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domingo - 22/01/2023 - 15:20h
História

O vinho mais antigo do mundo tem quase 1.700 anos

Do portal Terra

Na Alemanha, mais precisamente na cidade de Speyer, existe o Museu Histórico do Platinado, lá é possível conhecer mais sobre a Idade Média, ver peças de ouro centenárias e ver de perto a garrafa de vinho mais antiga do mundo, com quase 1700 anos.

Garrafa tem produto há mais de 1.700 anos em seu interior (Foto: Reprodução)

Garrafa é de origem romana (Foto: Reprodução)

Estima-se que a “garrafa de vinho Speyer” tenha sido produzida em meados de 325 dC. Ela foi encontrada enterrada com um par de romanos de classe alta. Em 1867 este túmulo foi encontrado e a garrafa ainda encontrava-se intacta e completamente lacrada.

De acordo com um artigo publicado no IFL Science, sim, é possível beber o vinho que está guardado há 1700 anos nesta garrafa. “Microbiologicamente, provavelmente não está estragado, mas não traria alegria ao paladar”, disse a professora de vinhos Monika Christmann ao Futurism.

Ainda segundo a professora, o que é visto dentro da garrafa é uma mistura firme, que pode ser comparado com resina, porém, não pode ser considerado vinho, isso porque todo teor alcoólico já foi perdido.

Em um post sobre a garrafa no Instagram, o Museu escreveu que o sabor “provavelmente seria comparado ao de uma goma de mascar sem gosto“. O que pode não parecer uma ideia horrível, mas também não convence.

O chefe de coleção do museu, Ludger Tekampe, falou com o The Local sobre a garrafa, contou que era o único membro da equipe que já havia manuseado a peça e ainda afirmou que era estranho tocá-la. “Não temos certeza se ele aguentaria ou não o choque [do] ar. Há quem acredite que deva ser submetido a novas análises científicas, mas não temos certeza.”, disse ele.

Garrafa não foi aberta até hoje (Foto: reprodução)

Garrafa não foi aberta até hoje (Foto: reprodução)

DE ACORDO COM O MUSEU, os romanos colocavam azeite sobre o vinho para não deixar o ar entrar em contato com o líquido. E aparentemente, deu certo! O vinho continua estável após vários séculos. Uma fina camada de cera sobre a boca da garrafa também ajudou no processo, ela manteve o vinho lacrado com segurança.

A garrafa não foi aberta até hoje e provavelmente não vai ser, isso porque, segundo o IFL Science, os especialistas não estão seguros de que o vinho resistiria depois disso. Então, a curiosidade continua.

Além do líquido, a garrafa também é uma obra de arte, possui 1,5 litro e é adornada com alças inspiradas em golfinhos.

A entrada do Museu Histórico do Platinado é gratuita, então se você estiver de passagem pela Alemanha e quiser conhecê-la, nem terá que gastar seus euros para isso.

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domingo - 22/01/2023 - 13:34h

Confidências a Ferreira

Por Clauder Arcanjo

Foto de Marcos Ferreira (Revista Papangu)

Foto de Marcos Ferreira (Revista Papangu)

Agora habita o meu olhar 

noturno este vazio estranho, 

esta memória de chuva 

que descolore o pôr do sol, 

que emudece as palavras 

e silencia o chocalho das horas. 

Noturnos, os poetas se emudecem no silêncio das madrugadas, a fim de encontrarem a raiz poética, (re)encarnada na cumeeira do vazio.

Enquanto a cidade dorme, a poesia se apresenta, antes do nascer do sol, como oferenda legítima e mundana do (des)colorido atormentado da vida.

Pois não sou este espírito a esmo 

Que me busca entre sombras e abalos 

Na infinita procura de si mesmo. 

&&&

Os passos 

no corredor, 

a luz acesa. 

O perfume 

da inocência 

brincando 

entre as mãos 

pervertidas 

do vento. 

— Poeta Marcos Ferreira, há sempre em nós uma confissão tardia! — Assombra-se Carlos Meireles, entre palavras de pecado e farta remissão.

Eu olho para a parede alta e nua à nossa frente. Um fero obstáculo a nos usurpar da liberdade de flertar com a arquitetura das nuvens, de antever o bulício dadivoso dos arrebóis.

Apenas o céu 

emoldurado 

na janela, 

a tia nas orações 

— tateando 

o paraíso 

nas contas 

encardidas 

do rosário. 

&&&

Perdi meu romantismo. Não sou mais 

O amante, o cavalheiro, o menestrel 

— O ingênuo cantador de madrigais. 

O que se perde, Poeta, mais se nos (re)define. Defino-me mais pelo que abandonei, desrespeitoso com meus despojos, do que pelo que levo na algibeira das minhas certezas vãs.

Hoje, neste ranzinza habitáculo em que meu corpo habita, quero recobrar os meus românticos perdidos, mas o mundo, cruel engenho, já cuidou dos seus funerais.

A poesia só me encontra quando me perco, pecador por palavras, nos seus cruentos madrigais.

Estremeço à tua passagem 

e meu olhar de chumbo 

se afunda na ilusão movediça 

do teu colo de aromas. 

A tarde boceja envolta 

num pijama de arrebol 

e as últimas cardigueiras 

desaparecem na linha 

ensanguentada do horizonte. 

&&&

Ontem voltei à rua dos 

meus tempos de criança… 

O fantasma do amor imberbe 

atravessou-me num abraço diáfano. 

Sobre a laje negra do asfalto 

brincava o doido esqueleto 

do meu cavalinho de pau. 

A infância usurpa o nosso presente. De quando em vez, joga seus espectros em nossa frente. E, cabisbaixos e saudosos do ontem, caqueticamente, nos tornamos fantasmas do nosso passado.

Hoje, Poeta, esperarei a assombração do eu-menino com a roupa de homem, em frente à porta da frente. Se ele passar por mim e entrar… Bendito seja eu, Ferreira!

&&&

Acho que a velha casa 

dos meus sonhos mirins 

ameaçou um sorriso de janelas. 

Ainda hoje sonho com a velha casa de Licânia. Entre os meus, colhido pelos tipos da rua, recebi as minhas lições de maior valia. Na nossa rua, não havia pobres nem ricos, existiam amigos e amigas. Gente boa, gente crédula, gente simples.

Cresci e me formei. E o mundo, Poeta, depois de Licânia, só me deseducou; e, hoje, não sonho mais com o sorriso do nosso janelão da frente. Lições de menos-valia.

— E quando retornarás a Licânia?, você me indaga.

E Licânia algum dia saiu de mim?! Se tu te referes a este meu esqueleto, ele será plantado na terra que me viu chorar, e muito sorrir no peito.

Mesmo que a luz 

de nossas almas 

se apague e o tempo 

nos arraste para 

o mundo das sombras 

e da saudade, 

haverá sempre esta 

candeia de esperança 

ardendo na solidão 

lacrimosa do meu peito. 

&&&

Ontem concebi 

um poema 

bastardo. 

Cumpre-me agora 

escrevê-lo, 

pois larguei-o 

entre as águas 

do banho 

e ele se afogou 

na garganta 

escura do ralo 

Há versos concebidos na antevéspera do escarro; outros, na comunhão de um afago; alguns, não raros, no lusco-fusco da esperança. São raros os que resistem ao tempo, juiz cruel de muito enfado.

Não adianta te cercares das lições comezinhas dos vates de outrora, nem das homilias poéticas dos modernosos de agora, pois o poema, aprendiz de poeta, só se entrega (e se revela) a quem nunca o espera, e dele se torna um fiel escravo.

Um sopro de angústia vai movendo 

as dobradiças do silêncio. 

As teias do tempo se espalharam 

por todos os cômodos e móveis. 

Sequer o velho relógio de pêndulo 

reagiu à minha súbita presença. 

Vê, em frente ao teu espelho, o sopro lívido da tua última quimera se esvair por entre as nesgas do silêncio, e se acomodar nas engrenagens das horas extremas.

O mais é tudo sombra e frialdade. 

&&&

É tarde… Um galo canta no vizinho. 

Então ele retorna e continua 

Os versos que deixou pelo caminho. 

Levanta, Marcos, os raros leitores de poesia aguardam o recital do teu soneto esquecido na última tarde. O primeiro quarteto, em alexandrinos perfeitos, ultrajava a dor que te tornara forte; o segundo, rimado e bem urdido, decantava a flor que tu havias tido; o primeiro terceto, arejado e reverente, tecia a família que, de ti, se orgulhava. Já a última estrofe, Poeta, toma cuidado!, pois daqui antevejo o traquinas Chico de Neco Carteiro a tentar escandir-lhe os versos, com sua voz rascante de augusta e rutilante matraca.

É de lábios 

e línguas 

este anseio 

que deriva 

da curva 

do teu medo 

e se gruda 

nos fios 

do silêncio. 

Na curva do arremedo, os poetastros cevaram os espectros dos seus pretensos poemas. De paletó e gravata, cercados de muitos festejos, eles se esqueceram de convidar a musa humilde.

Acharam, por certo, que, para eles, não havia segredo. Cumularam-se de saberes, outorgaram-se detentores de uma fama de araque… e se defrontaram, fatal desencanto, com o “poema” oco, perdido na tepidez funérea do vazio.

Abracei-a com força, mas não creio 

Ter podido prendê-la muito assim… 

Ela foi e eu fiquei ali no meio 

Do silêncio noturno do jardim. 

No silêncio da noite, sem a algaravia dos falsos arpejos, aprendi que a graça da poesia só nos alumbrará se riscada em laivos transparentes, pendidos, com a força solfejante da cola de uma mísera rima, sob a platitude lírica do abismo.

Não te maldigas pela sorte escassa 

Nem pela vida muita vez tão dura… 

Aqui no mundo nada sai de graça, 

Ainda mais quando se tem ternura. 

Quando a última ternura me caiu no colo opresso, nem percebi quando se deu tão sublime esmola, obrou-se o milagre de me ver em festa, quando todos lá fora se consumiam em desenganos.

E, se ao fim e ao cabo, tu, ternura, me tornares imprestável para a lida cotidiana, só me restará a lira… e a sina malsinada de me fazer poeta.

Hoje amanheceu bonito 

Como fosse primavera… 

Sem metáforas de sombra, 

Nem pedaços de quimera. 

&&&

Declaro, para todos 

os fins que se fizerem 

necessários, que não possuo 

bem algum neste mundo 

em que os homens 

declaram a guerra 

e sonegam a paz 

E tu, Marcos Ferreira, cuida de assinar o teu último armistício poético; eu, por aqui, rabiscarei o testamento do meu degredo.

Entre os fulgores da morte, as sonegações da paz, nós, tortos poetinhas, finalizaremos o nosso espólio, declarando fé no amanhã, apesar do risco de sermos fuzilados por isso.

No coração da noite segue uma tristeza 

Com passos muito lentos e desmotivados 

Obs.: os trechos em itálico foram extraídos do livro A hora azul do silêncio, de Marcos Ferreira. — 2ª edição — Mossoró: Editora Verboletras, 2016.

Clauder Arcanjo é escritor e editor, membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras

*Texto originalmente publicado na revista Papangu

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domingo - 22/01/2023 - 12:26h

Pequena crônica

Por Odemirton Filhopés na areia da praia, mar, beira-mar

Entre um gole e outro, lembranças de tempos idos. E vividos.

Nas areias da praia de Tibau, o menino brincava. Feliz.

Hoje, já adulto, caminha na beira do mar. Vê vários condomínios. Chiques. Velhas casas ainda resistem ao tempo; a modernidade.

O menino traz no coração lembranças e saudades. De tomar banho no mar e jogar bola. De ficar tostado pelo sol.

Pra quê tanta pressa? “É doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar”, diria Caymmi. Devagar e sempre.

O menino-adulto sente o vento bater no rosto e o cheiro da maresia.

O cheiro da saudade.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de justiça.

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domingo - 22/01/2023 - 11:24h

O nível do policial

Por Marcelo Alves

Arte: Breaker Maximus

Arte: Breaker Maximus

Vou tratar hoje de dois assuntos controversos nas letras. A questão do gênero ou da tipologia da literatura, que é bastante controversa. Grandes obras normalmente não se conformam às regras do gênero; e muitos críticos literários sequer reconhecem a existência desse conceito (de gênero da literatura). Eu já acho que essa classificação é possível. Reconheço que uma das minhas literaturas preferidas, a literatura policial ou detetivesca, como literatura de massa, é um gênero bem definido. E aqui eu chego à segunda controvérsia, na qual me deterei amiúde: a literatura de massa, popular, como a dos romances policiais, pode ser uma “alta” literatura?

Houve um tempo em que a divisão entre “alta” e “baixa” literatura era visível ou ao menos reconhecida/propagada pelos entendidos do assunto. Como registra Miklós Szabolcsi (em “Literatura universal do século XX: principais correntes”, Editora Universidade de Brasília, 1990), é “possível traçar uma linha divisória entre as duas espécies de literatura, com base em diversos pontos de vista, sejam os da sociologia da literatura ou da estética, sejam os referentes às diferenças de função. O comum mesmo é citar, a título de fundamentação, as narrativas reiterativas, de produção fácil e compostas por módulos já prontos, que têm o poder de emocionar e horrorizar com facilidade e são caracterizadas pela trivialidade do texto. Pode acrescentar-se, no entanto, a possibilidade de recepção rápida, a compreensão sem dificuldades e, finalmente, determinados procedimentos ligados à difusão e à produção. Mas são critérios incertos e discutíveis. (…) O fato é que as pegadas das obras arroladas nesse gênero podem ser acompanhadas a partir do século XVIII. A evidente divisão da literatura ‘alta’ e ‘baixa’ ou ‘trivial’ consolida-se no final do século XIX, simultaneamente com o fato que é sua causa: a ‘alta’ literatura vai se tornando excludente, em face das dificuldades que oferece para a compreensão”.

Todavia, sobretudo a partir do começo do século XX, os territórios da “alta” e da “baixa” literatura se expandiram causando uma mistura entre os seus conjuntos. Como explica Szabolcsi, “de um lado, porque a vanguarda destrói os limites estabelecidos entre a arte ‘elevada’ (de elite) e a ‘inferior’ (popular), de outro, porque, em função de causas técnicas e comerciais, cresce o número de obras culturais modernas que, empregando as conquistas da literatura ‘superior’ e assimilando-lhe a cosmovisão e as técnicas, passam a prometer leitura rápida e leve, diversão e esquecimento. O best seller, o êxito de livraria, não é simplesmente uma leitura soporífera e dissuasiva. Frequentemente, representa correntes formativas e excitantes, que conquistam grande parcela de leitores-consumidores”.

Já tratei até desse tema e citei Graham Greene, Morris West e John Le Carré, escrevendo aventuras, thrillers, policiais ou romances de espionagem, como perfeitos casos de best-sellers que realmente escreviam bem.

O que dizer da qualidade dos precursores do romance policial? De Edgar Allan Poe, por exemplo, “com sua reconstrução intelectual dos crimes”? Na verdade, depois de outros precursores do século XIX, como Émile Gaboriau e Maurice Leblanc, a leitura do policial assiste “ao surgimento de clássicos como Conan Doyle e Edgar Wallace e, a partir dos anos 30, com Agatha Christie e Georges Simenon. Tornam-se parte integrante da literatura, em face das exigências de um amplo círculo de leitores, que deseja a sobrevivência do romantismo dos bandidos e mostra-se ávido da investigação e das emoções da adivinhação dos enigmas.  Tanto é verdade que, a seguir, instalam-se profundamente na estrutura literária, a ponto de obras ‘elevadas’ passarem a fazer uso dos recursos e das máscaras do romance policial. Primeiro, com G.K. Chesterton; depois, com Grahan Greene, Friedrich Dürrenmatt, Max Frisch e o nouveau roman francês, a ponto de diluir, aqui também, as fronteiras entre os dois estilos”.

E podemos citar outras referências do século XX, como Dashiel Hammett e Raymand Chandler, suprassumos do policial noir, ou Erle Stanley Gardner, que nos dá o tipo jurídico do advogado-detetive, com o seu Perry Mason. E por aí vai.

Na verdade, para mim, não existe uma barreira intransponível à literatura de massas, em especial à literatura policial/detetivesca, ao país da “alta” literatura. Desconfio de Tzvetan Todorov quando afirma (em “Poética da Prosa”, Martins Fontes, 2003): “quem quiser ‘embelezar’ o romance policial, faz ‘literatura’ e não romance policial”.

Acredito que faz os dois. E dou como exemplo definitivo Umberto Eco. Alguém vai me dizer que “O nome da rosa” (1980) não é altíssima literatura detetivesca?

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 22/01/2023 - 10:24h

Poema do bicho gente

homem e macaco - site provérbio e frasePor François Silvestre

Não há bicho mais sabido

do que gente.

Não há bicho mais estúpido

do que gente.

Não há bicho mais covarde

do que gente.

Não há bicho mais valente

do que gente.

Não há bicho mais odioso

do que gente.

Não há bicho mais amoroso

do que gente.

Não há bicho mais parecido com bicho

do que gente.

Não há bicho mais diferente de bicho

do que gente.

 

De tantas diferenças e semelhanças

por que não imitar os bichos,

No que eles têm de copiar?

 

Imitar formigas,

carregando em grupo folhas para os bivaques.

Imitar abelhas,

inventando o doce no sabor do mel.

Imitar borboletas,

no voo livre de vida breve.

 

Se for pedir demais,

imitar o jumento.

E rinchar de ira, sem perdão,

Nas grotas sangrentas da civilização.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Poesia
domingo - 22/01/2023 - 09:46h

A velhinha de bicicleta

Por Marcos FerreiraA velhinha de bicicleta

Algumas vezes me lamentei, no mais de forma íntima, por não possuir certas coisas e precisar me expor a certas situações. Todavia, por comodismo ou trapaça do destino, sempre vivi monasticamente, porém com o mínimo de dignidade. Disponho de uma saúde claudicante, é verdade, mas a minha dieta de psicotrópicos me mantém nos trilhos, apesar do efeito colateral do sobrepeso. De um modo ou de outro, enfim, pude contar em muitas ocasiões com a mão amiga de várias pessoas, figuras que considero irmãos de espírito e de coração. Nem todos podem contar com isso.

No Centro de Mossoró, como se estivesse indo em direção ao Alto de São Manoel, avistei aquela senhora de óculos e cabelos totalmente brancos em sua bicicleta, uma Monark verde-claro com para-lamas vermelhos, cujo ano não ouso presumir. De tão usada, a tal bicicleta pareceu-me ter a mesma idade da sua condutora. Isto é, cerca de setenta anos ou mais. Naquele horário de pico, então, com o trânsito agitado e perigoso, a brava mulher se deteve no semáforo na lateral da Riachuelo.

Eu batia pernas pelo comércio em busca de orçamentos para a aquisição de materiais hidráulicos para a minha casa (tudo pela hora da morte!) e deparei com essa idosa guiando sua antiga Monark. Isso me desconcertou. Por força da necessidade, obviamente, eis que uma pessoa como Maria do Socorro (vamos chamá-la assim) via-se forçada a se arriscar em meio a carros e motocicletas, exposta à falta de zelo e cuidado para com uma ciclista frágil, e decerto já sem os reflexos e a desenvoltura nos pedais quanto um indivíduo jovem. Maria do Socorro me pareceu ofegante.

De roupas comuns, trajava um short ou saia azul e uma blusa laranja desgastada, essa anônima personagem em meio ao trânsito feroz me dava a impressão de que seria abatida, derrubada a qualquer momento. Imaginei o quanto melhor seria se ela dispusesse de alguém mais jovem para acompanhá-la (quiçá num veículo motorizado) até o destino de seu interesse. Contudo, infelizmente, ali estava a referida velhinha Maria do Socorro se aventurando, sujeita a qualquer tipo de acidente.

Que Nossa Senhora dos Idosos a proteja!

Seu rosto, o de Maria do Socorro, tinha um aspecto humilde, resignado, cara de quem enfrenta outras privações e riscos em sua vida de mulher pobre e provavelmente integrante de família tão carente quanto ela. Sim. Duvido mesmo que alguém como Maria do Socorro, rifada em meio ao rio metálico de automóveis e motos apressados, estaria pedalando naquelas condições se tivesse outra opção. Eu próprio, que tenho menos futuro que passado, não gostaria de viver tal experiência. Não me vejo aos setenta anos ou mais guiando uma bicicleta em meio a tantos perigos.

Quando criança, por volta dos dez ou doze anos, eu suspirava por uma bicicleta, mesmo que fosse velinha como a senhora Maria do Socorro. Meu coração palpitava, sobretudo quando eu via aquele antigo comercial de televisão que dizia o seguinte: “Não esqueça a minha Caloi!” Quem lembra disso? Mas só pude adquirir uma bicicleta quando comecei a trabalhar de sapateiro, economizando cada tostão, e tive a minha carteira profissional assinada com meus quinze anos de idade.

Quem será Maria do Socorro? Qual o seu verdadeiro nome? Onde será que mora Maria do Socorro? Aquele cabelo de um branco encardido, os braços e pernas já bambos, flácidos, entre outros detalhes, infundiram ao meu coração um súbito sentimento de fraternidade. Por que não a interceptei e não me ofereci para ir guiando sua bicicleta, levá-la ao seu destino? Entretanto estanquei na esquina do extinto Cine Pax e deixei que Maria do Socorro fosse embora sozinha em meio aos carros e motos, correndo o risco de ser atropelada, derrubada no asfalto áspero e quente.

Que Nossa Senhora dos Idosos a proteja!

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 22/01/2023 - 09:24h

O fio que conecta a trama

Por Gustavo SobralDe uma longa e áspera caminhada - livro de Honório de Medeiros - foto

Faltava à vertente escrita de Honório de Medeiros, jurista, filósofo, ensaísta e biógrafo, escritor, o livro pessoal. Aquele em que o escritor reúne fragmentos de sua pensata, impressões, expressões, leituras, ficções e que revela um mundo de uma viagem pelo pensamento.

De uma longa e áspera caminhada (Viseu, 2022, 148p), de Honório de Medeiros, é um tanto isso e muito mais. É aquele livro que a gente vai e volta, para, pensa, grifa, relê, anota. É aquele livro que nos faz sair do mesmo e nos faz dialogar com o autor.

Recém-lançado e disponível para compra no site das livrarias e magazines, no Brasil, Portugal e Estados Unidos, em versões impressa e digital, o livro é um navego de um leitor vocacionado pela literatura universal e que revela o escritor cuja vida foi traçada pela leitura e pelos livros, desenhando o seu olhar sobre o mundo.

O leitor há de se aventurar palmo a palmo, a cada página de um pouso no inesperado, o que faz do livro um caminho de surpresas e que faz da leitura um caminho que pode ser próprio além do preposto pelo sumário. É um livro de ir e vir, é um livro para navegar.

O áspero do título pode até ir de encontro a um certa incredulidade e ceticismo que se contrapõe ao leitor do mundo abismado, surpreso, encantado, que toma água de coco na praia e conversa, anda pelo cemitério de Paris e tece uma perfeita crônica em ode ao ipê amarelo, uma beleza à Rubem Braga.

Honório de Medeiros é também aqui filósofo, lógico, matemático, político, cidadão, literato; é também o colecionador de paisagens, sensações, surpresas.  É Rousseau acima de Voltaire e Voltaire acima de Rousseau, com Platão, Popper e outros mais caros ao seu pensamento.

Este é o livro que faltava na biblioteca potiguar pela solidez do conteúdo, forma e o jeito de sabor de conversa que nos conduz. Vale ter na cabeceira como companhia.

A pré-venda é no site da editora Viseu e o livro físico está nos sites da Amazon, Americanas, Magazine Luiza, Shoptime, Submarino. E o e-book nestas e Apple, Barnes & Noble, Google, Kobo, Livraria Cultura e Wook.

Gustavo Sobral é escritor, ensaísta e jornalista

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Categoria(s): Crônica
domingo - 22/01/2023 - 08:44h

Padre Sátiro Dantas, um escravo da causa da educação

Por Marcos Araújo

Hoje, 22 de janeiro, data que a igreja católica venera São Vicente de Saragoza, e o evangelho do dia narra o episódio em que Jesus arregimenta os seus principais apóstolos, a cidade de Mossoró eleva um coro uníssono de preces de louvor e gratidão a Deus pelos 93 anos de vida de Padre Sátiro.Pe. Sátiro comemora 66 anos de Ordenação Sacerdotal

Nascido do casal João Fernandes Dantas e  Erondina Cavalcanti Dantas na cidade de Pau dos Ferros no ano de 1930, pisou em solo mossoroense, no dia 09 de fevereiro de 1943, há quase 80 anos, fazendo desta cidade o seu lar definitivo. Sua prelazia conta-se em décadas, pois foi ainda em 1955 que assumiu a Capela de São Vicente, e o exercício da docência por quartéis de séculos, já se contando quase três o tempo de ensino entre a Universidade e a direção do Colégio Diocesano.

Pode ser dito que ao longo da sua existência foi um escravo – no sentido bíblico da palavra e na exegese sociológica da dedicação – da educação. Desde o chamado “Colégio Normal” (Centro Educacional Jerônimo Rosado), onde lecionou por quase duas décadas (1956-1974),  à UERN, em que se contam quase quatro décadas (1966-2002), sua vocação sacerdotal foi compartilhada pela vivência cristã da formação humana e profissional de milhares de alunos. Eu fui seu aluno, no curso de Direito, da disciplina de Filosofia.

No mesmo passo em que ensinava, se prodigalizava na defesa e empenho de criação de uma dezena de pequenas escolas, a princípio custeada com dinheiro de doações voluntárias, para depois serem incorporadas ao serviço público de ensino. Podem ser citadas a 13 de Junho, o Colégio Centenário, o Instituto Dom Costa, a Creche-escola Erondina Dantas, a Escola Padre Sátiro, transformando pela educação a realidade social adversa da pobreza de centenas de famílias.

NO TEMPO em que se apostava apenas no trabalho como fonte de produção de riquezas, ele defendia a formação como melhoria profissional. Por isso se diz que ele foi um visionário e um revolucionário social neste Estado. Quando a “FURRN” era uma fundação municipal e cada prefeito que assumia se lamentava pelo gasto e a despesas com a formação universitária, ele assumiu a briga pela estadualização. Tinha em mente a frase pronunciada pelo advogado e educador Derek Bok, ex-aluno e ex-presidente da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos: “Se você acha que investir em educação custa caro, experimente o custo da ignorância”.

Até dentro da Igreja ele operou para que os sacerdotes não fossem meros replicadores de orações. A partir de sua influência, Dom José Freire – e depois Dom Mariano – fincaram como propósito administrativo a remessa do nosso clero à Itália em busca de pós-graduações e aperfeiçoamentos do pensamento crítico.

Padre Sátiro é um escravo da causa da educação, sendo ele um tanto paulino (para lembrar o apóstolo Paulo) nesse mister. Na carta à comunidade de Corintos, Paulo confessa que (c1,v19) “embora seja absolutamente livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas.”                               

Seu valioso contributo como sacerdote e educador ficará registrado na história da Diocese de Mossoró e do Rio Grande do Norte. Nas palavras de Padre João Medeiros, seu fiel e genial amigo, cuja reprodução é necessária, à vida de Padre Sátiro Cavalcanti Dantas cabem bem os versos de Dom Carlos Alberto Navarro, inspirados no Salmo 23/22: “Sou bom pastor, ovelhas guardarei, não tenho outro ofício nem terei, quanta vida eu tiver, eu lhes darei”.

Parabéns, Padre Sátiro, pelos seus 93 anos de vida em favor do próximo e da Igreja de Cristo!

Marcos Araújo é advogado e professor da Uern

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sábado - 21/01/2023 - 23:54h

Pensando bem…

“O que importa é aquilo que você aprende depois de saber.”

John Wooden

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sábado - 21/01/2023 - 17:42h
Posição

Novo comandante do Exército, escolhido por Lula, defende democracia

Novo comandante do Exército escolhido pelo presidente Lula (PT), general Tomás Paiva, estava à frente do Comando Militar do Sudeste quando fez dias atrás um discurso em favor democracia, mostrando o papel do militar, em defesa da hierarquia e contra a partidarização das Forças Armadas.

Setores da imprensa nacional apontam que já era vontade de Lula, bem antes de 8 de janeiro e declaração pública de Paiva, tê-lo no comando.

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sábado - 21/01/2023 - 16:56h
Governo

Comandante do Exército é demitido por Lula

General Júlio César estava há pouco menos de um mês no comando (Foto: divulgação 2019)

General Júlio César estava há pouco menos de um mês no comando (Foto: divulgação 2019)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu neste sábado (21) o general Júlio César de Arruda do cargo de comandante do Exército.

O substituto será o atual o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Ele comandava a região desde 2021.

Antes de ser demitido, Júlio César Arruda participou nesta sexta-feira (20) de uma reunião, no Palácio do Planalto, com Lula, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.

Foi a primeira reunião do presidente com os comandantes das Forças Armadas depois de Lula defender punição para militares envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Após o encontro, José Múcio Monteiro falou em “virar a página” dos atos golpistas. O ministro da Defesa disse também não ver envolvimento “direto” das Forças Armadas nos ataques em Brasília.

Múcio afirmou também que os comandantes concordavam com a tomada de providências contra os militares eventualmente envolvidos nos atos.

Governo passado

Júlio César de Arruda havia assumido interinamente o comando do Exército em 30 de dezembro do ano passado, ainda no governo Jair Bolsonaro.

Foi um acerto com a equipe de transição de Lula com a gestão anterior para que a troca do comando ocorresse antes da posse do novo governo.

Arruda foi confirmado no cargo pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no dia 6 de janeiro deste ano.

No dia 8 de janeiro, bolsonaristas radicais invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Houve depredação e roubos no Palácio do Planalto, no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional.

Em entrevista à jornalista Natuza Nery, da GloboNews, na última quarta-feira (18), Lula disse que os serviços de inteligência das Forças Armadas e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) falharam e não o alertaram da possibilidade de ataques golpistas.

Além da crítica, Lula disse na entrevista que era necessário “não politizar” as instituições militares.

Veja perfil de quem sai e de quem entra e outros detalhes clicando AQUI.

Nota do Canal BCS – Gostei. Forças Armadas precisam voltar ao mero cumprimento do seu papel, sem partidarização, sem quebra de hierarquia, sem intromissões indevidas.

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Categoria(s): Política
sábado - 21/01/2023 - 11:30h
Investimento

Infraero quer aeroporto de Mossoró levantando voo

Do Blog Regy CarteAvião, cabine de aeronave, voo, piloto, copiloto,

A nova gestão, da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), traz boas perspectivas ao Aeroporto Dix-sept Rosado. Entre as medidas em estudo, está a concessão de áreas ao setor privado para instalação de restaurante e uso de hangares. A intenção é viabilizar o aeroporto economicamente.

Reforço da segurança, climatização e outras melhorias também estão previstas, a fim de atrair mais companhias aéreas, como a Gol. Em recente reunião com lideranças empresariais de Mossoró, na Acim, a Infraero revelou planos para o aeroporto.

Reafirmou o aeródromo como estratégico para segurança nacional e até ventilou a possibilidade de ampliação. A Infraero assumiu o campo de aviação no último dia 29 de dezembro. O know how da empresa pública é fundamental para revitalizá-lo.

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  • Repet
sábado - 21/01/2023 - 10:14h
Moderação

As mães são aristotélicas

MÃE-E-FILHONossas mães são aristotélicas e não sabem:

– “Tudo demais é veneno,” Carlinhos.

Tá.

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Categoria(s): Crônica
sexta-feira - 20/01/2023 - 23:58h

Pensando bem…

“Nunca discuta; não convencerá ninguém. As opiniões são como os pregos: quanto mais se martelam, mais se enterram.”

Alexandre Dumas

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sexta-feira - 20/01/2023 - 23:20h
Petrobras

Associação de Engenheiros segue em campanha contra Jean-Paul

A Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) segue em campanha contra a nomeação do senador Jean-Paul Prates (PT-RN) à presidência da estatal. Em seus boletins internos e distribuídos à imprensa, a pregação levanta série de argumentos contra a escolha.

Governo despreza “telhado de vidro” de Prates ao confirmá-lo para presidir Petrobras – é o título da mais recente artigo da Aepet, reprovando Prates.

Leia íntegra AQUI.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 20/01/2023 - 22:38h
2023

Piso do Magistério no Estado não tem previsão nem como será pago

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do RN (SINTE/RN) não tem um compromisso quanto à data e forma de pagamento do Piso Nacional do Magistério 2023, no governo estadual. A audiência da diretoria da entidade nessa quinta-feira (19) com a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do RN (SEEC) não foi satisfatória.

Greve em 2022 terminou dia 4 de março, mas o parcelamento ficou a perder de vista (Foto: Lenilton Lima/Arquivo)

Greve em 2022 terminou dia 4 de março, mas o parcelamento ficou a perder de vista (Foto: Lenilton Lima/Arquivo)

Houve garantia de que o piso será implantado, mas não se sabe quando nem como. O argumento da gestão Fátima Bezerra (PT), é que houve considerável queda no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), abalando o erário.

No início de fevereiro será realizada nova audiência para que seja apresentada proposta, a partir de estudo sobre o impacto financeiro.

Ano passado, houve greve de 20 dias da categoria, encerrada no dia 4 de março em assembleia geral. Aulas foram retomadas dia 7 de março. Apesar da pressão, o pagamento acabou parcelado a perder de vista (veja como ficou o acordo AQUI).

Para 2023, com certeza haverá mais uma vez o parcelamento em longos meses.

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sexta-feira - 20/01/2023 - 21:50h
Vice

Walter Alves se mexe e tem papel proativo no início de governo

O vice-governador Walter Alves (MDB) deixa claro nos primeiros dias de governo de Fátima Bezerra (PT), que não será um elemento estático ou decorativo na gestão.

Walter, ladeando Fátima, articulou sintonia com a Femurn, em reunião dia passado (Foto: Sandro Menezes)

Walter, ladeando Fátima, articulou sintonia com a Femurn, em reunião dia passado (Foto: Sandro Menezes)

É dele a articulação, por exemplo, para aproximar a governadora de entidades como a Federação dos Municípios do RN (FEMURN), que teve eleição recentemente. Um aliado de “Waltinho” está em seu comando (veja AQUI), prefeito Luciano Santos (MDB), de Lagoa Nova.

E tem mais.

Vá vendo.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 20/01/2023 - 21:00h
Realidade

Auxílio-reclusão, de verdade, beneficia poucas pessoas

Do Blog Tio ColorauPenitenciária, facções, criminosos, presos, prisão, bandidos,

Dia desses escrevi aqui que a parcela de presos que recebe auxílio-reclusão é ínfima. Pois bem, dos 12.273 custodiados no Rio Grande do Norte, apenas 298 (2,42%) têm direito ao benefício, que é pago aos dependentes.

Dados são da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP).

No país, 19.875 recebem o benefício, de um total de 837.433 presos.

Ou seja, 2,37%.

O auxílio-reclusão foi criado ainda nos anos 60, e seu valor é – e sempre foi – de um salário-mínimo.

Nota do Canal BCS – Entenda AQUI, sem fake news, quem tem direito ao auxílio-reclusão e qual o valor. O Auxílio-Reclusão é pago aos familiares que dependem economicamente do segurado que foi recolhido à prisão.

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sexta-feira - 20/01/2023 - 20:26h
Presidência

O candidato de Ezequiel Ferreira

Ezequiel exerce forte liderança política e quer no segundo biênio alguém de confiança como  Kleber (Foto: João Gilberto/Arquivo)

Ezequiel exerce forte liderança política e quer no segundo biênio alguém de confiança como Kleber (Foto: João Gilberto/Arquivo)

Pelo visto, o presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), botou o também parlamentar Kleber Rodrigues (PSDB) debaixo do braço.

Vai fazê-lo presidente da Casa no segundo biênio da próxima legislatura.

No primeiro é com ele mesmo: Ezequiel.

É só o que eu ouço nos intramuros desse poder, de fontes muito seguras.

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sexta-feira - 20/01/2023 - 19:52h
Imprensa

Jornalista William Robson emplaca matéria analítico-opinativa na Folha

O jornalista e professor-doutor em jornalismo, William Robson, teve artigo de sua autoria publicado na Folha de São Paulo.

Gabriela Biló é fotojornalista da Folha de S. Paulo, autora da foto feita com técnica de múltipla exposição

Gabriela Biló é fotojornalista da Folha de S. Paulo, autora da foto feita com técnica de múltipla exposição

Ele faz abordagem analítico-opinativa sobre polêmica foto veiculada por essa mídia impressa/virtual, sob o título “Quando a imagem jornalística recorre ao fake”.

Veja a íntegra clicando AQUI.

Nota do Canal BCS – Independentemente de concordar ou discordar da visão analítica de William, manifesto minha alegria por essa projeção nacional do colega de redação desde os tempos do Gazeta do Oeste, no início dos anos 90.

Valeu, By! Você merece.

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sexta-feira - 20/01/2023 - 06:30h
Política

A volta por cima dos perdedores

Do Blog Toni Martins

Thiago, Marineide e Dinarte: mudança em chapa (Foto: Blog do Aluízio Lacerda)

Thiago, Marineide e Dinarte: o sobe e desce da política em Carnaubais (Foto: Arquivo)

Para compreender melhor o título desta matéria, é preciso passar a lupa nas eleições e observar um fato que se repete na política de Carnaubais (Vale do Açu) desde o início deste século: os perdedores conseguiram dar a volta por cima.

Vamos lá…

Em 2000, o racha no grupo do então prefeito Nelson Gregório, com o rompimento de Dr. Zenildo e vereadores da base aliada, levou os dois à derrota.

Quatro anos depois, após lamberem as feridas, unidos tomaram a prefeitura de Luiz Gonzaga, que havia se aproveitado da separação e venceram a disputa com 37% dos votos.

Já em 2008, Luiz Gonzaga deu o troco após a traumática derrota anterior e repetiu a dose em 2012, embora tenha perdido o mandato por ilicitudes praticadas na campanha contra Dinarte Diniz.

Em 2016, com o racha entre Luiz Gonzaga e Junior Benevides, Dinarte chegou indiretamente ao poder com sua esposa – Marineide Diniz – na chapa vencedora com Dr. Thiago Meira, eleito prefeito com 42,49% dos votos.

Em 2020, após ruptura do grupo, Junior Benevides se aliou a Dinarte e deu a volta por cima elegendo o irmão Gleudinho vice-prefeito de Dona Marineide, eleita com 36,67% da votação.

Nas disputas eleitorais desde 2000 os perdedores, como mostram os resultados, conseguiram se sobressair nas eleições seguintes, numa espécie de sobe e desce do pódio do poder.

Perde e ganha

A história revela que ter a caneta na mão não garante vitória. Desde que foi criado o advento da reeleição todos os gestores que passaram na prefeitura até agora amargaram derrota.

Após ter sido derrotado ao tentar se reeleger prefeito em 2020, Dr. Thiago conseguirá dar a volta por cima em 2024 ou se juntará a Luiz Gonzaga e seus apoiados que não conseguiram mais se reerguer politicamente?

Isso, o tempo dirá!

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sexta-feira - 20/01/2023 - 04:10h
Rádio e política

O bom debate no Jornal da Tarde desta sexta-feira, 20

Jornal da Tarde da Rádio Rural com Carlos Santos, Regy Carte e Humberto Fernandes. Apresentação de Saulo Vale - 20-01-2023O Jornal da Tarde desta sexta-feira (20) recebe os jornalistas Carlos Santos, do Canal BCS – Blog Carlos Santos; Regy Carte, do Blog Regy Carte, e o ex-presidente da OAB de Mossoró, ex-consultor-geral do Município e professor de Direito da Uern Humberto Fernandes.

Junto com o jornalista Saulo Vale, apresentador, os convidados farão análises e comentários sobre os principais acontecimentos políticos da semana em níveis nacional e local.

Começa às 12h10, na Rádio Rural (AM 990).

Sintonize AQUI ao vivo.

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Categoria(s): Comunicação / Política
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