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sexta-feira - 22/09/2017 - 15:48h
Opinião

A necessidade da política

Por François Silvestre

“A arte é necessária; não sei pra quê, mas é”, disse Ernst Fischer. Assim pode-se dizer o mesmo da política.

É bem verdade que aqui não se fala de política estritamente eleitoral, partidária ou participativa. Essa sim, pode ser descartada pela vontade ou enfado. Porém, a política, no sentido amplo do conviver familiar ou social, está presente de forma tão indispensável que nem notamos.

Da mesma forma que não percebemos o ar ao respirarmos. Só sentimos sua falta no afogamento ou na asma.

Politizar-se é uma forma de aprimoramento da dignidade. Seja pela participação ostensiva ou pelo simples observar conscientemente. E essa observação consciente se dá pela crítica.

A crítica é o mecanismo instrutivo que liberta. Da lição de Karl Marx: “A crítica não pretende enfeitar as grades, com flores, para atenuar o cárcere. Mas quebrá-las, para a colheita da flor viva”. Inclusive para quebrar amarras ideológicas.

Marx não era marxista.

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Categoria(s): Opinião

Comentários

  1. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Como sempre,o nosso François Silvestre nos brinda com mais uma bela e profunda síntese sobre a necessidade, diria mais, a imprescindibilidade da política na vida de todo e qualquer cidadão.

    Aqui ou Antilhas, alhures e plagas próximas e (ou) distantes, emtpos antanhos, atuais e (ou0 nas calendas cada dia mais se afigura indiscutível tais argumentos.

    Nesse contexto, temos que, não será obra do deus-mercado ou da livre-iniciativa a criação de oportunidades de geração de renda e de emancipação dos povos do sertão miserável historicamente esquecido. Nem foi resultado do acaso a agressão às democracias do Brasil e do Chile, em 1964 e 1973. Uma administração pública pode assistir passivamente aos conflitos que travam seu Poder Judiciário. Ou pode, como em Diadema e Olinda, preparar seus cidadãos para mediar conflitos, incentivar o diálogo e cultivar a paz.

    E se é verdadeiro que o Estado interfere diretamente na vida das pessoas, para o bem ou para o mal, também é fato que a participação das pessoas na política de sua cidade, seu estado e seu país pesa muito nas ações dos governantes. O exercício da democracia não se esgota no processo eleitoral. Os rumos que queremos para nossa vida também podem ser decididos pela vigilância e pela pressão social sobre os eleitos.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

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