domingo - 12/04/2015 - 17:39h

A saída é o desenvolvimento

Por Carlos Duarte

Na última semana, o governo Robinson Faria (PSD) comemorou com muita euforia os 100 primeiros dias de sua gestão. Na verdade, o que aconteceu neste período foi uma tímida reação focada em cuidados paliativos, embora com boa dose de habilidade política. Na prática, não resgata a credibilidade e nem a sustentabilidade necessárias para reverter o círculo vicioso herdado de governos passados.

A sociedade espera respostas mais céleres e eficazes para crise instalada no estado do RN, com ações mais efetivas, com planejamento e projetos viáveis que devolvam a economia potiguar ao trilho do desenvolvimento. Não cabem mais discursos utópicos à Thomas Morus. O povo anseia por soluções confiáveis e duradouras para resgatar a esperança de dias melhores.

Por essa rota o atual governo não encontrará o caminho do desenvolvimento e do crescimento sustentável e, logo, estará nivelado ao insucesso que se abateu aos seus antecessores. Ninguém de bom senso quer que isso aconteça, novamente.

Portanto, ousar é preciso nos momentos de crises e dificuldades extremas. É preciso buscar saídas inovadoras e oportunidades em meio às adversidades.

O Rio Grande do Norte é um estado que reúne grande diversidade de riquezas minerais (sal, petróleo, gás, eteno, calcário, ferro, tungstênio, etc.), vocação turística com infraestrutura de excelente qualidade instalada, fruticultura, pescados, geração de energia eólica, artesanato, cerâmica, comunidade acadêmica e científica bem qualificada, centro de estudos aeroespacial, localização geográfica privilegiada para exportações, entre inúmeros outros pontos positivos propícios ao desenvolvimento.

Então, por que os governantes não encontram a saída para tamanha crise, que tanto penaliza o sofrido povo norte-rio-grandense?

Simplesmente porque eles não inovam, não ousam, não criam as oportunidades, não atraem os investidores e, ainda, insistem na continuidade de um modelo falido de gestão, incapaz de quebrar a inércia do círculo vicioso que permeia a administração pública, há décadas. Não existem estratégias e planejamentos plurianuais capazes dar sustentabilidade a um projeto de desenvolvimento que inspire confiança aos investidores.

Não há coesão política, nem mesmo jurídica, ou indutores de incentivos que possam seduzir os grandes empreendedores e atrair a infraestrutura necessária.

Uma das saídas seria o governo criar um gabinete gestor de crise (para conter a expansão do círculo vicioso) e outro gabinete gestor de desenvolvimento (para estabelecer o círculo virtuoso do progresso sustentável, planejamento estratégico…).

O RN ainda tem jeito, sim.

Basta ter competência e vontade política para resolver.

Carlos Duarte é economista, consultor Ambiental e de Negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo / Economia

Comentários

  1. ROSANA diz:

    MUITO BEM , “GOVERNOS PASSADOS” ,NO PLURAL .NÃO ADIANTA FAZER COMO ALGUNS FAZEM , PERSEGUIR SÓ O GOVERNO ROSALBA , POIS QUEM TEM MEMÓRIA , SABE COMO ELA RECEBEU O ESTADO , COM CRISE NA SAÚDE E EM QUASE TODOS OS SETORES DA SOCIEDADE , E COM UM AGRAVANTE , AO CONTRÁRIO DE ROBINSON E VILMA , ROSALBA NÃO TEVE O APOIO DO GOVERNO FEDERAL , E JUSTAMENTE POR ESSA FALTA DE APOIO, É QUE O RN E QUASE TODO O NORDESTE É ESQUECIDO , NÃO EXISTE INVESTIMENTO NO NORDESTE POR PARTE DO GOVERNO FEDERAL , TALVEZ POR NÃO TER TANTOS VOTOS POR AQUI , OUTRAS REGIÕES SÃO PRIORIZADAS . MUITOS ATÉ ACHAM QUE NORDESTE É SÓ A BAHIA , E O RN SEGUE ESPERANDO POR SOBRAS .

Deixe uma resposta para ROSANA Cancelar resposta

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2025. Todos os Direitos Reservados.