Do Canal Meios e outras fontes
Buscando um texto “mais equilibrado”, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu que a relatoria do projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio ficará a cargo de uma mulher de um partido de centro. Segundo ele, o PL não deve avançar em casos já previstos na legislação, como aborto em decorrência de estupro, risco de morte da mulher ou fetos anencéfalos, e a matéria original deve sofrer alterações até a votação do mérito.
Se a lei for aprovada como está, mulheres que interromperem a gravidez após 22 semanas, mesmo que em caso de estupro, podem pegar até 20 anos de prisão. (Globo)
Caso chegue ao Senado, o texto será tratado sem pressa, disse o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por entender que o assunto é complexo e sensível, sendo necessário um amplo debate. “Uma matéria dessa natureza jamais iria direto ao plenário do Senado”, disse, destacando a importância de considerar as implicações jurídicas, sociais e de saúde antes de uma possível votação. (g1)
Eleição interna
A votação relâmpago que permitiu a tramitação com urgência do PL teve aval do PT, apesar de a legenda ser historicamente a favor da descriminalização do procedimento, conta Clarissa Oliveira. Lideranças do partido manifestaram insatisfação ao comando nacional da legenda pela falta de uma resposta firme contra o projeto. (CNN Brasil)
Arthur Lira pautou a urgência do projeto que equipara o aborto a homicídio para garantir o apoio no Congresso para eleger seu sucessor. E Lula (PT) e a primeira-dama Janja continuam em silêncio, lembra Mariliz Pereira Jorge do Meio. Seria para não desagradar Lira?
Nota do BCS – Eu já vi de tudo, mas ainda não vi tudo na política brasileira. Impressiona como um tema dessa ordem é tratado prioritariamente por interesses políticos e de segmentos específicos, descuidando-se do elementar: o ser humano.