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terça-feira - 19/01/2010 - 15:50h

A “seleção natural” em Pau dos Ferros

Estou em Mossoró. Passei alguns dias entre o Alto Oeste do Rio Grande do Norte e sertão da Paraíba, precisamente Uiraúna.

Em Pau dos Ferros, como faço em toda comuna que circulo, trato de ouvir a voz do povo. Mercado, taxista, o homem simples da rua. É meu mais notório e infalível instituto de pesquisa. Laboratório pulsante, efervescente.

Depois é que gosto de falar com as estrelas, os agentes públicos, os figurões e seus asseclas. Tem sido assim há anos, no ofício de reportar. Não tenho do que reclamar do método empírico.

Em Pau dos Ferros, maior referência política do Alto Oeste, a impressão é que as eleições de 2010 vão plasmar o que será formado para 2012. Os reflexos de decisões de agora vão bater à porta do pleito municipal de 2012.

Hoje, evidencia-se a liderança do prefeito Leonardo Rego (DEM), tendo o pai-deputado Getúlio Rego (DEM) como uma lanterna na proa. Como vão traduzir adiante essa hegemonia, a ponto de esticá-la em vez de tão-somente transferi-la, é o "xis" da questão.

A aliada Maria Rego (PMDB) fez do filho Fabrício Torquato (DEM), o vice-prefeito de Leonardo. Sonha com ele na prefeitura em 2013. Confidenciou ao Blog, que tem essa promessa do grupo de Getúlio. Maria não tem vocação para ser coadjuvante. Getúlio e Leonardo sabem disso.

Na oposição, há uma confusão de vozes e um certo atabalhoamento. Derrotado à prefeitura após ser prefeito em três oportunidades, o médico Nilton Figueiredo (PP) é ainda sua maior referência. Porém é certo que perdeu muito fôlego.

Seu filho e também médico Bráulio Figueiredo (PP) dá mostras de apetite à política. Entretanto é ainda uma incógnita.

O ex-deputado estadual Elias Fernandes (PMDB) tem em seu filho Gustavo Fernandes (PMDB) a cartada mais decisiva. É vencer ou vencer agora, fazendo-o deputado estadual. Em caso de derrota, seu cacife cairá vertiginosamente na oposição, com vistas a 2010.

Outras forças são tímidas e quase imperceptíveis. Nada tem prosperado como terceira força.

Sim, mas não esqueçamos de um detalhe: antes das disputas municipais teremos o embate deste ano. O resultado que sairá das urnas mapeará muito do que será desenhado para as disputas paroquiais.

É um jogo em dois tempos, cheio de possibilidades e armadilhas.

Quem sobreviverá? Eis o tempo como senhor do destino, mas a seleção natural darwiniana indicará os mais fortes.

É a seleção natural funcionando, também, no Alto Oeste do Rio Grande do Norte.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. françois silvestre diz:

    Amigo velho, que pena não ter encontrado você e Honório. Na passagem de vocês eu estava dormindo. Deveriam ter mandado acordar. Na madrugada de Domingo viajei para Fortaleza. Uma pena, para mim. Precisamos nos encontrar. O seu método de pesquisa é o mesmo que eu adoto. Abraço de François.

  2. denilson duarte diz:

    A palavra de um PULITICÚ é como um risco escrito nagua. E ainda tem gente que prefere acreditar. Talvez pra amanha dizer que fulano não tem palavra e que beltrano sim é homem correto.Quando passa a eleição, passam corretivo no que foi dito, e fica o dito, por nâo dito. Adiante! o futuro mostra a verdadeira face dos que não tem palavras. E palavra de político, É como risCÚ escrito n’água. Terminando uma campanha procuram logo em trocar de máscaras.

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