Militante de longo curso do PSB e seguidor do wilmismo, o professor Rinaldo Barros "jogou a toalha". A expressão do boxe para admitir o fim de uma luta, é adequada ao caso.
Ele enviou pedido de desligamento partidário ao Diretório Estadual do PSB, com cópia ao Diretório Nacional, nessa quinta (17).
Só hoje revela de público a decisão.
"Att. Professora Wilma Maria de Faria (PSB), Caros companheiros, Venho comunicar a decisão sobre a minha desfiliação do PSB", assevera logo no inÃcio do ofÃcio.
Segundo Rinaldo, "cheguei a essa definição depois de um longo processo de amadurecimento, dentro de uma situação que não começou agora. Não é, portanto, fruto de qualquer precipitação".
Em resumo, Rinaldo – que ocupou cargos de destaque na Prefeitura de Natal e no Estado em gestões Wilma de Faria, lembrou sua militância desde o movimento estudantil, a ponto de ser perseguido e preso pelo regime militar.
Também sintetizou seus 23 anos no PSB, "desde 1986, quando tive a honra de participar de sua reorganização no Rio Grande do Norte e, em seguida, quando tive o privilégio de ser o seu presidente regional no perÃodo de 1989 a 1993, após o que a professora Wilma Maria de Faria assumiu o mesmo cargo".
Contudo, afirma que "desde há muito venho discordando do pragmatismo exacerbado do PSB, o qual não se move por projetos, mas por interesses. A meu ver, essa prática afastou o PSB de seus princÃpios e, principalmente, da possibilidade histórica de construção de polÃticas públicas estratégicas fundamentais para o combate à desigualdade social e regional (…)."
Justifica que "por coerência, mantenho minha visão de mundo, continuarei contribuindo em outros espaços, como livre-pensador. Não mudei, o que vai mudar será o meu jeito de caminhar."
Não indica seu próximo passo partidário, mas agradece "pelo privilégio da convivência", além de frisar que sai "respeitando os companheiros que permanecem e a organização na qual militei."
Nota do Blog – Rinaldo é um caso tÃpico de sem-voto, mas de considerável força simbológica.
Em essência, Wilma de Faria teve à mão as ferramentas para promover uma revolucionária reforma de Estado e de costumes polÃticos.
Passados quase oito anos de sua primeira eleição ao governo, suas ações contrariam o discurso. Estão ao seu seu lado quem ela dizia combater: os caciques.
No ponto de vista administrativo não foi além do convencional. Tem conquistas interessantes, porém em sua maioria pontuais e que derivam do pragmatismo polÃtico.
Carlos,
O professor Rinaldo Barros é um socialista. Estudioso. Convicto. Estivemos juntos em muitas lutas. Achei até que era pragmático demais… Fui mais radical. Mas, como ele, achava que a vinda da professora Wilma para o PSB era um avanço. Porém, ela se mostrou limitada. Ideologicamente, não tem conscistência… Eu me decepcionei. Professor Waldson, idem. Agora, Rinaldo debanda.
Só espero que Rinaldo não dependure as chuteiras. Continue lutando a luta dos socialistas, marxistas, comunistas de todo o mundo!
Essa estória de socialista, marxista, comunista é puro balela. Melhor dizendo, tudo isso é utopia. Somos todos capitalistas e fim de papo.
Vivemos todos no capitalismo,mas nem por isso deixamos de sonhar com um capitalismo mais humano,onde ocorra a socialização da riqueza e dividendos com a parcela da população que sempre foi renegada.Lutar por um novo modelo pode ser o inicio;chega dessa polÃtica excludente e concentradora,precisamos de crescimento econômico mas sem esquecer o desenvolvimento econômico;este é mais salutar.