Conheço como poucos jornalistas de minha geração, a cidade de Areia Branca. Não sou nativo, aviso de antemão. Entretanto possuo raiz familiar, trabalhos remotos no marketing político e muitas amizades de lado a lado.
Sinto-me adotado. Sou também filho insular dessa terra; nossa "ilha".
Constrange-me vê-la conflagrada. É um barril de pólvora em permanente perigo de explosão, em face das paixões doentias provocadas pela política. Politicalha, em verdade.
Temos uma comunidade que ainda se apega a cores, símbolos pejorativos (Bicudo x Bacurau) e a uma retórica inconsequente, própria do populismo. As promessas messiânicas de sua elite política quase sempre se transformam em frustração coletiva.
Apesar de ser detentora de enormes riquezas naturais, Areia Branca acomoda uma massa numerosa de ignorantes, que apenas partilha os sobejos desse patrimônio. Assim mesmo, ainda louva seus algozes, como se fossem salvadores da pátria.
Cegos por um arrebatamento rude, incapazes de discernirem entre o certo e o errado, o bom e o ruim, multidões constroem mitos para se ajoelhar diante deles. Fazem suas oferendas e se rendem como zumbis, obedientes à escravidão de corpo e alma. Tudo em nome de ídolos com pés-de-barro.
Desequilibrados pela intolerância política, muitos produzem inimizades no trabalho, desafetos nas ruas e desavenças dentro de casa. Há poucos inocentes em Areia Branca, quando o assunto é política.
Como num enredo milenar de confrontos, temos a reprodução de lutas entre xiítas e sunitas, palestinos e judeus nessa pequena porção de terra. Porém quem prospera mesmo é a estupidez. É o único traço de afinidade que une as duas alas de poderosos que dividem a cidade ao meio.
Ambas pregam a democracia para usurpá-la, incentivam o voto para comprá-lo e falam de dignidade para ultrajá-la.
Areia Branca não precisa de um Messias e, sim, de um Sirineu a carregar sua cruz até a redenção no Monte do Gólgota. Seus líderes de hoje – com raras exceções – querem se mostrar crucificados, mas apenas se assemelham nos hábitos às companhias de Cristo no calvário.
Aqui embaixo, aí sim, existe um povo necessitando de alguém que o respeite, zelando a coisa pública e que não faça o tipo bom-moço para fraudar seus sonhos.
Acorde, Areia Branca. Dê uma chance a seu futuro.
Não vou comentar. Só dizer que a opinião do Blog está PERFEITA. Parabéns.
PERFEITO!!!
Nem Sergio Abranches, famoso Cientista Político do Brasil,não teria radiografado a “política” e os “políticos” de Areia Branca tão bem.
A cruz de Sirineu e o futuro de Areia Branca
B R I L H A N T E a opinião do Blog .
Areia Branca é realmente suigeneris; de 2004 a 2007 (três anos),
Ruidenberg é o 5º prefeito de Areia Branca. Lamentável, lamentável mesmo, minha terra se transformando numa verdadeira Sucupira do Dias Gomes .
Carlos, o seu artigo precisa ser levado ao conhecimento da população de areia branca, para que a gente comece a ter divulgado a realidade. Um povo esclarecido será capaz de escolher quem possa governadr a cidde e não apenas administrar negócios de familia e amigos próximos.
Seu comentário tem que ficar num mural em praça publica em areia Branca e ser levado a todos tcanto em todos os lugaes da cidade e todos verem o que é a realidade. Meus parabens por tantas verdades e nao quero um prefieto que sai peloque entra. A gente precisa de alguém que querira trabalhar, de palavra, honrado, Chega de bonzinhos comprando voto e tirando vanatagem na prefeitura