“A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.”
Sigmund Freud
Jornalismo com Opinião
“A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.”
Sigmund Freud
A agricultura Ana Lúcia Xavier da Silva, 63, aguardava ansiosa a sua vez para renovar o documento de RG. Moradora do Sítio Cajueiro, a 12 km de Lagoa Salgada, ela ficou sabendo das ações do programa Assembleia e Você através de uma amiga, que por sua vez ouviu o anúncio no carro de som e se programou. É para contribuir com ações de cidadania, como esta, além de saúde, cultura e educação, que o programa Assembleia e Você, da ALRN, está instalado na cidade, nesta terça e quarta-feira (17 e 18).
O presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), fez a abertura oficial ao lado do prefeito Canindé Justino. “Este é o braço solidário da nossa Casa, chegando àqueles que mais precisam. Temos muito orgulho deste programa, que inclusive foi premiado nacionalmente”, disse.
Atendimento médico era a necessidade das amigas Suelene Miranda Dantas de Aguiar e Francisca Rodrigues da Silva, 49, que aguardavam a sua vez. Suelene, pelo reumatologista; Francisca, pelo ortopedista, duas especialidades contempladas pelo programa e por enquanto raras na região. “Assim que soube, fiquei muito feliz, porque para nós é mais difícil, temos que nos deslocar com gastos. E desde o ano passado que eu preciso mostrar exames”, afirmou Suelene.
“Nossa equipe vem antes, fazer uma triagem das principais necessidades do município e região e aqui vimos que a prioridade deveria ser ações de saúde e de ação social. Fomos muito bem recebidos, nos reunimos com representantes da gestão municipal a fim de diagnosticar as lacunas para a população e por isso estamos aqui com diversas especialidades, além de exames médicos”, afirmou o diretor Ricardo Fonseca, de Políticas Complementares da ALRN, diretoria que executa o programa.
Situado na região Agreste, o município que pertence à Região Metropolitana de Natal está a menos de 60km da capital. De acordo com dados de 2010 do IBGE, o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,582, é considerado baixo. A ação do Legislativo acontece na Escola Municipal Café Filho, na Rua Antônio José Sales, no centro da cidade e conta com uma ampla oferta de serviços gratuitos das 8h às 17h, beneficiando também moradores de municípios vizinhos.
Aproximar a Assembleia da população e promover o acesso direto a serviços essenciais são objetivos da iniciativa que se consolidou como uma importante ferramenta de inclusão social, escuta cidadã e fortalecimento do vínculo entre os cidadãos e o Parlamento.
Moradores do município e cidades vizinhas têm à disposição, nesses dois dias, especialistas como pediatra, cardiologista, otorrinolaringologista, endocrinologista, ortopedista, urologista, neurologista, gastroenterologista, mastologista, psicólogo, fonoaudiólogo, dentista, entre outros, além de exames como eletrocardiograma e ultrassonografia.
Na área de ação social, os serviços incluem emissão de carteira de identidade, CPF, orientação para carteira de trabalho (SINE), 2ª via de certidões de nascimento e casamento (ANOREG), além de atendimentos do INSS. O público ainda terá acesso a corte de cabelo, barbearia, esmaltação e design de sobrancelha.
O evento contempla ainda atividades recreativas, pintura, apresentações culturais, jogos diversos e exposição do Corpo de Bombeiros, fortalecendo o vínculo com a comunidade escolar e promovendo cidadania de forma lúdica e educativa.
O promotor de Justiça Glaucio Pinto Garcia tomará posse no cargo de procurador-geral de Justiça do RN nesta quarta-feira (18), para o biênio 2025/2027. A solenidade de posse está marcada para as 19h e será realizada no hotel Holiday Inn, em Natal. Ele substituirá Elaine Cardoso de Matos Novais Teixeira, que fecha o segundo mandato consecutivo.
Glaucio Garcia disputou a eleição para o cargo de procurador-geral de Justiça no dia 4 de abril deste ano, tendo sido o mais votado, com 118 votos. Após a homologação do resultado pelo Colégio de Procuradores de Justiça do MPRN (CPJ), o nome de Glaucio Garcia foi acatado pela governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT).
Baiano de Jequié, Glaucio Pinto Garcia, tem 52 anos. Ele iniciou a carreira no MPRN como promotor de Justiça substituto, exercendo o cargo de 8 de julho de 2010 a 12 de maio de 2011. Em seguida, foi promovido para a Promotoria de Justiça (PmJ) de São Bento do Norte, onde atuou de 13 de maio de 2011 a 8 de janeiro de 2013.
Sua trajetória continuou com a promoção para a PmJ de Jardim do Seridó, função que desempenhou de 9 de janeiro de 2013 a 19 de setembro de 2021.
Em 20 de setembro de 2021, Glaucio Garcia foi removido para a PmJ de Tangará, permanecendo até 9 de fevereiro deste ano. Recentemente, em 10 de fevereiro passado, foi promovido para a 2ª PmJ de João Câmara, onde permanece atualmente.
Além de sua atuação nas Promotorias de Justiça, Glaucio Pinto Garcia desempenhou funções na administração superior do MPRN e recebeu designações especiais. Ele exerceu o cargo de coordenador do Caop Criminal entre 2017 e 2021. Em fevereiro de 2019, foi designado para acompanhar, interligar, executar e articular as atividades decorrentes do Acordo de Cooperação Técnica entre o MPRN, o Ministério Público do Trabalho e o Governo do Estado do RN, visando a instituição de um Plano Estadual da Política Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional.
Glaucio Garcia também foi diretor regional da Ampern, secretário executivo do Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG) e membro colaborador da Corregedoria Nacional do Ministério Público.
Atualmente, Glaucio Garcia ocupa, em segundo mandato, o cargo de procurador-geral de Justiça adjunto.
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A governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou dois novos nomes para sua equipe administrativa. Ao lado do vice-governador Walter Alves (MDB), ela apresentou as novidades nesta terça-feira (17).
O ex-prefeito do Apodi, Alan Silveira (MDB), é o novo secretário de Desenvolvimento Econômico.
O ex-presidente da Federação dos Municípios do RN (FEMURN), Luciano Santos (MDB), também ex-prefeito de Lagoa Nova, é o titular da Secretaria Extraordinária de Assuntos Federativos.
São indicações de Walter Alves, que se prepara para substituir Fátima Bezerra na administração, a partir de abril do próximo ano, quando ela renunciará para concorrer ao Senado.
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O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), leu nesta terça-feira (17/6) o requerimento que permite a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar descontos irregulares em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“A presidência anuncia que foi apresentado RQN/2025, de autoria da senadora federal Damares Alves, da deputada federal Coronel Fernanda e de outros parlamentares, requerendo a criação de CPMI com a finalidade de investigar o mecanismo bilionário de fraudes identificado no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O requerimento contém o número constitucional de subscritores e será publicado para que produza seus efeitos legais. A presidência solicita aos líderes que indiquem os nomes dos membros dos partidos e blocos para integrarem a referida comissão, de acordo com a proporcionalidade que será enviada às lideranças de cada Casa”, anunciou Alcolumbre.
Por se tratar de uma CPMI, composta por deputados federais e senadores, o requerimento precisava ser lido em sessão conjunta do Congresso.
Realizada nesta terça, a sessão também apreciou uma série de vetos presidenciais e foi realizada de forma semipresencial, uma vez que ocorre na semana do feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (19/6).
No caso da Câmara, 223 deputados assinaram o pedido da CPMI do INSS, dentre os quais 113 (50%) fazem parte de partidos da base do governo Lula. A sigla mais “rebelde” entre as que contam com ministérios na Esplanada é o União Brasil, com 35 adesões. O ranking segue com: PP (23), Republicanos (20), PSD (17), MDB (14), e PSB (4).
No Senado, o índice de parlamentares de partidos com ministérios que contrariaram a orientação do Planalto e assinaram o pedido de CPMI é semelhante, 52%. Quem lidera o ranking de adesão governista é o PP, com 5 assinaturas. Em seguida, estão Republicanos e União Brasil, com 4 cada; PSD (3); PSB (2) e MDB (1).
Com informações do Metrópoles, Uol e G1.
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Na quarta-feira da próxima semana, dia 25, às 9 horas, na Sala Multiuso da Biblioteca Central da Universidade do Estado do RN (UERN), Campus Central, será lançada a 20ª edição da Feira do Livro de Mossoró.
Serão apresentados detalhes do evento que acontecerá este ano.
Convite feito, convite aceito.
Até lá!
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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), apresentou nesta terça-feira (17), aos clubes locais de futebol profissional e instituições comerciais e empresariais mossoroenses, projeto de lei que permite a construção do novo estádio de Mossoró, através de parceria público-privada.
O equipamento será construído no mesmo local onde está localizado atualmente o Estádio Leonardo Nogueira, o Nogueirão, que também manterá o mesmo nome e pertence ao Município. Será uma arena multiuso com capacidade para 15 mil pessoas. A arena também contará com estacionamento, complexo comercial e empresarial.
“Momento importante para o esporte de Mossoró, com o envio de projeto de lei para a Câmara Municipal, que permitirá a construção do novo estádio, uma arena multiuso que possibilitará a prática esportiva aos clubes da cidade e demais desportistas. É o início da concretização de uma grande realização para a história de Mossoró e para o nosso esporte’’, pontuou Allyson.
Também participaram da reunião, o vice-prefeito, Marcos Medeiros (PSD); o secretário de Esporte e Lazer, Vivaldo Neto; o presidente da Câmara, Genilson Alves (UB), o presidente do Baraúnas, Lima Neto; o presidente do Potiguar, Djalma Júnior; o presidente do Mossoró Esporte Clube, João Dehon, e vereadores do Município.
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O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de um homem por ameaças, calúnias e injúrias contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O morador de Mossoró (RN) gravou e postou, no aplicativo de mensagens WhatsApp, em agosto de 2022, um vídeo repleto de palavrões, denúncias infundadas e ameaças de morte ao magistrado.
Na época dos fatos, o vídeo repercutiu em outras redes sociais, como o Youtube, e em veículos de imprensa.
O próprio réu confessou, em depoimento à Justiça Federal, que gravou e divulgou o vídeo em um grupo de WhatsApp, admitindo o teor das declarações, mas alegou que teriam sido uma espécie de “brincadeira”. A alegação não foi acatada pela Justiça, que considerou o discurso “agressivo e criminoso”. Além de ameaças de morte por explosão de bomba, o acusado fez várias ofensas ao ministro, como falsas acusações de crimes (calúnia) e agressões verbais contra a sua dignidade (injúria).
De acordo com a sentença da 8ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, “o teor das mensagens é inequivocamente ameaçador, calunioso e injurioso. As ameaças de morte e execução são diretas e graves”.
Condenação
Como os crimes ocorreram de forma continuada, em um mesmo vídeo, foi aplicada a pena referente ao crime mais grave, no caso a calúnia, aumentada por agravantes. O réu foi condenado a dois anos, quatro meses e 24 dias de prisão, em regime aberto, além de multa. Ainda cabe recurso da decisão.
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Emoção do começo ao fim. Essa foi a marcha do jogo entre América de Natal e Ferroviário de Fortaleza-CE nessa segunda-feira (16), pela Série D, Grupo C, do Campeonato Brasileiro de futebol 2025.
O time americano levou a melhor, quando a partida parecia ter como final o empate. América 3 x 2 em jogo na Arena das Dunas.
Davi Gabriel, Salatiel e Giva assinalaram para o Mecão, enquanto Ciel e Kiuan marcaram para o Ferrim, em jogo pela 9ª rodada da Série D.
Com o resultado, o América fixa-se na terceira colocação com 16 pontos e o Ferroviário soma 12 pontos, na quarta posição.
No dia 28 (sábado), o América pega o Santa Cruz de Natal, no Nazarenão, em Goianinha-RN, às 15h.
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“Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal.”
Nicolau Maquiavel
Álvaro busca reposicionamento e aproxima-se de Allyson; encontro foi nessa segunda (Fotomontagem do BCS)
Com uma comitiva de aliados e assessores, o ex-prefeito de Natal e pré-candidato a governador Álvaro Dias (Republicanos) aportou no fim da tarde desta segunda-feira (16) em Mossoró. Missão? Segundo ele, apenas “fazendo uma visita de cortesia ao prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB).”
“Dissertamos um pouco sobre gestão e as principais obras que realizamos, eu em Natal e ele em Mossoró. Uma boa conversa sobre o Rio Grande do Norte, sobre política e também sobre o São João, muito importante para a cultura nordestina e a economia criativa do nosso Estado. Encontro bastante proveitoso. Na oportunidade, recebemos o convite para participar do Mossoró Cidade Junina e deveremos estar presente em breve”, relatou em suas redes sociais.
O movimento de Álvaro Dias vai bem além da fidalguia. Porém, não é muito distante do que ele pregou no dia 22 de março deste ano, em entrevista à TV Ponta Negra (veja AQUI e no vídeo abaixo). À emissora, à época, identificou Allyson Bezerra como bom cabo eleitoral, mas “muito novo” para ser candidato a governador.
Mesmo com praticamente todas as pesquisas eleitorais publicadas o apontando em primeiro lugar, com folga, em relação a outros potenciais nomes, como o próprio Dias, o prefeito local nunca disse que era pré-candidato. Eis a questão.
Álvaro Dias tenta se reposicionar no jogo sucessório no campo da oposição. Perdeu muito espaço e começou a ser descartado pelo senador Rogério Marinho (PL), que voltou a afirmar à semana passada que é pré-candidato, sim. O senador Styvenson Valentim já avisou também que quer Marinho na cabeça de chapa.
Do prefeito Paulinho Freire (UB), que o sucedeu em Natal, com seu apoio ostensivo e fervoroso, Dias também não teve um mínimo aceno de preferência até o momento.
Resolveu se mexer. Agora pega Allyson Bezerra pelo braço. Sim, aquele mesmo: o “muito novo.”
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O Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (SINDILOJAS Mossoró) realizará almoço exclusivo com o economista e assessor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÉRCIO/RN), William Figueiredo.
Acontecerá nessa quarta-feira (18), às 12h, no Serviço Social do Comércio (SESC) de Mossoró.
Diretoria e convidados do Sindilojas vão participar de palestra com Figueiredo sobre “Comércio de Bens, Serviços e Turismo em Mossoró: Cenário Atual e Perspectivas Econômicas”.
Segundo o presidente do Sindilojas, Michelson Frota, “será um momento de troca de experiência, análise de dados e diálogo estratégico sobre os rumos do nosso setor.”
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Nesta quinta-feira, 19 de junho, a Igreja Católica celebra, em todo o mundo, o dia de Corpus Christi, nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”. A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar, solenemente, o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Em Mossoró (RN), a Solenidade contará com três momentos:
Missa – às 17h
Missa campal, em frente à Matriz de São João Batista, no bairro 12 Anos, com início às 17h, presidida pelo Bispo Diocesano Dom Francisco de Sales e concelebrada pelos sacerdotes de Mossoró.
Procissão
Procissão Eucarística, logo após a Missa, pelas ruas de Mossoró em direção ao Santuário do Coração de Jesus, no Centro da cidade, onde haverá o encerramento com a Solene Bênção do Santíssimo.
Tapetes
Os tapetes de sal são tradições na festa do Corpo de Cristo. Teremos um no largo de São João Batista e outro no Santuário do Sagrado Coração de Jesus. “Os tapetes serão confeccionados por crianças, coroinhas e jovens das mais diversas paróquias,” afirma o coordenador diocesano de Liturgia e pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Pe Carlos Ítalo. Ele lembra que os tapetes são feitos com sal, pó de café e serragem numa demonstração de amor à Igreja e ajudam a embelezar a celebração e o caminho por onde Jesus Eucarístico vai passar.
Tradição
O dia é comemorado sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição do sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança, comendo o pão e bebendo o vinho, que se transformariam em Seu Corpo e Sangue.
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Entre os dias 14 e 16 de agosto de 2025, o Centro de Convenções de Natal (RN) será palco do maior Congresso de Desenvolvimento Infantil da América Latina – o Congresso Internacional de Desenvolvimento Infantil (CINDI). Com o tema “Nem Tudo é Autismo”, o evento convida o público a uma profunda e transformadora jornada pelo universo do desenvolvimento infantil.
O Cindi 2025 promete ir além dos diagnósticos, explorando múltiplas perspectivas e desafios do desenvolvimento na infância. Serão mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais, workshops interativos, momentos de networking, feira de exposição de produtos e serviços relacionados e troca de experiências com quem está na linha de frente do cuidado, da pesquisa e da educação infantil.
Profissionais de saúde e educação – como professores, coordenadores, psicólogos, médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos – além de pesquisadores, estudantes e familiares são o público-alvo de um congresso que une ciência, prática e empatia em um só lugar. Rompendo os muros, o CINDI ainda alcança a marca de 1 milhão de contas conectadas durante o evento, além de uma impressão e interação elevadas em todas as redes sociais.
“Após dias de muito conhecimento, conexão, aprendizado e experiências únicas em duas edições (2023 e 2024), o CINDI decide realizar mais uma edição em Natal-RN com ainda mais novidades! Neste ano, teremos uma experiência transformadora sobre o desenvolvimento infantil, com uma expectativa de público de mais de duas mil pessoas, além de quatro palcos com mais de 50 palestras de especialistas e empresários renomados, compartilhando insights valiosos, além de Workshops, networking através dos mais de 30 stands e dos espaços interativos pensados exclusivamente para essa experiência de troca de conhecimentos.”, garante Bruna Andria, presidente do CINDI.
Essa experiência se torna ainda mais completa com a participação de empresas locais como a GameMind(TI), Pirilampo e Insight – pelo terceiro ano seguido-, gigantes nacionais como a Spider (recursos terapêuticos), Grupo Castro (cursos) e multinacionais como a FIAT.
Com oportunidade única de atualização profissional e inspiração pessoal, o CINDI se consolida como espaço essencial para quem busca compreender a infância de forma ampla, qualificada e respeitosa, focando em temas como diagnóstico diferencial, neurodivergências, autismo, linguagem, comportamento, aprendizagem e muito mais.
Garanta sua vaga! As inscrições estão abertas em: www.congressocindi.com.br
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Música, improviso, poesia, exposição cultural. Você escolhe. Começa assim mais uma semana do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2025. Nesta segunda-feira (16), há programação nos Polos Poeta Antônio Francisco e Igreja São João.
No Polo Igreja São João, localizado no bairro Doze Anos, a programação religiosa e social da festa do padroeiro continua. Logo após a novena, tem música ao vivo com atração nacional. Às 21h, a banda Rosa de Saron sobe ao palco com um show que promete marcar mais uma noite no maior evento junino do Rio Grande do Norte.
No Polo Poeta Antônio Francisco, no Memorial da Resistência, as apresentações continuam a partir das 18h com “O Coco de Concriz – Mestre Concriz do Coco”. Às 19h tem “Cancioneiro Nordestino” e a partir das 20h, a atração é a dupla Caju e Castanha, animando o público.
A exposição “Por Motivos Diversos” segue aberta a todos a partir das 18h, no Salão Joseph Boulier, no Memorial da Resistência. A mostra retrata a vida e obra do cordelista mossoroense Antônio Francisco, homenageado que dá nome ao polo.
Segunda-feira (16)
Polo Poeta Antônio Francisco
18h – Exposição Por Motivos Diversos (Sala Joseph Boulier)
18h – O Coco de Concriz – Mestre Concriz do Coco
19h20 – Cancioneiro Nordestino
20h30 – Caju e Castanha
Polo Igreja São João:
21h – Rosa de Saron
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Será às 19 horas de amanhã (terça-feira, 17), a Missa de 7ª Dia de dona Maria de Lourdes Alves Dias de Souza (Diúda Alves), 97.
Acontecerá na Catedral Metropolitana de Natal.
Diúda faleceu em sua residência, na segunda-feira (11). Era mulher do deputado estadual José Dias (PSDB) e mãe do procurador regional da República Marcelo Alves Dias.
Também tinha como irmãos o ex-governador Aluízio Alves e o ex-prefeito de Natal e Parnamirim Agnelo Alves, além de outros seis, todos já falecidos.
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“As pessoas geralmente brigam porque não conseguem argumentar.”
Gilbert Keith Chesterton
Na próxima segunda-feira (16), às 14h, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte será palco de um importante debate sobre a saúde da mulher. Proposta pela deputada Cristiane Dantas (SDD), a audiência pública “Endometriose: acolhimento, diagnóstico e perspectivas de tratamento para mulheres com endometriose no Rio Grande do Norte” tem como objetivo ampliar a visibilidade da doença e cobrar soluções efetivas no atendimento às pacientes.
A endometriose é uma doença ginecológica crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. Seus sintomas, como cólicas menstruais intensas, dor pélvica crônica, dor durante as relações sexuais e infertilidade, impactam profundamente a qualidade de vida, a saúde mental e a produtividade das mulheres. No entanto, ainda é subdiagnosticada e pode levar de 7 a 10 anos para ser corretamente identificada.
“Através da audiência pública voltaremos a cobrar as perspectivas de tratamento para mulheres com endometriose no RN. Vamos debater com especialistas e representantes de instituições para buscar avanços no diagnóstico e acolhimento”, afirma a deputada Cristiane Dantas.
Entre os principais problemas enfrentados no estado estão a falta de centros especializados, a escassez de profissionais capacitados e a dificuldade de acesso a exames de imagem de alta complexidade. O evento busca fortalecer o diálogo entre a sociedade, profissionais de saúde e o poder público na formulação de políticas mais eficazes para o cuidado com as mulheres afetadas pela doença.
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Por Marcelo Alves
Por estes dias, fui convidado pela ótima Escola Livre Direito, Filosofia e Arte – ELDFA para falar sobre o meu doutorado no Reino Unido, no King’s College London – KCL, quando, a partir da concomitante colaboração com crônicas/artigos para o jornal Tribuna do Norte, misturei, nos meus estudos e escritos, com quase igual intensidade, o direito e a literatura. Foi um depoimento, posso dizer, direcionado àqueles que visam misturar as coisas sérias (e enfadonhas) do direito com a poesia da arte. Sou, de fato, um amante dessa mistura.
Para defender a interdisciplinariedade do direito com a literatura, eu poderia apresentar um rol de justificativas, algumas até já conhecidas dos estudiosos da temática. Entretanto, no meu depoimento, eu preferi – e prefiro agora – ilustrar a tese da boa mistura com algumas constatações retiradas da minha própria experiência em Londres.
Primeiramente, eu sempre enxerguei o doutorado no exterior como uma oportunidade não apenas acadêmica, mas também linguística e, sobretudo, cultural. Quanto à língua – e aqui anoto a dificuldade com um idioma que não era o meu –, o contato com a literatura melhorou deveras o meu inglês, inclusive o jurídico. O português também. Textos mais elaborados. Mais concisos (à moda inglesa). Mais distantes do enfadonho “juridiquês”. Mais gostosos de ler, posso dizer. Já a oportunidade cultural explica a minha opção por estudar em Londres, em lugar das mais “provincianas” Oxford e Cambridge. À época eu acreditava na assertiva de Samuel Johnson (1709-1784): “Quem está cansado de Londres, está cansado da vida”. Hoje acredito mais em outra frase dele: “O patriotismo é o último refúgio do canalha”.
Ademais, a imersão na literatura e cultura inglesas tornou meu aprendizado do direito mais suave e lúdico. Do direito inglês, em especial, que eu deveria compreender para os fins da minha pesquisa. Para além das “filosofias” que descobri na relação de Shakespeare (1564-1616) com o direito, ilustro essa minha percepção com outro gigante da literatura inglesa: Charles Dickens (1812-1870). Li ou vi “Oliver Twist” (1837), “A casa sombria” (1853), “Grandes Esperanças” (1861) e por aí vai. Escrevi sobre Dickens. Descobri, com o professor John Sutherland (1938-), que Dickens era juridicamente preciso. Mais do que isso. Ele foi uma espécie de historiador do direito, como anota William Searle Holdsworth (1871-1944), em “Charles Dickens, as Legal Historian” (1928).
Holdsworth é o autor de “A History of English Law”, em 17 volumes, publicada entre os anos 1903 e 1966. Cheguei a seguir Dickens por Londres. À época, eles comemoravam os 200 anos do seu nascimento. E até frequentei um curso do historiador Simon Schama (1945-) sobre o escritor vitoriano. Dickens me ajudou demais.
E, claro, essa mistura direito/literatura me rendeu três livros: “Ensaios ingleses” (2011), “Retratos ingleses” (2012) e “Códigos ingleses” (2013). Junto à tese e ao diploma de PhD, essa trilogia foi o resultado mais evidente daqueles tempos.
Entretanto, acredito que o grande ganho com a mistura direito e literatura deu-se em relação à minha saúde mental. Fui um estudante comprometido. Assistia a todas as aulas. Fui um rato de biblioteca. Não fiz as farras de estilo. Mas isso tem os seus “contras”. Fiz poucos amigos. Conto-os na mão. Inclusive, olhando para trás, considero aqueles anos muito mais difíceis do que felizes. E isso levando em conta o sucesso obtido ao final, que tende a justificar todo o esforço.
Acho que a literatura me salvou. As artes, em geral. Os livros, os filmes, seus autores e suas personagens foram os meus companheiros. Tornaram a vida menos difícil. Lembro-me com deleite da epifania que tive nos jardins de Russell Square, onde fica a Biblioteca do Instituto de Estudos Jurídicos Avançados da Universidade de Londres, numa tarde de verão. Descobri que a cena do livro que lia, de Agatha Christie (1890-1976), se passava ali, onde eu estava.
Daí em diante, eu passei a misturar tudo: Londres, literatura e direito. Sempre que podia, ia ler a Rainha do Crime ou as aventuras do detetive Sherlock Holmes nos locais onde as cenas se passavam. Recordo-me de haver visto o filme “Testemunha de Acusação” (1957), de Billy Wilder (1906-2002), e de ter lido a peça homônima de Christie, nos dias em que visitamos, como programação da universidade, a Old Bailey, sede das cortes criminais de Londres. Filme e peça se passam ali. Foi tudo de bom. E quando esse tipo de leitura “presencial” era impossível, como em “Morte na Mesopotâmia” (1936) ou “Morte no Nilo”, eu me enfurnava no Museu Britânico, para ler os livros ali, junto aos despojos daquelas civilizações. Era divertidíssimo.
Escrevo aqui com muita saudade da amiga Agatha e do amigo Holmes. A literatura salva!
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
*Texto republicado em face da morte de dona Diúda Alves (veja AQUI), mãe do autor, que se sentiu impossibilitado de manter a rotina da produção dominical colaborativa com nossa página.
Por Marcos Ferreira
Havia começado a me barbear. A barba crescida, o cabelo desgrenhado e precisando de corte são detalhes que pioram a minha autoestima. A tendência é que me sinta um tanto mais deprimido, além dos motivos que hoje possuo para não me mostrar de bem com a vida, feliz na minha solidão espontânea. Do outro lado do portão, para a minha curiosidade, a voz crescia, chamando alto.
Alguém pronunciava meu nome com vigor: “Fernando?!” “Tem alguém em casa?!” Apurei o ouvido, mas não reconheci a voz feminina. Claro que eu não iria atender. Ainda menos em se tratando de mulher. Não me sinto à vontade para abrir este domicílio sem aviso prévio. No geral, sendo franco, não gosto de visitas de surpresa. Hoje é tudo tão fácil; sem dificuldade. Logo o benquisto cidadão ou cidadã pode telefonar antes de aparecer, ou enviar uma mensagem pelo WhatsApp com antecedência, de forma que possamos avaliar a conveniência ou não da referida visita. Ou, além desse aspecto, até para saber se a gente não está em um outro lugar.
Como é bom, apesar do estado psicológico em que me encontro, receber amigos de nossa estima, carinho e admiração. Isso me faz um bem enorme. Entretanto, sem que me julguem mal, gosto de que esses amigos surjam em hora oportuna, de tal jeito que possam ser recebidos com os merecidos afagos. No mais das vezes nós tomamos um cafezinho, e o bate-papo é algo do melhor nível. Como na canção do Milton Nascimento, “amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves”. Percebo há meses que minha memória está por demais prejudicada. Isso acarreta consequências ruins, interfere de modo negativo no meu astral e bem-estar. Assim mesmo, levando em consideração o tom grave e merencório, preciso tomar cuidado para não descambar para a autopiedade. Não é por esse aspecto que desejo ser lembrado.
Seja como for, sem que tenha nada a ver com preferência por fulano ou sicrano, daqui por diante não estarei disponível como de hábito. Sinto neste instante uma profunda necessidade de ficar aqui sozinho comigo. Esse mal repentino me tirou a graça da confraternização, da confraria cheia de motejos saudáveis, abraços, contentamento mútuo como poucas vezes já experimentei em minha vida.
Continuavam insistindo em chamar pelo meu nome lá fora. Pensei de imediato que talvez fossem aquelas testemunhas de Jeová. Sim. Costumam aparecer nesse horário do fim da tarde para início da noite. Continuei tirando a barba sem me sentir perturbado. Daí a pouco umas leves batidas se sucedem no portão e meu nome outra vez foi pronunciado. Desta feita a voz era masculina. Esse último detalhe me reforçou a suspeita de que fossem realmente testemunhas de Jeová. Sim. Algumas dessas agradáveis “testemunhas” já me conhecem pelo nome. Embora eu não me ligue a nenhum tipo de religião, sempre recebi tais pessoas com respeito, indivíduos que (supõe-se) testemunharam algum milagre ou ação magnânima do Todo-Poderoso. Em diversas ocasiões, portanto, lhes dou a merecida atenção durante um determinado tempo.
Nunca as convidei a entrar. A conversa se desenrola no limiar do portão, na calçada. Estabeleço essa margem de intimidade e segurança. Neste ensejo, como já relatei, não quero atender ninguém. Após uns longos dias sem me barbear, o que não é raro, agora reunira forças, espantara a preguiça, e estava raspando a cara. Com a barba então crescida, uso o recurso da água quente; ponho uma vasilha para ferver, tampo a cuba da pia do banheiro, ponho um pouco de água fria (para quebrar a fervura) e assim o barbeador vai sendo usado e desentupindo mais facilmente.
Anteontem fui a um mercado aqui no bairro, localizado a uns duzentos ou trezentos metros de minha casa, e adquiri boa quantidade de gêneros alimentícios, provisões para que não necessite sair durante um tempo considerável. Comprei também alguns pães. Costumo comer um por vez ainda que adquiridos há quatro dias ou mais. Agora, como é fácil deduzir, estou a fim de usufruir da solidão, do silêncio e quietude deste modesto lar. Gosto de ficar só com os meus pensamentos.
Evito, na medida em que posso, trazer a avassaladora realidade do câncer à memória. Ao menos por algumas horas. Quem sabe até um dia inteirinho. Assim a tensão e a carga sobre os meus ombros diminuem em um grau significativo. Já me dei conta de que não pensar demais na doença amortece um bocado a angústia, o sofrimento; estabelece uma simbólica distância da iniludível presença da morte. Acho que isso tem funcionado um pouco. Sobra uma quantidade a mais de cabeça para me dedicar à feitura deste imprevisível projeto literário. Gozo dessa maneira da agradável sensação de me encontrar com meu rosto barbeado com o devido esmero.
As prováveis e simpáticas testemunhas de Jeová foram embora. Ou quaisquer outras pessoas que vieram me fazer uma visita sem informar previamente que viriam. Gosto, repito, de ser avisado com alguma antecedência. Não é sempre que estamos com a casa em ordem para receber os que prezamos. Sobretudo agora que me deram esse diagnóstico avassalador, esse ultimato com data estimada.
Um gigantesco sentimento de reclusão se apoderou de mim. Não há outro nome a ser dado a isso! Ficar só é a única coisa que ora ambiciono. Neste minuto não me sinto com ânimo e alto-astral para dividir, compartilhar um bom papo, uma conversa leve e descontraída. Não. Afora um alto número de afazeres domésticos, preciso arrumar tempo e equilíbrio para redigir esta espécie de diário. Minha mente, não nego, está apreensiva.
Cogito escrever outras reminiscências e episódios mais recentes, a exemplo das supostas testemunhas de Jeová que vieram há pouco, no entanto este é um relato amargo, sem o prazer que a escrita normalmente me proporcionava. Pela primeira vez, infelizmente, escrevo sem prazer, sem a satisfação de antes.
Estou, volto a dizer, com provisões e não precisarei sair tão cedo. A geladeira e os armários estão abastecidos. Neste momento usufruo da boa sensação da barba feita. Por enquanto, em virtude do desânimo, não me alongarei nestas notas de melancolia e autoanálise. Melhor (ao menos para não resvalar no surrado recurso de escrever sobre o que não se tem para escrever) é ficar por aqui. Amanhã, com os ânimos possivelmente renovados, decerto terei algo mais para contar.
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Marcos Ferreira e escritor
Por Odemirton Filho
A famosa canção Voyage, Voyage, da francesa Desirelees, foi lançada no ano de 1986 e é um clássico internacional. A letra da música nos instiga a viajar, não só fisicamente, mas de forma metafísica, onírica. Na verdade, é uma fuga, uma fuga das convenções, das amarras do mundo, as quais nos fazem ficar aprisionados no nosso pequeno universo.
Ficar “acima dos vulcões antigos”, “das nuvens aos pântanos”. Ou seja, impulsiona-nos a sair da mesmice, a procurar a ampla liberdade do nosso ser. Se viajar fisicamente de um lugar a outro é deveras prazeroso, e nos faz bem, viajar por nossa alma faz repensar valores e atitudes. Quem já não pensou em “chutar o balde” e tomar outro rumo na vida?
“Voando nas alturas”, é certo, conseguimos alçar outros lugares, outro modo de encarar a vida. Infelizmente, porém, poucos conseguem fazer esses voos. Vivemos presos ao dia a dia, a rotina que nos impede de sermos verdadeiramente livres, leves e soltos.
A busca de nossos objetivos, decerto, deve nos guiar, procurando aquilo que nos faz bem; bem ao corpo e, sobretudo a alma, diga-se.
Viajar “acima das capitais” e “das ideias fatais”. Ideias fatais que estreitam o pensar. Aliás, no mundo contemporâneo vivemos a era do extremismo, de ideias prontas e acabadas, do maniqueísmo entre direita e esquerda. Não há espaço para o plural, para o bom debate. O radicalismo preside as discussões, a falta de bom senso salta aos olhos, perdeu espaço.
“Viaje pelo espaço extraordinário do amor”. O amor que se apresenta em todas as suas formas, seja entre pais, filhos, netos ou o amor daquela pessoa que divide os nossos dias, construindo um futuro. É nesse espaço extraordinário que devemos viver.
Livrar o nosso ser daquilo que nos impede de viver verdadeiramente, sem se importar com o que as pessoas pensam sobre nós. Cada um deve viver, “viajar”, da forma que lhe aprouver, desde que não cause mal a ninguém, principalmente àqueles que queremos bem.
Pois é, viaje, viaje.
“Viaje mais longe do que a noite e o dia”. Permita-se visitar o horizonte.
Odemirton Filho é colaborador do Blog do Carlos Santos
Por Bruno Ernesto
Quem anda pelo Sertão nordestino, inevitavelmente avistará belos casarões antigos que refletem a arquitetura portuguesa dos séculos XVII, XVIII e XIX, que influenciou toda a colonização na região, com fortes traços barrocos.
Sua arquitetura é plenamente adaptada ao clima quente e seco, com uso de paredes espessas, ladrilhos, telhados amplos, altos e bem inclinados, meia-parede dividindo os cômodos internos, janelões, frontões e construídas basicamente com materiais locais, devidamente caiadas.
Eram, sobretudo, casas simples. Todavia, funcionais para o dia a dia, e que refletiam a economia local, baseada na agricultura e pecuária.
Muitas dessas construções são testemunhas de um tempo que se foi e que agora servem apenas de boas lembranças e de registro histórico.
Embora pouquíssimas dessas construções históricas estejam bem preservadas, o que vemos e esperamos num futuro próximo é desolador.
Se você observar bem, nos centros urbanos, esses casarões, quando não abandonados à própria sorte, somem do dia para noite sem deixar rastro.
No Sertão adentro, a morte desses casarões pode até ser mais lenta. Entretanto, em breve, findarão.
Infelizmente o que vemos nos últimos tempos é que uma combinação de fatores sociais, econômicos e de estilo de vida, praticamente selaram o fim desse estilo arquitetônico.
O intuito e urgência hoje é preservar esses tipos de construções. Se não por inciativa dos seus proprietários, com iniciativa estatal e vigorosos e perenes incentivos governamentais, inclusive de isenção de tributos e linhas de crédito específicas e acessíveis para quem se disponha a tanto.
Inclusive, é uma modalidade de turismo já sedimentada em outras regiões, e que serve como modelo econômico alternativo para regiões sem outros atrativos turísticos, podendo ser criadas verdadeiras rotas históricas, unindo preservação com desenvolvimento econômico sustentável na região.
Além de não haver muito interesse na preservação desse patrimônio histórico, ante o seu alto custo, o estilo de vida moderno tem imposto, além de uma nova cultura social e econômica, outros estilos arquitetônicos mais voltados ao modismo vazio que, sequer, respeitam as condições climáticas, além de não guardar nenhum apego à história local.
O que se vê hoje são construções padronizadas e totalmente vazias de personalidade. Não se espera mais nem que o jardim cresça naturalmente. As plantas já vêm crescidas e ali se planta.
Uma característica fácil de se constatar nessas construções contemporâneas, é que não há nenhum vínculo de memória afetiva nelas, não há qualquer vínculo de memória e história entre a construção e seus habitantes.
Basta ver que quem decora não são os moradores. Terceiriza-se até a despersonalização da casa. Não há uma fotografia, uma mobília ou recordação.
Assim, tal qual Fogo Morto, derradeiro livro de José Lins do Rego, que encerrou o seu “ciclo da cana-de-açúcar”, ao narrar o declínio do Engenho Santa Fé, essa chama não tardará a se apagar dos nossos Sertões.
Bruno Ernesto é é advogado, professor e escritor