“A única jornada impossível é aquela que você nunca começa.”
Tony Robbins
Jornalismo com Opinião
“A única jornada impossível é aquela que você nunca começa.”
Tony Robbins
Por Carol Ribeiro
Em novembro de 2020, pós eleição de Allyson Bezerra à Prefeitura de Mossoró, o Blog Carol Ribeiro trazia uma interpretação das motivações da vitória do “menino pobrezinho” (veja AQUI).
O deputado de Mossoró sem muita expressão na Assembleia Legislativa conseguiu, em 45 dias de campanha eleitoral, catapultar sua imagem para o alto e se eleger na segunda maior cidade do RN com 47,52% dos votos sobre Rosalba Ciarlini (42,96%), derrotando também a ex-prefeita Claudia Regina (2,94%) e a colega de legislativo, a deputada estadual Isolda Dantas (5,86%), representante do esquerdismo.
O então “Menino pobrezinho” conseguiu se colocar como o candidato mais hábil a captar os eleitores num momento em que o mossoroense mostrava sinais de cansaço com o modelo de gestão do tradicional grupo político rosalbista, atestado na baixa popularidade da prefeita em seu quarto mandato. Allyson Bezerra, há quatro anos, não somente venceu a eleição. Ele foi o resultado da vitória do antirrosalbismo daquela quadra histórica como força política em Mossoró.
Naquele momento, a publicação analisava os desafios que Allyson teria, dali em diante, para mostrar serviço, e evitar que o eleitor num movimento pendular pudesse voltar a sentir saudade de Rosalba Ciarlini.
Começando a gestão tendo em caixa boa parte dos 147 milhões de reais que Rosalba acreditava poder usar, para seu quinto mandato, vindo dolo o jovem de 28 anos, sem fatura de campanha para pagar, se cercou de equipe técnica que o ajudou a multiplicar a popularidade alcançada na eleição.
Ao longo de quase quatro anos, fez novos aliados políticos, novos projetos e novo empréstimo. Transformou as falhas que existem nos serviços urbanos, na saúde mossoroense e na educação, em quase invisíveis, perto das obras e da propaganda que expõe nas redes sociais.
O mérito, a maior parte, fica para sua equipe de marketing, desde a alcunha do Menino pobrezinho – aproveitada das insinuações irônicas da própria Rosalba dirigida a ele ainda no começo da campanha 2020 – até se tornar ‘case’ de sucesso citado Brasil afora, como na Compol Brasil 24, um dos maiores eventos de marketing e comunicação política do país.
O prefeito deixou o rosalbismo com a vista turva, quase inerte durante os quatro anos de gestão do “Menino”. A luta, agora, é da oposição, hoje quase inexistente, para tentar reduzir os cerca de 80% de aprovação e a distância entre a Allyson e o segundo colocado em 6 de outubro, para dificultar voos mais altos do menino do Sítio Chafariz – talvez rumo a 2026.
Série Eleições Municipais 2024
Leia também: Convidados especiais vão nos ajudar a entender as eleições 2024
Leia também: Uma eleição fria, por enquanto – Por Sávio Hackradt
Leia também: A influência das ideologias e a busca pelo voto – Por Vonúvio Praxedes
Leia também: O desafio dos adversários de Allyson Bezerra – Por William Robson
Ao vencer a eleição de 2020, Allyson ficou com a faca e o queijo na mão. Em quatro anos, cortou o queijo e deixou as migalhas para a oposição.
Carol Ribeiro é jornalista, editora do Blog da Carol Ribeiro e repórter política do Diário do RN
*No próximo domingo (7), mais dois convidados especiais vão escrever para a série “Eleições Municipais 2024” do Blog Carlos Santos. Aguarde.
Por Jânio Rêgo
Muito tempo depois da morte de Marcos Porto, apareceu a história em Areias Alvas que o filho de seu Chico Porto e dona Maria do Carmo havia aparecido, daquele jeito como era ele, chupando quixaba, no meio dos bodes, ao pingo do meio dia, sob a frondosa quixabeira onde pôs fim à própria vida naquela sombria e marulhosa tarde de junho. Como vento nas dunas, essa história, contada sob glórias e aleluias por sete mulheres na Igreja Pentecostal Sal do Senhor, ecoou pelos povoados de Gado Bravo, Retiro, Pau de Légua, Barra e chegou até a vila do Tibau e Mossoró.
A Igreja Pentecostal Sal do Senhor, olhando direitinho, foi fundada por ele quando voltou de uma temporada de quase uma dúzia de anos no Amazonas. Quando voltou tinha os cabelos brancos e compridos mas cortados na fronde como os índios. Toinha Bateria foi encontrá-lo deitado na rede no primeiro andar da casa da mãe dele enviuvada. Fez aquela festa, bichim, levantou-se com aqueles braços compridos e disse assim: Toinha e Maria Bolsa Velha. E calou-se, só abrindo a boca para pregar naquela duna grande ao lado da casa de Gado Bravo onde instalou a sede da sua irmandade, que era assim que ele chamava.
Por que doar livros (4):
Quando ainda era mais criança que hoje ele leu toda a coleção de Alexandre Dumas, aquele dos 3 Mosqueteiros, uns trinta e tantos volumes, de capa grossa, esverdeada com naipes dourados nas bordas. Sabe tudo sobre França, mais ainda que agora ano passado revirou in loco os locais onde o Richelieu e tantos cardeais e reis pisaram, com a meticulosidade com que folheia os seus compêndios de filosofia do direito.
Tenho a impressão que o Blog da Feira o trará no momento em que os livros da Coleção Mossoroense estejam passando às mãos da Feira representadas em Tarcízio Pimenta e José Carlos Barreto. E esse ano é França Brasil/Feira França. E nada mais francês, mais jacobino que Massilon, o cangaceiro cuja história Honório de Medeiros escreve.
Por que doar livros (3):
Quando o conhecemos ele já nem ensinava mais nem francês. Mas era para nós o professor de latim com quem não estudaríamos mais. Era um padre que perambulava pelos corredores do colégio, talvez revendo velhos amigos do Diocesano Santa Luzia, indo pro refeitório quando morava no colégio. Depois mudou-se e não ouvi mais falar dele, a não ser as histórias que contavam sobre sua sabedoria latínica. “An argento patia”, era uma palavra que ele criara com radicais do latim para significar Doença da falta de dinheiro do que ele sempre reclamava.
Gostava de beber cerveja e não passara de monsenhor na cruel hierarquia católica. Era isolado. Quando morreu estava na Tribuna da Bahia e meu colega Eduardo Costa me chama do arquivo para um telefone com uma notícia que lhe dava um amigo meu antes mesmo d´eu atender o telefone: e Eduardo ecoaria pela Redação: Jânio herdou a biblioteca de um monsenhor, e já eram bem 10 mil livros. Era uma mentira mossoroense, claro, mas a Redação da Tribuna acreditou que era herdeiro do Monsenhor Sales.
Porque doar livros (2):
Professor Vingt-Un Rosado foi meu diretor na Escola de Agronomia de Mossoró, hoje tornada Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA) com cursos que não se conta mais nos dedos como no tempo de Esam. Naquele tempo deixei a Rural de Pernambuco com medo da perseguição da ditadura e fui continuar agronomia sob a proteção da família e da terra mater. A Esam era, como é, uma respeitável escola e somente os arroubos de adolescência permitidos pela minha família liberal haviam me deixado fazer vestibular e passar em Recife. Quando cheguei Vingt-Un estava na sua segunda fase de poder na instituição que já passava dos 10 anos. Conheci a Coleção Mossoroense naqueles anos e já era levada pela obstinação quixotesca do velho cientista agrônomo.
Por que doar livros (1):
Fazendo uma campanha em Ribeirão Preto, em 2004, encontrei um professor universitário de malas prontas para um congresso sobre apicultura em Natal e ele dizendo-se um discípulo de padre Huberto Brunning cujo trabalho havia conhecido através da Coleção Mossoroense. A imprensa de Natal tratou-o no dia do congresso como uma das maiores sumidades em abelha jandaira uma melífera em extinção no Nordeste.
A cultura nordestina é assim, atraente e brota nos locais menos prováveis. Somente o padre Huberto merece um livro, é um personagem, tão estranha a figura e tão importante foi ele para uma geração norte riograndense. É um pouco dessa cultura que o Blog da Feira pretende plantar com livros aqui na Terra de Lucas. A Transportadora Bonfim nos informou há pouco que os livros devem estar aqui amanhã. É uma honra e uma alegria.”
Jânio Rêgo é jornalista e editor do Blog da Feira
*Texto originalmente publicado no Blog da Feira.
Por Marcelo Alves
Na semana passada, prometi escrever sobre os conteúdos e as traduções de “Essais français: droit et philosophie en édition bilingue français/portugais” (“Ensaios franceses: direito e filosofia em edição bilíngue francês/português”) e “Littératures françaises: récits sur les livres et les écrivains en édition bilingue français/portugais” (“Literaturas francesas: crônicas sobre livros e escritores em edição bilíngue francês/português”), livros siameses, que por estes dias jubilosamente entreguei aos leitores. Os lançamentos se deram ou se darão: em Natal/RN, no dia 24 de junho de 2024, às 18 horas, na Aliança Francesa, sita na Rua Potengi, nº 459, bairro de Petrópolis; em Recife, no dia 25 de julho de 2024, às 19 horas, na respectiva Aliança Francesa, sita na Rua Amaro Bezerra, nº 466, bairro do Derby. E eu estou très content.
Os conteúdos de “Essais français e “Littératures françaises” representam minha curiosidade transdisciplinar sobre o direito, a política, a filosofia, a arte e a literatura da França e da francofonia. Coisa de francófilo atrevido, repito. E, sem querer avançar muito nesse conteúdo – isso eu deixo a cargo do querido leitor –, registro apenas que dividi o material em duas grandes temáticas: direito e filosofia ficaram em um tomo, o “Essais français”; literatura, no outro, o “Littératures françaises”. E o leitor vai notar que, a depender da temática (transdisciplinar) predominante do texto, romancistas como Balzac, Hugo ou Gide, por exemplo, foram trasladados da ambiance de “Littératures” para o mélange dos “Essais”. Espero que vocês aprovem a metodologia.
Mas quero fazer aqui algumas observações quanto às traduções. Elas me deram uma trabalheira dos diabos.
Decidi publicar os textos em edição bilíngue – e não apenas em francês, como até cogitado inicialmente –, para que o estudante de francês, falante nativo de português, ou vice-versa, de qualquer nível, pudesse aproveitar o que de bom têm os livros.
Quanto às traduções em si, reconhecerei certa razão se alguém disser que a “boa” tradução é aquela feita de uma língua estrangeira para a língua materna (não é o caso aqui, já que sou criado e educado em bom português). Vertendo um texto para a sua língua materna, um tradutor quase sempre obtém um resultado melhor do que teria ao fazer o mesmo para uma língua dita “aprendida”.
Todavia, procurei compensar as minhas deficiências.
Fiz “alianças”, como, por exemplo, com Heloísa Arcoverde de Morais, que “assina” a revisão da tradução. Sou mais do que grato.
Ademais, como lembra Geir Campos (em “O que é tradução”, Editora Brasiliense, 1996), “um fato inegável é que, para traduzir bem qualquer texto, o tradutor deve sentir-se de algum modo atraído ou motivado, ou pela forma ou pelo conteúdo dele, ou pelo autor, ou pela cultura do lugar a que se refere o texto a traduzir”. Não me faltaram atração ou motivação. Definitivamente.
Além disso, para bem traduzir, como anota Paulo Rónai (em “Escola de tradutores”, Edições de Ouro, 1967), “o tradutor deve conhecer todas as minúcias semelhantes da língua de seu original, a fim de captar, além do conteúdo estritamente lógico, o tom exato, os efeitos indiretos, as intenções ocultas do autor”. Os tons e as intenções do autor não me eram ocultos. Por óbvio.
Por fim, também dizem, na “Escola de tradutores”, que “o problema da tradução suscita comentários maliciosos e tópicos indignados, mas que não vão além da conclusão tradicional traduttori – traditori”. Fui fiel a mim mesmo. Escrevendo e traduzindo. Podem ter certeza.
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
Por Bruno Ernesto
Recentemente voltei à ilha da Sardenha, na Itália, para rever meu amigo Armando Paolo e matar um pouco a saudade daquela ilha paradisíaca localizada no mar Mediterrâneo e ao Sul da Córsega, com uma história de mais de cento e cinquenta mil anos de atividade humana, sendo a ilha toda um um sítio arqueológico a céu aberto.
Lá podemos ver estradas e construções romanas, torres mouras e o mais interessante, os gigantescos nuraghes, que são torres circulares de pedras sobrepostas, erguidas há mais de cinco mil anos.
Essas construções são muito parecidas com uma gigantesca chaminé, algumas chegando a ter trinta metros de altura e com muitas derivações com torres menores, como se fossem uma pequena cidade medieval ou uma pequena vila fortificada, e que vistas de cima, parecem uma grande colmeia. São imensas, e até hoje são um verdadeiro mistério como foram construídas, pois para quem põe os olhos nelas e pode explorá-las, numa caminhada um tanto difícil, facilmente constata que seria muito complicado de erguê-las com a tecnologia que apenas hoje dispomos, imagine há cinco mil anos.
É tão impressionante e misterioso, que até o famoso escritor e teórico de civilizações antigas, o suíço Erich von Däniken, registrou no seu célebre livro, “Eram os Deuses Astronautas?”, o grande mistério da civilização nurágica o que, de fato, é muito intrigante, pois quando tive a primeira oportunidade de entrar num desses nuraghes, simplesmente não acreditei que pudesse ter sido erguido por mãos humanas há mais de cinco mil anos. E toda vez que vejo um deles fico impressionado.
Dessa vez fomos ao Su Nuraxi, que é um sítio arqueológico nurágico localizado em Barumini, e que foi descoberto pelo arqueólogo Giovanni Lilliu na década de 1950, e que foi eleito patrimônio mundial da UNESCO no ano1997.
Realmente, de todos nuraghes que vi e entrei, esse era, de longe, o mais impressionante e bem preservado. Simplesmente gigantesco.
Por ser um sítio arqueológico muito conhecido, a prefeitura local criou um centro turístico muito bem organizado, contando, inclusive, com guias profissionais que percorrem todo o sítio arqueológico com os visitantes, explicando detalhadamente todos os locais que acessamos, inclusive a gigantesca torre principal, cujo acesso é uma verdadeira aventura, e quem tem medo de altura ou claustrofobia, certamente terá dificuldade.
Uma coisa que me chamou bastante atenção quando nos dirigíamos para o portão de acesso ao sítio arqueológico, foi que no nosso grupo de visitantes formado naquele horário, havia uma família de pessoas de meia idade que pareciam há muito tempo não se verem e estavam ali a passeio; talvez visitando parentes na cidade ou região.
Dentre eles, uma senhora muito bem agasalha – fazia uns oito graus -, com uma roupa de lã preta, usando uma bengala e que andava com uma certa dificuldade, e a considerar que na ilha da Sardenha há a característica de grande longevidade dos moradores, inclusive com um grande número de pessoas centenárias, aquela senhora aparentava noventa anos de idade, ou mais.
Quando a guia convidou a todos para seguí-la, o grupo, formado por umas dez ou doze pessoas, iniciou a caminhada em direção ao sítio arqueológico que ficava à uns duzentos, metros do portão de entrada, momento em que percebi que duas das mulheres que acompanhavam aquela senhora conversavam um tanto apreensivas com ela, dizendo que era perigoso para ela e que ela não conseguiria entrar no nuraghe, pois precisava subir uma grande e estreita escada para acessar o interior da torre e do complexo de câmeras principal.
Ao tempo que passava por elas, pude ver que aquela senhora tentava convencê-las de que tinha plena capacidade física para acompanhá-las, e vez ou outra apontava para o gigantesco nuraghe e mostrava a sua bengala para as mulheres, que calmamente diziam que era melhor ela aguardar sentada num banquinho que fica à beira da estrada de acesso ao complexo arqueológico, em baixo de uma oliveira que balançava com aquelas rajadas de vento congelante.
Quando vi que ela não tinha mais argumentos, calou-se e, pude perceber, nitidamente, sua impotência e resignação, e com um semblante de tristeza, umas daquelas mulheres que a acompanhava a levou gentilmente para o banco, onde sentou com uma certa dificuldade e ficou nos olhando impotente.
De fato, não havia a mínima possibilidade daquela senhora nos acompanhar. A verdade é que até eu tive uma certa dificuldade para subir as escadas e andar por entre as câmaras do complexo das torres principais.
Antes de subirmos a torre principal, a guia nos levou para uma caminhada por entre o complexo, que consistia em pequenas ruínas das torres menores, e após uns trinta ou quarenta minutos de explicações e caminhadas, nos dirigimos à torre principal, que devia ter quase trinta metros de altura, e lá de cima, ao longe, pude ver aquela senhora sentada sozinha no banco, olhando para nós.
Achei tão triste aquela cena, que a filmei. E durante todo o restante do passeio fiquei imaginando o que se passou na vida daquela senhora. Há quanto tempo aquelas mulheres que a acompanhavam não a viam. Será que eram as suas filhas? Talvez sobrinhas? Netas?
Após o passeio no interior da torre principal, rumamos para a saída do complexo e novamente fiquei fitando aquela senhora que continuava ali sentada e só se levantou quando aquelas mulheres se aproximaram novamente dela.
Como estavam a uma certa distância de onde estava parado vendo aquela cena, apenas pude ver que conversaram efusivamente, erguendo os braços e gesticulando, enquanto apontam para o nuraghe sorrindo. Não pudemos escutar o diálogo delas.
Após alguns instantes, deixamos o local e, desde então, a imagem daquela senhora sentada sozinha naquele banco ficou na minha mente, e fiquei a me perguntar: quem seria aquela senhora?
Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor
Por William Robson
Terminado o Mossoró Cidade Junina (MCJ) e o balé de drones do Alok, as atenções se voltam para a campanha e para as eleições municipais. Alguns movimentos foram dados neste primeiro semestre, sobretudo, da oposição, no intuito de se organizar, algo que tem se mostrado desafiador. Os nomes que surgiram até agora não emplacam nas pesquisas recentes. Isso não quer dizer que o cenário está cristalizado. Será uma eleição fácil para o atual prefeito, Allyson Bezerra? A composição da oposição pode ajudar a entender.
Na última sondagem, publicada em maio pelo jornal natalense Agora RN, realizada pelo Instituto Exatus, Allyson alcançou 73% das intenções de voto. Todos os demais candidatos somados (sete ao todo) tiveram 19,38%. O detalhe deste levantamento é que o nome do presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim, também foi submetido ao escrutínio. Apareceu com 1,63% das intenções de voto. Porém, é provável que, nas próximas pesquisas, ele surja em situação um pouco mais favorável.
Um pouco melhor, porém nada surpreendente diante das alianças firmadas por ele. Lawrence apareceu no Pingo da Mei Dia, no começo deste mês, de mãos sobrepostas com a governadora Fátima Bezerra e a deputada estadual Isolda Dantas. O que a imagem demonstrava, no olhar semiótico, foi confirmada em seguida. Isolda deixou sua condição de pré-candidata para apoiar o candidato tucano, movimento aprovado pelo seu partido, embora com forte resistência interna.
O passado “bolsonarista” de Lawrence, ao apoiar abertamente a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, e críticas contundentes ao PT, gerou cisma entre integrantes da legenda.
Rapidamente Lawrence se movimentou para apagar o passado nas redes sociais. A vereadora Marleide Cunha, que referendou o acordo, foi para o rádio passar um sabão. “Já pensou se eu tiver que rotular 45 mil pessoas que votaram em Bolsonaro e não puder dialogar com elas? Lawrence fez campanha, votou em Bolsonaro, mas ele não tem o perfil”, suavizou, em entrevista ao jornalista Saulo Vale na Rádio Rural, no último dia 21. Ela ainda reforçou seu argumento em defesa desta união. O objetivo é enfrentar a “ameaça à democracia”, ou seja, o prefeito de Mossoró pode, segundo ela, ser protagonista de ruptura institucional no país.
Marleide teve coragem de submeter-se ao constrangimento. Isolda ainda não. A retirada de sua candidatura foi motivada por agravante que recairá sobre as costas de Lawrence: sua alta taxa de rejeição. Ela é a mais rejeitada entre todos os candidatos, segundo a última pesquisa da Exatus. Por esta razão, anunciou apoio a Lawrence no estilo envergonhado.
Isolda dividiu o PT e Lawrence seus eleitores, sobremaneira, os mais conservadores. Isso não deve implicar em erosão de votos baseados na última sondagem da Exatus. O apoio da governadora e até da diminuta parcela da esquerda há de dar um respiro ao presidente da Câmara. Não se sabe se o suficiente para uma polarização. O que se vê nos bastidores é que a governadora começou a fechar alguns acordos diante da nova aliança, como a substituição na supervisão regional do Detran, agora sob o comando de Lawrence e seu grupo, liderado pelo tio e deputado estadual Dr. Bernardo Amorim (PSDB).
O fator Lula pode influenciar? O presidente foi o campeão de votos em Mossoró, mas se isso fosse considerado, a candidata seria Isolda, não Lawrence. Embora no melhor momento para o PT local, sob anteparo dos governos estadual e federal, a deputada não incorporou a aura do líder maior. Amarga dobrar-se a quem pediu voto para o seu arquirrival visceral.
Mesmo assim, está demonstrada até aqui esta oposição como a mais proeminente. Coalizão inusitada a qual suas lideranças buscam se ajustar, sobretudo, o campo da esquerda ao impor nova narrativa aderente à direita.
Por outro lado, será que a ex-prefeita Rosalba Ciarlini tenderá a se integrar a este acordo, como cogitada, tornando o quadro ainda mais exótico? Isso porque o rosalbismo, em flerte com o PL de Genivan Vale, parece ter retrocedido. Genivan, por sua vez, apresenta sinais vitais ao contratar o marqueteiro João Maria Medeiros para a sua campanha. Correndo por fora, Zé Peixeiro (Republicanos) ainda segura sua pré-candidatura (ainda).
Série Eleições Municipais 2024
Leia também: Convidados especiais vão nos ajudar a entender as eleições 2024
Leia também: Uma eleição fria, por enquanto – Por Sávio Hackradt
Leia também: A influência das ideologias e a busca pelo voto – Por Vonúvio Praxedes
Os elementos colocados até aqui se configuram nas estimativas das pesquisas recentemente apresentadas.
Há favoritismo do prefeito, sim, como apontam as sondagens.
Há inconsistência dos adversários e das alianças.
E há muitas incertezas também.
William Robson é professor, jornalista e editor do Blog William Robson
Por Odemirton Filho
Um dos principais eventos das campanhas eleitorais é a realização de carreatas promovidas pelos candidatos. É comum, no decorrer das pleito, a promoção de carreatas com veículos e motocicletas. Quanto maior a quantidade de veículos envolvidos no evento, maior a impressão que causará ao potencial eleitor.
Disciplinando o assunto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da Resolução n. 23.607/19, diz que os gastos com combustível são considerados gastos eleitorais apenas na hipótese de apresentação de documento fiscal da despesa do qual conste o CNPJ da campanha, para abastecimento de veículos em eventos de carreata, até o limite de 10 (dez) litros por veículo, desde que feita, na prestação de contas, a indicação da quantidade de carros e de combustíveis utilizados por evento. (Grifei).
Do mesmo modo, os veículos utilizados a serviço da campanha, decorrentes da locação ou cessão temporária, que sejam declarados originariamente na prestação de contas, bem como, seja apresentado relatório do qual conste o volume e o valor dos combustíveis adquiridos semanalmente para este fim.
Ressalte-se que não são consideradas gastos eleitorais, não se sujeitam à prestação de contas e não podem ser pagas com recursos da campanha as despesas de natureza pessoal da candidata ou do candidato, como o combustível e manutenção de veículo automotor usado pela candidata ou pelo candidato na campanha.
Por outro lado, se a distribuição de combustível não estiver dentro das balizas da sobredita Resolução, o candidato poderá incorrer em abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio.
Nesse sentido, é o entendimento do TSE:
“Eleições 2020. […] Ação de investigação judicial eleitoral. Prefeito e vice-prefeito eleitos. Abuso de poder econômico. Captação ilícita de sufrágio. Doação massiva de combustíveis a eleitores. Configuração dos ilícitos. […] 5. A distribuição massiva de combustíveis, sem controle ou vinculação dos beneficiados com a participação em atos políticos, visando à obtenção de voto dos eleitores, que se revele apta a comprometer a normalidade das eleições e a causar desequilíbrio entre os candidatos, configura captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico […]”. (Ac. de 3/5/2024 no AgR-TutCautAnt n. 060019961, rel. Min. Cármen Lúcia.)
Gize-se que “o abuso de poder econômico se refere à utilização excessiva, antes ou durante a campanha eleitoral, de recursos materiais ou humanos que representem valor econômico, buscando beneficiar candidato, partido ou coligação, afetando assim a normalidade e a legitimidade das eleições”.
Segundo jurisprudência do TSE, para a configuração da captação ilícita de sufrágio, com base no art. 41-A da Lei n. 9.504/1997, devem estar presentes a realização de quaisquer das condutas enumeradas pelo dispositivo, quais sejam, doar, oferecer, prometer ou entregar bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza ao eleitor, inclusive emprego ou função pública, o dolo específico de obter o voto e a participação ou anuência do candidato beneficiado, ocorrendo os fatos desde o registro da candidatura até o dia da eleição.
Saliente-se que, qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, conforme o Art. 22 da Lei Complementar 64/90.
Qual a consequência se a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) for julgada procedente?
O Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar. (inciso XIV, da LC 64/90).
Diante do exposto, é prudente que candidatas e candidatos respeitem à legislação eleitoral. Não adianta ser eleito e, posteriormente, perder o mandato; e ainda ficar inelegível.
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos
Por Marcos Ferreira
Preciso (antes que isto pareça uma facécia, uma anedota escatológica da parte deste escriba) dizer que a informação que repercutirei aqui, entre outros veículos da imprensa brasileira, chegou até mim pelo Uol em parceria com a agência Splash Notícias. A bomba arrasa-quarteirão estourou no Mossoró Cidade Junina (MCJ), precisamente na noite do dia 25 deste mês, de acordo com a reportagem. A cantora, instrumentista e compositora Michele Andrade, atração daquele momento, teve que interromper o seu show e ela própria foi atingida por “estilhaços” da referida bomba.
O negócio é o seguinte: alguém soltou um peido terrível perto do palco e muitos que estavam ali foram sufocados. A maioria, claro, arrepiou carreira. Também é claro que ninguém conhece a identidade do autor ou autora da flatulência. O fato é que essa pessoa tem ou estava com o fato podre e tocou o terror.
Somente por higiene auditiva e asseio mental, não ponho os meus pés nesses redutos da manada mossoroense. Quem me falou a respeito desse sucesso foi o meu amigo Marcos Rebouças, que me passou até mesmo um link do ocorrido. De início, como Mossoró é uma vasta piada pronta, imaginei que se tratasse de um conto jocoso. Mas, ao verificar o mencionado link, fiquei de queixo caído.
Percebendo o ruge-ruge e a gritaria, a nossa valorosa Polícia Militar depressa correu para o local da celeuma. Mas o grupamento dos pê-emes nada pôde fazer e ficou em uma situação de risco. Três ou quatro militares se sentiram mal e precisaram ser socorridos pelos próprios colegas de farda, que os conduziram a uma das unidades do Samu de prontidão em local estratégico. A cantora, apesar de zonza por conta da “carniça” empestando o ar, buscou informações da parte da plateia e o público assegurou-lhe que se tratava incrivelmente de um peido, uma bufa violentíssima.
Para o bem de todos e felicidade geral do Mossoró Cidade Junina 2024, ocorreu que o míssil Tomahawk contendo a ogiva gasosa explodiu em espaço aberto e com certo fluxo de vento, apesar da grande concentração de munícipes por metro quadrado. Por um milagre, portanto, aquele rebanho escapou fedendo.
Michele Andrade chegou a dizer que pensou que tinha sido uma briga, um quebra-pau, tamanho foi o desespero das pessoas buscando se salvar da bomba arrasa-quarteirão. O prefeito Allyson Bezerra, ao saber da fetidez, não se acovardou; pegou uma dúzia de acólitos e chaleiras e rumou para a zona nuclear. Diligente, homem de ação e com grande intimidade com outros gases malcheirosos, chamou novamente a polícia e esta fez um cordão de isolamento nas proximidades do palco.
Àquela altura do campeonato, porém, nenhum cristão com um pingo de juízo se atreveu mais a se aproximar do setor radioativo. No fim das contas a cantora pernambucana teve seu show prejudicado. Depois do susto, sã e salva, ela escreveu sobre o insólito acontecimento em sua conta no Instagram: “Já parei o show por vários motivos, mas por causa de um peido foi a primeira vez”, desabafou.
Agora o que nos preocupa é que o autor ou autora da bomba arrasa-quarteirão está por aí e as autoridades (sobretudo sanitárias) não fazem a menor ideia de quem seja. Sem tratamento médico, e a depender do local onde tal personagem volte a soltar mais um peido em ambiente com grande concentração de indivíduos, não se pode descartar a possibilidade de vítimas fatais. Imaginem um peido com esse poder mortífero dentro de um elevador com outras pessoas. É caixão e vela preta.
Marcos Ferreira é escritor
“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora”
Benedetto Croce
Em partida no Colosso da Lagoa, em Erechim-RS, o Ypiranga empatou por 1 a 1 com a equipe do ABC pela 11ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. O jogo se manteve indefinido até os acréscimos, quando as duas equipes marcaram.
O placar se encaminhava o empate zerado até que aos 48 minutos do segundo tempo Zé Vitor marca de cabeça o gol, abrindo a partida para o Ypiranga. Com o gol, a arbitragem deu mais um minuto de acréscimo, que foi suficiente para o ABC parar a defesa do Ypiranga. De rebote, Iago empatou o jogo, aos 53 minutos.
Com o resultado, o canarinho chegou a oitava posição da tabela, com 16 pontos. Já o ABC se manteve como décimo colocado, com 13 pontos.
No sábado (6), o ABC recebe o CSA, no estádio Frasqueirão, a partir das 19h30. No dia seguinte, o Ypiranga-RS encara o Confiança no estádio Batistão, em Aracaju, a partir das 19h.
Em pesquisa divulgada pelo Blog Gustavo Negreiros, a partir de trabalho do Instituto AgoraSei, veja os números da corrida eleitoral em Caicó:
Na questão Estimulada, quando são oferecidos nomes aos entrevistados, o prefeito Doutor Tadeu lidera com ampla vantagem em relação aos demais possíveis candidatos a prefeito de Caicó.
De acordo com os números do Instituto Agorasei, Doutor Tadeu foi citado por 61% dos eleitores caicoenses. Somando os percentuais dos demais possíveis candidatos totaliza apenas 19,4% das intenções de voto.
A sequência mostra Batata (7,2%), Diego Vale (4,4%), Sandra Kelly (4%), Diogo Silva (2,4%) e Max Azevedo (1,4%).
As pessoas ouvidas que afirmam votar branco ou nulo somam 13,4%. Já aquelas sem opinião ou que não responderam correspondem a 6,2% do total de entrevistados.
Sobre a Pesquisa
A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 16 de junho e ouviu 500 eleitores em Caicó RN, de 16 anos de idade e acima, nas zonas urbana e rural do município. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 4.4 pontos percentuais, para mais ou para menos sobre os resultados totais da amostra. Está registrada no TSE com a identificação RN-00438/2024.
Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros. Para ter acesso completo a matéria acesse gustavonegreiros.com.br
O ex-deputado estadual Francisco José Júnior passou por cirurgia de apendicite.
Informação é de que tudo foi cumprido dentro da normalidade.
Agora, o ex-parlamentar cumpre natural período pós-operatório de repouso para retomar sua rotina.
Saúde, meu caro.
Depois vamos botar a prosa em dia.
Atraindo grandes públicos ao longo do mês de junho, o “Mossoró Cidade Junina” encerra sua edição de 2024 neste sábado (29), Dia de São Pedro, com o tradicional “Boca da Noite”, evento que finaliza o São João mais cultural do mundo. Nove atrações estarão em trios elétricos animando a multidão no Corredor Cultural, localizado na avenida Rio Branco.
O “Boca da Noite” começa pontualmente às 18 horas. Um dos grande nome do “Boca Noite” é o cantor Léo Santana. Também se apresentam Thabata Mendes, Abiel, Lucas Lima, João Neto Pegadão, Banda Bakulejo, Maxon Comando e Forró com Ella e Muny Santos.
Um grande efetivo de segurança está sendo montado para o evento. Para a segurança do público que prestigiará o “Boca da Noite”, a Prefeitura de Mossoró informa o que pode e o que não pode levar para o Corredor Cultural, local onde ocorre a festa.
Não é permitido garrafa de vidro, objetos cortantes, como, por exemplo, tesouras, e mesa. Pode bebida em lata, garrafa pet e cooler e bolsa térmica (entrada específica para revista).
Atrações
– Mozão
– Abiel
– Thabata Mendes
– Léo Santana
– Lucas Lima
– João Neto Pegadão
– Banda Bakulejo
– Maxon Comando e Forró com Ella
– Muny Santos
Proibições
Visando garantir a segurança de todos os participantes do “Boca da Noite”, a Prefeitura de Mossoró também reforça a proibição da entrada de garrafas de vidro e objetos cortantes no perímetro da festa. A medida busca prevenir acidentes e aumentar a proteção dos foliões durante o evento. Bebidas em latas e garrafas pet, acondicionadas em cooler ou bolsas térmicas, estão liberadas.
Entradas e saídas:
A medida preventiva segue recomendação dos agentes de segurança, que destacaram os riscos associados às garrafas de vidro e materiais cortantes em ambientes festivos e movimentados. Para facilitar o acesso do público ao evento, de forma estratégica, a Prefeitura organiza entradas específicas para o público e revista das bolsas térmicas e coolers.
Portão 1: AV. AUGUSTO SEVERO/R. MELO FRANCO
Portão 2: R. FREI MIGUELINHO/R. PRINCESA ISABEL
Portão 3: R. NÍSIA FLORESTA/R. PRINCESA ISABEL
Portão 4: R. NÍSIA FLORESTA/R. RUI BARBOSA
Portão 5: R. FELIPE CAMARÃO/R. RUI BARBOSA
Portão 6: R. FREI MIGUELINHO/R. RUI BARBOSA
Portão 7: AV. ALBERTO MARANHÃO/CIDADELA
Portão 8: AV. ALBERTO MARANHÃO/AV. AUGUSTO SEVERO
Portão 9: AV. RIO BRANCO/R. DUODÉCIMO ROSADO
Portão 10: AV. RIO BRANCO. R. RODERICK GRANDALL
Na postagem sob o título Presidente da Assembleia Legislativa se desgasta com dois lados, às 5h52 dessa sexta-feira (28), o Blog Carlos Santos sintetizou que o deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB) “conseguiu o feito de desagradar sua base nesse poder e também a governadora Fátima Bezerra (PT).” Antecipamos que turbulência estavam a caminho.
Horas depois, segundo a 98 FM de Natal, quatro deputados estaduais anunciaram que vão se desfiliar do PSDB, legenda dirigida por Ferreira e maior bancada da Casa. O anúncio ocorre dois dias depois da votação na Assembleia Legislativa que elegeu George Soares (PV) como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), após uma disputa acirrada contra Gustavo Carvalho (PSDB) – veja AQUI e AQUI.
Além do próprio Gustavo Carvalho, deixarão a legenda os deputados estaduais Dr. Kerginaldo, José Dias e Tomba Farias.
À 98 FM, Gustavo Carvalho informou que o pedido de desfiliação foi protocolado na última segunda-feira (24), antes mesmo da eleição para o TCE. Ele afirmou que o presidente do partido e da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, se comprometeu a entregar cartas de anuência autorizando a desfiliação dos parlamentares sem risco de perda de mandato.
Nos bastidores, a avaliação é de que o clima ficou insustentável dentro do PSDB após a eleição para o TCE. Na ocasião, Ezequiel Ferreira omitiu o voto mesmo havendo um parlamentar do PSDB na disputa (que ocorreu em sessão secreta). Os parlamentares acreditam que o presidente da legenda foi o autor do voto nulo – que definiu a eleição pró-George Soares.
Mesmo com saída de quatro parlamentares, o PSDB ainda ficará com seis na Assembleia Legislativa. Elegeu/reelegeu dez em 2022.
“A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos…”
Pablo Picasso
Se tem alguém com fortes razões para comemorar a recente pesquisa 98 FM de Natal/Instituto DataVox, sobre a sucessão natalense, é o deputado federal Paulinho Freire (UB). Os números revelam vertiginoso crescimento dele em relação à última pesquisa do DataVox em março passado.
Ao mesmo tempo, a pesquisa identifica queda no favorito ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), visto que ele teve decréscimo na pontuação.
Paulinho saiu da terceira para a segunda colocação e de 10,74% para 20,30% – entre março e junho. Em três meses, uma elevação na intenção de votos que quase dobrou. Numericamente, ele inflou 9,56%.
Já Carlos Eduardo Alves caiu de 41,55% para 36,40. Nesse caso, um encolhimento de 5,15% – acima da margem de erro do instituto.
Com a queda de Carlos Eduardo e seu avanço próprio, Paulinho Freire encurtou muito a distância para o adversário, a ponto de deixar também para trás a deputada federal Natália Bonavides (PT), que estava há muitos meses na segunda posição. Entre sua soma e a subtração de Carlos, o deputado federal do UB empilhou 15,12% em seu favor.
A maioria de Carlos Eduardo sobre ele estava em 30,81% em março último e agora é de 16,10% – um desabamento considerável.
DNA do crescimento
Mas, afinal de contas, em que fatia do eleitorado Paulinho Freire cresceu em tão pouco tempo, na pré-campanha? Numa avaliação que a pesquisa permite, haja vista não existirem maiores elementos à mão, como cruzamento amiúde de dados geopolíticos e sociais, se observa que Freire avançou entre eleitores que estavam até então arredios a todos os pré-candidatos: “Nenhum.”
A resposta Nenhum na pesquisa de março tinha 26,44% de entrevistados e caiu agora para 19%, um recuo de 7,44%.
Entre os próprios eleitores de Carlos Eduardo existem ‘pegadas’ de Paulinho Freire, haja vista a perda de intenções de voto do ex-prefeito e o crescimento do deputado federal.
Tendência ou acomodação?
As próximas pesquisa vão formar um quadro mais claro sobre esse comportamento do eleitor, a partir da movimentação dos pré-candidatos. A chegada do apoio do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) e outros fatores deram esse impulso para cima, favorecendo Freire. Saberemos se é uma tendência de alta ou acomodação pontual, derivada de reforços à postulação, por exemplo.
A pesquisa
O levantamento DataVero/98FM ouviu 1.000 eleitores em Natal entre os dias 24 e 25 de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou menos, com intervalo de confiança de 95%. O registro na Justiça Eleitoral é o RN-07262/2024.
Dia Mundial do Rock vem aí: 13 de Julho.
Em homenagem à data, a Cachaça San Valle lança uma reserva especial, a “Cachaça Premium”, envelhecida cinco anos.
Bora!
Presidente da Assembleia Legislativa do RN e controlador-geral da política da Casa, o deputado Ezequiel Ferreira (PSDB) conseguiu o feito de desagradar sua base nesse poder e também a governadora Fátima Bezerra (PT). A atmosfera carregada advém do episódio da eleição do deputado George Soares (PV) – veja AQUI e AQUI – para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do RN (TCE/RN).
Nada será como antes dentro e fora do legislativo.
Mas, tudo a seu tempo.
Anote, por favor.
A Câmara Municipal de Mossoró realizou audiência pública nessa quinta-feira (27), para prestação de contas da Saúde do Município, referente ao 1º quadrimestre de 2024. A reunião cumpre a Lei Complementar 141, de 13 de janeiro de 2012, que determina ao gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) apresentar o Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RQDA) ao Conselho Municipal de Saúde e ao Poder Legislativo.
Na audiência pública, presidida pelo vice-presidente da Câmara, Raério Araújo (PSD), a Prefeitura de Mossoró também apresentou o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) da Saúde, relativo aos primeiros quatro meses deste ano (janeiro a abril). O diretor executivo de Planejamento de Saúde, Richardson Granjeiro, detalhou o RQDA e o controlador-geral do Município de Mossoró, Washington Filho, o RREO.
Richardson Granjeiro justificou a ausência na reunião da secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, em razão de agenda oficial dela em Natal. Ele apresentou dados da rede física de saúde por tipo de estabelecimento, total de profissionais SUS, nascidos vivos, mortalidade geral, internações hospitalares e produção de serviços no SUS.
Atenção básica e exames
Neste quesito, na atenção básica, informou 325.100 visitas domiciliares; 88.325 atendimentos individuais; 102.183 procedimentos e 12.251 atendimentos odontológicos. A soma totaliza 527.859 produções no 1º quadrimestre de 2024. A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde (atendimento inicial).
Além do Relatório do Quadrimestre Anterior, o diretor de Planejamento de Saúde acrescentou cadastramento, de 2023 para cá, da construção de quase 15 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e reforma de 5 UBSs.
“Destacamos ainda o tomógrafo no PAM do Bom Jardim em funcionamento, inclusive, sem filas para esse exame. Também não há fila para densitometria óssea e mamografias; média de 300 pequenas cirurgias por mês no PAM, retomada de endoscopias, raios x montando no BH (Belo Horizonte), sem fila para neuropediatria e o funcionamento do Centro Especializado em Reabilitação (CER) de forma pactuada com os 14 municípios da região”, informou Richardson Granjeiro.
Percentual
Na sequência, ao apresentar demonstrativo das receitas e despesas com ações e serviços de Saúde, o controlador-geral Washington Filho informou o recebimento pela Prefeitura de R$ 86 milhões e 485 mil do Fundo Nacional de Saúde (FNS), de janeiro a abril de 2024, sendo R$ 55 milhões e 915 mil de despesas efetivamente liquidadas.
“Esses R$ 55,915 representam 24,25% dos R$ 230 milhões de receitas próprias (impostos e transferências constitucionais e legais), arrecadados pelo município de Mossoró (no 1º quadrimestre). Ou seja, a cada R$ 100 que o município de Mossoró recebe dos seus impostos e transferências constitucionais e legais, R$ 24,25 estão sendo aplicados na Saúde pública do Município, sendo que o mínimo constitucional legal é de 15%. Ou seja, estamos aplicando em Saúde cerca de 10% a mais do que a Constituição coloca como valor mínimo a ser aplicado”, ressaltou o controlador geral.
Na próxima terça–feira, 2 de julho, a partir das 9h, docentes e estudantes da Universidade do Estado do RN (UERN) realizarão uma assembleia/ato público unificado no pátio da Reitoria (R. Dr. Almino Afonso, 478 – Centro), em Mossoró.
A atividade faz parte de uma ampla campanha de mobilização idealizada em assembleia da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN). Visa fortalecer as reivindicações da comunidade acadêmica, além de abrir espaço de diálogo com a reitoria no processo de negociação por melhores condições estruturais e valorização salarial.
A assembleia/ato público acontece exclusivamente de forma presencial, sem a opção de participação híbrida ou remota, como vem sendo realizada pela entidade.
Aduern e Diretório Central de Estudantes (DCE) lançaram um manifesto político enumerando as motivações para a mobilização no pátio da Reitoria. O documento, assinado pelas duas entidades, será distribuído em todos os campi da Uern.
Derrotado nessa quarta-feira (26) na disputa para indicação ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do RN (TCE/RN), o deputado estadual oposicionista Gustavo Carvalho (PSDB) se pronunciou nessa quinta-feira (27). Foi breve, mas bem objetivo nos recados que emitiu no plenário da Assembleia Legislativa do RN.
Deixou claro que segue na política, mas enxergando a atividade como uma “arte”, ao contrário de uns que são “arteiros” (espertos, ardilosos).
Sereno, sem alterar a voz, Carvalho tinha ao seu lado o deputado @neiltondiogenes (PP); à sua frente, o presidente da Casa e do seu partido, Ezequiel Ferreira.
Gustavo Carvalho perdeu a eleição – secreta – para o também deputado estadual George Soares (PV), do bloco governista.
Leia também: “Esperteza, quando é demais, engole o dono.”
“O homem se descobre quando se mede com um obstáculo.”
Antoine de Saint-Exupéry