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade e Trânsito (SESDEM), e a concessionária do transporte público local, Cidade do Sol.

Linhas

Os 16 veículos sairão dos bairros Abolição (4), Nova Vida (3), Vingt Rosado (3), Sumaré (2), Planalto (1), e do Centro – Terminal do Carcará (3). Os ônibus circularão com itinerários diferenciados, a partir das 15h30, exceto a linha Abolição, que inicia o trajeto às 15h e os ônibus que iniciarão o percurso no Carcará, às 14h. Seguirão dos bairros direto para o local de onde partirá a procissão.

“Os devotos de Santa Luzia vão contar com ônibus no bairro para chegar até o local de início da procissão com segurança e tranquilidade”, pontuou Cledinilson Morais, secretário municipal de Segurança.

Para o retorno aos bairros, ao final da celebração, as linhas Nova Vida, Vingt Rosado, Sumaré e Planalto sairão do Terminal Carcará. Já a linha Abolição seguirá a partir do Terminal do Hotel Caraúbas. Eventuais dúvidas quanto à operação podem ser esclarecidas através das redes sociais da Cidade do Sol. Instagram: @cidadedosoloficial e facebook.com/cidadedosoltransportes.

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  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 10/12/2021 - 12:24h

Consulta pública “Fala Mossoró” é lançada pela Ouvidoria do Município

Fala, Mossoró
Janaína Holanda, ouvidora-geral, mostrou o que se pretende com a iniciativa (Foto: Célio Duarte)

Janaína Holanda, ouvidora-geral, mostrou o que se pretende com a iniciativa (Foto: Célio Duarte)

O Poder Executivo mossoroense, por meio da Ouvidoria-Geral do Município, lançou nessa quinta-feira (9), em solenidade realizada no auditório da Estação das Artes Elizeu Ventania, a consulta pública “Fala Mossoró”. A iniciativa tem como objetivo oportunizar à população em geral e aos servidores públicos municipais um espaço de contato direto e avaliação dos serviços oferecidos pela gestão.

Através de formulário digital que já pode ser acessado no portal da Prefeitura de Mossoró (www.mossoro.rn.gov.br), a pessoa pode se pronunciar.

O lançamento da consulta contou com a presença da ouvidora-geral Janaína Holanda e do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade). A ouvidora destaca a importância da campanha:

– “É um marco importante. Nós estamos oferecendo, através de consulta pública, um espaço de fala para a população de uma forma geral, para os servidores que agora estão tendo um canal para também avaliar os diversos serviços oferecidos pela Prefeitura Municipal de Mossoró”.

A consulta estará disponível, virtualmente, até o dia 23 de dezembro.

Ao acessar o formulário, o cidadão não precisa se identificar. Ele deve responder, inicialmente, se é servidor municipal ou não. Na sequência, são apresentadas as perguntas referentes à avaliação dos serviços/atendimentos disponibilizados pela Prefeitura e, no caso do servidor, questiona-se também como ele avalia o diretor da unidade ou setor em que esteja lotado e o que pode ser aperfeiçoado naquela repartição, entre outras perguntas.

Com informações da PMM.

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sexta-feira - 10/12/2021 - 11:34h
AMSO

Fernando Bezerra é reeleito para presidir entidade de prefeitos

Bezerra e Almeida, presidente e vice (Foto: cedida)

Bezerra e Almeida, presidente e vice (Foto: cedida)

A Associação dos Municípios da Microrregião do Seridó Oriental (AMSO) mantém o prefeito de Acari, Fernando Bezerra (Solidariedade), como seu presidente. Nessa quinta-feira (9) à noite, ele foi reeleito à unanimidade para continuar no cargo até o fim de 2022.

O vice é o prefeito de Parelhas, Doutor Tiago Almeida (PSDB).

A eleição ocorreu na sede da Amso, em Currais Novos. O mandato na entidade é de apenas um ano, renovável.

Na Assembleia Geral Ordinária, além da eleição da diretoria, aconteceu a escolha do Conselho Fiscal, efetivos e suplentes.

Bezerra é prefeito de Acari em primeiro mandato municipal.

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