terça-feira - 14/10/2025 - 11:22h
Programação

Diocese de Mossoró promove Jubileu da Educação e da Saúde

Catedral de Santa Luzia é o principal templo religioso da Diocese (Foto: Glauber Soares)

Santa Missa vai acontecer na Catedral de Santa Luzia (Foto: Glauber Soares/Arquivo)

Nesta quarta-feira (15) Dia do Professor, a Diocese de Mossoró convida todos os educadores, estudantes, gestores e toda a comunidade escolar, eclesial e civil para celebrarmos juntos o Jubileu da Educação, com Santa Missa às 19h, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Francisco de Sales, na Quadra Poliesportiva do Colégio Sagrado Coração de Maria, em Mossoró.

Reunidos por ocasião do Dia dos Professores, elevaremos a Deus nosso louvor e gratidão por todos aqueles que, com amor e compromisso, dedicam suas vidas à nobre missão de ensinar.

Já no sábado (18), Dia do Médico, a Paróquia de Santa Luzia convida todos os profissionais da área da saúde para participarem do Jubileu da Saúde, com Santa Missa na Catedral, precedida por uma concentração às 16h, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, com bênção e a a partir das 16h30 peregrinação até a Catedral de Santa Luzia.

Segundo o pároco da Catedral, Padre Antoniel Alves, é importante destacar a presença da fé nos momentos de fragilidade e rezar pelas pessoas que são canal da esperança em tempos de enfermidade.

“Queremos convidar todos da saúde — maqueiros, agentes de saúde, atendentes, auxiliares, enfermeiros, médicos. Todos, todos! Vamos celebrar com alegria este jubileu e agradecer pela missão de cada um”, reforça Padre Antoniel.

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segunda-feira - 13/10/2025 - 23:59h

Pensando bem…

“Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais.”

Fernando Brant/Milton Nascimento

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segunda-feira - 13/10/2025 - 20:50h
Negócios

Banco é contratado para assessorar venda do Midway Mall

BTG Pactual está no núcleo da negociação (Foto: Alex Régis)

BTG Pactual está no núcleo da negociação (Foto: Alex Régis)

Da Tribuna do Norte

O Midway Mall, um dos maiores shoppings da região Nordeste, está à venda. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (13) pelo portal Pipeline, do Valor Econômico. Segundo o site, o grupo Guararapes, proprietário do empreendimento em Natal, contratou o banco BTG Pactual como assessor financeiro.

A reportagem da Tribuna do Norte entrou em contato com o Midway Mall, que informou que não irá se pronunciar.

Ainda de acordo com o Pipeline, nas rodadas de conversa com outros grupos de administração de shoppings e fundos imobiliários, a Guararapes acenou preço pretendido de R$ 1 bilhão – o que foi considerado salgado pelos potenciais interessados.

Fundado pelo empresário potiguar Nevaldo Rocha (1928-2020), o Midway Mall é o maior shopping do Rio Grande do Norte e foi inaugurado em 27 abril de 2005 após investimentos que na época custaram R$ 130 milhões. Situado entre as avenidas Nevaldo Rocha e Senador Salgado Filho, o shopping está numa localização privilegiada na cidade, podendo receber públicos das quatro zonas da cidade. O terreno onde foi construído o Midway Mall é o mesmo onde antigamente funcionava uma das fábricas da Guararapes.

Quatro anos após a inauguração, o empreendimento se expandiu com a abertura do terceiro piso, com mais de oitenta lojas, além de trazer novas lojas âncoras que não tinham filiais no Estado. Em 2010, outra expansão importante: a abertura do Teatro Riachuelo, maior teatro dentro de um shopping do Nordeste, com capacidade para 1,5 mil pessoas sentadas, podendo chegar a 3,8 mil. Essa expansão também marcou a inauguração de uma nova praça de alimentação, com uma área gourmet. A loja da Riachuelo também se expandiu para o terceiro piso, se tornando a maior do Brasil. Só nessa expansão foram feitos investimentos da ordem de R$ 40 milhões.

Atualmente, o Midway possui 300 lojas numa área de 70 mil m², tendo área construída de 231 mil m² e um amplo estacionamento com 3.660 vagas. O shopping possui cinema com 7 salas e, nos três andares do empreendimento, tem um movimento de quase 70 mil pessoas/dia.

Em janeiro de 2023, o shopping anunciou que passaria a cobrar pelo uso do estacionamento, que havia sido gratuito durante os 18 anos anteriores.

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segunda-feira - 13/10/2025 - 19:20h
Despedida

Ao mestre José Oto, com carinho…

José Oto Santana tinha 91 anos de idade (Foto: reprodução de rede social)

José Oto Santana tinha 91 anos de idade (Foto: reprodução de rede social)

Por Marcos Araújo

Hoje, Mossoró se veste de luto e reverência. Despede-se não apenas de um advogado, mas de uma instituição viva da advocacia potiguar: o inesquecível Dr. José Oto Santana, decano, mestre e referência para todos nós.

Fui seu aluno no quinquênio de 1983 a 1988; depois de formado em Direito, seu eventual contendor profissional em muitos processos; e, ao longo da vida, fundamentalmente, seu amigo e admirador. Relembro com carinho não só as suas aulas e os seus exemplos inusuais, mas as conversas hilárias ao longo dos nossos encontros.

Titular da OAB de nº 16-B (o 16º advogado com inscrição suplementar no RN), teve escritório por mais de cinquenta anos na rua Almeida Castro nº 39, nos fundos do Cine Teatro Cid. Sua prática profissional combinava bom senso, coragem, técnica e humanidade. Havia nele algo que transcendia a toga e os códigos: um espírito leve, um humor fino e generoso, capaz de desarmar tensões e transformar embates em aprendizado. Mesmo nas situações mais complexas — em audiências, em sala de aula ou em conversas entre colegas — José Oto encontrava um modo espirituoso de iluminar o ambiente, arrancando sorrisos sem jamais perder a compostura.

De banqueiro rico a Auditor Fiscal do Estado do Ceará como salvaguarda financeira, para depois vir a advocacia, “Zé Oto” gostava de contar, sem mágoas ou tristeza, os seus desafios existenciais. Ria das vaidades humanas com aquela ironia doce dos sábios que sabem que a vida é breve demais para ser levada tão a sério.  Seu bom humor era a prova de que a inteligência e a alegria, quando caminham juntas, também são virtudes jurídicas.

Contava muitas histórias e estórias, sendo essas últimas apenas para divertir o ambiente… Gostava ele de contar – e isso é um fato! – de ter sido o primeiro advogado em solo mossoroense a ter a liberdade de atuação. Quando ele aqui chegou, nos anos 70, não se processava determinados sobrenomes famosos da cidade. Nessa época, em um tempo em que ser advogado era um terreno tátil entre o ofício e a vocação, foi ele precursor da cobrança profissional de honorários. Enquanto os advogados da época recebiam prendas como animais e legumes por paga dos seus trabalhos, teve ele a coragem e lucidez em estabelecer que honorários não são concessão, mas reconhecimento justo do trabalho intelectual e moral que a advocacia exige.

Era uma espécie de Robin Hood na cobrança de honorários: dos ricos, cobrava bem; aos pobres prestava favores. Nas salas de aula, unia a precisão prática de um jurista à paixão de um humanista. Ensinava o processo não com o ritualismo estéril das teorias complexas, mas apenas como “instrumento de realização da justiça”, lembrando sempre o ensinamento de Piero Calamandrei: “O processo é o caminho do direito em busca da verdade.”

Suas petições eram breves e objetivas. Sem juridiquês. Gostava de dizer sempre: “Direito é lógica e bom senso!” Aliava à objetividade de um prático à consistência de quem “conhecia o caminho das pedras”. Era um frasista irreparável. São muitas as suas “pérolas”, como: “quanto mais cabra, mais cabrito”; “tudo certo? a casa quieta e o povo dentro!”.

Homem de hábitos discretos e convicções firmes, José Oto fez da assertividade e da amizade sua marca. Apesar de ser um “construtor de pontes” e cultivar amizades em dois Estados (CE e RN), quis terminar seus dias na idílica Tibau, arrastando para o seu alpendre os vizinhos para horas contínuas de gargalhada.

“A vida só tem sentido quando deixa marcas no caminho dos outros”, dizia Miguel Reale.  José Oto deixou marcas profundas em todos com quem conviveu, seja na advocacia, no ensino, nas instituições, nos negócios….

Na moldura do tempo, ficará sua imagem de advogado risonho, de fala ponderada e olhar firme, sempre cercado de ideias e de um sorriso pronto.  Disse o escritor Victor Hugo que “Morrer não é nada; horrível é não viver”. E José Oto viveu — intensamente, plenamente. Viveu como quem sabe que a morte não é o fim, mas coroamento; que a biografia dos justos não se apaga, apenas muda de lugar — sai do tempo e entra na memória.

Hoje, Mossoró chora, mas agradece. Chora o amigo, o mestre, o colega.
E agradece o legado: a forma como ensinou, o respeito que conquistou, a leveza com que soube viver, e a coragem com que soube partir.

José Oto Santana parte, mas não se ausenta. Ele é, e continuará sendo, parte viva da história afetiva da advocacia mossoroense. Descanse em paz, Mestre José Oto Santana.

A advocacia potiguar e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte reverenciam seu nome e sua memória. Pois, como dizia Rui Barbosa, “Maior que a dor de ter perdido um justo, é o orgulho de ter convivido com ele.” 

Marcos Araújo, um ex-aluno e eterno amigo.

*Velório de José Oto Santana, 91, acontece no Centro de Velório Sempre, Sala 02, em Mossoró, com cerimônia Religiosa às 20h, no mesmo local.

Nessa terça-feira (14), será iniciado cortejo até Fortaleza-CE às 7 horas. Às 14h, será cremado no Crematório Fortaleza.

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segunda-feira - 13/10/2025 - 16:30h
Luto

Morre Candinha Bezerra, nome muito ligado à cultura do RN

Candinha Bezerra deixa importante legado para a cultura do RN (Foto: Cedida)

Candinha Bezerra deixa importante legado para a cultura do RN (Foto: Cedida)

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Assembleia Legislativa do RN e várias outras entidades e instituições diversas externam profundo pesar pelo falecimento da fotógrafa e produtora cultural Cândida Maria de Araújo Bezerra, conhecida como Candinha Bezerra, ocorrido nesta segunda-feira (13), aos 81 anos, nesta segunda-feira (13).

Ela era mulher do ex-senador, ex-presidente da Fiern e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fernando Bezerra, e mãe do ex-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do estado (SINDUSCON-RN) e diretor da FIERN, Sílvio Bezerra, além de Enio, Felipe e Eduardo.

Artista plástica, musicista, compositora e também professora de piano da Escola de Música, Candinha Bezerra deixa um valoroso legado no campo das artes de nosso estado.

Nota do BCS – Que dona Candinha descanse em paz.

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segunda-feira - 13/10/2025 - 08:26h
Mossoró

“Festa das Crianças 2025” atrai milhares de participantes

Estação das Artes recebeu milhares de crianças, pais e outros responsáveis da cidade e zona rural (Foto: Lucas Bulcão)

Estação das Artes recebeu milhares de crianças, pais e outros responsáveis da cidade e zona rural (Foto: Lucas Bulcão)

A Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) promoveu a “Festa das Crianças”. Centenas de famílias mossoroenses compareceram nesse domingo (12), feriado nacional, para celebrar o Dia das Crianças na Estação das Artes Poeta Eliseu Ventania. A ação faz parte do calendário anual e chegou a sua terceira edição.

A festividade foi aberta ao público, com entrada gratuita. Para a edição deste ano, o Município disponibilizou 40 brinquedos, além de brincadeiras para a criançada se divertir, como também atrações que se apresentaram no palco montado na Estação das Artes e animaram o público presente. Houve também a distribuição de lanches.

A Prefeitura de Mossoró garantiu transporte gratuito para as famílias se deslocarem até a Estação das Artes, tanto da zona urbana como da rural. Os ônibus saíram de todos os bairros atendidos pelo sistema de transporte público, com destino à Estação das Artes, onde ficaram estacionados nas proximidades para o retorno após a festa.

Ponto de inclusão

O evento contou com segurança reforçada, ponto da inclusão, além de um ponto de saúde específico para atendimentos. A titular da Secretaria de Assistência Social, Shirley Targino, comemorou a organização do evento:

“Realizamos mais uma vez uma festa linda para as nossas crianças. Abrimos os portões pontualmente às 16 horas e foi um sucesso de público com um grande número de crianças aproveitando os brinquedos disponibilizados pela Prefeitura para essa grande festa.”

Maria do Socorro estava no ponto da inclusão com sua neta Maria Helena, de 7 anos, e destacou a organização da festa, ressaltando a inclusão que a Prefeitura sempre disponibiliza nos grandes eventos realizados no município.

“Estou amando esse espaço da inclusão. A Prefeitura de Mossoró está de parabéns em disponibilizar esse espaço para as crianças que vieram para curtir a ‘Festa das Crianças’. Estou aqui com minha neta esta festa maravilhosa'”, disse.

Maria do Socorro e Maria Helena desfrutaram do espaço de inclusão (Foto: Lucas Bulcão)

Maria do Socorro e Maria Helena desfrutaram do espaço de inclusão (Foto: Lucas Bulcão)

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segunda-feira - 13/10/2025 - 07:32h
Poder

Aposentadoria de Barroso abre guerra para seu substituto no STF

Do Canal Meio e outras fontes

Mudança no Regimento Interno do STF proporciona alterações (Foto: Gil Ferreira)

Disputa pela vaga deixada por Luís Roberto Barroso, no STF, é cheia de nuances (Foto: Gil Ferreira)

Anunciada na quinta-feira (09), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso antecipar uma aposentadoria abriu uma guerra pela vaga na Corte. A cúpula do Judiciário vê o advogado-geral da União, Jorge Messias, como favorito, por conta de sua proximidade com o presidente Lula. No Senado, onde a indicação tem de ser aprovada, porém, a preferência recai sobre o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Enquanto isso, setores da sociedade querem que Lula use a oportunidade para aumentar a representatividade no Supremo. O presidente da OAB-SP, Leonardo Sica, defendeu a indicação de uma mulher — desde a aposentadoria de Rosa Weber, em setembro de 2023, Cármen Lúcia é a única representante feminina no tribunal. (Folha)

E os bolsonaristas já traçam estratégias para tentar barrar a eventual indicação de Messias, conta Malu Gaspar. Uma delas é bombardear as redes com o áudio em que a ex-presidente Dilma Rousseff dizia que “Bessias” iria levar a Lula sua nomeação para um ministério, a fim de evitar sua prisão. A medida foi barrada na época pelo ministro do STF Gilmar Mendes. (Globo)

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segunda-feira - 13/10/2025 - 06:30h
Teatro Alberto Maranhão

Coral do Senado e Filarmônica UFRN têm “Missa em Favor do Mundo”

Coral do Senado e Filarmônica da UFRN têm largo conceito (Foto: divulgação)

Coral do Senado e Filarmônica da UFRN têm largo conceito (Foto: divulgação)

A força da música de coral e da sinfônica brasileira chega a Natal com a turnê “Missa em Favor do Mundo”, uma criação da maestrina Glicínia Mendes, que rege o renomado Coral do Senado. A apresentação inédita em Natal, acontece no dia 16 de outubro, às 19h30, no Teatro Alberto Maranhão (TAM), com entrada gratuita. Os ingressos já estão disponíveis no Sympla //www.sympla.com.br/evento/coral-do-senado-e-filarmonica-ufrn-estreia-potiguar-da-missa-em-favor-do-mundo/3140821.

Para a apresentação na capital potiguar, o Coral do Senado se une à talentosa Filarmônica UFRN, em um encontro artístico que promete emocionar o público. A obra, composta por Glicínia Mendes, propõe um chamado universal à paz e à esperança por meio de uma leitura contemporânea da estrutura clássica da missa, com obras como Kyrie, Glória, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei, costurados com lirismo e um senso de espiritualidade.

O espetáculo, que já encantou plateias em Brasília, agora chega ao público do RN. A turnê em Natal marca um momento especial para a música de concerto local, ao reunir dois corpos musicais de grande prestígio e trajetória.

Mas o repertório não para por aí. O concerto traz também um olhar carinhoso para a música popular brasileira, com arranjos especiais para coro e orquestra de clássicos como “Carinhoso”, “Se Todos Fossem Iguais a Você”, “Aquarela do Brasil” e outras obras emblemáticas como “Suíte dos Pescadores”, “Ciranda da Rosa Vermelha”, “Cancioneiro de Lampião” e “Sonho de Vencer”.

A turnê “Missa em favor do mundo” é uma realização do Coral do Senado, Senado Federal, Sindilegis. Em Natal, conta com apoio da Filarmônica UFRN, Escola de Música da UFRN, CAURN, Favorito e Uniodonto RN.

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domingo - 12/10/2025 - 23:56h

Pensando bem…

“Todos os homens consideram os limites do seu campo de visão como os limites do mundo.”

Arthur Schopenhauer

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domingo - 12/10/2025 - 16:32h
Perfil

A história vencedora de Nevaldo Rocha

A página de @fernandomiranda777 no Instagram conta a história de um vencedor: Nevaldo Rocha.

Acompanhe essa saga de um menino pobre que saiu de Caraúbas para ser um dos maiores empreendedores do Brasil.

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domingo - 12/10/2025 - 11:22h
Apoio

Garibaldi Filho visita o seu ex-vice-governador no Hospital Memorial

Postagem de Garibaldi Filho

Postagem de Garibaldi Filho

O ex-governador do RN Garibaldi Alves Filho (MDB) visitou nesse sábado (11), no Hospital Memorial São Francisco, em Natal, o seu ex-vice-governador em dois mandatos consecutivos (eleições de 1994 e 1998), Fernando Freire.

Em suas redes sociais, Garibaldi Filho postou o seguinte: “Estive hoje no Hospital Memorial visitando o ex-governador Fernando Freire. Fiquei feliz em saber que ele está se recuperando bem e deve receber alta na próxima segunda-feira. Desejo pronta recuperação e saúde ao amigo.”

Freire sofreu uma queda na segunda-feira (06) e precisou passar por cirurgia ortopédica na terça-feira (07) – veja AQUI.

História

Garibaldi (PMDB) e Fernando (PPR) formaram chapas ao governo em 1994 e 1998, com êxito em ambos os pleitos. Os dois venceram no primeiro turno com 489.765 (52,67%) votos. A chapa em segundo lugar foi Lavoisier Maia (PDT)-Rosalba Ciarlini (PFL) que empalmou 359.870 (38,70%) votos.

Em 1998, novamente vitória no primeiro turno. Garibaldi (PMDB) e Fernando (PPB) somaram 560.667 (50,17%) votos. Os principais contendores formaram a chapa com José Agripino (PFL)-Gileno Guanabara (PSB), totalizando 462.177 (41,36%) votos.

Em 2002, Garibaldi Filho renunciou e foi eleito ao Senado, com a outra  vaga sendo obtida por José Agripino. Ao governo do RN, Fernando Freire concorreu na condição de governador em face da saída de governador. Mas quem levou a melhor foi Wilma de Faria (PSB) em dois turno.

No primeiro turno, com o vice Antônio Jácome (PSB), derrotou Fernando Freire e Laíre Rosado (PMDB), com esses números: 492.756 (37,59%) votos, contra 404.865 (30,89%) votos dos concorrentes.

Já no segundo turno, a chapa Wilma-Antônio alcançou 820.541 (61,05%) votos e Freire-Laíre 523.614 (38,95%) votos.

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domingo - 12/10/2025 - 10:48h

Estamos condenados?

Por Honório de Medeiros

Arte ilustrativa (Reprodução)

Escultura “Le Stryge”, de VictorPyanet, na Catedral de Notre-Dame em Paris (Reprodução)

De Um Cigano Fazendeiro do Ar, densa biografia de Rubem Braga que devemos a Marco Antônio de Carvalho, colho um trecho da carta que João Neves enviou a Borges de Medeiros em 20 de julho de 1932, na qual ele se refere a Getúlio Vargas, todos companheiros muito próximos na Revolução de Outubro de 1930:

Eu preferia que o Dr. Getúlio Vargas fosse um tirano. Perdôo mais os violentos que os astutos. Mas o nosso ditador é um homem gelado, calculista, escorregadio. Não ataca, desliza. Não enfrenta, corrompe. Não congrega, divide. (…) Desbaratou o poder civil. Desmoralizou o Exército. Aniquilou o sentimento local. Amesquinhou a justiça. Instituiu o regime da delação. Oficializou a vingança contra os que o ajudaram a subir. Esqueceu os compromissos. O favoritismo é uma instituição. A negociata é a regra. Enfim, a República Nova com dois anos de idade incompletos, é mais corrupta do que foi a Velha, com mais de quarenta e um.

Em O 18 Brumário de Luis Bonaparte, Karl Marx, no primeiro parágrafo, afirma que a história acontece “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Assim como a terceira, a quarta, a quinta…

Desde o início da história do Homem, até os dias de hoje, mudaram os artefatos: antes, as ferramentas de pedra; hoje, a internet. Não parece ter mudado o Homem.

Percebe-se isso claramente com a leitura de A Assustadora História da Maldade, de Oliver Thomson; Prestígio Editorial, trágica compilação.

História antiga, essa da maldade. Em Thomson, lemos:

O Egito foi unificado por Menés por volta de 3100 a.c. Talvez o primeiro herói conquistador da história (e mesmo ele era semimítico) tenha sido Horus Ro, do Egito, cujo filho era conhecido como “O Escorpião”, príncipe que explorou o medo em grande escala para impor sua vontade. Fundou a Iª Dinastia por volta de 3000 a.C. Em honra às suas vitórias, fez sacrifícios humanos a Ra, o deus do Sol. Seu herdeiro, Horus, supostamente matou 381 prisioneiros de guerra e arrancou a língua de 142. Esse é o primeiro registro de um imperialismo sádico e egocêntrico que reaparece de tempos em tempos nos próximos 5 mil anos.

Antigos demais, tais fatos, para que chamem nossa atenção? Leiamos novamente o último parágrafo do texto acima. Agora, leiamos o texto abaixo, do pensador da modernidade, o sociólogo Zygmunt Bauman, pinçado de Isto Não É Um Diário:

As nações relutam em aprender; e, quando o fazem, é sobretudo a partir de seus erros e equívocos passados, do funeral de suas antigas fantasias. Enquanto o Pentágono rebatiza a Operação Liberdade no Iraque de Operação Nova Aurora, diz Frank Rich, citando o professor Andrew Bacevich, de Boston, “nome que sugere creme para a pele ou detergente líquido”, 60% dos americanos creem – agora – que a Guerra do Iraque foi um engano, mais 10% a condenam como algo que não vale a vida dos americanos, e apenas um em cada quatro acredita que essa guerra o tenha tornado mais seguro em relação ao terrorismo. O custo oficial da guerra para os americanos é hoje (no momento em que o presidente Obama pede aos americanos que “virem a página sobre o Iraque”, estimado em US$ 750 bilhões. Por esse dinheiro, cerca de 4.500 americanos e mais de 100 mil iraquianos foram mortos, e pelo menos 2 milhões de iraquianos foram forçados a se exilar, enquanto o Irã acelerou seu programa nuclear, e “Osama bin Laden e seus fanáticos” foram liberados “para se reagrupar no Afeganistão e no Paquistão”.

De lá para hoje, o que mudou? Se mudou, não foi para pior?

Estamos condenados?

Que lhes parece?

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 12/10/2025 - 09:52h

Devagar e sempre

Por Bruno Ernesto

Imagem de uma Oliveira de mil anos Foto: Bruno Ernesto)

Imagem de uma Oliveira de mil anos Foto: Bruno Ernesto)

Mais que escrever, saber ler e interpretar um texto, talvez seja o elo crucial entre o escritor e o seu público. Não digo apenas leitores, mas também os ouvintes.

Sim, um belo texto, necessariamente, não precisa ser lido pelos seus destinatários.

Embora saibamos que a leitura profunda é crucial para que possamos internalizar um texto, inclusive, propiciando até mesmo uma alteração nas ligações cerebrais com o passar dos anos, há textos que só se completam com uma boa interpretação. E, para mim, Antônio Abujamra foi um desses intérpretes.

Lembro que passei a admirá-lo como intérprete do personagem Ravengar, da novela Que Rei Sou Eu?, que foi ao ar no ano de 1989.

Apesar de ser só uma criança naquela época, e não ligar muito para nada na vida, além de brincar, aquela voz firme, forte e de uma dicção peculiar, chamou muito minha atenção.

Tempos depois, fui conhecendo sua face mais interessante, como jornalista, filósofo, apresentador e, sobretudo, seu humor cítrico que, à frente do programa Provocações, se mostrou um provocador nato.

Abujamra sempre encerrava o programa interpretando um poema ou textos literários, e o fazia de uma forma inigualável.

Me desculpem os demais intérpretes. Até hoje, não vi melhor.

Tempo desses, assistindo aos vídeos do programa Provocações, me deparei com Abujamra interpretando uma crônica de autoria da escritora Martha Medeiros, que me chamou bastante a atenção. Foi como um sincretismo religioso, a união daquele belíssimo texto com a leitura feita por Abujamra.

Foi, em verdade, uma espécie de transliteração; talvez, uma transmutação; quem sabe uma apostasia, ao escutá-lo interpretando a crônica que Martha Medeiros publicou no jornal Zero Hora, na véspera do Dia de Finados do ano 2000 – dia de muita reflexão para poucos -. intitulada “A morte devagar”, na íntegra a seguir transcrita:

“Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições. 

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece. 

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida. 

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. 

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. 

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo. 

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar. 

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população. 

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar”.

A despeito do provérbio latino “Nemine parco” (Ninguém escapa), vez ou outra, derrapamos em atitudes que aceleram o processo. Ainda que inconscientemente levadas a cabo.

Claro que não se pode viver à margem dos problemas diários, das incongruências e do ocaso dos pensamentos positivos. Infelizmente não dá.

Também não podemos, evidentemente, viver numa letargia, inação ou introspecção que beire ao conformismo. Nem tanto, nem quanto; com dizem. Mas, sempre que possível, nem sempre, diria.

Talvez, inconscientemente, caiamos no Paradoxo de Salomão, quando podemos dar bons conselhos e, nós mesmos, sermos um desastre tomando nossas próprias decisões. 

Talvez devêssemos, vez ou outra, não seguir certos conselhos, fugir da congruência e ortodoxia, e mandar às favas a coerência. Quem sabe, falar dez vezes antes de pensar.

A iniciar por nós mesmos. Porque a vida está aí, devagar e sempre.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 12/10/2025 - 08:42h

Pela estrada afora

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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O tempo, como se diz, voa. Anda a galope. Passa tão rápido que não percebemos. Eu, por exemplo, há vinte anos trabalho na região da Costa Branca, entre as cidades de Tibau, Grossos, Areia Branca e Porto do Mangue.

Aproveito o ensejo para apreciar as lindas praias do nosso litoral. Por outro lado, visito o “sovaco da cobra”, em Grossos; o Mocó, em Areia Branca; o assentamento Brilho do Sol, em Porto do Mangue.

No meu mister de oficial de diligências, já me deparei com inúmeras situações agradáveis e desagradáveis. Ninguém, ou quase ninguém, gosta de receber em sua casa um Oficial de Justiça com um mandado judicial. Às vezes, são diligências simples, como a intimação de uma sentença ou para comparecer a uma audiência.

Outras vezes, no entanto, as diligências são executórias, como uma penhora de bens, busca e apreensão de veículos, uma reintegração de posse ou a guarda de um menor de idade. São atos processuais mais complexos, os quais exigem cautela no seu cumprimento.

Infelizmente, a maioria das pessoas não entende o trabalho do oficial de Justiça, age com desrespeito e, em alguns momentos, com agressividade. Não entende que apenas cumprimos as ordens judiciais, não nos cabendo emitir juízo de valor sobre a justiça ou a injustiça das decisões.

Entretanto, até aqui, nos ajudou o Senhor. Raramente eu encontrei uma situação mais delicada, que exigiu um posicionamento firme. Nesses casos, sempre contei com o inestimável apoio da nossa gloriosa Polícia Militar.

É claro que existem situações hilárias e delicadas, como correr por medo de um cachorro; meter o pé na lama, subir e descer dunas sob um sol escaldante, percorrer ruas e becos sem saída. Além disso, é comum encontrar pessoas que aproveitam para desabafar sobre os seus problemas, sobre um filho ou neto que estão envolvidos com as drogas.

Um dia desses, lá pra bandas da cidade de Porto do Mangue, conversei com uma mãe que perdeu dois filhos, ambos envolvidos com o mundo da criminalidade. Ela chorou. Eu, que ainda sou feito de carne, osso e, principalmente, de coração, fiquei emocionado.

Ainda tenho sonhos? Sim, tenho, pois “os sonhos não envelhecem”. Contudo, “viver é melhor que sonhar”. A maturidade me trouxe a certeza que ser feliz é fazer o que se gosta e estar ao lado de quem amamos. Simples assim.

Pois é, o tempo passou, e eu tive que me adaptar às mudanças. Fomos do processo físico ao Processo Judicial Eletrônico (PJE), das intimações pessoais as intimações por meio do aplicativo WhatsApp, das audiências presenciais as audiências por videoconferência.

E, talvez, ainda tenha um longo tempo pela estrada afora. Por isso, rogo ao bom Deus para que continue a ser a minha proteção e companhia nessas andanças.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Climatização - Agosto de 2025
domingo - 12/10/2025 - 08:00h

O Efeito Casulo – Dia 20

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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Terra úmida e fofa. Tempo chuvoso. Caía um borrifo d’água. Tive receio de não conseguir. Contudo a pá descia fácil, empurrada vez por outra com o pé direito. Calçava botas de couro com sola de borracha. A folha de metal seguiu cortando a terra úmida, aumentando o tamanho da cova perto do muro aos fundos desta casa. De modo premeditado, eu iniciara a abertura do buraco no começo da manhã e findara no meio da tarde, deixando-o com a profundidade necessária. Não choveu forte nas últimas quarenta e oito horas e por isso não acumulou água na cavidade.

Foi a primeira vez que matei alguém; e logo um duplo assassinato. Sepultei-os na calada da noite, nos fundos do meu extenso quintal. Foram atraídos por uma promessa de fazermos as pazes e, quem sabe, experimentarmos um ménage à trois. Não contavam que estavam caindo na arapuca de um homem frio, calculista, de instinto vingativo. Logo me livrei dos cadáveres e agora seguirei com os poucos meses de vida que me restam. Mas não foi fácil sumir com os corpos dos safados.

Eu suspirava, exausto. Enxugava a água e o suor das faces com as costas das mãos. Daqui por diante poderei descansar. Não desejo outra coisa exceto agir como se nada houvesse acontecido e cuidar da minha curta vida. Estou satisfeito e um tanto orgulhoso de mim mesmo. Segui o plano à risca e deu tudo certo. Aqueles filhos da puta tinham que morrer. Se Deus não me perdoar, não importa.

Adotei uma estratégia infalível: vinho tinto com sedativo, substância cuja receita adquiri com o doutor Jarbas Sabóia. Falei que nas últimas noites tenho sofrido com insônia, o que de certa forma é verdade. Assim, conforme eu esperava, a bebida e o sedativo derrubaram os patifes. Daí a pouco Roberto disse que estava com muito sono, deixou a mesa aqui na cozinha e foi se deitar no sofá. Leopoldo ainda tentava resistir ao efeito do vinho com o sonífero. Porém, estando ele já grogue, acertei-lhe a cabeça (pelas costas) com a pá deixada estrategicamente próxima da porta da cozinha. Ao tombar, quebrou uma taça, virou a garrafa sobre a mesa e desarrumou parte da toalha. Depressa ergui a garrafa e joguei os cacos da taça num cesto de lixo. Leopoldo ficou estirado no chão, enquanto Roberto estava debruçado no sofá. Troquei de roupa e calcei as botas. O cheiro do vinho recendia no ambiente meio na penumbra. Será difícil desvendarem o sumiço de ambos. Felizmente, tenho a favor o seguinte detalhe: nenhuma residência aqui nesse trecho da Pedro Velho possui câmeras de segurança.

Se, porém, a polícia chegar até mim por algum motivo, imagino que será tarde demais. É possível que eu já esteja morto e enterrado. Cuidei de recolher os celulares deles, quebrei os chips, joguei no sanitário e dei descarga. Os aparelhos foram sepultados juntamente com os seus respectivos donos.

“Vocês tiveram o que mereciam”, falei de mim para comigo enquanto me preparava para arrastar os dois para uma cova só. Por segurança, apliquei uma pancada com as costas da pá na cabeça de Roberto. Uma pequenina quantidade de sangue tingiu a pá. “Esse também está prontinho para cumprir o seu destino”, pensei enquanto os relâmpagos clareavam as frinchas do telhado, e os trovões ribombavam como se a casa porventura fosse desabar. Era uma noite desértica nesta Pedro Velho. Em razão da garoa, nenhum vizinho se aventurou a colocar uma cadeira na calçada. Ajoelhei-me e conferi as veias do pescoço de Leopoldo e de Roberto. Nada. Nenhum sinal de pulsação. Nunca mais esses sacanas vão espancar quem quer que seja.

O mais difícil foi arrastar os dois até o buraco. Então, depois de percorrer pouco menos de trinta metros puxando meus agressores pelos braços (um de cada vez, claro), consegui colocá-los na cova. Quando comecei a lançar as pás de terra, percebi que Leopoldo ainda respirava. Olhos cerrados, gemia baixinho. Isso me angustiou e concluí que não poderia enterrar ninguém vivo, embora se tratasse de um canalha. Daí posicionei a pá e o acertei na testa umas duas ou três vezes.

Nessa noite, após um banho demorado, dormi um sono profundo e reparador. Na manhã seguinte, como parte do plano de vingança, enterrei no local algumas sementes de jacarandá, árvore bela e de rápido crescimento.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
domingo - 12/10/2025 - 06:48h

O descobrimento tardio

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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Em paralelo com a nossa evolução histórica, o desenvolvimento da filosofia jurídica brasileira baseou-se em ideias transplantadas de países da Europa Continental (Portugal, Espanha, França, Alemanha e Itália, sobretudo). Apenas recentemente (nos últimos 30 ou 40 anos), nossos juristas passaram a debater as ideias das escolas de pensamento típicas do common law, como a escola sociológica e o realismo jurídico americano.

Mas isso vem num crescendo.

A visão de que o direito é, ou deve ser, a maximização das necessidades sociais e a minimização das tensões e custos sociais, desenvolvida pela escola sociológica americana, tem sido cada vez mais aplicada, por exemplo, no direito penal brasileiro. Isso tanto partindo do legislador quanto sendo extensivamente aplicado por juízos e tribunais criminais brasileiros. Como registros específicos, temos o Acordo de Não Persecução Penal – ANPP, medida alternativa agora prevista no Código de Processo Penal para certa categoria de crimes/condutas “menos gravosos”, evitando o processo judicial tradicional e dando uma resposta mais rápida e efetiva à sociedade. Ademais, partindo do princípio de que devem estar engajados nesse equilíbrio de interesses, os juízes e tribunais (incluindo o STF e STJ) também têm ponderado, em suas decisões, sobre os prós e os contras de uma condenação criminal, considerando a baixa significância do crime cometido, por vezes absolvendo o réu.

Doutra banda, nos últimos anos, a comunidade jurídica brasileira também tem dado maior atenção às ideias do realismo jurídico americano, consistentes, em termos gerais, na adoção de um método empírico de investigação científica em que (i) a realidade concreta é priorizada, (ii) a criação do direito por decisões judiciais é reconhecida (iii) e mesmo, por vezes, um papel secundário é atribuído à legislação. No Brasil, está se tornando bastante claro – “claro demais”, até – que o direito consiste em decisões tomadas por agentes detentores do poder estatal, incluídas, nesse conjunto, as decisões judiciais. Isso tem progressivamente desmascarado a doutrina ortodoxa segundo a qual os juízes apenas aplicam regras preexistentes.

Argumentam os “realistas brasileiros” que os juízes frequentemente tomam suas decisões de acordo com suas preferências políticas ou morais, apenas apontando a norma legal para fins de justificação/racionalização. Todo esse novo contexto nos demanda uma nova abordagem científica que se concentre tanto no que os juízes e tribunais dizem quanto no que eles fazem, bem como no impacto real que suas decisões têm nas mais amplas camadas da sociedade brasileira.

É verdade que as visões mais ecléticas da filosofia jurídica anglo-americana são mais adequadas à tradição brasileira. O renomado justice Benjamin N. Cardozo (em “The Nature of Judicial Process”, Yale University Press, 1921, edição fac-símile de 1991), afirmando que reconhecia “a criação do Direito pelo juiz como uma das realidades existentes da vida”, há tempos já indagava: “Onde o juiz encontra o Direito que incorpora em seu julgamento?”. E ele mesmo respondia: “Há momentos em que a fonte é óbvia. A regra que se enquadra no caso deve ser fornecida pela Constituição ou por lei”. Entretanto, ele pontificava: “É verdade que códigos e leis não tornam o juiz supérfluo nem seu trabalho perfunctório ou mecânico. Há lacunas a serem preenchidas. Há dúvidas e ambiguidades a serem esclarecidas. Há dificuldades e erros a serem mitigados, se não evitados”.

A verdade está a meio caminho entre os extremos. Juízes – nos Estados Unidos ou no Brasil – utilizam diversos critérios para proferir suas decisões, a depender das circunstâncias e fatos do caso em julgamento. Do ponto de vista teórico, não há diferença insuplantável entre os processos de produção de decisões judiciais nas tradições do civil law e do common law. E de uma coisa não há dúvida: do trabalho de preencher lacunas – ou seja, do processo utilizado pelo juiz para decidir um caso em que não há uma segura referência preexistente (lei ou precedente) – surgem decisões que criam algo novo, “make new law”. Alhures e aqui.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
  • Repet
domingo - 12/10/2025 - 04:38h

A escola silenciosa da convivência

Patrick Nilo

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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Não se misture com quem você não gostaria de se tornar.

A convivência é uma escola silenciosa e, muitas vezes, sem perceber, você se matricula nela sem ler o regulamento.

Você absorve tudo: as palavras, os gestos, as reações.

Conviver é respirar a alma do outro. E quem respira o que é tóxico adoece sem notar.

A mente humana é uma esponja emocional: ela apreende por repetição, contágio e espelhamento.

É por isso que os sábios escolhem seus círculos com a mesma prudência com que um médico escolhe seus instrumentos.

Cada pessoa com quem você se conecta é um arquivo que se abre dentro de você.

Alguns ampliam sua consciência; outros corrompem seus valores.

Cuidado com os que zombam do que é sagrado, banalizam o que é belo e justificam o que é errado.

Aos poucos, você começa a achar normal o que antes o feriria.

E o perigo não está em se aproximar, mas em se acostumar.

Selecione suas companhias como quem escolhe o ar que respira.

Alguns o elevam; outros o esvaziam.

E, no fim, o que ficará não é o quanto você conviveu, mas o quanto você se tornou parecido com quem esteve ao seu lado.

Porque o caráter é moldado pelo convívio, e o destino, pelas influências que você aceita calado.

Patrick Nilo é procurador da República, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 11/10/2025 - 23:56h

Pensando bem…

“Às vezes, as coisas se tornam possíveis se as quisermos o suficiente.”

Thomas Stearns Eliot

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  • Art&C - PMM - Climatização - Agosto de 2025
sábado - 11/10/2025 - 06:18h
Economia

Futuro dos Investimentos Imobiliários é afetado por reforma tributária

Transição dialoga diretamente com novas formas de investimento (Arte ilustrativa)

Transição dialoga diretamente com novas formas de investimento (Arte ilustrativa)

O mercado imobiliário brasileiro atravessa 2025 com sinais consistentes de resiliência e valorização. As vendas de imóveis mantêm estabilidade e, mesmo em cenário de juros altos, a demanda por novas unidades continua firme. Esse movimento reforça a atratividade do setor, que responde por cerca de R$ 359,5 bilhões do PIB nacional e segue sendo um dos pilares da economia. O ambiente fica ainda mais favorável diante da reforma tributária em andamento, que trará “grandes ganhos para o setor imobiliário”, incluindo redução da carga tributária sobre imóveis populares e simplificação das operações. A combinação entre demanda aquecida, potencial de valorização e modernização do sistema fiscal cria um terreno fértil para novos investimentos e projeta o setor como protagonista no próximo ciclo de crescimento.

Uma das mudanças centrais da reforma tributária é a consolidação de tributos indiretos (ICMS e ISS) em um novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com previsão de implementação entre 2026 e 2033. Essa unificação tende a eliminar distorções e a reduzir custos de transações imobiliárias. Além disso, o modelo de IVA (ou dual) proposto no texto-base prevê alíquota de 15,9% para operações imobiliárias entre pessoas jurídicas, enquanto pessoas físicas seriam isentas dessa cobrança.

Esse arranjo facilita o planejamento tributário e reestrutura a carga de impostos sobre compra, venda, locação e operação patrimonial. Como destaca Pedro Ros, CEO da Referência Capital, empresa sediada em Brasília, “a simplificação tributária é uma oportunidade de destravar investimentos que hoje ficam paralisados por custos ocultos e insegurança fiscal”.

Impacto

Para dimensionar o impacto, é possível observar que a reforma tributária deve gerar efeitos redistributivos relevantes. Famílias de menor renda tendem a experimentar redução proporcional da carga tributária, enquanto contribuintes de faixas mais altas absorveriam parte desse peso adicional. Embora o foco principal esteja no consumo em geral, os reflexos sobre o setor imobiliário são claros: a simplificação das regras tende a reduzir encargos e riscos envolvidos nas operações, estimulando o crédito e tornando mais viável o financiamento de empreendimentos.

Nesse cenário, fundos imobiliários, locações de curto e médio prazo e imóveis de porte intermediário aparecem como os segmentos mais beneficiados, por operarem com margens sensíveis à carga tributária. Em contrapartida, incorporadoras e empresas que hoje utilizam regimes fiscais especiais precisarão se adaptar, já que esses mecanismos podem ser extintos ou revisados. Assim, haverá ajustes e transições, mas a tendência predominante é a criação de um ambiente mais transparente, no qual investidores possam mensurar riscos e retornos com maior previsibilidade.

Pedro Ros ressalta que essa transição dialoga diretamente com novas formas de investimento que já estão ganhando espaço no Brasil. “Modelos de auto quitação, em que a renda gerada pelo próprio imóvel contribui para o pagamento das parcelas, e o crescimento do short stay em plataformas como o Airbnb mostram como o setor imobiliário vem se adaptando a novos perfis de investidores. A reforma tributária tende a acelerar esse movimento ao reduzir custos e simplificar a tributação dessas operações”, afirma o executivo. Ele acredita que a reforma tributária emerge como um dos vetores mais promissores para impulsionar os investimentos imobiliários nos próximos anos. “Quem souber se posicionar bem nessa transição terá vantagem competitiva no ciclo que se abre após 2026”, conclui.

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sábado - 11/10/2025 - 05:38h
Mossoró

Feira de Vinil e Afins celebra a música e a cultura neste sábado

banner de divulgação

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Mossoró vai respirar música e cultura neste sábado, 11 de outubro, com mais uma edição da Feira de Vinil e Afins. O evento, que já se consolidou como um dos pontos de encontro dos apaixonados por discos, fitas, CDs e tudo que envolve o universo sonoro, será realizado no Cafezal Café Bistrô, localizado no Memorial da Resistência, no Centro da cidade, a partir das 18h. A entrada é gratuita.

A Feira de Vinil e Afins reúne expositores locais e colecionadores que compartilham relíquias, raridades e novidades do mercado fonográfico. Além de discos, o público encontrará produtos ligados à cultura musical, como acessórios, camisetas, pôsteres e equipamentos vintage. O ambiente descontraído do Cafezal Café Bistrô contribui para transformar o evento em um espaço de convivência, troca e celebração da memória musical.

E a noite promete ser ainda mais especial: a feira acontece próxima ao show do cantor e compositor Chico César, que se apresenta no Largo do Sebrae, ampliando o clima de festa e valorização da arte brasileira no Centro de Mossoró.

A Feira de Vinil e Afins é uma realização do Clube do Vinil Cinco, com apoio da Prefeitura de Mossoró e do Cafezal Café Bistrô.

Nota do BCS – No Largo do Sebrae, Centro de Mossoró, haverá a primeira edição do Festival Uern Cultura Viva (veja AQUI).

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sábado - 11/10/2025 - 04:42h
Endividamento

Inadimplência cresce e preocupa setor comercial mossoroense

Arte ilustrativa

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A inadimplência em Mossoró registrou um aumento de 5,46% no número de negativados em setembro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O levantamento aponta que o volume total de dívidas cresceu 11,32% no período. A dívida média por consumidor atingiu R$ 4.910,17, sendo que o setor bancário concentra 66,18% do total dos débitos.

Diante do cenário, atribuído aos juros elevados e à restrição de crédito, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Mossoró) e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL-RN) anunciaram que pretendem ampliar as ações e mutirões de renegociação de dívidas para apoiar consumidores e fortalecer o comércio local.

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Categoria(s): Economia / Gerais
sexta-feira - 10/10/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“Quem tem um coração saudável não mede esforços para facilitar a vida dos outros.”

Patrick Nilo

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