“Mossoró é meu chão, minha terra, meu rincão, meu norte, meu berço, meu sal, minha referência, minha motivação sentimental. Mossoró é o endereço das minhas aspirações, dos meus sonhos e da minha vontade de servir.”
Betinho Rosado (1948-2024)
Nascido em Mossoró em 23 de dezembro de 1948, filho do governador Jerônimo Dix-sept Rosado Maia e de Adalgiza de Sousa Rosado, o professor universitário Carlos Alberto de Sousa Rosado (PP), 75, o “Betinho Rosado, foi o terceiro dos quatro filhos do casal. Na prole, ainda, Carlos Augusto, Isaura Amélia e o caçula Carlos Jerônimo (“Dix-sept”, falecido dia 27 de dezembro de 2021 – veja AQUI).
Betinho veio a óbito nesta sexta-feira (12) em consequência de um Acidente Vascular Cerebral (AV) isquêmico – veja AQUI. Era casado com Mary Simone Barrocas Rosado, com quem teve três filhos: Carlos Alberto de Sousa Rosado Segundo (Beto Rosado, ex-deputado federal), Roberto e Cristina.
Engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), hoje Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), economista pela Universidade do Estado do RN (UERN), mestre em economia rural com especialização em administração de projetos em desenvolvimento pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o professor Betinho Rosado entrou para a vida pública como titular da Secretaria de Trabalho e Ação Social (SETAS) do segundo Governo José Agripino Maia (1991 a 1994).
Importante assinalar, que nesse ciclo de atividade pública, ainda foi secretário estadual em 2003, quando assumiu a Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, comandando depois a pasta de Educação, Cultura e Desporto em 2004, gestão de Wilma de Faria.
No governo da cunhada Rosalba Ciarlini (2011 a 2014), ele foi em empossado na Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca.
Seus mandatos eletivos começaram com a vitória à Câmara dos Deputados em 1994, pelo PFL, sendo reeleito em 1998 e 2002. Em 2006, ficou na primeira suplência, mas com a morte do eleito Nélio Dias em 20 de julho de 2007, acabou assumindo.
Em 2010 (pelo DEM), conquistou outro mandado, mas em 2014 já filiado ao PP, teve impedimento legal à disputa à reeleição, sendo substituído pelo filho Beto Rosado, que se elegeu como representante do seu grupo político.
Uma voz, um violão
Na versão privada entre familiares e amigos, Betinho tinha voz e violão dedicados a clássicos da MPB. Tudo para ornamentar um bate-papo sempre inteligente, carregado de conhecimento e bom humor. Era bonachão, mas sabia ser turrão como poucos.
“Beto,” para uns; “Betinho,” para outros. Não importava.
Sorria com os olhos. Boca e rosto semi-encobertos por barba inseparável e de estimação, ele era marido, pai e avô. Mais compadre do que político.
Sem gravata, longe da sala de aula, ou da confraria à mesa, também se sobressaia nele aquela paixão campesina, cuidando de animais e testemunhando experiências que germinavam da terra… do sertão.
Em Portugal, “betinho” é adjetivo equivalente ao “mauricinho” nosso, cá do Brasil. O Carlos Alberto falecido hoje era Betinho, apelido que virou nome próprio, sem nenhuma afetação ou traço qualquer da adjetivação menor de além-mar. Mauricinho, nunca. Só Betinho.
Descanse em paz!
P.S – 9h12 – O velório do ex-deputado federal Betinho Rosado teve início às 9h, na Igreja do Perpétuo Socorro. O sepultamento vai acontecer no Cemitério São Sebastião, às 16h.
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Tive a satisfação de conviver com ele em algumas campanhas. Na maioria, em lados opostos. Solidariedade à Família. Mossoró perde um grande ser humano. Guardo dele lembranças de amizade e respeito.
Uma perca inestimável para Mossoró e toda nossa região. Betinho mantinha um ciclo além da política. Como agropecuarista, atividade que lhe trazia constantemente à vizinha Janduís, vez por outra também visitava Messias Targino.
O conheci nos idos de 90, quando o mesmo era Secretário do Trabalho e Ação Social do Estado, trazendo para nosso município vários cursos e promovendo oportunidades de empregos e geração de renda. Como Deputado, destinou a Emenda Orçamentária que proporcionou a construção do Ginásio Poliesportivo Onézimo Teixeira Ribeiro, um dos melhores da nossa região.
Por tudo que representou, só temos a lamentar e nos solidarizar neste momento de dor, com toda a sua família, amigos e o povo mossoroense, neste momento. Rogando a Deus que o acolha em sua nova morada, confortando os corações dos que aqui ficaram.
Descanse em Paz “BETINHO”. Você partiu, mas o seu legado ficará registratdo por tudo o que representou!
Trabalhei prestando serviços autônomos para Betinho quando ele era proprietário da empresa Marisal, localizado próximo da Panificadora 2001.
Embora descendente de família renomada, constituía-se de pessoa simples e bastante educada.
Meus sentimentos a sua esposa e filhos.
Deus o tenha em bom lugar.