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sexta-feira - 07/09/2012 - 23:53h
A morte

A eternidade de cada segundo

Quando a gente começa a enterrar os amigos tem a clara sensação de estar na “fila”. Com um desejo implícito: não há interesse em furá-la.

Acho que a morte nos humaniza mais.

Nos apequena ou nos deixa no exato tamanho do que somos: um átomo. Somos uma partícula do universo.

Ao pó retornaremos, descobrimos aos poucos.

É um retorno que passa obrigatoriamente pelos laços da infância. Serpenteamos por aquele labirinto de memórias em que nos deparamos com o Minotauro, reencontramo-nos com os amigos e constatamos que muito já se foi.

O que nos falta?

A eternidade de cada segundo.

Como átomos.

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Nilson Gurgel Fernandes diz:

    Caro Carlos;

    Aprendi em um dos treinamentos motivacionais que fiz na vida que só existe um medo,o medo da morte. O resto são medos secundários que o inconciente das pessoas sentem quando algum objeto ou evento pode antecipar a vinda do grande medo. Exemplo simplório: Uma pessoa tem medo de viajar de avião, no duro, o medo dela é o da morte que o avião pode provocar. Mas voltando a sua postagem, concordo plenamente, só queria acrescentar que, pelo menos comigo, quanto mais cronologicamente me aproximo dela, menos medo sinto. É uma benção.

    Nilson

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Meu caro Nilson, Bom dia. Saúde e paz. A morte não me mete medo. Minha crônica fala, em essência da vida e o valor que realmente devemos dar a ela. Da morte não escaparemos, mas muitos fogem da vida. Abração.

  2. Everton diz:

    Quem tem Jesus Cristo no coração não tem medo da morte. Porque o Filho de Deus é “o caminho, a verdade e a vida”.

  3. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Caro Carlos, bela sintese/crônica/poema sobre vida e morte.

    Parafraseando o dito por Vosso Competente Jornalista, digo que, sobretudo na eternidade de cada segundo da ocidental, essa ultima fala muito da vida, e de fato diz muito pouco sobre o enígma e a verdadeira compreensão da morte.

    Não podemos e, sobretudo não devemos separar vida e morte como acontecimentos estanques, como se um não completasse o outro e como se o aprendizado da vida também não fosse a leitura da morte.

    Com não poderia deixa de ser, esses aspectos se pronunciam e se evidenciam por demais até mesmo nos mais didáticos e prosaicos exemplos do ensino aprendizagem.
    E como diria RubemAlves…
    “Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia”.

    Partindo do pressuposto que conhecimento é tudo aquilo que é absorvido por nós e posto em prática durante todo percurso das nossas vidas e aprendizagem como o que nos é passado de maneira compreensível que possibilita a utilização na prática, é que se pode fazer um paralelo com o que Nádia Bossa, diz:

    “É necessário perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”

    E que tal se pensássemos o conhecimento como aquela bagagem que você carrega pro resto da vida e ninguém pode tomá-la e aprendizagem como uma morte diária para um novo renascer-aprender?

    A morte aqui apresentada não é a tida como fim de tudo, mas sim aquela em que se renova diariamente a maneira de se fazer presente diante de toda e qualquer situação, uma nova forma de ser e estar vida. A morte como a grávida que morre para que renasça a mãe propriamente dita; como a lagarta que morre para que renasça borboleta, a morte do ódio e o renascimento do verdadeiro amor, a morte como vida. Uma morte em renascimento, como que a morte do bebê que engatinha para o renascimento da criança que explora o meio em que vive através de seus mal traçados passos. Assim, a aprendizagem nada mais é do que a morte daquilo que se absorveu hoje para que renasça o novo aprendizado de amanhã, um verdadeiro aprimoramento daquilo que se é captado seja através do meio em que vive ou das pessoas que o cerca.

    Um Abraço

    FRANSUÊLDO VIERIA D E ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  4. chagas nascimento diz:

    A morte faz parte da vida. A única certeza da vida é a morte.

  5. Maria Queiroz diz:

    Linda de doer.

  6. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Errata…

    Quando digo na eternidade de cada segundo da…cultura ocidental.

    Um Abraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  7. Marcio Pereira diz:

    Oi carlinhos!

    Quem tem Jesus no coração não tem medo de “assmbração”.

    Grande abraço

  8. Nilson Gurgel Fernandes diz:

    Caro Carlos;

    Já tinha entendido a essência da sua rica e belissima postagem, mas quando falou em morte me lembrei da minha mais nova descoberta, a de que eu já não tinha tanto medo dela. Até acho que é algum mecanismo de defesa que nossa mente cria para não ser tão dolorida a reta final desse MUNDO que segundo o poeta, acho, Carlos Drumond disse que É SÓ VIDA QUE VEM E QUE VAI e, obrigado pelo comentário pessoal.

    Nilson

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